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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

QUEM DIRIA, TRUMP FOI PEITADO


Hoje no céu a lua é Nova, com visibilidade zero.

A visibilidade do encontro hoje 28, na Casa Branca, entre o bufão Trump e o líder ucraniano Zelensky foi enorme, de ponta a ponta dos EUA. Isso porque foi todo transmitido ao vivo. 

Trump fez tudo, tudinho certo na sua ótica para ter a assinatura de Zelensky num documento que, em tese, garantiria paz na Ucrânia. 

Num momento, Zelensky perguntou ao "grande irmão" que tipo de alinhamento ele estava firmando com Putin. Essa pergunta foi suficiente para que o ocupante da Casa Branca levantasse a voz, quase gritando. Só faltou chamar Zelensky de corno e feladaputa, pois de ditador já havia chamado.

Minúcias das conversas diversas que Trump tem tido com Putin são, é certo,  inconfessáveis. Mas os dois estão tipo olho no olho. 

O que Trump pretende com a assinatura de Zelensky é ter garantido o acesso às riquezas minerais existentes no solo ucraniano. Riqueza grande, enorme e rara. 

Pra valer, meu amigo minha amiga,  você acha que a pretensão de Trump é simplesmente acabar com a guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia?

Entre tantas coisas horrorosas, Trump fez ameaça. Falou até em terceira guerra mundial. E se isso acontecer, o culpado será ou seria o líder ucraniano. 

O resultado disso? 

Quem viver, verá.

Ah! Sim: agora só falta a Lua Nova cair no chão, pois desgraceiras outras decorrentes do que rolou hoje na Casa Branca continuam ululando planeta afora. 

Por cá caiu a Bolsa e subiu o dólar... Ai, ai, ai.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

COMO SE FAZ UMA NAÇÃO


Outro dia eu estava a falar de Caim que matou o mano Abel.

Outro dia também falei de irmãos vários da literatura daqui e do mundo todo que se estranham entre si e partem para o pau.

Isso tudo acontece no real e no imaginário, como sempre se há de saber.

Não falei outro dia do que falo agora: foram dois irmãos, Rômulo e Remo, que fundaram Roma. Ambos foram paridos a contra gosto dos pais, figuras importantes e indomáveis da Antiguidade. 

Rômulo e Remo foram jogados no rio para nele se acabarem. Mas deu errado... Foram salvos por uma loba.

Há muitas histórias a serem contadas, além daquelas já contadas em livros e de boca em boca.

A identidade de uma pessoa ou de um país se deve à história. Quer dizer: alguém fez algo excepcional e por isso ou aquilo entra na história onde passa a "viver" eternamente. 

Um povo forte, bonito, criativo, solidário ou valente, na acepção da palavra, faz história. 

A história pra ser composta não é fácil.

Tudo começou com um certo casal denominado Adão e Eva. 

Não há prova da existência desse casal tão famoso...

Bom, puxemos pra cá um pouco de nossa própria história. 

Em 1500, dia 22 de abril, desembarcaram na costa baiana o português Pedro Álvares Cabral e acompanhantes seus sem biografias que pudessem a eles próprios orgulhar.

São Vicente foi a primeira cidade a ser fundada em nosso país. Foi isso ali no começo da década do século 16.

Em março de 1549 chegou ao Brasil o primeiro governador geral, assim chamado, Tomé de Sousa. Esse Tomé foi quem fundou a primeira capital do país, Salvador. 

Foi nesse ano de 49 que o também português Camões perdeu um olho numa briga em Ceuta, África. Mas essa é outra história. 

Quatro anos depois de governar a Colônia, Sousa foi de volta a Portugal na mesma embarcação em que chegou o seu substituto: Duarte da Costa. 

Costa ficou como governador, o segundo, entre 1553-1558. Morreu dois anos depois de voltar a sua terrinha portuguesa. 

A essa altura, Nóbrega já havia posto os pés na nossa terra brasilis. Veio de roldão no grupo de Sousa, ele e mais meia dúzia de jesuítas.

Na segunda  leva, com Costa, veio José de Anchieta. 

E os jesuítas foram chegando, chegando às centenas...

Em 1759 o Marquês de Pompal tanto fez que findou por expulsar os jesuítas de nosso Patropi. Curiosidade: não foram poucos os jesuítas que desfrutaram do bem bom de moçoilas virgens e órfãs enviadas pra cá.

Em 1861, nosso bardo escritor José de Alencar escreveu sua última peça teatral: O Jesuíta. 

O Jesuíta é uma peça rigorosamente nacionalista desenvolvida em quatro atos. Foi intensamente criticada por gente besta da época. Curiosíssima. Tem final feliz.

A identidade de uma nação não é fácil fazer. É o que prova com A mais B o brasileiríssimo Darcy Ribeiro no livro O Povo Brasileiro (1995).

Voltarei ao assunto. 


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

UMA ENTREVISTA HISTÓRICA


Ontem combinei com Flor Maria que hoje iríamos escrever sobre a peça O Jesuíta, de José de Alencar; e sobre o ensaio O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro, que acabei de ouvir. Mas isso caiu por terra. 

Caiu por terra porque acabei de ouvir uma clara, direta, competente e substanciosa entrevista de Alex Solnik a Juca Kfouri, na TVT.

Solnik está lançando o livro O Dia em que Conheci Brilhante Ustra, pela Geração Editorial. 

Solnik foi sequestrado por agentes da ditadura em 1973. Tinha 23 anos de idade. E não era perigoso coisa nenhuma. Foi levado ao DOI-Codi, ali na rua Tutóia para um futuro incerto. Escapou e tal.

Na entrevista, Alex Solnik conta que jamais esqueceu os horrores que viu e viveu enquanto esteve nas mãos dos "Brilhantes".

Brilhantes porque o tal Ustra torturador encarnava vivo na cabeça e comportamento de todos os seus subordinados. 

Embora pesado o tema, entrevistado e entrevistador demonstram certa leveza ao abordarem a terrível fase ditatorial que o Brasil viveu entre 1964 e 1985.

Conheci Solnik entre uma sala e outra da Editora Três, onde eu colaborava em várias revistas.

A última vez que o vi foi na casa do maestro João Carlos Martins. Estávamos lá com Chico Pinheiro e a então secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Cláudia Costin (governo Alckmin).

No decorrer da entrevista, histórica, vem à tona o nome do repórter Octávio Ribeiro Malta (1902-1984). Esse foi um cara incrível na cena do jornalismo brasileiro. 

Solnik e o seu entrevistador lembram momentos importantes da vida de Ribeiro, mais conhecido como Pena Branca. Juca, quando era editor da revista Playboy, contratou Ribeiro para fazer uma entrevista impossível com o ex-jogador da Seleção Brasileira, Tostão. 

Tostão não dava entrevista desde que deixou a Seleção, assumindo desde então a profissão de médico. Ribeiro, o Pena, topou a empreitada e depois de montar acampamento de frente da casa de Tostão, em Minas, o alvo rendeu-se e acabou por dar a tão pretendida entrevista que o repórter queria. 

Dentre tantas e tantas reportagens do intrépido Pena Branca difícil é escolher a melhor. Mas como quase sempre acontece, temos o mal hábito de esquecer os bons brasileiros. 

Juca Kfouri continua fazendo bonito e, por isso mesmo, nos orgulhando pela profissão que tem: jornalismo.

Daqui mando o meu abraço para Alex Solnik, que deve estar sofrendo com o que hora ocorre no seu país de origem, a Ucrânia. 

Ah! Sim: o sequestro de que foi vítima Solnik me lembrou o sequestro de que também foi vítima o jornalista Antonio Carlos Fon. 

Fon foi surpreendido no quarto onde dormia por trogloditas da ditadura com metralhadoras em punho... A respeito, fiz entrevista com Fon para o Pasquim de tantas memórias. 

domingo, 23 de fevereiro de 2025

IRMÃOS QUE DÃO O QUE FALAR


Pois bem, Hatoum começa a contar a história com Zana à beira da morte perguntando algo mais ou menos assim: Meus filhos já voltaram às boas?

Os filhos a que a mãe se refere são Yaqub e Omar, gêmeos. 

Zana, morre ao mesmo tempo em que o dia se finda. 

Yaqub e Omar chegam ao ponto de disputarem uma mesma mulher. Estão os três assistindo qualquer coisa numa sala quando de repente a luz cai e tudo fica às escuras. Quando a sala volta a se iluminar, um dos irmãos está de boca grudada na boca da namorada. 

Irritado, o irmão traído saca de uma garrafa e arrebenta a cara de Yaqub.

A cena aí fez-me lembrar os gêmeos Pedro e Paulo do romance Esaú e Jacó, do bruxo Machado de Assis. 

No romance de Machado Paulo quer dar cabo de Pedro, que quer dar cabo de Paulo. Os dois se enroscam com uma mesma namorada. E mais não digo.

Digo porém que o tema também foi abordado pelo português José Saramago. 

Como todo mundo sabe, Saramago era ateu de carteirinha. O Caim dele não é brinquedo não. 

O Caim de Saramago faz exatamente o que fez o Caim do Criador. Por ciúme, inveja e raiva Caim deu cabo do mano sem pena, nem dó.

O enredo segue à risca do que imaginou o autor. E tudo aconteceu, isto é, o fratricídio, porque o Criador quis. E a coisa segue em frente. Quem quiser saber o final...

Autores do mundo árabe de talento e sensibilidade não são poucos. 

Em 2003 Khaled Hosseini lançou à praça O Caçador de Pipas, romance que logo caiu na graça dos leitores mundo afora. O personagem central, Amir, deixa com o pai a terra natal, Afeganistão, para morar nos EUA. Tempos de Guerra, com o Taleban matando crianças, mulheres e homens a torto e a direito. É sem dúvida um livro marcante. E tem, quase no fim, uma surpresa de fazer queixo cair.

Será que tem irmãos na parada? 

sábado, 22 de fevereiro de 2025

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (169)

Dante Alighieri teve uma Beatriz como musa inspiradora. Não foi correspondido.

Francesco Petrarca teve uma Laura como musa inspiradora. Não foi correspondido.

O fato, porém, de esses italianos não terem sido correspondidos pelas respectivas musas não significa que guardassem qualquer tipo de ressentimento. Ao contrário. Tanto Dante quanto Petrarca escreveram belos textos inspirados nas duas musas. Quer dizer: ambos platônicos.

A expressão “amor platônico” data de tempos um tanto distantes, quando filósofos reuniam-se para beber e discutir a vida na velha Grécia. Platão na parada, Sócrates na parada e tantos outros abrindo portas para entendermos as complicações provindas da nossa alma.

Quem leu o Banquete sabe disso. Essa história nos leva a entender os passos que quase sempre damos pra trás. 

Quando há correspondência do amor entre amantes a vida certamente fica muito melhor. Para ambos.

Sorte essa teve o paraibano José Nêumanne Pinto. Apaixonado pela musa querida Isabel tem sido completamente correspondido no amor a ela dedicado. 

Dito isto, digo mais: Eros, Dalila e Sansão misturam-se num banquete com caju, inhame, cuscuz e ovos, queijo de manteiga e carne de sol, castanhas de caju primorosamente preparados e servidos pelo poeta, que também adora comer tudo isso.

Pra ficar melhor ainda esse banquete de amor e alegria, uma violinha ao fundo enfeita tudo.

Nós, pobres mortais, temos mais é que tecer louvores pela existência de dona Isabel por ter inspirado tão belo poema. E chega de prosa, vamos aos versos:


Manual de pintura, cartografia e anatomia

Ou melhor: corpo, alma, dengos e coração da mulher amada


Aqui entre nós Maria Isabel,

a rainha, a mãe, a tia,

a neta, a filha, a poesia;

Pimentel de Castro,

herdeira de engenho,

norte de bússola,

linha do Equador.

Recolhida ao solar de taipa

dos Pinto do Rio do Peixe,

que não tem água nem peixe,

balança na rede de Mãe-Inda,

egressa de outras trempes,

outros cantos, outros tempos

e mais cem anos de solidão.

À sombra das mangueiras,

em moagens de rapadura,

alfenim e cana de cabeça,

na Baixa Verde do clã Ferreira;

e à mesa farta de fruta e pão

de Maria Moreira, na feira sem beira

lá do sem fim do sertão.


Ao norte, esta minha amada

tem dois cérebros de pensar:

um é o templo da deusa Clio,

com seu passado em ordem.

O outro, o altar do bobo Eros,

sob desordens do amor a fazer,

oculto na cortina de cabelos,

que envolve seu crânio

em novelos de fios de ouro,

finos, macios e lisos,

a vigiarem esmeraldas

- dois sóis de ondas do mar,

dois canhões de raios laser,

um casal de araras mudas,

um par de periquitos de estimação.

Os olhos canavieiros de Isabel

ninguém consegue esquecer.

A testa da mestra amada

é feito caixa de Pandora,

proibida de ser aberta,

pois abriga legiões de César,

dispara guilhotinas de Marat,

espouca em cometas e fogos,

revela os segredos de Fátima

e espera dom Sebastião chegar.

As sobrancelhas de Isabel,

que a coroam rainha de Sabá,

protegem a harpa de Davi,

caçoam do saber de Salomão

e contêm a arca da aliança,

da nova e da velha aliança,

da Bíblia, da Cabala, do Alcorão.

No desenho dos lábios que beijo

o Criador traçou as rotas

de caravanas cruzando desertos

a buscarem oásis perdidos

sonhados em delírios nômades

dos contos de Sheherazade,

esquecidos ao acordar.

E boca mais linda não há!

(A voz grave que a esta chega

direto das cordas vocais

- com sensual toque masculino -

dá aulas do que passou

e fantasia o que virá.

Sua palavra traduz o que sente

e entrega o que promete.

Suas sentenças reproduzem

o que aprendeu e o que viverá).

E a perfeição vive em plena

e complexa harmonia

entre os lábios que a compõem

e o queixo em que se precipita

- à frente, o pescoço esguio

e atrás, a nuca solerte e alerta.

Mas tudo seria incompleto

sem seu nariz imperfeito,

que não aponta pra cima

para a ninguém humilhar.

E sem o labirinto das orelhas,

com curvas de risco

e contornos imprevistos,

que nunca levam ao Minotauro.


Sob a cabeça da amada,

ombros sustentam o peso do mundo

com a malícia de Dalila

no corte das madeixas de Sansão.

Seu colo é o vale de lágrimas,

o Muro das Lamentações

de uma Jerusalém particular.

É, também, o adro da devoção

onde o Crucificado agoniza

antes de o lavar o pranto da mãe.

Dos ombros partem braços,

endereços de nosso abraço,

que abarca a história inteira

quando ela vem se repetir:

meus bancos no seminário,

as aulas de português

de Argentina e Francisca Neuma

no Estadual da Prata,

seus passeios de bicicleta

com Cacá, no Junco do Seridó,

onde eu costumava tomar café

no posto de João Galo,

com inhame, cuscuz e ovos,

queijo de manteiga e carne de sol,

castanhas de caju à beira do asfalto

nas curvas da Serra da Viração,

onde almas penadas dançam o baião.

Deles pendem duas mãos pequenas,

com palmas fofas e cheirosas

sob dorsos firmes e bem feitos,

onde pousam aves e beijos

e descem foguetes e aviões.

Mãos que indicam caminhos

e entregam dádivas,

dedos que encurtam distâncias

e recolhem afagos

com suas unhas de cor viva

e nós fortes de massame.

Mãos de menina simples

com meneios de mulher

e feitiços de anjo-bruxa.

Suas clavículas foram feitas

somente para impedir

aos ousados o acesso abusado

a seios sensíveis ao toque

e aptos ao exercício de sugar

e lamber e beijar e chupar

para apenas um par de mãos

e uma língua só que desvende

mistérios de um gozo secreto

que ela pensava ter perdido.

Não é pra qualquer um,

É pra pouco, é só pra um.

(Dentro do peito pulsa o coração,

músculo de bondade e malícia,

capaz de muito mais amar

e se deixar amar em profusão).

(Lá dentro do tal órgão vital,

sopra sua alma capaz

de se entregar e se integrar,

mas só a quem decida amar).


No meio do ventre de Isabel,

o umbigo é o centro do universo.

Foi lá que Marco Polo achou

a trilha do Adriático ao Oriente.

E nele o genovês descansou

antes de singrar ondas no Caribe.

É o miolo do cogumelo atômico,

que caiu em Hiroshima, meu amor.

O reverso do dorso desta mulher

são suas costas de planícies

e nelas a vista se perde

sem tropeçar em contrastes

nem escorregar em lombadas.

Costas sem areia ou pedras

às quais o mar só chega

se ela chegar ao mar.


De um lado, a cintura de Isabel

introduz a gruta de mucosas

sob um bosque de pelos

e é ali que Eros foi morar

com sua destilaria de mucos,

que só ao iniciado cabe provar,

e sua confusão de odores

que uma inteira encarnação

não basta para identificar.

A origem de minha vida

passa por pétalas de rosas

que não me canso de admirar.

Do lado de trás, o Aleph,

orifício de onde tudo se vê,

mesmo o que não existe,

mesmo até o que não se vê,

artifício de uma beleza peculiar

que a nada mais é dado ter.

É o vale mais profundo

entre dois morros simétricos

que o ocultam e lhe dão valor.

Nada é demais ou de menos

nas nádegas de minha mulher:

na parábola de suas ancas,

em que convivem em paz

formas de côncavo e convexo,

tudo está em perfeita ordem,

embora elas provoquem o caos,

a desídia e o conflito nuclear.


Na vida toda nunca pude ver

membros inferiores tão belos

como os que ela tem, acredite.

Em palco, tela, sala ou cama,

mesa, desfile ou via pública,

onde mais pudesse haver,

nada me pareceu ter existido

com que se pudesse comparar:

nem as coxas de Norma Bengell

no filme exibido no Capitólio.

nem as pernas de Cyd Charisse

dançando com Fred Astaire.

Entre coxas e pernas

joelhos discretos, de matar

de inveja os de Nara Leão.

Quando vi pela primeira vez,

julguei que fossem miragem,

que nem pudessem existir.

E a ninguém careço convencer.

Pois é assim que vejo.

E assim é que são:

do magnífico traseiro,

de que descem,

aos pezinhos delicados,

com que só pisam o chão

depois de esmagar minha dor

e perdoar minha perdição.

Seus pés são asas de andorinhas,

sem as quais o inverno não parte,

sem as quais nunca chega o verão.


Ao sul Maria Isabel se dirige

para partilhar o maná caído do céu

e o pão que o diabo amassou,

a par de que vida é pra viver

e não há tempo que se possa perder.


Poema extraído do livro Antes de Atravessar

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