O Brasil é destaque no bloco dos cinco países das Américas que dão atenção e tratamento adequado aos deficientes, incluindo os visuais.
Mas certamente ainda há muito a fazer.
Louis Braille era francês do começo do século 19 e perdeu os olhos num acidente doméstico quando tinha três anos. Aos dez, pediu ao pai para entrar numa escola e estudar. E estudou. Até desenvolveu um método próprio para leitura, conhecido hoje mundialmente por seu sobrenome.
O Braille tem por base seis pontos em relevo dispostos em duas colunas paralelas, permitindo 63 combinações diferentes e a leitura e a escrita a cegos.
Calcula-se que o total de pessoas desprovidas de visão no Brasil chegue ou passe um pouco de 1% da população, estimada em 200 milhões de pessoas.
A Organização Mundial de Saúde estima em 45 milhões o número de cegos e 135 milhões o total de pessoas que apresenta algum tipo de deficiência visual ou visão curta.
Os cegos, historicamente, sempre encontraram todos os tipos de dificuldade para conviver em sociedade.
João Tomé era mineiro de Uberaba e tocava instrumentos de sopro e de cordas, entre os quais cavaquinho, violão e bandolim.
Nasceu cego.
Sua filha, Dolores, lhe seguiu os passos e tem dedicado a vida ao ensino de música aos cegos.
Foi dela, aliás, a iniciativa de criação do Clube do Choro de Brasília.
E mais: desenvolveu um programa para computador que permite a transcrição de partituras para o Braille.
Há muitas histórias de cegos famosos.
Conta-se que na antiga Grécia havia um cego de nome Diógenes.
Ele nascera antes de Cristo uns 400 anos, e por alguma razão fora expulso de sua cidade natal, Sínope.
Em Atenas, onde passou a viver, tornou-se aluno de Antístenes, um velho discípulo de Sócrates.
Era sedento por saber.
Porém pobre, ele morava nas ruas, nas esquinas, e costumava sair na hora do meio-dia com uma lanterna acesa à procura de um homem honesto.
Não consta se achou.
Outro cego grego e famoso foi Homero, autor de Ilíada, sobre a Guerra de Tróia; e Odisséia, sobre as viagens de Ulisses.
O genial compositor alemão Sebastian Bach, também violinista e maestro, não enxergava e escutava muito pouco.
Dentre os cantores cegos norte-americanos os destaques são Ray Charles e Stevie Wonder.
E dentre os cantores italiano, hoje o mais famoso é Andrea Bocelli.
Também houve faraós que não viam nada, como Anisis, da IV Dinastia; e reis como Fineu, da Tracia; e Louis III, da Provença e da Itália.
O cientista Galileu Galilei também era cego.
E Jorge Luís Borges.
A galeria é grande e das boas. De um olho: o cangaceiro Lampião e o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, pernambucanos. De ambos os olhos: os poetas repentistas Aderaldo, Oliveira, Patativa, esses do Ceará.
Eu faço parte dessa galeria.
Para falar comigo a respeito do assunto no programa O BRASIL TÁ NA MODA, convidei um especialista: Marrey Luiz Peres Junior. Nossa conversa, recheada de boa música, vai ao ar, ao vivo, às 14 horas pela Rádio Trianon AM 740, e será reprisado amanhã, às 4:30.
TV RECORD
Logo mais às 22:15, estarei proseando com Arnaldo Duran, titular do programa Entrevista Record Cultura, no ar ao vivo pela Rede Record. Junto comigo, para um molho especial, estarão representantes do Movimento Sincopado interpretando clássicos do choro, como Rosa, Yaô e Carinhoso, de Pixinguinha; Brasileirinho, de Waldir Azevedo; e Apanhei-te Cavaquinho, de Ernesto Nazaré. Renato Vidal e Ivan Banho, ambos na percussão; Maik Moura (bandolim), Anita Bueno (voz), Rodrigo Carneiro (violão 7), Samuel Marques (trombone) e Eduardo Camargo (cavaquinho) são artistas do Sincopado, movimento de São Paulo que existe para trazer do limbo a boa música brasileira.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
XANGAI NA GLOBO HOJE, E ELOMAR QUANDO?
Do instrumentista cantador Xangai, baiano, acabo de receber esta mensagem:
“Estou passando pra avisar aos meus amigos que vou cantar, hoje, dia 23 no palco do Terreiro de Jesus, às 23:00, no Pelourinho, na festa promovida pelo Governo do Estado da Bahia através da Bahiatursa, Secretaria de Turismo e Secretaria de Cultura. Nesta noite de São João convidei o violonista Mário Ulloa, o baixista Betinho Macedo, o pianista Alexandre Cortes, o sanfoneiro Renato e os percussionistas Sapão e Del. O ritmo é nordestino e a música é brasileira. Luz, paz e amor para todos vocês. Vamos festejar São João dançando na Praça do Terreiro de Jesus”.
Ele mandou isso pelo Facebook.
E a notícia é boa.
E melhor ainda porque a Plim, plim, no seu Jornal da Globo, ali por volta da meia-noite, vai dar uma entrada, ao vivo, direta de lá.
Os caras da Globo sabem o que fazem.
E quando querem, fazem melhor ainda.
Eles mostram a cara bonita do Brasil através dos seus artistas, grandes, originais, como Xangai, que tem uma história vocal e instrumental que se soma a de nossos maiores intérpretes, de todos os tempos.
Xangai é aquele cara que do peito transmite emoção.
Vamos vê-lo um pouco ao vivo para o Brasil, pelas câmaras da Globo?
O convite está feito.
Ah! Sim, a Globo triscou em Elomar pondo a voz de Xangai, e o próprio Xangai (na foto, de Veronica Manevy), no ar.
Ah! E amanhã, num momento qualquer depois das 14 horas, pelas ondas AM 740 da rádio Trianon, ele também estará proseando conosco no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que será todo em torno das comemorações do santo Sr. São João.
Além de Xangai, participarão do programa O BRASIL TÁ NA MODA Janaína, do Bicho de Pé, Enock, do Trio Virgulino, Waldonys, Maciel Melo e Dominguinhos, e talvez Anastácia.
E mais: o palhaço Charles e o seu criador, Alessandro Azevedo falando sobre os festejos a São João; e a cantora Jordana.
Enfim, o programa estará recheado de atrações.
Você não vai ouví-lo?
Se não, ouça-o amanhã alí pelas 4 da matina.
É quase a mesma coisa, mas não é a mesma coisa.
“Estou passando pra avisar aos meus amigos que vou cantar, hoje, dia 23 no palco do Terreiro de Jesus, às 23:00, no Pelourinho, na festa promovida pelo Governo do Estado da Bahia através da Bahiatursa, Secretaria de Turismo e Secretaria de Cultura. Nesta noite de São João convidei o violonista Mário Ulloa, o baixista Betinho Macedo, o pianista Alexandre Cortes, o sanfoneiro Renato e os percussionistas Sapão e Del. O ritmo é nordestino e a música é brasileira. Luz, paz e amor para todos vocês. Vamos festejar São João dançando na Praça do Terreiro de Jesus”.
Ele mandou isso pelo Facebook.
E a notícia é boa.
E melhor ainda porque a Plim, plim, no seu Jornal da Globo, ali por volta da meia-noite, vai dar uma entrada, ao vivo, direta de lá.
Os caras da Globo sabem o que fazem.
E quando querem, fazem melhor ainda.
Eles mostram a cara bonita do Brasil através dos seus artistas, grandes, originais, como Xangai, que tem uma história vocal e instrumental que se soma a de nossos maiores intérpretes, de todos os tempos.
Xangai é aquele cara que do peito transmite emoção.
Vamos vê-lo um pouco ao vivo para o Brasil, pelas câmaras da Globo?
O convite está feito.
Ah! Sim, a Globo triscou em Elomar pondo a voz de Xangai, e o próprio Xangai (na foto, de Veronica Manevy), no ar.
Ah! E amanhã, num momento qualquer depois das 14 horas, pelas ondas AM 740 da rádio Trianon, ele também estará proseando conosco no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que será todo em torno das comemorações do santo Sr. São João.
Além de Xangai, participarão do programa O BRASIL TÁ NA MODA Janaína, do Bicho de Pé, Enock, do Trio Virgulino, Waldonys, Maciel Melo e Dominguinhos, e talvez Anastácia.
E mais: o palhaço Charles e o seu criador, Alessandro Azevedo falando sobre os festejos a São João; e a cantora Jordana.
Enfim, o programa estará recheado de atrações.
Você não vai ouví-lo?
Se não, ouça-o amanhã alí pelas 4 da matina.
É quase a mesma coisa, mas não é a mesma coisa.
PROGRAMA ESPECIAL COM WILSON E LEANDRO
Hoje é feriado nacional. Dia de Corpus Christi, do latim Corpo de Cristo.
O catolicismo lembra nesse dia a presença de Cristo no mundo, sua morte e ressurreição.
A origem dessa data remonta ao século 13 e foi instituída pelo Papa Urbano 4º.
Cristo sofreu, morreu e revive na memória do cristianismo.
Ele morreu para salvar os pecadores e viver no coração das gentes bonitas do mundo todo.
NASCIMENTO
Nasceu no último fim de semana um casal de gêmeos, na capital cearense.
Chamam-se Maria e Antônio, os herdeiros de Klévisson e Dulce.
Klévisson é um dos maiores cordelistas do País e Dulce, uma grande mulher.
ESPECIAL
O programa O BRASIL TÁ NA MODA recebe daqui a pouco os professores Wilson Seraine e Leandro Cardoso Fernandes, ambos do Piauí. O papo? Cultura popular, ora!
O catolicismo lembra nesse dia a presença de Cristo no mundo, sua morte e ressurreição.
A origem dessa data remonta ao século 13 e foi instituída pelo Papa Urbano 4º.
Cristo sofreu, morreu e revive na memória do cristianismo.
Ele morreu para salvar os pecadores e viver no coração das gentes bonitas do mundo todo.
NASCIMENTO
Nasceu no último fim de semana um casal de gêmeos, na capital cearense.
Chamam-se Maria e Antônio, os herdeiros de Klévisson e Dulce.
Klévisson é um dos maiores cordelistas do País e Dulce, uma grande mulher.
ESPECIAL
O programa O BRASIL TÁ NA MODA recebe daqui a pouco os professores Wilson Seraine e Leandro Cardoso Fernandes, ambos do Piauí. O papo? Cultura popular, ora!
quarta-feira, 22 de junho de 2011
HOJE É DIA DE HERMETO PASCOAL
O mais famoso filho de Lagoa da Canoa, o multitudo Hermeto Pascoal, gênio brasileiro da nossa rica música, tem, a partir de hoje, 75 anos de idade no talo.
Talo, no Nordeste, é espinha dorsal.
E Lagoa da Canoa, poética até no nome, é uma cidade localizada a leste de Arapiraca, principal aglomerado humano do agreste alagoano que passou à categoria de município no dia 28 de agosto de 1962.
Tem mais ou menos 20 mil habitantes, de acordo com o último censo.
Essa totalização, claro, não conta com Hermeto que foi não foi está ao mesmo tempo em todos os cantos na condição de cidadão do mundo.
E assim sendo, nem sempre é possível saber com exatidão a onde ele se acha.
Mas isso é apenas um detalhe.
Hermeto, filho de dona Divina e seu Pascoal, é um multiinstrumentista declaradamente intuitivo.
Ele faz com a música o que Patativa do Assaré fazia com a poesia.
Antes mesmo de aprender a ler e a escrever partituras, ele já tocava flauta e sanfona.
Tinha uns oito anos de idade, à época.
E não parou mais: hoje ele toca, além de flauta e sanfona, violão, clarineta, trompete e todos os instrumentos de percussão e outros mais, incluindo os instrumentos que inventa a toda hora.
Não esqueço: uma vez, ali pelos começos dos anos de 1980, caí na besteira de entrar numa discussão com ele, com o dia raiando.
Foi no extinto Vou Vivendo, de Eduardo Gudin.
Eu tinha tomado umas águas de coco além da conta, junto com Heraldo do Monte, que é discreto nesse assunto; Carlos Poyares, que não era discreto nesse assunto; e mais alguns amigos acostumados a brindar à vida por qualquer motivo.
Lá pras tantas, Hermeto, enrolando a língua, pediu que eu escrevesse uma partitura na parede do bar.
Ah! Sim: o assunto girava em torno de jornalistas que escreviam sobre música nos jornais e revistas.
Todos uns tontos, segundo ele.
Eu disse que não ia escrever coisa nenhuma.
Bravo, vociferando até, ele deu de garra de uma caneta Pilot e compôs num instnte uma canção que ficou lá pregada durante anos.
Pois é.
Outra vez pedi que ele me desse um depoimento sobre o Rei do Baião.
E ele não se fez de rogado:
- Se Luiz Gonzaga estivesse aqui presente, ele tocaria moderno. Ou Sivuca e outros grandes músicos.
O que acontece é que a gente não tem memória da época.
Quando cheguei a São Paulo, eu era apelidado pejorativamente como um cara que só tocava baião.
Aí eu falei para os músicos que hoje querem tocar baião, mas não sabem por que não quiseram aprender, por preconceito: o baião é a musica do futuro, porque nos dá a oportunidade de usar várias tendências em volta dele.
Por exemplo: hoje faço um trabalho com sinfônica, ou com big band, ou com qualquer formação e em qualquer jornal do mundo sai assim: até que, enfim, surgiu alguma música para substituir o jazz. Esse brasileiro é original, ele não perdeu a identidade dele, a essência dele. Por quê? Justamente isto: tem que evoluir. Se você evolui, você vai evoluindo com aquela essência sua e vai misturando. O que chamo hoje a música que nós fazemos é a musica universal. Exatamente porque a gente não tem medo de nada.
Agora, além do visual, Luiz Gonzaga tinha tudo.
Uma novidade pra você: eu não conheci Luiz Gonzaga pessoalmente.
A Dominguinhos, a Gonzaguinha, eu dizia: como é, rapaz, não vai me levar para conhecer o coroa, não? “Pode deixar, um dia eu vou”. Uma hora era o Gonzaguinha, uma hora era o Dominguinhos com aquela voz dele.
Um dia ele (Luiz Gonzaga) me deixou uma porção de chapéus de couro. “Já que eu não vejo o Hermeto, vou deixar um chapéu de couro praquele cabra da peste”.
Os ritmos formam um balaio.
Trecho de depoimento constante nas páginas 172 e 173 do livro Dicionário Gonzagueano de A a Z, que publiquei em 1996 via Trends Engenharia e Tecnologia.
FERNANDO COELHO
O poeta e jornalista baiano Fernando Coelho daqui a pouco estará conosco, proseando no programa O BRASIL TÁ NA MODA. Bom não perder nosso papo. Acesse: rádio Trianon AM 740, às 14 horas, também pela Internet.
Talo, no Nordeste, é espinha dorsal.
E Lagoa da Canoa, poética até no nome, é uma cidade localizada a leste de Arapiraca, principal aglomerado humano do agreste alagoano que passou à categoria de município no dia 28 de agosto de 1962.
Tem mais ou menos 20 mil habitantes, de acordo com o último censo.
Essa totalização, claro, não conta com Hermeto que foi não foi está ao mesmo tempo em todos os cantos na condição de cidadão do mundo.
E assim sendo, nem sempre é possível saber com exatidão a onde ele se acha.
Mas isso é apenas um detalhe.
Hermeto, filho de dona Divina e seu Pascoal, é um multiinstrumentista declaradamente intuitivo.
Ele faz com a música o que Patativa do Assaré fazia com a poesia.
Antes mesmo de aprender a ler e a escrever partituras, ele já tocava flauta e sanfona.
Tinha uns oito anos de idade, à época.
E não parou mais: hoje ele toca, além de flauta e sanfona, violão, clarineta, trompete e todos os instrumentos de percussão e outros mais, incluindo os instrumentos que inventa a toda hora.
Não esqueço: uma vez, ali pelos começos dos anos de 1980, caí na besteira de entrar numa discussão com ele, com o dia raiando.
Foi no extinto Vou Vivendo, de Eduardo Gudin.
Eu tinha tomado umas águas de coco além da conta, junto com Heraldo do Monte, que é discreto nesse assunto; Carlos Poyares, que não era discreto nesse assunto; e mais alguns amigos acostumados a brindar à vida por qualquer motivo.
Lá pras tantas, Hermeto, enrolando a língua, pediu que eu escrevesse uma partitura na parede do bar.
Ah! Sim: o assunto girava em torno de jornalistas que escreviam sobre música nos jornais e revistas.
Todos uns tontos, segundo ele.
Eu disse que não ia escrever coisa nenhuma.
Bravo, vociferando até, ele deu de garra de uma caneta Pilot e compôs num instnte uma canção que ficou lá pregada durante anos.
Pois é.
Outra vez pedi que ele me desse um depoimento sobre o Rei do Baião.
E ele não se fez de rogado:
- Se Luiz Gonzaga estivesse aqui presente, ele tocaria moderno. Ou Sivuca e outros grandes músicos.
O que acontece é que a gente não tem memória da época.
Quando cheguei a São Paulo, eu era apelidado pejorativamente como um cara que só tocava baião.
Aí eu falei para os músicos que hoje querem tocar baião, mas não sabem por que não quiseram aprender, por preconceito: o baião é a musica do futuro, porque nos dá a oportunidade de usar várias tendências em volta dele.
Por exemplo: hoje faço um trabalho com sinfônica, ou com big band, ou com qualquer formação e em qualquer jornal do mundo sai assim: até que, enfim, surgiu alguma música para substituir o jazz. Esse brasileiro é original, ele não perdeu a identidade dele, a essência dele. Por quê? Justamente isto: tem que evoluir. Se você evolui, você vai evoluindo com aquela essência sua e vai misturando. O que chamo hoje a música que nós fazemos é a musica universal. Exatamente porque a gente não tem medo de nada.
Agora, além do visual, Luiz Gonzaga tinha tudo.
Uma novidade pra você: eu não conheci Luiz Gonzaga pessoalmente.
A Dominguinhos, a Gonzaguinha, eu dizia: como é, rapaz, não vai me levar para conhecer o coroa, não? “Pode deixar, um dia eu vou”. Uma hora era o Gonzaguinha, uma hora era o Dominguinhos com aquela voz dele.
Um dia ele (Luiz Gonzaga) me deixou uma porção de chapéus de couro. “Já que eu não vejo o Hermeto, vou deixar um chapéu de couro praquele cabra da peste”.
Os ritmos formam um balaio.
Trecho de depoimento constante nas páginas 172 e 173 do livro Dicionário Gonzagueano de A a Z, que publiquei em 1996 via Trends Engenharia e Tecnologia.
FERNANDO COELHO
O poeta e jornalista baiano Fernando Coelho daqui a pouco estará conosco, proseando no programa O BRASIL TÁ NA MODA. Bom não perder nosso papo. Acesse: rádio Trianon AM 740, às 14 horas, também pela Internet.
terça-feira, 21 de junho de 2011
O BRASIL E O PASSADO A LIMPO
Lá vem de novo o lenga-lenga da questão do sigilo eterno para documentos ultrassecretos guardados a mil chaves por todos os governos que passaram pelo Império e, até aqui, pela República.
Vamos resumir o necessário da questão?
Pois bem, entendo que quaisquer documentos referentes à formação do Brasil devem ser abertos, liberados o mais breve possível, pelo menos – e principalmente – aos historiadores que acham no passado a identidade do País.
A esses profissionais, os historiadores, não devem ser escondidos ad aerternum quais quer documentos.
O povo brasileiro tem direito de saber de tudo sobre o Brasil.
Documentos referentes aos direitos humanos, então, têm de ser liberados imediatamente; e também liberados ao chamado "público em geral".
Uma nação não se faz com mentiras; e esconder o passado, é uma maneira de mentir.
A clareza em todos os campos da vida humana é absolutamente necessária.
A respeito desta questão, eu gostaria de saber a opinião do mestre do Direito Alberto Marino Jr., uma das nossas grandes antenas da liberdade.
Boa noite.
Vamos resumir o necessário da questão?
Pois bem, entendo que quaisquer documentos referentes à formação do Brasil devem ser abertos, liberados o mais breve possível, pelo menos – e principalmente – aos historiadores que acham no passado a identidade do País.
A esses profissionais, os historiadores, não devem ser escondidos ad aerternum quais quer documentos.
O povo brasileiro tem direito de saber de tudo sobre o Brasil.
Documentos referentes aos direitos humanos, então, têm de ser liberados imediatamente; e também liberados ao chamado "público em geral".
Uma nação não se faz com mentiras; e esconder o passado, é uma maneira de mentir.
A clareza em todos os campos da vida humana é absolutamente necessária.
A respeito desta questão, eu gostaria de saber a opinião do mestre do Direito Alberto Marino Jr., uma das nossas grandes antenas da liberdade.
Boa noite.
DIA DO APERTO DE MÃO E DE SÃO LUÍS GONZAGA
Hoje é o dia do aperto de mão, sabia?
Essa história de aperto de mão vem de tempos de antanho.
De tempos imemoriais.
Ou seja: vem dos tempos que o homem, o ser humano, teve a idéia fantástica de civilidade e compromisso entre si, entre raças.
Compromisso de aproximação em paz, sem briga, sem violência, pois nos primórdios da Humanidade briga e guerra eram enfrentamentos comuns e quase sempre sem trégua.
Aliás um pouco ainda como o hoje, onde prevalece a lei dos mais fortes pela cartilha do Capitalismo.
Mais aí foram criadas regras, normas, constituições.
A nossa Constituição, por exemplo, prega que somos iguais perante a lei.
O aperto de mão, portanto significa respeito e lealdade.
Mas cada mundo neste planeta tem uma cultura própria, e essa é outra história.
Hoje também é dia do início do inverno. E de São Luiz Gonzaga, o padroeiro da juventude e dos estudantes.
Você conhece esta oração?
“Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém”.
Essa história de aperto de mão vem de tempos de antanho.
De tempos imemoriais.
Ou seja: vem dos tempos que o homem, o ser humano, teve a idéia fantástica de civilidade e compromisso entre si, entre raças.
Compromisso de aproximação em paz, sem briga, sem violência, pois nos primórdios da Humanidade briga e guerra eram enfrentamentos comuns e quase sempre sem trégua.
Aliás um pouco ainda como o hoje, onde prevalece a lei dos mais fortes pela cartilha do Capitalismo.
Mais aí foram criadas regras, normas, constituições.
A nossa Constituição, por exemplo, prega que somos iguais perante a lei.
O aperto de mão, portanto significa respeito e lealdade.
Mas cada mundo neste planeta tem uma cultura própria, e essa é outra história.
Hoje também é dia do início do inverno. E de São Luiz Gonzaga, o padroeiro da juventude e dos estudantes.
Você conhece esta oração?
“Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém”.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
MORREU RAVEL, DA DUPLA COM O IRMÃO DOM
A dupla de irmãos artistas Dom & Ravel não mais existe.
Primeiro, a dupla se separou.
Dom, de batismo Eustáquio Gomes de Farias, foi para um lado, Ravel para outro.
Dom morreu em dezembro de 2000, vítima de câncer.
Ravel, de batismo Eduardo, era irmão de Dom.
Os dois nasceram na cidade cearense de Itaiçaba.
Ravel foi vítima de um ataque cardíaco quinta 16, enquanto tomava banho em casa.
O corpo dele foi sepultado no dia seguinte no Cemitério do Araçá, zona oeste da capital paulista diante de familiares e poucos amigos.
Há dois anos, lancei o livro Pascalingundum – Os Eternos Demônios da Garoa. À página 120, escrevi:
1971 – Agentes da Polícia Federal recolhem cópias do compacto nº. 365.315 das lojas e do depósito da Philips, no Rio, contendo o samba Apesar de Você, de Chico Buarque, na voz de Chico, enquanto o Demônios lança a mesma música ao mercado, sem problema. A música era uma resposta à ditadura implantada no País em 1964 e institucionalizada pelo AI-5, redigido e assinado pelo então ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva (1913-79). Em 1978, o ministro declarou ao jornal Folha de S.Paulo que “Essa música é uma beleza. A melodia é linda e a letra exprime um estado de alma e juventude, o que é perfeitamente compreensível. Aliás, apreciando, como eu aprecio a arte de Chico Buarque de Hollanda, só posso ter palavras de elogio ao grande compositor dos nossos tempos”. Cinco anos antes o Demônios havia gravado A Banda, também de Chico. Antônio Gomes Neto, o Toninho (do Demônios da Garoa), se vangloriava do fato de a polícia secreta do Exército “vasculhar a vida do grupo e não encontrar nada”. O Demônios gravou canções de protesto e patrióticas, como o fizeram no passado Elisa Coelho (Viva o Meu Brasil), Linda Batista (Desperta Brasil), Francisco Alves (O V da Vitória), Augusto Calheiros (Céu do Meu Brasil), Vicente Celestino (Terra Virgem e Hino Nacional Brasileiro) e outros grandes intérpretes. Nesse ano de 71 o Demônios gravou a macha Praia de Iracema, de Dom e Ravel, dupla que surgiu na área musical em 1968 e acabou execrada por gregos e troianos, isto é: pela militância política de esquerda e pelos colegas de profissão. Ravel, de batismo Eduardo Gomes de Farias, cearense, desabafou para uma platéia na Biblioteca Temática de Música Cassiano Ricardo do Tatuapé, na tarde do dia 8 de novembro de 2008: “É tudo mentira o que têm dito de nós. Somos vítimas. Somos injustiçados e como tal condenados e queimados vivos na fogueira da irracionalidade humana. Nunca apoiamos a violência, nunca apoiamos a direita. Sempre fomos apolíticos. Nunca fizemos música por encomenda, tampouco para os militares. Nossas músicas tentavam despertar a beleza do Brasil nos brasileiros, pois tínhamos o melhor futebol, o melhor carnaval e a beleza e o charme da mulher. Sempre amamos o Brasil. Mas havia inveja, porque ganhávamos muito dinheiro, mais até do que Roberto Carlos. Basta verificar os apontamentos dos arquivos no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, Ecad, que, aliás, estou processando...”. Dom e Ravel foram perseguidos e censurados e tiveram a carreira bruscamente interrompida por agentes da ditadura. Na verdade, ambos surgiram numa época errada. Cantavam sambas e marchas de exaltação, como Eu te Amo Meu Brasil, Só o Amor Constrói, Você Também é Responsável, Obrigado ao Homem do Campo e Canção da Fraternidade, que levou o Papa João Paulo II a lhes parabenizar em mensagem de próprio punho pela beleza dos versos. Ravel lembra que Você Também é Responsável provocou a criação do Mobral, e Obrigado ao Homem do Campo motivou o general-presidente João Batista de Oliveira Figueiredo (1918-99) a distribuir nos meios de comunicação o slogan Plante que o João Garante, o que reforçou a idéia de que os dois stariam em estreita sintonia. Após recusar a pecha de brega, Ravel conta que junto com o irmão chegou a receber tiros durante uma apresentação em Vilhena, RO, e ameaças de morte em várias ocasiões. “Hoje não quero saber da imprensa”.
Primeiro, a dupla se separou.
Dom, de batismo Eustáquio Gomes de Farias, foi para um lado, Ravel para outro.
Dom morreu em dezembro de 2000, vítima de câncer.
Ravel, de batismo Eduardo, era irmão de Dom.
Os dois nasceram na cidade cearense de Itaiçaba.
Ravel foi vítima de um ataque cardíaco quinta 16, enquanto tomava banho em casa.
O corpo dele foi sepultado no dia seguinte no Cemitério do Araçá, zona oeste da capital paulista diante de familiares e poucos amigos.
Há dois anos, lancei o livro Pascalingundum – Os Eternos Demônios da Garoa. À página 120, escrevi:
1971 – Agentes da Polícia Federal recolhem cópias do compacto nº. 365.315 das lojas e do depósito da Philips, no Rio, contendo o samba Apesar de Você, de Chico Buarque, na voz de Chico, enquanto o Demônios lança a mesma música ao mercado, sem problema. A música era uma resposta à ditadura implantada no País em 1964 e institucionalizada pelo AI-5, redigido e assinado pelo então ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva (1913-79). Em 1978, o ministro declarou ao jornal Folha de S.Paulo que “Essa música é uma beleza. A melodia é linda e a letra exprime um estado de alma e juventude, o que é perfeitamente compreensível. Aliás, apreciando, como eu aprecio a arte de Chico Buarque de Hollanda, só posso ter palavras de elogio ao grande compositor dos nossos tempos”. Cinco anos antes o Demônios havia gravado A Banda, também de Chico. Antônio Gomes Neto, o Toninho (do Demônios da Garoa), se vangloriava do fato de a polícia secreta do Exército “vasculhar a vida do grupo e não encontrar nada”. O Demônios gravou canções de protesto e patrióticas, como o fizeram no passado Elisa Coelho (Viva o Meu Brasil), Linda Batista (Desperta Brasil), Francisco Alves (O V da Vitória), Augusto Calheiros (Céu do Meu Brasil), Vicente Celestino (Terra Virgem e Hino Nacional Brasileiro) e outros grandes intérpretes. Nesse ano de 71 o Demônios gravou a macha Praia de Iracema, de Dom e Ravel, dupla que surgiu na área musical em 1968 e acabou execrada por gregos e troianos, isto é: pela militância política de esquerda e pelos colegas de profissão. Ravel, de batismo Eduardo Gomes de Farias, cearense, desabafou para uma platéia na Biblioteca Temática de Música Cassiano Ricardo do Tatuapé, na tarde do dia 8 de novembro de 2008: “É tudo mentira o que têm dito de nós. Somos vítimas. Somos injustiçados e como tal condenados e queimados vivos na fogueira da irracionalidade humana. Nunca apoiamos a violência, nunca apoiamos a direita. Sempre fomos apolíticos. Nunca fizemos música por encomenda, tampouco para os militares. Nossas músicas tentavam despertar a beleza do Brasil nos brasileiros, pois tínhamos o melhor futebol, o melhor carnaval e a beleza e o charme da mulher. Sempre amamos o Brasil. Mas havia inveja, porque ganhávamos muito dinheiro, mais até do que Roberto Carlos. Basta verificar os apontamentos dos arquivos no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, Ecad, que, aliás, estou processando...”. Dom e Ravel foram perseguidos e censurados e tiveram a carreira bruscamente interrompida por agentes da ditadura. Na verdade, ambos surgiram numa época errada. Cantavam sambas e marchas de exaltação, como Eu te Amo Meu Brasil, Só o Amor Constrói, Você Também é Responsável, Obrigado ao Homem do Campo e Canção da Fraternidade, que levou o Papa João Paulo II a lhes parabenizar em mensagem de próprio punho pela beleza dos versos. Ravel lembra que Você Também é Responsável provocou a criação do Mobral, e Obrigado ao Homem do Campo motivou o general-presidente João Batista de Oliveira Figueiredo (1918-99) a distribuir nos meios de comunicação o slogan Plante que o João Garante, o que reforçou a idéia de que os dois stariam em estreita sintonia. Após recusar a pecha de brega, Ravel conta que junto com o irmão chegou a receber tiros durante uma apresentação em Vilhena, RO, e ameaças de morte em várias ocasiões. “Hoje não quero saber da imprensa”.
sábado, 18 de junho de 2011
LITERATURA E MACONHA
Iiiiiiiiiiiiiii!
Um monte de amigos e amigas ligou e mandou e-mails desaforados hoje pra mim dizendo que eu sou isso e aquilo; grosso, careta etc. e tal.
Pôxa!
Quando eu era menino, no século passado; e ainda sou neste novo século, maconheiro era raça que as “boas famílias” não gostavam nem um pouco.
Igual comunista.
Prestes?
Não prestava.
Conheci Brizola eu menino em comício em Alagoinha, na Paraíba.
Tempos idos.
Conheci Prestes eu profissional de jornalismo, em São Paulo.
Menos que tempos de outrora
O bom da Constituição nossa, vigente, de 1988, é que podemos discordar uns dos outros.
O ir e vir, pois, é coisa garantida; como a livre expressão e manifestação de pensamento.
Viva o Brasil e a livre expressão!
Da minha parte, digo: gosto de fumar charuto cubano e cheirar cangote de mulher bonita.
Há mal nisso?
Vale passeata?
MACONHA
Do juiz de Direito da Comarca de João Pessoa, PB, Dr. Onaldo Queiroga, recebo o seguinte texto:
"Baseado no princípio Constitucional da “Liberdade de Expressão”, o Supremo Tribunal Federal liberou a Marcha da Maconha, que reúne manifestantes favoráveis à descriminalização da droga.
Noticia o site www.stf.jus.br(16-06-2011): “... Os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais”.
A Ministra Ellen Gracie asseverou: “Sinto-me inclusive aliviada de que minha liberdade de pensamento e de expressão de pensamento esteja garantida”. Pois bem Ministra, certo de que a minha liberdade de pensamento também há de ser garantida, é que venho manifestar o meu respeito pela decisão, ao tempo em que discordo da mesma.
Se a CF/88 garante a liberdade de expressão, também conduz em seu texto a observância de princípios fundamentais, como o da dignidade humana, da proteção à família e da moralidade.
Essa decisão esvazia a aplicação do delito de Apologia ao Crime. E mais, dizer que essa marcha não incita o crime é querer negar o óbvio. É muita filosofia e pouca realidade. Diante dessa elasticidade de liberdade, o STF abriu uma porta muito perigosa, pois amanhã outros cidadãos poderão reinvidicar, dentro desse espírito democrático, o direito de organizar outras marchas, agora com a finalidade de defender o Neo-nazismo, a descriminalização do estupro, da tortura, do latrocínio, do homicídio. Aliás, sem medo de errar, tenho consciência de que mais de 50% dos homicídios praticados hoje no Brasil decorrem do tráfico de drogas. O aumento de furtos e roubos, como outros delitos, estão também ligados ao tráfico de entorpecente.
Com todo respeito, se essa sessão do STF tivesse sido realizada no chão da cracolândia de São Paulo, talvez a realidade miserável daquele lixão humano, erguido pela maconha e seus primos do crime organizado, fizesse a filosofia da liberdade de expressão ser deixada de lado e houvesse um primado maior pela dignidade humana. Aliás, de onde vem o dinheiro gasto nessa marcha? Não sei, mas poderia ser destinado a resolver a situação da cracolândia, ou das milhares de famílias dilaceradas pela ação diabólica das drogas.
Liberada a marcha, mas não o uso da maconha. Ora, é colaborar com crime e deixar uma missão espinhosa para a polícia, que terá que garantir a marcha e coibir o uso da maconha. Incompreensível!!
Por que a PGR não ajuíza ações para pôr fim à cracolândia? Será que não temos assuntos graves para serem cuidados? Devemos primar, primeiro, pela moral e pela família. A liberdade de expressão não está acima da moralidade. Se existem leis frágeis, com a máxima vênia, também há decisões igualmente frágeis".
Onaldo Queiroga, juiz de Direito.
LIVRO
Encerrei a semana falando sobre literatura no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que apresento todos os dias, ao vivo, pela rádio Trianon (AM 740). O meu convidado especial do dia, sexta, foi o advogado secretário-geral parlamentar da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Marco Antonio Hatem Beneton (foto). Figura ímpar é o Dr. Marco na área que atua. Ele acha um horror o mundo cão. Seu livro de estréia é A Misteriosa Pureza dos Tolos - Histórias Entre Ruas e Padarias (Editora Horizonte). Leiam. Quem assina o prefácio é o meu amigo querido Heródito Barbeiro.
Um monte de amigos e amigas ligou e mandou e-mails desaforados hoje pra mim dizendo que eu sou isso e aquilo; grosso, careta etc. e tal.
Pôxa!
Quando eu era menino, no século passado; e ainda sou neste novo século, maconheiro era raça que as “boas famílias” não gostavam nem um pouco.
Igual comunista.
Prestes?
Não prestava.
Conheci Brizola eu menino em comício em Alagoinha, na Paraíba.
Tempos idos.
Conheci Prestes eu profissional de jornalismo, em São Paulo.
Menos que tempos de outrora
O bom da Constituição nossa, vigente, de 1988, é que podemos discordar uns dos outros.
O ir e vir, pois, é coisa garantida; como a livre expressão e manifestação de pensamento.
Viva o Brasil e a livre expressão!
Da minha parte, digo: gosto de fumar charuto cubano e cheirar cangote de mulher bonita.
Há mal nisso?
Vale passeata?
MACONHA
Do juiz de Direito da Comarca de João Pessoa, PB, Dr. Onaldo Queiroga, recebo o seguinte texto:
"Baseado no princípio Constitucional da “Liberdade de Expressão”, o Supremo Tribunal Federal liberou a Marcha da Maconha, que reúne manifestantes favoráveis à descriminalização da droga.
Noticia o site www.stf.jus.br(16-06-2011): “... Os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais”.
A Ministra Ellen Gracie asseverou: “Sinto-me inclusive aliviada de que minha liberdade de pensamento e de expressão de pensamento esteja garantida”. Pois bem Ministra, certo de que a minha liberdade de pensamento também há de ser garantida, é que venho manifestar o meu respeito pela decisão, ao tempo em que discordo da mesma.
Se a CF/88 garante a liberdade de expressão, também conduz em seu texto a observância de princípios fundamentais, como o da dignidade humana, da proteção à família e da moralidade.
Essa decisão esvazia a aplicação do delito de Apologia ao Crime. E mais, dizer que essa marcha não incita o crime é querer negar o óbvio. É muita filosofia e pouca realidade. Diante dessa elasticidade de liberdade, o STF abriu uma porta muito perigosa, pois amanhã outros cidadãos poderão reinvidicar, dentro desse espírito democrático, o direito de organizar outras marchas, agora com a finalidade de defender o Neo-nazismo, a descriminalização do estupro, da tortura, do latrocínio, do homicídio. Aliás, sem medo de errar, tenho consciência de que mais de 50% dos homicídios praticados hoje no Brasil decorrem do tráfico de drogas. O aumento de furtos e roubos, como outros delitos, estão também ligados ao tráfico de entorpecente.
Com todo respeito, se essa sessão do STF tivesse sido realizada no chão da cracolândia de São Paulo, talvez a realidade miserável daquele lixão humano, erguido pela maconha e seus primos do crime organizado, fizesse a filosofia da liberdade de expressão ser deixada de lado e houvesse um primado maior pela dignidade humana. Aliás, de onde vem o dinheiro gasto nessa marcha? Não sei, mas poderia ser destinado a resolver a situação da cracolândia, ou das milhares de famílias dilaceradas pela ação diabólica das drogas.
Liberada a marcha, mas não o uso da maconha. Ora, é colaborar com crime e deixar uma missão espinhosa para a polícia, que terá que garantir a marcha e coibir o uso da maconha. Incompreensível!!
Por que a PGR não ajuíza ações para pôr fim à cracolândia? Será que não temos assuntos graves para serem cuidados? Devemos primar, primeiro, pela moral e pela família. A liberdade de expressão não está acima da moralidade. Se existem leis frágeis, com a máxima vênia, também há decisões igualmente frágeis".
Onaldo Queiroga, juiz de Direito.
LIVRO
Encerrei a semana falando sobre literatura no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que apresento todos os dias, ao vivo, pela rádio Trianon (AM 740). O meu convidado especial do dia, sexta, foi o advogado secretário-geral parlamentar da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Marco Antonio Hatem Beneton (foto). Figura ímpar é o Dr. Marco na área que atua. Ele acha um horror o mundo cão. Seu livro de estréia é A Misteriosa Pureza dos Tolos - Histórias Entre Ruas e Padarias (Editora Horizonte). Leiam. Quem assina o prefácio é o meu amigo querido Heródito Barbeiro.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
MARCO BENETON, MARCO MENDES E MACONHA
Gosto de falas, de diálogos, de entendimentos.
Isso é necessário, não é?
A gente erra aqui, a gente acerta acolá.
A gente sugere uma coisa aqui, a gente sugere uma coisa acolá; enquanto isso a roda, roda.
Tai: ontem, sob o título “sigilo federal”, eu comentei:
“O puxa e repuxa de um lado e outro continua intenso na esfera federal.
A presidente Dilma agora é a favor do sigilo eterno de documentos oficiais, especialmente aqueles referentes ao período da ditadura militar no Brasil, iniciado nos anos de 1960.
O ex-presidente Lula agora é contra a manutenção desse sigilo.
Pode?
Antes, era a favor.
Mas que diachos há nesses documentos que não possamos saber, hein?
Numa boa?
Vejo a liberação desses documentos para consulta do público como a necessidade que os familiares dos presos, torturados e mortos têm de identificar seus entes queridos tombados nos campos ou trucidados na escuridão das masmorras”.
Agora, agorinha, leio no portal Uol:
"Em direitos humanos, nenhum caso pode ser ultrassecreto", diz Dilma sobre documentos.
Bonito, não é?
Viver e participar da vida que nos rodeia é necessário.
Viva o Brasil!
EDITORA HORIZONTE
Amanhã, às 4h30, se você ligar o rádio no AM 740 Trianon, ou pela Internet, ouvirá O BRASIL TÁ NA MODA comigo proseando com o advogado-escritor sorocabano Marco A. H. Beneton, que está lançando o livro de contos a ver com a cidade de São Paulo: A Misteriosa Pureza dos Tolos, Histórias Entre Ruas e Padarias, pela Editora Horizonte.
Tomara que goste.
MARCO MENDES
O paraibano cheio de ondas Marco Mendes se apresenta domingo no lugar bom da peste Lua Nova, ali no Bixiga de Adoniran, que ele, Adoniram, ficava fulo quando eu, pra provocar, dizia que era Bexiga ou Bela Vista o bairro de que tanto ele gostava. Eu vou, e você? Valendo um porre!
RECADO
A Representação São Paulo do Ministério da Cultura se reunirá com representantes da Comissão Paulista de Pontos de Cultura na próxima segunda 20, para definir a metodologia e plano de trabalho da ação colaborativa de prestação de contas dos pontos conveniados com o Ministério, nos editais 1, 2 e 3.
FHC
O tal ficou anos na Presidência sem falar de discriminalização nunca. Saiu e provocou: é importante discrimilizar a maconha. Então, tá! E aí vem o Tribunal e concorda com passeata, com base no ir e vir garantidos pela Constituição. Ok. Eu cá comigo e meus botões, pensamos: então, tá! Que tal discriminalizar também o pó e cositas más? Essa guerra tá perdida, seu FHC. Na página do Uol foi postada agora, agorinha mesmo, uma notícia cujo título é: "FHC Elogia Dilma e Critica Lula: `Ele deve ter algum problema psicológico`". Ele, no caso, é Lula. Pessoalmente, sabe o que acho? Que fê-agá-cê tá é doidão. Tá faltando bandeira pro PSDB, né não?
Isso é necessário, não é?
A gente erra aqui, a gente acerta acolá.
A gente sugere uma coisa aqui, a gente sugere uma coisa acolá; enquanto isso a roda, roda.
Tai: ontem, sob o título “sigilo federal”, eu comentei:
“O puxa e repuxa de um lado e outro continua intenso na esfera federal.
A presidente Dilma agora é a favor do sigilo eterno de documentos oficiais, especialmente aqueles referentes ao período da ditadura militar no Brasil, iniciado nos anos de 1960.
O ex-presidente Lula agora é contra a manutenção desse sigilo.
Pode?
Antes, era a favor.
Mas que diachos há nesses documentos que não possamos saber, hein?
Numa boa?
Vejo a liberação desses documentos para consulta do público como a necessidade que os familiares dos presos, torturados e mortos têm de identificar seus entes queridos tombados nos campos ou trucidados na escuridão das masmorras”.
Agora, agorinha, leio no portal Uol:
"Em direitos humanos, nenhum caso pode ser ultrassecreto", diz Dilma sobre documentos.
Bonito, não é?
Viver e participar da vida que nos rodeia é necessário.
Viva o Brasil!
EDITORA HORIZONTE
Amanhã, às 4h30, se você ligar o rádio no AM 740 Trianon, ou pela Internet, ouvirá O BRASIL TÁ NA MODA comigo proseando com o advogado-escritor sorocabano Marco A. H. Beneton, que está lançando o livro de contos a ver com a cidade de São Paulo: A Misteriosa Pureza dos Tolos, Histórias Entre Ruas e Padarias, pela Editora Horizonte.
Tomara que goste.
MARCO MENDES
O paraibano cheio de ondas Marco Mendes se apresenta domingo no lugar bom da peste Lua Nova, ali no Bixiga de Adoniran, que ele, Adoniram, ficava fulo quando eu, pra provocar, dizia que era Bexiga ou Bela Vista o bairro de que tanto ele gostava. Eu vou, e você? Valendo um porre!
RECADO
A Representação São Paulo do Ministério da Cultura se reunirá com representantes da Comissão Paulista de Pontos de Cultura na próxima segunda 20, para definir a metodologia e plano de trabalho da ação colaborativa de prestação de contas dos pontos conveniados com o Ministério, nos editais 1, 2 e 3.
FHC
O tal ficou anos na Presidência sem falar de discriminalização nunca. Saiu e provocou: é importante discrimilizar a maconha. Então, tá! E aí vem o Tribunal e concorda com passeata, com base no ir e vir garantidos pela Constituição. Ok. Eu cá comigo e meus botões, pensamos: então, tá! Que tal discriminalizar também o pó e cositas más? Essa guerra tá perdida, seu FHC. Na página do Uol foi postada agora, agorinha mesmo, uma notícia cujo título é: "FHC Elogia Dilma e Critica Lula: `Ele deve ter algum problema psicológico`". Ele, no caso, é Lula. Pessoalmente, sabe o que acho? Que fê-agá-cê tá é doidão. Tá faltando bandeira pro PSDB, né não?
quinta-feira, 16 de junho de 2011
CARLOS BRICKMANN E O JORNALISMO RESPONSÁVEL
Carlos Brickmann é um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, com bunker fundado em parceria com Marli Gonçalves no já distante ano de 1988. Está instalado aqui na capital paulista e pode ser identificado facilmente como Brickmann & Associados Comunicação, também chamado de B&A (www.brickmann.com.br). Esse Brickmann,meus amigos, é pau pra toda obra. O seu estilo é único. Ele é mestre da escrita rápida, clara, enxuta, em cujo bojo carrega a tinta e as cores da acidez do bom humor e do jornalismo sério e capacitado. Como profissional da empresa que dirige, que chamo de bunker, ele gerencia com responsabilidade e galhardia crises em áreas diversas, como as movediças política e economia.
Duvida?
Não duvide, consulte-o.
Carlos Brickmann, que foi editor do extinto jornal Folha da Tarde, dos Frias; diretor de jornalismo da Rede Bandeirantes, repórter especial, editor de Economia e de Internacional da Folha de S.Paulo, dos bons e velhos tempos. Foi também secretário de redação e editor da extinta revista semanal Visão e bam-bam-bam do Jornal da Tarde. Hoje escreve textos para o newsletter Observatório da Imprensa, também publicados em vários jornais, entre os quais Correio Popular, O Dia, Diário do Grande ABC, Folha de Pernambuco e Gazeta de Ribeirão.
O cabra é dos bons, é de raça, é do Brasil!
E ele, não sei em quais horas, ainda escreve livros como A Vida é um Palanque, os Segredos da Comunicação Política, de 1994; e 1º Guia Básico do Candidato, de 1998.
Carlos Brickmann é o meu convidado especial hoje no programa O BRASISL TÁ NA MODA, no ar a partir das 14h30, pela rádio Trianon AM 740.
Não seja bobo, não perca o nosso papo.
SIGILO FEDERAL
O puxa e repuxa de um lado e outro continua intenso na esfera federal.
A presidente Dilma agora é a favor do sigilo eterno de documentos oficiais, especialmente aqueles referentes ao período da ditadura militar no Brasil, iniciado nos anos de 1960.
O ex-presidente Lula agora é contra a manutenção desse sigilo.
Pode?
Antes, era a favor.
Mas que diachos há nesses documentos que não possamos saber, hein?
Numa boa?
Vejo a liberação desses documentos para consulta do público como a necessidade que os familiares dos presos, torturados e mortos têm de identificar seus entes queridos tombados nos campos ou trucidados na escuridãoa das masmorras.
Duvida?
Não duvide, consulte-o.
Carlos Brickmann, que foi editor do extinto jornal Folha da Tarde, dos Frias; diretor de jornalismo da Rede Bandeirantes, repórter especial, editor de Economia e de Internacional da Folha de S.Paulo, dos bons e velhos tempos. Foi também secretário de redação e editor da extinta revista semanal Visão e bam-bam-bam do Jornal da Tarde. Hoje escreve textos para o newsletter Observatório da Imprensa, também publicados em vários jornais, entre os quais Correio Popular, O Dia, Diário do Grande ABC, Folha de Pernambuco e Gazeta de Ribeirão.
O cabra é dos bons, é de raça, é do Brasil!
E ele, não sei em quais horas, ainda escreve livros como A Vida é um Palanque, os Segredos da Comunicação Política, de 1994; e 1º Guia Básico do Candidato, de 1998.
Carlos Brickmann é o meu convidado especial hoje no programa O BRASISL TÁ NA MODA, no ar a partir das 14h30, pela rádio Trianon AM 740.
Não seja bobo, não perca o nosso papo.
SIGILO FEDERAL
O puxa e repuxa de um lado e outro continua intenso na esfera federal.
A presidente Dilma agora é a favor do sigilo eterno de documentos oficiais, especialmente aqueles referentes ao período da ditadura militar no Brasil, iniciado nos anos de 1960.
O ex-presidente Lula agora é contra a manutenção desse sigilo.
Pode?
Antes, era a favor.
Mas que diachos há nesses documentos que não possamos saber, hein?
Numa boa?
Vejo a liberação desses documentos para consulta do público como a necessidade que os familiares dos presos, torturados e mortos têm de identificar seus entes queridos tombados nos campos ou trucidados na escuridãoa das masmorras.
GIGOLÔS DA CULTURA NACIONAL
O secretário Andrea Matarazzo, da Cultura, compareceu, como previsto, à Assembléia Legislativa para falar de temas ligados a sua pasta. Lembrou que o governo do Estado tem planos de interiorização da cultura, com investimentos na produção e capacitação de agentes, por região. Em seguida, reconheceu o óbvio: que a cultura permite uma grande transformação social “a custo baixíssimo”. E surpreendeu quando chamou os captores de recursos para o Proac, via ICMS, de gigolôs.Ele disse isso por entender que há muitos “intermediários voltados ao mercado" com o fito único de atender "a demandas e interesses de empresas patrocinadoras”; e que muitas vezes esses intermediários não têm compromisso ou relação alguma com a produção cultural do País. A verba destinada ao Proac para incentivo indireto a projetos culturais, advinda do ICMS via captores, lembrou, "é da ordem de R$ 80 milhões/ano"; e para incentivo direto, através de editais, "de R$ 25 milhões". Agora, pergunto e sugiro: por que o secretário Matarazzo não eleva o valor da verba dos editais para incentivo direto à produção e divulgação da cultura e não cria algo como um fundo com gestão mista para uso do ICMS? Isso talvez possa impedir ou dificultar a farra dos bois, isto é: dos gigolôs da cultura nacional a que se referiu.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
FUBA DE TAPEROÁ E FERNANDO COELHO, DA BAHIA
Fuba de Taperoá, de nascimento Juberlino Martins Levino, é desses artistas que a gente costuma dizer que não deve nada ao destino, pois já nasceu com talento desmedido.
Desde quando se conhece por artista, e faz tempo, Fuba carrega no seu sobrenome de guerra o nome de paz da belíssima Paraíba, que é uma das 27 unidades federativas do Brasil e uma das nove nordestinas localizada a Leste da região, limitada pelo Rio Grande do Norte, ao norte, terra do estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo; o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco, ao sul; e Ceará a oeste.
Pois bem, Fuba é um brasileiro de Taperoá, na Paraíba, também terra de Zito Borborema, Abdias e Vital Farias.
Taperoá, chamada de A Princesa do Cariri, tem clima semi-árido e está localizada na microrregião do Cariri Ocidental. Foi fundada no dia 6 de outubro de 1886 e ficou famosa por ser cenário do enredo d´O Auto da Compadecida, do escritor Ariano Suassuna, que também é taperoaense.
A Paraíba tem bandeira, brasão e um hino muito bonito, com letra do poeta Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo e melodia do maestro Abdon Felinto Milanês.
Esse hino foi apresentado em público pela primeira vez no dia 30 de junho de 1905.
FESTIVAL DE CINEMA
Ocorreu ontem à noite, no Teatro São Joaquim, em Goiás, a abertura da 13ª edição do Festival Internacional e Vídeo Ambiental, que contou com a presença do governador Marcos Perillo e do cineasta Cacá Diegues. O teatro esteve lotado.
CULTURA POPULAR
Começa hoje no Teatro Dix-Huit Rosado, em Mossoró, o XI Seminário de Cultura Popular. A obra do rei do baião, Luiz Gonzaga, estará em discussão. Um dos palestrantes é o engenheiro e cordelista Kydelmir Dantas, que há anos conheci num desses seminários, no Rio Grande do Norte.
ANDREA MATARAZZO
O secretário Andrea Matarazzo estará logo mais às 15 horas participando de encontro com produtores culturais na Assembléia Legislativa de São Paulo. Alessandro Azevedo, do Raso da Catarina, está convocando interessados na discussão da cultura popular brasileira.
NA MOSCA!
Carlos Brickmann, um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros, mais uma vez acertou na mosca ao escrever sobre o terrorista italiano Cesare Battisti. Leiam seu texto no Observatório da Imprensa.
DESMONTE CULTURAL
Do colega jornalista e poeta baiano Fernando Coelho, recebo este protesto:
“O desmonte da alma baiana vem de longe. O Pelourinho enterrado no desgosto. A ladeira, de moleques e povos, de escritores e pensadores, do mundo, prensada entre o descaso e a miséria. O espírito baiano não tem mais oxigênio. Na Bahia, os espíritos precisam de ar. São o som da inteligência invisível. Dos pretos enterrados há muito, com seus sonhos misturados ao óleo de baleia que unta os tijolos das igrejas, sobre o suor. Apenas. Nas pedras cabeça de negro, corrimão dos nossos pés nas ladeiras surradas do Pelô, sobram o cuspe velho dos áulicos novos. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho, na Europa seria um tesouro. Para o baiano é um estorvo. Mas do que é feita a alma baiana desmontada? Mas do que é feito o espírito baiano, esmaecido com o mata-borrão da burocracia? De que barro é feito o brasileiro? Como é o retrato da autoridade baiana? Igual ao de Brasília? A morte da tradição baiana não tem velório. Não tem verba para velas. Não tem verba para as carpideiras. Alguém, como eu, já foi chorar na sacristia da Igreja do Rosário? Alguém, como eu, já ficou enterrado até o pescoço naquele silêncio de final de dia ali, no antigo cemitério de negros, pensando na dor e no sofrimento e ainda assim na vida e na vitória? É ali na Igreja do Rosário que está o umbigo de Salvador. É ali onde os chefes das salas oficiais querem que seja o calvário da preservação. O mórbido caixão do despreparo histórico, do reconhecimento da História, do respeito à fidalguia do nosso nascimento. Vamos salvar essa igreja, porque o futuro das autoridades perdidas entre papéis, votos e nada não tem salvação. A Bahia precisa se respeitar. O baiano precisa se respeitar. Lembrar-se mais da quarta-feira de cinzas do que do carnaval. Os cordeiros de Salvador, de mãos mais sangradas, com falta de comida em casa, com falta de dinheiro pro ônibus, são mais autoridade do que os que dominam os destinos de um povo que somente ouve e ouve. Mas não era assim. Cadê Gregório de Mattos, Cosme de Farias, Cuíca de Santo Amaro? Precisamos de Jorge Amado, Mestre Bimba e Pastinha, Calasans e Carlos Bastos. Precisamos de Mãe Senhora, de Mãe Menininha que nos abençoam de cima. Precisamos de Odé Kayodê, Mãe Stella de Oxóssi, que nos ouve e vê ali da rua Direta de São Gonçalo do Retiro. Ainda precisamos do dono da praça, que deu a praça para o povo: Castro Alves. Precisamos dos que se foram, porque os que ficaram estão mudos. Se não é possível salvar o Terreiro de Jesus e o Pelourinho, que mais pertence a Unesco do que ao Brasil, tentemos salvar a pequena igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Prestos do Pelourinho. É preciso ouvir mais Clarindo Silva, preto velho, homem sem temor, o último guerreiro que não deixa a cidadela do Pelô de vez ser invadida pela contra-mão da visão modernista e oportunista dos gabinetes. Ouvir Clarindo Silva é ouvir a voz dos becos e do povo excluído do Pelourinho. Salvemos essa igrejinha escondida no seu manto de azul que tanto ilumina o frontal da Baía de Todos os Santos lá de cima. Ela é um patrimônio nacional. Assim, já estaremos fazendo alguma coisa pelo nosso destino. Este relato que nos manda Patrícia Bernardes Sousa, é a prova cruel de nossa falta de civilidade e amor pelo que somos.
Desde quando se conhece por artista, e faz tempo, Fuba carrega no seu sobrenome de guerra o nome de paz da belíssima Paraíba, que é uma das 27 unidades federativas do Brasil e uma das nove nordestinas localizada a Leste da região, limitada pelo Rio Grande do Norte, ao norte, terra do estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo; o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco, ao sul; e Ceará a oeste.
Pois bem, Fuba é um brasileiro de Taperoá, na Paraíba, também terra de Zito Borborema, Abdias e Vital Farias.
Taperoá, chamada de A Princesa do Cariri, tem clima semi-árido e está localizada na microrregião do Cariri Ocidental. Foi fundada no dia 6 de outubro de 1886 e ficou famosa por ser cenário do enredo d´O Auto da Compadecida, do escritor Ariano Suassuna, que também é taperoaense.
A Paraíba tem bandeira, brasão e um hino muito bonito, com letra do poeta Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo e melodia do maestro Abdon Felinto Milanês.
Esse hino foi apresentado em público pela primeira vez no dia 30 de junho de 1905.
FESTIVAL DE CINEMA
Ocorreu ontem à noite, no Teatro São Joaquim, em Goiás, a abertura da 13ª edição do Festival Internacional e Vídeo Ambiental, que contou com a presença do governador Marcos Perillo e do cineasta Cacá Diegues. O teatro esteve lotado.
CULTURA POPULAR
Começa hoje no Teatro Dix-Huit Rosado, em Mossoró, o XI Seminário de Cultura Popular. A obra do rei do baião, Luiz Gonzaga, estará em discussão. Um dos palestrantes é o engenheiro e cordelista Kydelmir Dantas, que há anos conheci num desses seminários, no Rio Grande do Norte.
ANDREA MATARAZZO
O secretário Andrea Matarazzo estará logo mais às 15 horas participando de encontro com produtores culturais na Assembléia Legislativa de São Paulo. Alessandro Azevedo, do Raso da Catarina, está convocando interessados na discussão da cultura popular brasileira.
NA MOSCA!
Carlos Brickmann, um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros, mais uma vez acertou na mosca ao escrever sobre o terrorista italiano Cesare Battisti. Leiam seu texto no Observatório da Imprensa.
DESMONTE CULTURAL
Do colega jornalista e poeta baiano Fernando Coelho, recebo este protesto:
“O desmonte da alma baiana vem de longe. O Pelourinho enterrado no desgosto. A ladeira, de moleques e povos, de escritores e pensadores, do mundo, prensada entre o descaso e a miséria. O espírito baiano não tem mais oxigênio. Na Bahia, os espíritos precisam de ar. São o som da inteligência invisível. Dos pretos enterrados há muito, com seus sonhos misturados ao óleo de baleia que unta os tijolos das igrejas, sobre o suor. Apenas. Nas pedras cabeça de negro, corrimão dos nossos pés nas ladeiras surradas do Pelô, sobram o cuspe velho dos áulicos novos. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho, na Europa seria um tesouro. Para o baiano é um estorvo. Mas do que é feita a alma baiana desmontada? Mas do que é feito o espírito baiano, esmaecido com o mata-borrão da burocracia? De que barro é feito o brasileiro? Como é o retrato da autoridade baiana? Igual ao de Brasília? A morte da tradição baiana não tem velório. Não tem verba para velas. Não tem verba para as carpideiras. Alguém, como eu, já foi chorar na sacristia da Igreja do Rosário? Alguém, como eu, já ficou enterrado até o pescoço naquele silêncio de final de dia ali, no antigo cemitério de negros, pensando na dor e no sofrimento e ainda assim na vida e na vitória? É ali na Igreja do Rosário que está o umbigo de Salvador. É ali onde os chefes das salas oficiais querem que seja o calvário da preservação. O mórbido caixão do despreparo histórico, do reconhecimento da História, do respeito à fidalguia do nosso nascimento. Vamos salvar essa igreja, porque o futuro das autoridades perdidas entre papéis, votos e nada não tem salvação. A Bahia precisa se respeitar. O baiano precisa se respeitar. Lembrar-se mais da quarta-feira de cinzas do que do carnaval. Os cordeiros de Salvador, de mãos mais sangradas, com falta de comida em casa, com falta de dinheiro pro ônibus, são mais autoridade do que os que dominam os destinos de um povo que somente ouve e ouve. Mas não era assim. Cadê Gregório de Mattos, Cosme de Farias, Cuíca de Santo Amaro? Precisamos de Jorge Amado, Mestre Bimba e Pastinha, Calasans e Carlos Bastos. Precisamos de Mãe Senhora, de Mãe Menininha que nos abençoam de cima. Precisamos de Odé Kayodê, Mãe Stella de Oxóssi, que nos ouve e vê ali da rua Direta de São Gonçalo do Retiro. Ainda precisamos do dono da praça, que deu a praça para o povo: Castro Alves. Precisamos dos que se foram, porque os que ficaram estão mudos. Se não é possível salvar o Terreiro de Jesus e o Pelourinho, que mais pertence a Unesco do que ao Brasil, tentemos salvar a pequena igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Prestos do Pelourinho. É preciso ouvir mais Clarindo Silva, preto velho, homem sem temor, o último guerreiro que não deixa a cidadela do Pelô de vez ser invadida pela contra-mão da visão modernista e oportunista dos gabinetes. Ouvir Clarindo Silva é ouvir a voz dos becos e do povo excluído do Pelourinho. Salvemos essa igrejinha escondida no seu manto de azul que tanto ilumina o frontal da Baía de Todos os Santos lá de cima. Ela é um patrimônio nacional. Assim, já estaremos fazendo alguma coisa pelo nosso destino. Este relato que nos manda Patrícia Bernardes Sousa, é a prova cruel de nossa falta de civilidade e amor pelo que somos.
terça-feira, 14 de junho de 2011
PROGRAMA PÉ NO CHÃO E INTELIGÊNCIA NO AR
Ontem 13 foi o dia de Santo Antônio, o santo consultor casamenteiro desde muitos séculos.
Pra falar a respeito e também de outros assuntos incluindo política e literatura, esteve no programa O Brasil tá na Moda, que apresento todos os dias ao vivo a partir das 14h30 pela rádio Trianon AM 740, a colega jornalista Marli Gonçalves, que falou bonito, com graça e não só sobre o velho santo lisboeta, pois, pois.
Ela falou até de movimentos de pessoas adeptas da marijoana que invadiram a Paulista em passeata, há poucos dias, para pedir a discriminalização da bichinha, oxente!
Marli também falou dos seguidores da vadiagem, que o nosso Código Penal já nem liga muito.
E hoje sabe quem esteve no programa?
Sérgio Cursino e Marco Bin (foto).
Cursino é craque do jornalismo; e Bin, doutor em Ciências Sociais que está lançando o livro Histórias Invisíveis a quatro mãos com Mônica Rebecca, professora da área de Semiótica.
No livro se movimentam personagens da vida; mas, digamos, retransformados. Isto é: Histórias Invisíveis (Editora Horizonte) é um livro cujos personagens habitam o buraco do real com o irreal.
É uma ficção da realidade, se é que pode ser dito.
Foi um papo solto o papo com Cursino e Bin, entremeado com boa música e intervenções telefônicas do estudioso da cultura popular gaúcho Paixão Côrtes, do escritor de livros sobre música Ricardo Cravo Albin e dos artistas paulistas Renato Teixeira e Rolando Boldrin, postos pra serem ouvidos interpretando a toada-baião Mulher Rendeira do folclore nordestino, adaptado por Zé do Norte.
Rolou também uma entrevista, por telefone, com o engenheiro e cordelista nordestino Kydelmir Dantas, diretamente de Mossoró, RN, sobre a importância de Luiz Gonzaga no panorama cultural brasileiro.
Amanhã o meu convidado especial é o forrozeiro Fuba de Taperoá.
Taperoá é uma cidade da Paraíba.
E Fuba, compositor e percussionista d extraordinário talento, já se apresentou ao lado de grandes artistas brasileiros, incluindo Luiz Gonzaga, rei do baião; e Jackson do Pandeiro, rei do ritmo.
E desde já adianto: o meu próximo convidado, comigo quinta 16 é Carlos Brickmann, um jornalista de aguda sensibilidade e dono de um estilo ímpar.
Brickmann é bom que só!
Não deixem de ouvir o nosso papo, a partir das 14h30.
Pra falar a respeito e também de outros assuntos incluindo política e literatura, esteve no programa O Brasil tá na Moda, que apresento todos os dias ao vivo a partir das 14h30 pela rádio Trianon AM 740, a colega jornalista Marli Gonçalves, que falou bonito, com graça e não só sobre o velho santo lisboeta, pois, pois.
Ela falou até de movimentos de pessoas adeptas da marijoana que invadiram a Paulista em passeata, há poucos dias, para pedir a discriminalização da bichinha, oxente!
Marli também falou dos seguidores da vadiagem, que o nosso Código Penal já nem liga muito.
E hoje sabe quem esteve no programa?
Sérgio Cursino e Marco Bin (foto).
Cursino é craque do jornalismo; e Bin, doutor em Ciências Sociais que está lançando o livro Histórias Invisíveis a quatro mãos com Mônica Rebecca, professora da área de Semiótica.
No livro se movimentam personagens da vida; mas, digamos, retransformados. Isto é: Histórias Invisíveis (Editora Horizonte) é um livro cujos personagens habitam o buraco do real com o irreal.
É uma ficção da realidade, se é que pode ser dito.
Foi um papo solto o papo com Cursino e Bin, entremeado com boa música e intervenções telefônicas do estudioso da cultura popular gaúcho Paixão Côrtes, do escritor de livros sobre música Ricardo Cravo Albin e dos artistas paulistas Renato Teixeira e Rolando Boldrin, postos pra serem ouvidos interpretando a toada-baião Mulher Rendeira do folclore nordestino, adaptado por Zé do Norte.
Rolou também uma entrevista, por telefone, com o engenheiro e cordelista nordestino Kydelmir Dantas, diretamente de Mossoró, RN, sobre a importância de Luiz Gonzaga no panorama cultural brasileiro.
Amanhã o meu convidado especial é o forrozeiro Fuba de Taperoá.
Taperoá é uma cidade da Paraíba.
E Fuba, compositor e percussionista d extraordinário talento, já se apresentou ao lado de grandes artistas brasileiros, incluindo Luiz Gonzaga, rei do baião; e Jackson do Pandeiro, rei do ritmo.
E desde já adianto: o meu próximo convidado, comigo quinta 16 é Carlos Brickmann, um jornalista de aguda sensibilidade e dono de um estilo ímpar.
Brickmann é bom que só!
Não deixem de ouvir o nosso papo, a partir das 14h30.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
SIMPLICIDADE RADICAL, 2
Uma estrela se desgarrou das outras e caiu no céu, da boca.
..............................
Era noite e a lua, cheia. E chovia muito, torrencialmente. Relâmpagos, raios e trovões provocavam gritos e arrepios. A lua, alumiando o aguaçal, acabou engolida por uma boca de lobo. E tudo virou breu.
......................
Um vendaval de meteoros e cometas desabou do nada sobre a lua, pegando São Jorge de surpresa. O dragão o salvou, engolindo-o; e o vendaval parou deixando o solo lunar todo craterado, tal qual tábua de pirulitos.
...................................
E o sol caiu, queimando o nada.
.............................
Ele nunca entendeu que a vida é tudo. Até que um dia acordou com dor de dente.
..................
Marx brincava dizendo que Deus nunca existiu. E Marx morreu.
..............................
Era noite e a lua, cheia. E chovia muito, torrencialmente. Relâmpagos, raios e trovões provocavam gritos e arrepios. A lua, alumiando o aguaçal, acabou engolida por uma boca de lobo. E tudo virou breu.
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Um vendaval de meteoros e cometas desabou do nada sobre a lua, pegando São Jorge de surpresa. O dragão o salvou, engolindo-o; e o vendaval parou deixando o solo lunar todo craterado, tal qual tábua de pirulitos.
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E o sol caiu, queimando o nada.
.............................
Ele nunca entendeu que a vida é tudo. Até que um dia acordou com dor de dente.
..................
Marx brincava dizendo que Deus nunca existiu. E Marx morreu.
domingo, 12 de junho de 2011
XANGAI SOZINHO AO VIOLÃO; ENCONTRO RARO
Encontro raríssimo, que, quem sabe, poderá se repetir Brasil afora: Xangai sozinho ao violão, diante de uma platéia respeitosa e em plena sintonia.
Esse encontro – mágico, por que não dizer? – ocorreu ontem à noite, na unidade Sesc Ipiranga, cá na capital paulista.
Quem não foi, perdeu.
E perdeu porque certamente atrasou de reservar ingresso.
O espetáculo terminou com todos batendo palmas e pedindo bis.
E ele acabara de chegar de outro encontro, dessa vez na parte velha de Recife, junto com os malungos Geraldinho Azevedo e Maciel Melo, também de grande qualidade artística.
Não parecia cansado, parecia feliz.
Não assisti o encontro em Recife, mas as informações dão conta de que foi fantástico.
Lembrando: Xangai entrou na cena musical brasileira nos princípios dos anos de 1980, na Bahia e em São Paulo.
Marcantes desde então têm sido suas apresentações, primeiro ao lado do sempre incrível Elomar, o das Quadradas do velho Gavião; Vital Farias e o já citado Geraldinho.
Pena os meios de comunicação eletrônicos e impressos do País não abram espaço para Xangai, cujo talento é difícil de medir.
Mas ele não dobra a língua cantando na expressão do Tio Sam, não é?
Xangai é um artista plenamente consciente da riqueza musical do Brasil e da sua voz.
Como poucos, ele consegue cada vez mais melhorar o que interpreta como o fez ontem com o hit do caldeirão brega Eu Não Sou Cachorro Não, de Waldick Soriano.
Da obra de Elomar, então, ele é o fiel da balança.
Impossível alguém cantar melhor Elomar do que Xangai (na foto, de Veronica Manevy).
Viva Xangai!
Esse encontro – mágico, por que não dizer? – ocorreu ontem à noite, na unidade Sesc Ipiranga, cá na capital paulista.
Quem não foi, perdeu.
E perdeu porque certamente atrasou de reservar ingresso.
O espetáculo terminou com todos batendo palmas e pedindo bis.
E ele acabara de chegar de outro encontro, dessa vez na parte velha de Recife, junto com os malungos Geraldinho Azevedo e Maciel Melo, também de grande qualidade artística.
Não parecia cansado, parecia feliz.
Não assisti o encontro em Recife, mas as informações dão conta de que foi fantástico.
Lembrando: Xangai entrou na cena musical brasileira nos princípios dos anos de 1980, na Bahia e em São Paulo.
Marcantes desde então têm sido suas apresentações, primeiro ao lado do sempre incrível Elomar, o das Quadradas do velho Gavião; Vital Farias e o já citado Geraldinho.
Pena os meios de comunicação eletrônicos e impressos do País não abram espaço para Xangai, cujo talento é difícil de medir.
Mas ele não dobra a língua cantando na expressão do Tio Sam, não é?
Xangai é um artista plenamente consciente da riqueza musical do Brasil e da sua voz.
Como poucos, ele consegue cada vez mais melhorar o que interpreta como o fez ontem com o hit do caldeirão brega Eu Não Sou Cachorro Não, de Waldick Soriano.
Da obra de Elomar, então, ele é o fiel da balança.
Impossível alguém cantar melhor Elomar do que Xangai (na foto, de Veronica Manevy).
Viva Xangai!
sexta-feira, 10 de junho de 2011
ZÉ LUIZ PARTIU. SERGIO SALVADORI, TAMBÉM
Ontem, através do amigo e colega jornalista Marco Zanfra, noticiei, com enorme pesar, a partida para a Eternidade do também colega e amigo José Luiz Lima.
Partiu-me o coração a notícia.
Hoje, através do amigo e engenheiro Nestor Tupinambá, noticio também a partida para o Desconhecido, e igualmente com muito pesar, do amigo e também engenheiro, Sergio Salvadori, ao lado de quem trabalhei durante anos na Companhia do Metropolitano de São Paulo –Metrô.
Zé era um amigo e tanto!
Ele não bebia e não fumava; andava na linha, como se diz, e acolhia todo mundo sempre com um sorriso largo por traz de uma densa barba.
Trabalhamos juntos na Folha, por muitos anos.
Já Salvadori, sempre bonachão e afável, pode-se dizer que era diferente no comportamento com relação a Zé.
Ele adorava uma cerveja, ao lado dos amigos e companheiros de trabalho.
Que Deus os acolha bem, como eles nos acolheram.
Sim, estou triste.
E a Lua é Cheia.
Partiu-me o coração a notícia.
Hoje, através do amigo e engenheiro Nestor Tupinambá, noticio também a partida para o Desconhecido, e igualmente com muito pesar, do amigo e também engenheiro, Sergio Salvadori, ao lado de quem trabalhei durante anos na Companhia do Metropolitano de São Paulo –Metrô.
Zé era um amigo e tanto!
Ele não bebia e não fumava; andava na linha, como se diz, e acolhia todo mundo sempre com um sorriso largo por traz de uma densa barba.
Trabalhamos juntos na Folha, por muitos anos.
Já Salvadori, sempre bonachão e afável, pode-se dizer que era diferente no comportamento com relação a Zé.
Ele adorava uma cerveja, ao lado dos amigos e companheiros de trabalho.
Que Deus os acolha bem, como eles nos acolheram.
Sim, estou triste.
E a Lua é Cheia.
SIMPLICIDADE RADICAL
Ele era tão radicalmente simples, que um dia subiu num tamborete e, ai! Mordeu a própria testa.
~~~~~~
Pois é. E um dia disse que estava cansado. Os amigos se preocuparam, pensando que ele ia se matar. Mas, não. Ele sentou-se num meio-fio e descansou.
~~~~~~~
Desempregado, sem grana, desceu a Consolação e bateu à porta de um empresário de artistas, dizendo que era mágico e sabia voar. O empresário o olhou com desdém e o enxotou do escritório; mas vendo a janela aberta, o artista jogou-se ao espaço e saiu voando.
~~~~~~~~
Se der, deu. Se não, chau dé!
João era o nome dele.
Débora, o dela.
João era sonhador e queria mudar o mundo.
Débora, na dela.
Um dia, ele disse que ia cair na guerrilha. Iria para o tudo ou nada.
Ela, na dela.
E ele partiu.
Dias depois, Débora abriu o jornal e leu uma notícia em letra miúda: “O guerrilheiro João tombou ontem com uma metralhadora na mão”.
Isto é: não deu.
~~~~~~
Pois é. E um dia disse que estava cansado. Os amigos se preocuparam, pensando que ele ia se matar. Mas, não. Ele sentou-se num meio-fio e descansou.
~~~~~~~
Desempregado, sem grana, desceu a Consolação e bateu à porta de um empresário de artistas, dizendo que era mágico e sabia voar. O empresário o olhou com desdém e o enxotou do escritório; mas vendo a janela aberta, o artista jogou-se ao espaço e saiu voando.
~~~~~~~~
Se der, deu. Se não, chau dé!
João era o nome dele.
Débora, o dela.
João era sonhador e queria mudar o mundo.
Débora, na dela.
Um dia, ele disse que ia cair na guerrilha. Iria para o tudo ou nada.
Ela, na dela.
E ele partiu.
Dias depois, Débora abriu o jornal e leu uma notícia em letra miúda: “O guerrilheiro João tombou ontem com uma metralhadora na mão”.
Isto é: não deu.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
ESTRANHA ENTREVISTA COM JORGE AMADO
Tudo começou com a informação que o cantor e compositor cearense Belchior, até hoje em lugar incerto e não sabido após entrevista à Globo, no Fantástico, estaria hospedado na mansão de Carlos di Gênio, que não faço a menor idéia de onde seja ou se existe, embora a informação indicasse uma saída ou entrada pela Avenida Paulista.
Pois bem, um amigo seguiu comigo até a tal mansão.
Ao chegarmos encontro de pé à entrada, em dúvida, sem saber se entra, o escritor baiano Jorge Amado.
Ele estava só.
Quando me vê, pergunta se é ali mesmo que Belchior está.
Convido-o a entrar.
O meu amigo segue na frente.
Num instante, o escritor para e afirma:
- Não, não vou mais ficar aqui.
Ao virar as costas, me convida a acompanhá-lo.
Aceito.
Começo então a lhe dirigir uma série de perguntas, que responde sem titubear.
Diz, por exemplo, que não publica livro novo há quatro anos, e que esse tempo é muito para o leitor esperar.
De repente, num descampado, ele começa a correr em zig-zag.
Pede que o acompanhe.
E lá vou também, feito um besta.
Do nada, vão surgindo árvores à esquerda e a nossa frente.
À direita, um precipício.
É quando recomendo atenção e cuidado.
Ele olha pra mim, rir, vira as costas e some.
Eu fico sozinho, observando a sua figura desaparecer devagar, envolta num nevoeiro.
E pronto!
Acordei.
ZÉ LUIZ
Há minutos, abri minha caixa de mensagens e li uma que desde já lamento profundamente: “Não sei se vocês já sabem, mas faleceu nosso amigo José Luiz Lima, meu grande companheiro durante 37 anos - desde a Cásper Líbero - e meu afilhado de casamento. Ele teve um infarto fulminante na AL. Tinha acabado de completar 60 anos. Acho que não vou conseguir dormir até embarcar no vôo que vai me deixar em Congonhas, às 7h15. A família informou que o enterro será às 14 horas, no Cemitério da Paz (Morumbi)”. Quem assina esta trágica notícia é Marco Zanfra, com quem trabalhei na Folha, ao lado do Zé. Ultimamente Zé prestava serviços na Assembléia Legislativa de São Paulo. Na noite de 31 de março nos encontramos pela últma vez, no coquetel de lançamento do livro As Covas Gêmeas, de Zanfra.
Pois bem, um amigo seguiu comigo até a tal mansão.
Ao chegarmos encontro de pé à entrada, em dúvida, sem saber se entra, o escritor baiano Jorge Amado.
Ele estava só.
Quando me vê, pergunta se é ali mesmo que Belchior está.
Convido-o a entrar.
O meu amigo segue na frente.
Num instante, o escritor para e afirma:
- Não, não vou mais ficar aqui.
Ao virar as costas, me convida a acompanhá-lo.
Aceito.
Começo então a lhe dirigir uma série de perguntas, que responde sem titubear.
Diz, por exemplo, que não publica livro novo há quatro anos, e que esse tempo é muito para o leitor esperar.
De repente, num descampado, ele começa a correr em zig-zag.
Pede que o acompanhe.
E lá vou também, feito um besta.
Do nada, vão surgindo árvores à esquerda e a nossa frente.
À direita, um precipício.
É quando recomendo atenção e cuidado.
Ele olha pra mim, rir, vira as costas e some.
Eu fico sozinho, observando a sua figura desaparecer devagar, envolta num nevoeiro.
E pronto!
Acordei.
ZÉ LUIZ
Há minutos, abri minha caixa de mensagens e li uma que desde já lamento profundamente: “Não sei se vocês já sabem, mas faleceu nosso amigo José Luiz Lima, meu grande companheiro durante 37 anos - desde a Cásper Líbero - e meu afilhado de casamento. Ele teve um infarto fulminante na AL. Tinha acabado de completar 60 anos. Acho que não vou conseguir dormir até embarcar no vôo que vai me deixar em Congonhas, às 7h15. A família informou que o enterro será às 14 horas, no Cemitério da Paz (Morumbi)”. Quem assina esta trágica notícia é Marco Zanfra, com quem trabalhei na Folha, ao lado do Zé. Ultimamente Zé prestava serviços na Assembléia Legislativa de São Paulo. Na noite de 31 de março nos encontramos pela últma vez, no coquetel de lançamento do livro As Covas Gêmeas, de Zanfra.
terça-feira, 7 de junho de 2011
SÃO PAULO DE CONTRASTES, VIDA E CORES
O dia em São Paulo hoje não foi diferente dos dias anteriores, dos meses, dos anos.
A instabilidade climática da cidade é incrível!
A madrugada nos embalou num frio danado, mas já nas primeiras horas do dia o sol despontava desafiante com força e calor, nos fazendo tirar o casaco e não pensar em guarda-chuvas.
Ao beirar da tarde, ventos fortíssimos formaram redemoinhos derrubando árvores, e assustando.
A barra do horizonte de manhã e à tarde ficou amarelada, pintada de sujeiras.
Mais ao final do dia e ao desabrochar da noite, chuvas torrenciais despencaram do céu e nos pegaram desprevenidos.
E sem relâmpagos e trovões, fato que por si só já é bastante curioso, não?
A iluminação de muitas ruas sumiu num piscar d´olhos, nos trazendo o breu.
Ê, São Paulo sem garoa!
Pois é, esta cidade é assim: a gente sabe que o dia trará zebra, mas a gente ainda aposta no contrário.
E o trânsito?
Colapso total.
Em muitas ruas, carros parados de um lado e outro testavam a paciência de quem dirige.
E só de táxis são 33.607, com a Prefeitura anunciando mais 1.200 nos próximos dias.
O motorista que me levou à rádio, diz:
- Antes, eu fazia umas 20 corridas por dia e me dava bem. Hoje quando faço cinco, faço muito.
Pois é, e com essa instabilidade toda a Rede Bandeirantes de rádio e TV inaugura a uma torre de 212 metros (foto), que pode ser vista praticamente de qualquer canto da cidade.
Uma abeleza!
Uma obra de arte, com variação de cerca de 6.000 cores.
E ver o maestro João Carlos Martins regendo na inauguração, é uma beleza sem par.
Viva São Paulo!
PALOCCI
Demorou. Crédito à Dilma, que acertou ao demiti-lo e errou ao convocá-lo para integrar seu governo na qualidade de ministro-chefe da Casa Civil. Ingenuidade, talvez. O cargo será agora ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná.
A instabilidade climática da cidade é incrível!
A madrugada nos embalou num frio danado, mas já nas primeiras horas do dia o sol despontava desafiante com força e calor, nos fazendo tirar o casaco e não pensar em guarda-chuvas.
Ao beirar da tarde, ventos fortíssimos formaram redemoinhos derrubando árvores, e assustando.
A barra do horizonte de manhã e à tarde ficou amarelada, pintada de sujeiras.
Mais ao final do dia e ao desabrochar da noite, chuvas torrenciais despencaram do céu e nos pegaram desprevenidos.
E sem relâmpagos e trovões, fato que por si só já é bastante curioso, não?
A iluminação de muitas ruas sumiu num piscar d´olhos, nos trazendo o breu.
Ê, São Paulo sem garoa!
Pois é, esta cidade é assim: a gente sabe que o dia trará zebra, mas a gente ainda aposta no contrário.
E o trânsito?
Colapso total.
Em muitas ruas, carros parados de um lado e outro testavam a paciência de quem dirige.
E só de táxis são 33.607, com a Prefeitura anunciando mais 1.200 nos próximos dias.
O motorista que me levou à rádio, diz:
- Antes, eu fazia umas 20 corridas por dia e me dava bem. Hoje quando faço cinco, faço muito.
Pois é, e com essa instabilidade toda a Rede Bandeirantes de rádio e TV inaugura a uma torre de 212 metros (foto), que pode ser vista praticamente de qualquer canto da cidade.
Uma abeleza!
Uma obra de arte, com variação de cerca de 6.000 cores.
E ver o maestro João Carlos Martins regendo na inauguração, é uma beleza sem par.
Viva São Paulo!
PALOCCI
Demorou. Crédito à Dilma, que acertou ao demiti-lo e errou ao convocá-lo para integrar seu governo na qualidade de ministro-chefe da Casa Civil. Ingenuidade, talvez. O cargo será agora ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná.
VIVA DOLORES DURAN!
Há exatos 81 anos, nascia numa rua de vila no centro da cidade do Rio de Janeiro uma menina que receberia na pia batismal o nome de Adiléia Silva da Rocha, que desde cedo tomou gosto pela música brasileira e cantava onde quer que se encontrasse, tanto que não demorou a virar cantora profissional, com o pseudônimo de Dolores Duran.
Era muito pobre e sequer chegou a conhecer o pai.
Tinha 12 anos de idade quando se inscreveu, com a permissão da mãe, no programa de calouro do mineiro Ary Barroso. Fácil, fácil, ela classificada.
Não demora, conhece um casal de posses financeiras privilegiadas, Lauro e Heloisa Paes de Andrade.
Lauro, notando tristeza profunda nos seus olhos, a chama de Dolores, que em espanhol significa dor, dores no plural. O sobrenome artístico Duran foi escolhido por uma razão: em português, Duran significa durante, sempre, insistente etc.
E ficou Dolores Duran, para o mundo artístico e fãs, que se multiplicam até hoje, embora tenha desaparecido em outubro de 1959.
Viva Dolores Duran!
NARA LEÃO
Hoje é uma data especial para quem gosta de bossa nova: no dia 7 de junho de 1989, morria no rio de Janeiro Nara Leão, que começou a carreira tomando aulas de violão do grande cantor Patrício Teixeira. Só depois, muito depois disso, é que virou musa da bossa nova. Eu a conheci pouco antes de sua morte, no hotel Eldorado, no bairro de Higienópolis, num dia que fui entrevistar o gaúcho Teixeirinha, para o extinto semanário Pasquim. Fica o registro.
CARLOS PRESTES
Outro registro: no dia 7 de junho de 1966, ano do empate das canções Banda e Disparada, de Chico Buarque e Geraldo Vandré, respectivamente, o líder comunista Luís Carlos Prestes foi levado a júri e condenado a 14 anos. À época, ele era o secretário geral do PCB.
BUROCRACIA
Logo mais às 19 horas, será lançado na Livraria Cultura, em Brasília, o livro Burocracia e Participação (A Gestão no Orçamento de Porto Alegre), de Marianne Nessuno. A edição tem a marca da Editora Horizonte e o prefácio, de Luiz Carlos Bresser Pereira. Informações pelos telefones 61.2109.2700 e 19.3876.5162.
Era muito pobre e sequer chegou a conhecer o pai.
Tinha 12 anos de idade quando se inscreveu, com a permissão da mãe, no programa de calouro do mineiro Ary Barroso. Fácil, fácil, ela classificada.
Não demora, conhece um casal de posses financeiras privilegiadas, Lauro e Heloisa Paes de Andrade.
Lauro, notando tristeza profunda nos seus olhos, a chama de Dolores, que em espanhol significa dor, dores no plural. O sobrenome artístico Duran foi escolhido por uma razão: em português, Duran significa durante, sempre, insistente etc.
E ficou Dolores Duran, para o mundo artístico e fãs, que se multiplicam até hoje, embora tenha desaparecido em outubro de 1959.
Viva Dolores Duran!
NARA LEÃO
Hoje é uma data especial para quem gosta de bossa nova: no dia 7 de junho de 1989, morria no rio de Janeiro Nara Leão, que começou a carreira tomando aulas de violão do grande cantor Patrício Teixeira. Só depois, muito depois disso, é que virou musa da bossa nova. Eu a conheci pouco antes de sua morte, no hotel Eldorado, no bairro de Higienópolis, num dia que fui entrevistar o gaúcho Teixeirinha, para o extinto semanário Pasquim. Fica o registro.
CARLOS PRESTES
Outro registro: no dia 7 de junho de 1966, ano do empate das canções Banda e Disparada, de Chico Buarque e Geraldo Vandré, respectivamente, o líder comunista Luís Carlos Prestes foi levado a júri e condenado a 14 anos. À época, ele era o secretário geral do PCB.
BUROCRACIA
Logo mais às 19 horas, será lançado na Livraria Cultura, em Brasília, o livro Burocracia e Participação (A Gestão no Orçamento de Porto Alegre), de Marianne Nessuno. A edição tem a marca da Editora Horizonte e o prefácio, de Luiz Carlos Bresser Pereira. Informações pelos telefones 61.2109.2700 e 19.3876.5162.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
CANTORA JORDANA HOJE, N´O BRASIL TÁ NA MODA
A mineira de Ubá Jordana chega à praça com um CD e um DVD gravados ao vivo, nos quais interpreta obras de compositores calejados, como Edvaldo Santana e Fernando Teles, Alzira Espíndola e Arruda, João Ricardo, Geraldo Vandré; Ademir Assunção e Zeca Baleiro, Gonzaguinha; Paulo Cesar Pinheiro e Vicente Barreto e Alceu Valença, cuja Embolada do Tempo ela canta com o calor e a graça de quem normalmente vem do Nordeste.
Ao repertório do CD e do DVD, Jordana acrescentou uma composição de sua própria autoria: Labuta, que fala do dia-a-dia da gente comum neste mundinho besta de meu Deus do céu.
A letra de Labuta é uma letra poética e meio emblemática. Um trecho:
...Em qualquer canto voa a ave mãe coberta de véus
Enche os teus olhos, clama o teu temor, acolhe o teu amor
Trabalhador que une o teu suor mostre que é capaz
Viva o teu filho e o teu irmão que semeiam a paz...
Jordana é dona de uma voz forte, metálica, detalhe que deixa claro logo na primeira faixa (Cantora de Cabaré) do CD homônimo que ora nos brinda.
Ela é bonita e se movimenta no palco como se simplesmente passeasse diante de atenções já conhecidas, o que não é o caso. O seu desembaraço é suficiente para encantar friezas.
Sem dúvida, Jordana é uma cantora para ficarmos de olho, pois pode surpreender mais ainda.
Aguardemos o passar do tempo.
Jordana é a minha convidada hoje no programa O BRASIL TÁ NA MODA, daqui a pouco às 14h30, ao vivo, na rádio Trianon AM 740, e também online pela Interne. O programa será reprisado amanhã, às 4h30.
Ao repertório do CD e do DVD, Jordana acrescentou uma composição de sua própria autoria: Labuta, que fala do dia-a-dia da gente comum neste mundinho besta de meu Deus do céu.
A letra de Labuta é uma letra poética e meio emblemática. Um trecho:
...Em qualquer canto voa a ave mãe coberta de véus
Enche os teus olhos, clama o teu temor, acolhe o teu amor
Trabalhador que une o teu suor mostre que é capaz
Viva o teu filho e o teu irmão que semeiam a paz...
Jordana é dona de uma voz forte, metálica, detalhe que deixa claro logo na primeira faixa (Cantora de Cabaré) do CD homônimo que ora nos brinda.
Ela é bonita e se movimenta no palco como se simplesmente passeasse diante de atenções já conhecidas, o que não é o caso. O seu desembaraço é suficiente para encantar friezas.
Sem dúvida, Jordana é uma cantora para ficarmos de olho, pois pode surpreender mais ainda.
Aguardemos o passar do tempo.
Jordana é a minha convidada hoje no programa O BRASIL TÁ NA MODA, daqui a pouco às 14h30, ao vivo, na rádio Trianon AM 740, e também online pela Interne. O programa será reprisado amanhã, às 4h30.
domingo, 5 de junho de 2011
XANGAI CANTA NO SESC IPIRANGA. VÁ!
Estão desmontando a televisão brasileira.
Agora foi a vez de a Gazeta demitir uma das mais belas e firmes vozes do jornalismo brasileiro:
Maria Lydia, que há duas décadas andou dando categoria ao noticiário.
E com opinião.
Um nome-exemplo e tanto, sem dúvida, essa Maria.
Lamentável a decisão da Gazeta.
Há mês e pouco, a Fundação Padre Anchieta, representada não sei por quem do Olimpo sujo político, mandou à rua um dos maiores maestros do País: Júlio Medaglia.
E ninguém falou nada.
E ninguém fala nada.
E por ninguém nada falar, a gente vai se acomodando.
O futuro dirá o quanto estamos perdendo com esse mutismo conveniente.
Vou dizer mais nada não, para não me irritar mais do que já estou.
Mas o que dizer de um jornal que troca a sua capa principal, a primeira, e num domingo, por anúncio?
Isso fez hoje o Folha de S.Paulo.
Ingenuidade minha?
Mas é duro constatar: notícia é tapa-buraco, apenas um detalhe que entra nas folhas quando não há mais espaço para publicidade.
Putz!
E ninguém diz nada; e tudo em nome da pluralidade de expressão, da democracia etc.
Palmas.
Palmas?
Vou dormir.
XANGAI EM SÃO PAULO
O grande cantador baiano Xangai (foto) é a presença que faltava na unidade Sesc Ipiranga, no próximo dia 11. Ele acompanha-se-á ao violão, num espetáculo desde sempre primoroso e histórico que define como Brasilerança.
Eu vou, você vai? Se você não for é porque é bobo. Corra, pois, os ingressos estão no fim.
PALOCCI
Cai quando?
Agora foi a vez de a Gazeta demitir uma das mais belas e firmes vozes do jornalismo brasileiro:
Maria Lydia, que há duas décadas andou dando categoria ao noticiário.
E com opinião.
Um nome-exemplo e tanto, sem dúvida, essa Maria.
Lamentável a decisão da Gazeta.
Há mês e pouco, a Fundação Padre Anchieta, representada não sei por quem do Olimpo sujo político, mandou à rua um dos maiores maestros do País: Júlio Medaglia.
E ninguém falou nada.
E ninguém fala nada.
E por ninguém nada falar, a gente vai se acomodando.
O futuro dirá o quanto estamos perdendo com esse mutismo conveniente.
Vou dizer mais nada não, para não me irritar mais do que já estou.
Mas o que dizer de um jornal que troca a sua capa principal, a primeira, e num domingo, por anúncio?
Isso fez hoje o Folha de S.Paulo.
Ingenuidade minha?
Mas é duro constatar: notícia é tapa-buraco, apenas um detalhe que entra nas folhas quando não há mais espaço para publicidade.
Putz!
E ninguém diz nada; e tudo em nome da pluralidade de expressão, da democracia etc.
Palmas.
Palmas?
Vou dormir.
XANGAI EM SÃO PAULO
O grande cantador baiano Xangai (foto) é a presença que faltava na unidade Sesc Ipiranga, no próximo dia 11. Ele acompanha-se-á ao violão, num espetáculo desde sempre primoroso e histórico que define como Brasilerança.
Eu vou, você vai? Se você não for é porque é bobo. Corra, pois, os ingressos estão no fim.
PALOCCI
Cai quando?
sexta-feira, 3 de junho de 2011
PALOCCI CONTINUA DEVENDO EXPLICAÇÕES
Não gostei; a mim não me convenceram as explicações do ministro-chefe da Casa Civil do Governo Dilma, Antonio Palocci, minutos atrás no Jornal Nacional.
Ele foi vago, vazio, não disse nada com coisa nenhuma a respeito do faturamento que obteve como consultor de empresas da iniciativa privada em tão pouco tempo num ano, talvez menos.
Vinte milhões de reais não é coisa pouca.
E transparência de ser respeitada, em todos os tempos e em qualquer lugar.
A presidente Dilma, coitada, deve estar sofrendo demais.
E o Lula, também.
O Palocci foi uma carta que escapou do colete.
Antes de falar uma fala amena com o repórter escalado pela Globo, Palocci deveria ter se mostrado espontâneo com a reportagem da Folha de S.Paulo, explicando imediatamente o que tem de explicar.
Pois, enfim, foi a Folha que revelou à Nação o milagre de tanto dinheiro no bolso dele, como consultor.
Os nomes das empresas, para as quais ele fez consultoria, têm de ser apresentadas, publicamente.
E imediatamente.
Há algo a esconder?
Tomara que não.
Se há, é porque esse “algo” não deve ser revelado.
Poxa vida, e há tanta gente apostando em Dilma.
LANDELL
Foi uma fala bonita a fala de hoje com o colega jornalista Hamilton Almeida, em torno do padre Landell de Moura no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que apresento de segunda a sexta-feira na rádio Trianon AM 740, ao vivo. A fala foi enriquecida em idéias com a presença do vereador Eliseu Gabriel, que propôs, e aprovou na casa que representa, a Câmara, a proposta de cessão de título de cidadão paulistano (in memoriam) ao padre, inventor do rádio.
Aviso aos notívagos: manhã às 4h30, o programa será reprisado.
CHORINHO
E foi bonita demais a apresentação, naturalmente ao vivo, de Adnré Parise e do Conjunto Língua Brasileira.
Hamilton e o vereador Eliseu eram emoção pura, na apresentação do grupo musical de André.
Viva o Brasil!
O Brasil tem jeito.
Na foto do produtor Darlan Ferreira, um momento do programa.
FORTUNA
Fala bonita foi também a fala que tive ontem com o diplomata carioca Felipe Fortuna, filho do grande cartunista Fortuna, criador do Pasquim e Folhetim, junto com Tarso de Castro, no céu hoje. Felipe é um poeta de grande talento, que o Brasil certamente tomará gosto por conhecê-lo. Tem vários livros publicados. Falarei um pouco mais a respeito, em breve.
Ele foi vago, vazio, não disse nada com coisa nenhuma a respeito do faturamento que obteve como consultor de empresas da iniciativa privada em tão pouco tempo num ano, talvez menos.
Vinte milhões de reais não é coisa pouca.
E transparência de ser respeitada, em todos os tempos e em qualquer lugar.
A presidente Dilma, coitada, deve estar sofrendo demais.
E o Lula, também.
O Palocci foi uma carta que escapou do colete.
Antes de falar uma fala amena com o repórter escalado pela Globo, Palocci deveria ter se mostrado espontâneo com a reportagem da Folha de S.Paulo, explicando imediatamente o que tem de explicar.
Pois, enfim, foi a Folha que revelou à Nação o milagre de tanto dinheiro no bolso dele, como consultor.
Os nomes das empresas, para as quais ele fez consultoria, têm de ser apresentadas, publicamente.
E imediatamente.
Há algo a esconder?
Tomara que não.
Se há, é porque esse “algo” não deve ser revelado.
Poxa vida, e há tanta gente apostando em Dilma.
LANDELL
Foi uma fala bonita a fala de hoje com o colega jornalista Hamilton Almeida, em torno do padre Landell de Moura no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que apresento de segunda a sexta-feira na rádio Trianon AM 740, ao vivo. A fala foi enriquecida em idéias com a presença do vereador Eliseu Gabriel, que propôs, e aprovou na casa que representa, a Câmara, a proposta de cessão de título de cidadão paulistano (in memoriam) ao padre, inventor do rádio.
Aviso aos notívagos: manhã às 4h30, o programa será reprisado.
CHORINHO
E foi bonita demais a apresentação, naturalmente ao vivo, de Adnré Parise e do Conjunto Língua Brasileira.
Hamilton e o vereador Eliseu eram emoção pura, na apresentação do grupo musical de André.
Viva o Brasil!
O Brasil tem jeito.
Na foto do produtor Darlan Ferreira, um momento do programa.
FORTUNA
Fala bonita foi também a fala que tive ontem com o diplomata carioca Felipe Fortuna, filho do grande cartunista Fortuna, criador do Pasquim e Folhetim, junto com Tarso de Castro, no céu hoje. Felipe é um poeta de grande talento, que o Brasil certamente tomará gosto por conhecê-lo. Tem vários livros publicados. Falarei um pouco mais a respeito, em breve.
O BRASIL TÁ NA MODA COM LANDELL E CHORORINHO
Num dia como o de hoje, 3 de julho, há 111 anos, o padre gaúcho Roberto de Moura Landell realizava em São Paulo experiência definitiva consolidando uma de suas invenções, a do rádio. Porém – e há sempre um porém –, pessoas que tinham condições de tornar essa invenção conhecida do Brasil e do mundo todo, como o governador de São Paulo e deputados estaduais, não deram bola, não ligaram a mínima, apagaram as luzes, fecharam os olhos e sumiram. E assim, infelizmente, a glória da invenção do rádio ficou para o italiano Marconi.
Mas há alguns anos brasileiros abnegados consideraram isso um absurdo e arregaçaram as mangas e partiram para o campo de batalhas, em nome da justiça.
Resultado, vitória: mesmo tardiamente, o padre Landell tem agora o seu lugar devidamente garantido na história das invenções.
Não custa revelar: entre os abnegados do movimento pró Landell se acham os jornalistas Hamilton Almeida, Audálio Dantas e Eduardo Ribeiro, criador do prestigioso semanal newsletter Jornalistas & Cia.
O movimento cresceu tanto que até um selo e o título de cidadão paulistano, in memoriam, foram dados ao padre. O título foi proposto pelo vereador Eliseu Gabriel.
Vitória e tanto!
O BRASIL TÁ NA MODA
Daqui a pouco, às 14h30, abrirei o programa O Brasil tá na Moda com Hamilton Almeida, jornalista e biógrafo do padre gaúcho Landell de Moura. Junto conosco etará também o vereador Eliseu Gabriel. Ainda no programa a criadora do Espaço Pra Ler do Parque da Água Branca, Tatiana Fraga, e, como toda sexta-feira, um grupo de chorões tocando chorinhos e alegrando a nossa vida; tudo ao vivo, pela rádio Trianon AM 740 e também pela Internet, com repetição amanhã às 4h30.
Mas há alguns anos brasileiros abnegados consideraram isso um absurdo e arregaçaram as mangas e partiram para o campo de batalhas, em nome da justiça.
Resultado, vitória: mesmo tardiamente, o padre Landell tem agora o seu lugar devidamente garantido na história das invenções.
Não custa revelar: entre os abnegados do movimento pró Landell se acham os jornalistas Hamilton Almeida, Audálio Dantas e Eduardo Ribeiro, criador do prestigioso semanal newsletter Jornalistas & Cia.
O movimento cresceu tanto que até um selo e o título de cidadão paulistano, in memoriam, foram dados ao padre. O título foi proposto pelo vereador Eliseu Gabriel.
Vitória e tanto!
O BRASIL TÁ NA MODA
Daqui a pouco, às 14h30, abrirei o programa O Brasil tá na Moda com Hamilton Almeida, jornalista e biógrafo do padre gaúcho Landell de Moura. Junto conosco etará também o vereador Eliseu Gabriel. Ainda no programa a criadora do Espaço Pra Ler do Parque da Água Branca, Tatiana Fraga, e, como toda sexta-feira, um grupo de chorões tocando chorinhos e alegrando a nossa vida; tudo ao vivo, pela rádio Trianon AM 740 e também pela Internet, com repetição amanhã às 4h30.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
FELIPE FORTUNA E A FORTUNA CRÍTICA POÉTICA
Uma vez Tom Zé me contou como fez a canção São-Paulo, Meu Amor que ele mesmo defendeu no IV Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record, e depois gravou em disco como vários outros intérpretes, como Joel de Almeida o fez em 1969.
Foi assim:
Ele acabara de trocar sua cidade Irará, na Bahia, pela megalópole São Paulo de oito milhões de habitantes à época, 1968.
Passando pela região central da cidade, ele se deparou com uma notícia de primeira página do extinto jornal Notícias Populares, dando conta de que as prostitutas estavam em passeata e greve. Espantado, mas bem humorado, ele cantou:
... Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de ruge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito...
Lembro isso por causa do dia de hoje, 2 de junho, que boa parte do mundo conhece como dia de protesto das prostitutas.
Meus respeitos.
E com meus botões comento o quanto de gente há ainda nestes tempos que simplesmente agridem as moçoilas que fazem do corpo a porta de entrada para prazer e meio de vida.
E daí?
Tom voltou ao tema pouco depois.
Lembro que assisti uma apresentação dele no teatro Caetano de Campos nos fins dos anos de 1970, ali na Praça da República, cá em Sampa.
O tema tinha como personagem central uma certa Maria Bago Mole, que já nascera vocacionada pra coisa, isto é: pra fazer bem à molecada de Irará. A letra:
Guilherme se requebra
Rufino bota pó
Euclides Morde o braço
Das Dores fala só
João Régis diz que é vi, é don e é ado
Germino curado por Dalva foi surrado
Lucinda sobe e desce
Tiririca bole-bole
Mas todos passam bem com Maria Bago Mole...
Os nomes citados - esclarecia Tom Zé durante o show - eram de doidos populares da sua cidade, como Guilherme, Rufino etc.
Fica o registro.
Detalhe: Tom jamais recebeu o prêmio em dinheiro prometido no regulamento do festival.
DIPLOMATA FORTUNA
Agora vou seguir até a Avenida Paulista, precisamente à Casa das Rosas, para um reencontro com o querido amigo diplomata Felipe Fortuna, filho do grande e inesquecível cartunista Fortuna, outro amigo impossível de esquecer e com quem tive o orgulho de trabalhar nos primórdios do extinto Folhetim, suplemento dominical do jornal Folha de S.Paulo; e de quem tive o privilégio de merecer uma capa de livro (O Coronel e a Borboleta e Outras Histórias Nordestinas) e ilustrações diversas. Felipe veio de Brasília, onde mora, para fazer uma palestra sob o título "Poesia Brasileira e Crítica Poética, Hoje", Felipe é autor dos livros A Escola da Sedução (1991), A Próxima Leitura (2002) e Em Seu Lugar (2005). A sua nova obra é Esta Poesia e Mais Outra, de crítica literária, elaborada a partir de textos extraídos da coluna semanal que mantinha no Jornal do Brasil até 2009. Esse livro aborda temas como “identificação de um sistema endogâmico na produção e divulgação da poesia” e a “reflexão sobre a resenha – essa forma de crítica sujeita a muitos ataques e quase sempre avaliada como superficial”. Como diplomata, Felipe Fortuna já representou o Brasil em Londres, Caracas e Moscou.
RAPAZIADA DO BRÁS
O amigo Alberto Marino Jr., autor da belíssima letra da valsa Rapaziada do Brás, do começo dos anos de 1920, andou um pouco adoentado mas desde hoje se acha de volta ao aconchego do seu lar, junto com seus entes mais queridos. O nosso desejo é que se recupere totalmente o mais rápido possível para um brinde de bom vinho. Viva a vida. Tim, tim!
Foi assim:
Ele acabara de trocar sua cidade Irará, na Bahia, pela megalópole São Paulo de oito milhões de habitantes à época, 1968.
Passando pela região central da cidade, ele se deparou com uma notícia de primeira página do extinto jornal Notícias Populares, dando conta de que as prostitutas estavam em passeata e greve. Espantado, mas bem humorado, ele cantou:
... Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de ruge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito...
Lembro isso por causa do dia de hoje, 2 de junho, que boa parte do mundo conhece como dia de protesto das prostitutas.
Meus respeitos.
E com meus botões comento o quanto de gente há ainda nestes tempos que simplesmente agridem as moçoilas que fazem do corpo a porta de entrada para prazer e meio de vida.
E daí?
Tom voltou ao tema pouco depois.
Lembro que assisti uma apresentação dele no teatro Caetano de Campos nos fins dos anos de 1970, ali na Praça da República, cá em Sampa.
O tema tinha como personagem central uma certa Maria Bago Mole, que já nascera vocacionada pra coisa, isto é: pra fazer bem à molecada de Irará. A letra:
Guilherme se requebra
Rufino bota pó
Euclides Morde o braço
Das Dores fala só
João Régis diz que é vi, é don e é ado
Germino curado por Dalva foi surrado
Lucinda sobe e desce
Tiririca bole-bole
Mas todos passam bem com Maria Bago Mole...
Os nomes citados - esclarecia Tom Zé durante o show - eram de doidos populares da sua cidade, como Guilherme, Rufino etc.
Fica o registro.
Detalhe: Tom jamais recebeu o prêmio em dinheiro prometido no regulamento do festival.
DIPLOMATA FORTUNA
Agora vou seguir até a Avenida Paulista, precisamente à Casa das Rosas, para um reencontro com o querido amigo diplomata Felipe Fortuna, filho do grande e inesquecível cartunista Fortuna, outro amigo impossível de esquecer e com quem tive o orgulho de trabalhar nos primórdios do extinto Folhetim, suplemento dominical do jornal Folha de S.Paulo; e de quem tive o privilégio de merecer uma capa de livro (O Coronel e a Borboleta e Outras Histórias Nordestinas) e ilustrações diversas. Felipe veio de Brasília, onde mora, para fazer uma palestra sob o título "Poesia Brasileira e Crítica Poética, Hoje", Felipe é autor dos livros A Escola da Sedução (1991), A Próxima Leitura (2002) e Em Seu Lugar (2005). A sua nova obra é Esta Poesia e Mais Outra, de crítica literária, elaborada a partir de textos extraídos da coluna semanal que mantinha no Jornal do Brasil até 2009. Esse livro aborda temas como “identificação de um sistema endogâmico na produção e divulgação da poesia” e a “reflexão sobre a resenha – essa forma de crítica sujeita a muitos ataques e quase sempre avaliada como superficial”. Como diplomata, Felipe Fortuna já representou o Brasil em Londres, Caracas e Moscou.
RAPAZIADA DO BRÁS
O amigo Alberto Marino Jr., autor da belíssima letra da valsa Rapaziada do Brás, do começo dos anos de 1920, andou um pouco adoentado mas desde hoje se acha de volta ao aconchego do seu lar, junto com seus entes mais queridos. O nosso desejo é que se recupere totalmente o mais rápido possível para um brinde de bom vinho. Viva a vida. Tim, tim!
E ANTONIO PALOCCI, HEIN?
O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, está mais enrolado do que rabo de porco.
Pois é, e está mais do que na hora de ele prestar esclarecimentos à presidente Dilma Rousseff, que anda triste e envergonhada (ler última edição da revista Carta Capital, nas bancas) e à Nação brasileira sobre os ganhos milionários que obteve como suposto consultor de empresas privadas no correr de ano passado.
Segundo denúncia veiculada em abril pelo jornal Folha de S.Paulo, ele teve seus bens multiplicados pelo menos 20 vezes, isto é: teria faturado fácil, fácil cerca de R$ 20 milhões.
A denúncia é forte o suficiente para derrubar um poste.
Se ele ganhou tanto dinheiro em tão pouco tempo, sem receber herança ou ganhar em jogos de azar, por que depois das necessárias explicações não ensina aos mortais comuns como conseguir tal façanha?
Uma boa, não é?
Hoje a presidente Dilma lança o plano Brasil sem Miséria, que prometeu durante a campanha à Presidência.
Será que Palocci vai estar presente?
Eu duvi-dê-ó-dó!
Mas, enfim, há um ditado que diz: quem não deve, não teme.
O BRASIL TÁ NA MODA
Durante hora e meia, ontem, o público do programa que apresento de segunda a sexta na rádio Trianon foi brindado com música ao vivo interpretada pelo Regional Sarravulho, formado por Coca Pereira, Samuel Marques, Maik Moura, Emerson Bernardes e Rodrigo Carneiro. Também esteve no programa, cantando e tocando bonito, o bamba do samba paulista nota mil Oswaldinho da Cuíca (foto). E o gaúcho Joel Marques, além de Alessandro Azevedo, o criador do palhaço Charles.
Foi bonita a festa, pá!
E amanhã teremos mais, ao vivo, outra roda de choro.
Pois é, e está mais do que na hora de ele prestar esclarecimentos à presidente Dilma Rousseff, que anda triste e envergonhada (ler última edição da revista Carta Capital, nas bancas) e à Nação brasileira sobre os ganhos milionários que obteve como suposto consultor de empresas privadas no correr de ano passado.
Segundo denúncia veiculada em abril pelo jornal Folha de S.Paulo, ele teve seus bens multiplicados pelo menos 20 vezes, isto é: teria faturado fácil, fácil cerca de R$ 20 milhões.
A denúncia é forte o suficiente para derrubar um poste.
Se ele ganhou tanto dinheiro em tão pouco tempo, sem receber herança ou ganhar em jogos de azar, por que depois das necessárias explicações não ensina aos mortais comuns como conseguir tal façanha?
Uma boa, não é?
Hoje a presidente Dilma lança o plano Brasil sem Miséria, que prometeu durante a campanha à Presidência.
Será que Palocci vai estar presente?
Eu duvi-dê-ó-dó!
Mas, enfim, há um ditado que diz: quem não deve, não teme.
O BRASIL TÁ NA MODA
Durante hora e meia, ontem, o público do programa que apresento de segunda a sexta na rádio Trianon foi brindado com música ao vivo interpretada pelo Regional Sarravulho, formado por Coca Pereira, Samuel Marques, Maik Moura, Emerson Bernardes e Rodrigo Carneiro. Também esteve no programa, cantando e tocando bonito, o bamba do samba paulista nota mil Oswaldinho da Cuíca (foto). E o gaúcho Joel Marques, além de Alessandro Azevedo, o criador do palhaço Charles.
Foi bonita a festa, pá!
E amanhã teremos mais, ao vivo, outra roda de choro.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
HOJE COMEÇA O MÊS DE SÃO JOÃO
Hoje é o 152º dia do ano, de acordo com o calendário gregoriano.
Faltam, portanto, 129 dias para 2011 terminar.
E daí?
E daí que hoje começa o mês de São João e de seus parceiros de hospedaria celestial: Antônio, o casamenteiro que nunca se casou; e Pedro, o dono da chave da porta do céu de que Zé Ramalho andou falando em versos de Dylan.
Hoje, quarta 1º de junho, também é o Dia da Imprensa, em homenagem ao alemão João Gutenberg, que no século 15 inventou a prensa móvel e possibilitou a impressão de livros e jornais como até então jamais havia sido feito.
E sejamos todos bem-vindos aos ares frios de junho, principalmente nesta parte de cá do Brasil.
INEZITA BARROSO
Quem não foi, perdeu.
Ontem à noite tivemos um bate-papo daqueles no Sesc Pinheiros, ao lado da rainha da moda, Inezita Barroso (foto acima; às direita, o violonista Joãozinho).
Tinha muita gente no ambiente, mas cabia mais.
Por isso acho que quem não foi, perdeu.
O BRASIL TÁ NA MODA
Daqui a pouco, às 14h30, entro nas ondas médias da Trianon 740 e fico falando de Brasil e brasileiros, música e arte popular, até às 16 horas. Comigo estarão Oswaldinho da Cuíca, com sua orquestra de caixa de fósforos; Papete, com a categoria que Deus lhe deu; Alessandro Azevedo, criador do palhaço Charles e do Espaço Raso da Catarina; o escritor Roniwalter Jatobá e seu filho Fernando, empresário internacional do campo do entretenimento musical, entre outras presenças bonitas e agradáveis.
Liguem o rádio ou acessem a Internet, que também transmitira online o programa O BRASIL TÁ NA MODA, que hoje completa dois meses no ar, sempre ao vivo e sempre retransmitido na manhã do dia seguinte.
Faltam, portanto, 129 dias para 2011 terminar.
E daí?
E daí que hoje começa o mês de São João e de seus parceiros de hospedaria celestial: Antônio, o casamenteiro que nunca se casou; e Pedro, o dono da chave da porta do céu de que Zé Ramalho andou falando em versos de Dylan.
Hoje, quarta 1º de junho, também é o Dia da Imprensa, em homenagem ao alemão João Gutenberg, que no século 15 inventou a prensa móvel e possibilitou a impressão de livros e jornais como até então jamais havia sido feito.
E sejamos todos bem-vindos aos ares frios de junho, principalmente nesta parte de cá do Brasil.
INEZITA BARROSO
Quem não foi, perdeu.
Ontem à noite tivemos um bate-papo daqueles no Sesc Pinheiros, ao lado da rainha da moda, Inezita Barroso (foto acima; às direita, o violonista Joãozinho).
Tinha muita gente no ambiente, mas cabia mais.
Por isso acho que quem não foi, perdeu.
O BRASIL TÁ NA MODA
Daqui a pouco, às 14h30, entro nas ondas médias da Trianon 740 e fico falando de Brasil e brasileiros, música e arte popular, até às 16 horas. Comigo estarão Oswaldinho da Cuíca, com sua orquestra de caixa de fósforos; Papete, com a categoria que Deus lhe deu; Alessandro Azevedo, criador do palhaço Charles e do Espaço Raso da Catarina; o escritor Roniwalter Jatobá e seu filho Fernando, empresário internacional do campo do entretenimento musical, entre outras presenças bonitas e agradáveis.
Liguem o rádio ou acessem a Internet, que também transmitira online o programa O BRASIL TÁ NA MODA, que hoje completa dois meses no ar, sempre ao vivo e sempre retransmitido na manhã do dia seguinte.
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