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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

ESTOU ATÉ NO INSTAGRAM

Assis Ângelo – Forró Patrimônio Cultural

Pois é, estou ficando moderno... Eu não vejo mais com os meus olhos, mas vocês podem me ver nas diversas redes sociais: neste blog, no Facebook, no YouTube, no site e, agora, no Instagram.
Quem já viu as postagens no Instagram diz, com todas as letras: EX-CE-LEN-TE!
Estou todo ancho, todo assim-assim, metido e pimpão. Não é pra menos, é?
Ah! Também tenho até canal próprio. E até uma web rádio.
Lá vão os endereços:

Facebook: https://www.facebook.com/institutomemoriabrasil

YouTube: https://www.youtube.com/user/assisangeloimb

Site IMB: https://institutomemoriabrasil.com.br/

Instagram:https://www.instagram.com/assisangelo_imb/


PELÉ, 80 ANOS


Meio mundo pensa que o milésimo gol do Pelé foi marcado na noite de 19 de novembro de 1969, no estádio do Maracanã.
Pois bem, meio mundo pensa desse modo e pensa errado.
O milésimo gol de Pelé foi marcado cinco dias antes, ou seja: na noite de 14 de novembro de 1969, em João Pessoa. Foi no jogo entre o Botafogo paraibano e o Santos.
A expectativa era grande. O estádio José Américo de Almeida, que naquela noite seria inaugurado, estava lotado até a tampa.
Os locutores esportivos espalhavam no rádio a pergunta entusiasmante: Pelé vai fazer ou não o seu milésimo gol em João Pessoa?

Marcado para as 20h, o jogo começou duas horas depois.
No primeiro tempo, 2 a 0 para o Santos. No segundo tempo, aos 23 minutos, Pelé enche o pé e marca de pênalti o tão esperado milésimo gol.
Ouvi pelo rádio.
Cinco dias depois, no Maracanã, também de pênalti, Pelé marcaria o 1.001º gol. Esse jogo assisti depois pelo Canal 100.
Pelé nasceu em 23 de outubro de 1940, em Três Corações (MG). No decorrer da carreira, marcou 1.281 gols em 1.363 partidas. Não à toa, Pelé continua sendo o Rei do Futebol.
No Acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) há grande quantidade de discos e livros referentes a Pelé. E filmes, como Pelé Eterno, do qual modestamente participei como consultor musical. Curiosidade: o novelista Benedito Ruy Barbosa foi o primeiro autor a escrever uma biografia sobre o Rei do Futebol, intitulada Eu sou Pelé (editora Francisco Alves, 1963).
Ah, sim! No livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira eu conto muitas histórias do Pelé. Está esgotado, mas quem procura...

TEM BODE NA HORTA

O senado brasileiro foi criado no dia 6 de maio de 1826. Tempos do Império. Pedro I mandando e desmandando, antes e depois de entrar para a história como o libertador da Pátria após dar o grito que não deu às beiras do riacho Ipiranga, na zona sul da Capital paulista. 
Que se saiba, não houve escândalos cabeludos no Senado à época do Império.
O jornalista e escritor Machado de Assis (1839 - 1908) costumava cobrir os debates que ocorriam no Senado presidido pelo Marquês de Santo Amaro, de batismo José Egídio Álvares de Almeida (1767 - 1832). Santo Amaro aqui citado é o mesmo Santo Amaro baiano onde nasceram Caetano e sua irmã Bethânia. E o cantor pioneiro na gravação de discos Manoel Pedro dos Santos (1870 -1944). 
Ao contrário dos tempos do Império, os tempos atuais têm registrado escândalos a dar com pau no nosso Senado. Escândalos de todo o tipo. Até de assassinato, peculato, o escambal. 
Até o pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, Arnon de Mello, andou dando tiros nas dependências do Senado. Isso em 1963. Um dos tiros atingiu e matou o suplente de senador José Kairala. O assassino foi absolvido.
Um em três senadores respondem atualmente algum tipo de processo no STF. Muitos por corrupção, peculato. 
Quando o Senado foi criado, os senadores, em número de 50, eram nomeados pelo imperador. Hoje 81 cadeiras ocupadas pelo que determina as urnas.
Cassar um Senador ou Deputado é a coisa mais difícil do mundo. 
O caso recente do Senador pego em flagrante com a cueca e as partes pudendas cheias de grana pode simplesmente sair-se livre, leve e soltinho da silva da encrenca em que se meteu. Agora mesmo, ele anda dizendo que nunca fora abordado pela polícia e, surpreso, o primeiro pensamento que lhe veio na ocasião foi esconder o dinheiro que pagaria a seus empregados. É mole? 
Enquanto isso, o presidente da casa Davi Alcolumbre costura um meio de preservar o caro colega das garras da justiça. 
A isso dá-se o nome de spirit de corpus, que vem a ser a defesa de um por todos ou todos por um. O popular, porém, chama isso "espírito de porco". 
O senado é uma espécie de casa de mãe Joana ou uma verdejante horta, onde os bodes se refestelam. 
Alcolumbre quer ganhar mais um mandato como presidente do Senado. Isso é claro e para isso ele precisa dos votos de todos os seus coleguinhas. Inclusive dos que estão com as mãos sujas culpa e a alma vendida ao demo pelas maldades praticadas contra o povo. 
No STF há, no momento, mais de 500 processos criminais contra senadores, deputados e outros figurões que gozam de foro privilegiado. 
O que escreveria o jornalista Machado de Assis numa situação dessa, hein?



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