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sábado, 16 de janeiro de 2021

SÃO PAULO DE TODOS NÓS

Essa história começa em 1990, quando iniciei a pesquisa que rendeu duas páginas no antigo suplemento cultural D.O. Leitura, do Diário Oficial do Estado de São Paulo. Essa matéria, intitulada“Roteiro Musical da Cidade de São Paulo”, foi publicada em fevereiro de 1991. “Roteiro Musical da Cidade de São Paulo”.
A base do texto foi uns duzentos títulos musicais, entre os quais o samba “Ronda”, de Paulo Vanzolini; o tango “Estação da Luz”, de Martins/Nasser; canções do paraense Billy Blanco, como “O Céu de São Paulo” e “Grande São Paulo” e de Tom Zé, “São São Paulo, Meu Amor”; além do chorinho “Cidadão Paulistano”, de Carlos Poyares; e o blues “São Paulo Zero Grau”, de Jorge Melo.
Depois disso, achei partituras e notas em periódicos já extintos.
O Correio Paulistano, por exemplo, edição de 6 de agosto de 1862, noticiou a existência de um álbum intitulado “Melodias Paulistanas”, formado por 12 peças para canto e piano, do padre Mamede José Gomes da Silva, diretor do Liceu Paulistano e amigo de Antônio Carlos Gomes, autor de um hino aos estudantes de Direito do Largo de São Francisco: “À Mocidade Acadêmica”, em parceria com o poeta Bittencourt Sampaio.
O Correio Paulistano foi fundado em junho de 1854, ano do 300º aniversário de fundação do município de São Paulo.
Mas antes de Mamede e Carlos Gomes, houve quem louvasse a inspiradora cidade: os religiosos Calixto e Anchieta Arzão, em “Missa a São Paulo”, de 1750.
Em 1823, o músico Bento Maurício Arcade compôs “Águas do Anhembi”.
A cara musical da cidade talvez se expresse no conjunto Demônios da Garoa, que gravou pérolas de Adoniram, como “Trem das Onze” e “Samba do Arnesto”.
Em janeiro de 2012, o Sesc promoveu a exposição que intitulamos Roteiro Musical da Cidade de São Paulo. Milhares de pessoas visitaram essa exposição e deixaram depoimentos valiosos sobre a cidade que tantas línguas tem adotado no decorrer da sua história. Até um livrinho o Sesc publicou. Belíssimo.
O compositor e instrumentista Jarbas Faris e eu compusemos um samba intitulado São Paulo Esquina do Mundo. É nossa visão sobre Sampa. Ouça: SÃO PAULO ESQUINA DO MUNDO Dentre todas as músicas compostas em homenagem à Capital paulista “São Paulo de Todos nós”, do mineiro Téo Azevedo e do egípcio naturalizado Peter Alouche, talvez seja a que melhor expressa o comportamento receptivo da maior megalópole da América do Sul, fundada no dia 25 de janeiro de 1554. Clique:

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