O mundo tá pegando fogo.
Em Paris – bela cidade, já dizia a minha avó Alcina – o povo vai às ruas todos os dias para protestar sobre qualquer coisa.
Outro dia eu mesmo confirmei isso.
Protesto sobre qualquer coisa, eu vi.
Vi na região do Quartier Latin, ali perto da Sorbonne, do Pantheon, do Jardin du Luxembourg.
Um jardim fantástico!
Pelas proximidades, meia dúzia de jovens franceses empunhando cartazes e protestando sobre sei lá o quê.
Mas protestando, e bonito.
Em paz.
E isso é importante.
Há poucos dias o povo na França foi às ruas aos milhares para protestar sobre a decisão do go-verno tirar dois anos da aposentadoria deles.
Não adiantou: o Congresso de lá aprovou.
Mas sob protesto.
Victor Hugo estaria feliz.
Semana passada, e ainda agora, em Londres, a estudantada foi às ruas brigar contra o aumento na mensalidade escolar pretendida pelo governo.
O pau tá comendo.
Em Roma, a balbúrdia é geral.
O confronto entre estudantes e polícia contra o governo tem como razão voto a favor de Berlusconi, dado hoje no final do dia pelo Parlamento italiano.
Nenhuma linha nos eletrônicos da noite, por aqui.
Por que, hein?
O povo de lá tá tiririca.
Tá tiririca é tá puto da vida, enraivecido na nossa língua nordestina.
Mas o que está pegando mesmo é a história do site wikileaks.
Tô gostando.
Até Lula disse que é legal, só pra fazer o Obama subir paredes.
Hahaha.
Sério: o que o cidadão Assange está fazendo é fantástico.
Ele está desafiando nações ditas democráticas a provarem ser o que dizem.
Os EUA se arrepiaram.
Informação tem de ser, sempre, livre.
O jornalismo agradece.
Viva o mundo livre!
Viva a Internet!
............
E o Tiririca, hein!
- Vai virar personagem central de filme.
Bem que outro dia o Geraldo Vandré me disse, irônico: O Brasil merece.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
HOJE, LUIZ GONZAGA PIPOCA EM TODO O PAÍS
Hoje é dia de Santa Luzia.
É dia também de Luiz Gonzaga, o rei do baião.
O filho de Santana e Januário nasceu nesse dia: 13 de dezembro, há 98 anos.
O menino cresceu e ficou famoso em toda região do Araripe, lá pras bandas de Pernambuco, passando por Bodocó e cercanias. Hoje é o nome de sanfoneiro mais conhecido do País e de boa parte deste planeta para o qual contribuímos, já não propriamente aos poucos, para o seu fim.
Mas não falemos de fim.
Falemos de começo.
O começo de tudo vem pela educação e amor ao próximo.
O Rei do Baião já dizia isso.
Diziam isso também os nossos professores de tempos de antanho.
Mas parece que não ligamos muito, não é?
Vamos soltar um foguetão em louvor do filho caçula de Santana e Januário? e pensar um pouco no que ele dizia na sua obra?
Fará bem.
No Brasil, neste dia de hoje, pipoca festa em todo canto.
Ali mesmo no Canto da Ema, cá em São Paulo, tem arrasta-pé até de madrugada.
Até o senador do rojão Genival Lacerda foi chamado.
E é bem capaz de lá se acharem Elba, Dominguinhos, Trio Virgulino e tantos.
Bora lá?
Eu vou.
O Canto fica ali nos fins da avenida Faria Lima, na região de Pinheiros.
É dia também de Luiz Gonzaga, o rei do baião.
O filho de Santana e Januário nasceu nesse dia: 13 de dezembro, há 98 anos.
O menino cresceu e ficou famoso em toda região do Araripe, lá pras bandas de Pernambuco, passando por Bodocó e cercanias. Hoje é o nome de sanfoneiro mais conhecido do País e de boa parte deste planeta para o qual contribuímos, já não propriamente aos poucos, para o seu fim.
Mas não falemos de fim.
Falemos de começo.
O começo de tudo vem pela educação e amor ao próximo.
O Rei do Baião já dizia isso.
Diziam isso também os nossos professores de tempos de antanho.
Mas parece que não ligamos muito, não é?
Vamos soltar um foguetão em louvor do filho caçula de Santana e Januário? e pensar um pouco no que ele dizia na sua obra?
Fará bem.
No Brasil, neste dia de hoje, pipoca festa em todo canto.
Ali mesmo no Canto da Ema, cá em São Paulo, tem arrasta-pé até de madrugada.
Até o senador do rojão Genival Lacerda foi chamado.
E é bem capaz de lá se acharem Elba, Dominguinhos, Trio Virgulino e tantos.
Bora lá?
Eu vou.
O Canto fica ali nos fins da avenida Faria Lima, na região de Pinheiros.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
O CINEMA BRASILEIRO ESTÁ CADA VEZ MELHOR
Fantástico!
Sim, com exclamação.
Bonito mesmo o filme Caixa 2, com Fúlvio Stefanini, Giovana Antonelli, Zezé Polessa, Daniel Dantas, que acabo de assistir pela Plim, Plim, é de deixar a todos nós satisfeitos, no mínimo, por termos um cinema como esse.
Bem feito, com cortes onde havia de ser necessário.
Engraçado.
Leve.
Texto original, roteiro adequado.
É novo, recente. E trata do sistema capitalista, bancário.
Sim, studo no ponto.
Poxa, muito legal e cheio de graça.
É comédia, pela classificação de gênero.
Ok... Mas o Tropa de Elite 2 continua enchendo salas Brasil a fora.
Como pode esse Tropa derrubar filmes como Dona Flor e outros e outros?
Eu pergunto, mas sei perfeitamente a resposta: a falta de educação de todos nós brasileiros, que gostamos do lixo norte-americano e, por sermos assim, aplaudimos o quem vem de fora.
Ainda: o torturado, muitas, vezes, gosta do torturador.
Quando isso vai acabar?
Quando vamos gostar do que fazemos e do que somos?
Boa noite.
Agora vamos ver o que o Jornal da Globo vai nos mostrar.
Sim, com exclamação.
Bonito mesmo o filme Caixa 2, com Fúlvio Stefanini, Giovana Antonelli, Zezé Polessa, Daniel Dantas, que acabo de assistir pela Plim, Plim, é de deixar a todos nós satisfeitos, no mínimo, por termos um cinema como esse.
Bem feito, com cortes onde havia de ser necessário.
Engraçado.
Leve.
Texto original, roteiro adequado.
É novo, recente. E trata do sistema capitalista, bancário.
Sim, studo no ponto.
Poxa, muito legal e cheio de graça.
É comédia, pela classificação de gênero.
Ok... Mas o Tropa de Elite 2 continua enchendo salas Brasil a fora.
Como pode esse Tropa derrubar filmes como Dona Flor e outros e outros?
Eu pergunto, mas sei perfeitamente a resposta: a falta de educação de todos nós brasileiros, que gostamos do lixo norte-americano e, por sermos assim, aplaudimos o quem vem de fora.
Ainda: o torturado, muitas, vezes, gosta do torturador.
Quando isso vai acabar?
Quando vamos gostar do que fazemos e do que somos?
Boa noite.
Agora vamos ver o que o Jornal da Globo vai nos mostrar.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
CARTÃO VERDE E SÓCRATES. TIM, TIM!
O Sócrates foi uma figura fantástica como jogador do Corinthians e da Seleção Brasileira, no século passado. Isto é: marcou como esportista e dono da boa nos pés.
Como cidadão, continua igualmente fantástico, dizendo coisa com coisa.
Agora há pouco, por exemplo, o vi no Cartão Verde, da TV Cultura, ao lado do meu amigo Xico Sá, falando sobre o Flu etc.
E falou com propriedade sobre o campeonato findo domingo último.
Falou sobre o que sabe, no ramo que escolheu como profissão.
E estava com uns gorós no juízo.
Gostei.
A isso se chama autenticidade.
O Magrão continua mostrando que podemos ser responsáveis, sem abandonar os prazeres que a vida oferece.
É isso,não é Roni?
Eu conheci o Magrão tomando comigo cerveja no Parque São Jorge.
Bons tempos, belos tempos.
E viva à vida!
Como cidadão, continua igualmente fantástico, dizendo coisa com coisa.
Agora há pouco, por exemplo, o vi no Cartão Verde, da TV Cultura, ao lado do meu amigo Xico Sá, falando sobre o Flu etc.
E falou com propriedade sobre o campeonato findo domingo último.
Falou sobre o que sabe, no ramo que escolheu como profissão.
E estava com uns gorós no juízo.
Gostei.
A isso se chama autenticidade.
O Magrão continua mostrando que podemos ser responsáveis, sem abandonar os prazeres que a vida oferece.
É isso,não é Roni?
Eu conheci o Magrão tomando comigo cerveja no Parque São Jorge.
Bons tempos, belos tempos.
E viva à vida!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O CORINTHIANS GANHA ATÉ QUANDO PERDE
O zagueiro Chicão, o lateral-esquerdo Roberto Carlos e os volantes Elias e Jucilei, do Corinthians, se destacaram dentre todos os participantes do Brasileirão encerrado ontem, formando a base de uma seleção escolhida por especialistas da revista Placar e do ESPN Brasil.
Isso mostra uma coisa: mesmo perdendo o jogo contra ao Goiás - aquele chute de Ronaldo não poderia findar na trave! - e ocupando a terceira colocação no campeonato deste ano, o Corinthians ganhou.
É um time que ganha até quando perde.
Agora mesmo, por exemplo, o time do Parque São Jorge acaba de ganhar um hino, com letra minha e música do gênio da raça Oswaldinho do Acordeon.
A letra surgiu em decorrência da frase que recebi ontem, via e-mail: “Todos os times vivem de títulos, o Corinthians vive de Corinthians”, do meu amigo Flávio Ferrari, um dos diretores do Timão.
E por que um hino, se já há o do Lauro d´Ávila silvano no bico do povo?
Por uma razão, explico: o bonito hino do d´Ávila é uma marcha-rancho.
E mais uma coisa: estou concluindo um livro sobre o Timão, que será meu presente de comemoração do 1º centenário de fundação do Corinthians.
Em primeira mão, para os seguidores deste blog, a letra:
Todo time vive de troféu
No Corinthians é diferente
O corinthiano faz estilo
Que é viver de repente
Acelerando o coração
Sem trocar São Jorge por São João
É time pra lá de competente!
O Corinthians quando perde,
Não perde, respeito ele ganha
E entre vivas e hurras
Esse time nunca apanha
Joga com muita categoria
Joga com raça, com alegria
Movido por força estranha
É time e é também nação
O Corinthians paulistano
Fundado por operários
Todos de timbre corinthiano
O Corinthians é brasileiro
O Corinthians é guerreiro
É time nosso de todo ano
Isso mostra uma coisa: mesmo perdendo o jogo contra ao Goiás - aquele chute de Ronaldo não poderia findar na trave! - e ocupando a terceira colocação no campeonato deste ano, o Corinthians ganhou.
É um time que ganha até quando perde.
Agora mesmo, por exemplo, o time do Parque São Jorge acaba de ganhar um hino, com letra minha e música do gênio da raça Oswaldinho do Acordeon.
A letra surgiu em decorrência da frase que recebi ontem, via e-mail: “Todos os times vivem de títulos, o Corinthians vive de Corinthians”, do meu amigo Flávio Ferrari, um dos diretores do Timão.
E por que um hino, se já há o do Lauro d´Ávila silvano no bico do povo?
Por uma razão, explico: o bonito hino do d´Ávila é uma marcha-rancho.
E mais uma coisa: estou concluindo um livro sobre o Timão, que será meu presente de comemoração do 1º centenário de fundação do Corinthians.
Em primeira mão, para os seguidores deste blog, a letra:
Todo time vive de troféu
No Corinthians é diferente
O corinthiano faz estilo
Que é viver de repente
Acelerando o coração
Sem trocar São Jorge por São João
É time pra lá de competente!
O Corinthians quando perde,
Não perde, respeito ele ganha
E entre vivas e hurras
Esse time nunca apanha
Joga com muita categoria
Joga com raça, com alegria
Movido por força estranha
É time e é também nação
O Corinthians paulistano
Fundado por operários
Todos de timbre corinthiano
O Corinthians é brasileiro
O Corinthians é guerreiro
É time nosso de todo ano
domingo, 5 de dezembro de 2010
CORINTHIANS, PAULO BENITES, ARTE E CIDADANIA
Vi há pouco, pela TV, o meu time Corinthians ganhar ao empatar diante do Goiás; com raça, com garra, com o Fenômeno se desdobrando, chutando na trave e levando a torcida ao delírio.
Maravilha!
O Coringão não perdeu: ganhou no 1 x 1, não é verdade Ferrari?
O nosso time se defrontou com o adversário com categoria, com respeito.
Deu exemplo de cidadania.
O Goiás fez o único gol, nos primeiros 19 minutos.
Aos 29, Dentinho empatou e ficamos no 3º lugar.
O Cruzeiro, no 2º.
O Grêmio, de mestre Lupicínio Rodrigues, ficou com o 4º lugar após abater o Botafogo, de glórias mil dos tempos do anjo de pernas tortas, Garrinha.
Vi também o São Paulo encher a rede do Atlético mineiro quatro vezes.
Foi, pois, uma despedida e tanto a do São Paulo nesse Brasileirão.
À essa altura o Paulo Benites, meu amigo, deve estar feliz com o resultado e tomando umas e outras ao lado dos pais e da amada Denise; pois o São Paulo, que é também o time do coração de Ives Gandra da Silva Martins, pensador brasileiro e tributarista maior deste País sem par, jogou com categoria e raça, como o Corinthians, aliás, também do meu amigo querido, do peito, engenheiro brasileiro Peter Alouche; na arte do cordelismo, Pedro Nordestino.
Benites é um empreendedor incorrigível, desses que põem os interesses do Brasil em primeiro lugar.
Mas ele é e faz questão de ser, antes de tudo, um cidadão comum.
No entanto, é incomum.
Seus gestos, suas ações, mostram isso.
Conheci Paulo no Metrô paulistano.
Do Metrô, por uma década, ocupei a chefia do Departamento de Imprensa, para meu orgulho.
Então, posso falar.
Conheci muita gente lá, dentre as quais grandes profissionais, incluindo engenheiros, mas nenhum do quilate que Paulo representa.
Cedo esse engenheiro, com especialização em universidade do Exterior, resolveu ser dono do próprio nariz e criou uma empresa.
Um risco e tanto.
E foi em frente.
Hoje, eu o vejo disputando espaço com grandes colaboradores e fornecedores do Governo.
Muitas raposas, grandes construtoras etc.
Tenho acompanhado de perto os movimentos de Paulo na tentativa de fazer com que o Brasil ande.
E rápido, de preferência.
Um desses meios para o País andar rápido é o Trem de Alta Velocidade, o TAV, que poderá ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro numa hora, apenas.
Sonho dele, de Paulo, antigo.
Com esse objetivo, ele desenvolveu projeto durante anos; durante uns cinco, pelo menos.
Paulo foi buscar parceiros até no outro lado do mundo.
Trouxe coreanos, por exemplo, ao lado de quem se juntou com mais duas dezenas de empresas.
E a confusão foi feita, ao contrariar interesses até então inabaláveis.
Mexeu com vespeiro, com o stablisment.
Coisa perigosa.
Mas só os fortes fazem isso.
Um dia, o Lula e a Dilma, com palavras diferentes e conteúdo igual, disseram ser ele um brasileiro exemplar.
Por que?
Por apostar no Brasil
Poderosos de sempre, que não acreditavam na vitória de Dilma, agora bombardeiam Paulo Benites.
É jogo sujo.
Paulo Benites é empreendedor, homem de garra que não se renderá nunca.
O Brasil precisa andar.
Em trem de alta velocidade.
E viva o Corinthians!
Também o São Paulo, de Frienderich.
Maravilha!
O Coringão não perdeu: ganhou no 1 x 1, não é verdade Ferrari?
O nosso time se defrontou com o adversário com categoria, com respeito.
Deu exemplo de cidadania.
O Goiás fez o único gol, nos primeiros 19 minutos.
Aos 29, Dentinho empatou e ficamos no 3º lugar.
O Cruzeiro, no 2º.
O Grêmio, de mestre Lupicínio Rodrigues, ficou com o 4º lugar após abater o Botafogo, de glórias mil dos tempos do anjo de pernas tortas, Garrinha.
Vi também o São Paulo encher a rede do Atlético mineiro quatro vezes.
Foi, pois, uma despedida e tanto a do São Paulo nesse Brasileirão.
À essa altura o Paulo Benites, meu amigo, deve estar feliz com o resultado e tomando umas e outras ao lado dos pais e da amada Denise; pois o São Paulo, que é também o time do coração de Ives Gandra da Silva Martins, pensador brasileiro e tributarista maior deste País sem par, jogou com categoria e raça, como o Corinthians, aliás, também do meu amigo querido, do peito, engenheiro brasileiro Peter Alouche; na arte do cordelismo, Pedro Nordestino.
Benites é um empreendedor incorrigível, desses que põem os interesses do Brasil em primeiro lugar.
Mas ele é e faz questão de ser, antes de tudo, um cidadão comum.
No entanto, é incomum.
Seus gestos, suas ações, mostram isso.
Conheci Paulo no Metrô paulistano.
Do Metrô, por uma década, ocupei a chefia do Departamento de Imprensa, para meu orgulho.
Então, posso falar.
Conheci muita gente lá, dentre as quais grandes profissionais, incluindo engenheiros, mas nenhum do quilate que Paulo representa.
Cedo esse engenheiro, com especialização em universidade do Exterior, resolveu ser dono do próprio nariz e criou uma empresa.
Um risco e tanto.
E foi em frente.
Hoje, eu o vejo disputando espaço com grandes colaboradores e fornecedores do Governo.
Muitas raposas, grandes construtoras etc.
Tenho acompanhado de perto os movimentos de Paulo na tentativa de fazer com que o Brasil ande.
E rápido, de preferência.
Um desses meios para o País andar rápido é o Trem de Alta Velocidade, o TAV, que poderá ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro numa hora, apenas.
Sonho dele, de Paulo, antigo.
Com esse objetivo, ele desenvolveu projeto durante anos; durante uns cinco, pelo menos.
Paulo foi buscar parceiros até no outro lado do mundo.
Trouxe coreanos, por exemplo, ao lado de quem se juntou com mais duas dezenas de empresas.
E a confusão foi feita, ao contrariar interesses até então inabaláveis.
Mexeu com vespeiro, com o stablisment.
Coisa perigosa.
Mas só os fortes fazem isso.
Um dia, o Lula e a Dilma, com palavras diferentes e conteúdo igual, disseram ser ele um brasileiro exemplar.
Por que?
Por apostar no Brasil
Poderosos de sempre, que não acreditavam na vitória de Dilma, agora bombardeiam Paulo Benites.
É jogo sujo.
Paulo Benites é empreendedor, homem de garra que não se renderá nunca.
O Brasil precisa andar.
Em trem de alta velocidade.
E viva o Corinthians!
Também o São Paulo, de Frienderich.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
IMPRENSA GANHA PRÊMIO COM TEMA SERTÃO
Foi uma noite bacana e tanto a de ontem no HSBC, que fica ali no fim do mundo.
Toda de premiação de dúzia e meia de empresas que de algum modo apostam no Brasil, entre as quais Caixa Econômica Federal, Diário de S. Paulo, ESPM, Imprensa Editorial, da qual fazem parte o Portal e a Revista Imprensa tocada há duas décadas por Sinval de Itacarambi Leão que, pelo visto, nestes tempos bicudos, faz jus ao sobrenome que tem.
A parte mais bonita, porém - e cá pra nós -, eu acho que foi a subida ao palco do cantador repentista Sebastião Marinho, que sob uma chuva de hurras e aplausos encantou a platéia formada por cerca de 1,5 mil pessoas.
Com o desembaraço e o talento de sempre, viola em punho, firme, ele cantou:
A Imprensa agradece a Armando
Ferrentini Editora Referência
A GV Fundação Getúlio Vargas
Um modelo de magnificência
Ao nobre Madia Mundo Marketing
Parcerias de muita eficiência.
No biênio marcado pela crise
Financeira internacional
Eis aí O Sertão um Vale Fértil
Da Imprensa num passo magistral
Caderno de Mídia e Revista
Oficinas, Eventos e Portal
Com milhões de leitores e usuários
Resultados de alcance nacional.
Os Fóruns Amazônia e Água em Pauta
Infraero, Liberdade de Imprensa
Seminário de Rádio e Jornalismo
Que tiveram repercussão imensa
Os Prêmios SEBRAE e Prêmio Caixa
E o brilhante Troféu Mulher Imprensa.
E arrematou agradecendo a presença de todos.
Um pouco antes, o fundador da Revista e Imprensa, Sinval de Itacarambi Leão, recebeu o troféu Marketing Best na sua 23º edição das mãos do diretor-presidente do Madia Mundo Marketing, Francisco Alberto Madia de Souza.
A noite se estendeu barulhenta madrugada adentro, com os acordes dos roqueiros Léo Jaime, Claudio Zoli,Kiko Zambianchi e Kid Vinil.
Eita!.
Toda de premiação de dúzia e meia de empresas que de algum modo apostam no Brasil, entre as quais Caixa Econômica Federal, Diário de S. Paulo, ESPM, Imprensa Editorial, da qual fazem parte o Portal e a Revista Imprensa tocada há duas décadas por Sinval de Itacarambi Leão que, pelo visto, nestes tempos bicudos, faz jus ao sobrenome que tem.
A parte mais bonita, porém - e cá pra nós -, eu acho que foi a subida ao palco do cantador repentista Sebastião Marinho, que sob uma chuva de hurras e aplausos encantou a platéia formada por cerca de 1,5 mil pessoas.
Com o desembaraço e o talento de sempre, viola em punho, firme, ele cantou:
A Imprensa agradece a Armando
Ferrentini Editora Referência
A GV Fundação Getúlio Vargas
Um modelo de magnificência
Ao nobre Madia Mundo Marketing
Parcerias de muita eficiência.
No biênio marcado pela crise
Financeira internacional
Eis aí O Sertão um Vale Fértil
Da Imprensa num passo magistral
Caderno de Mídia e Revista
Oficinas, Eventos e Portal
Com milhões de leitores e usuários
Resultados de alcance nacional.
Os Fóruns Amazônia e Água em Pauta
Infraero, Liberdade de Imprensa
Seminário de Rádio e Jornalismo
Que tiveram repercussão imensa
Os Prêmios SEBRAE e Prêmio Caixa
E o brilhante Troféu Mulher Imprensa.
E arrematou agradecendo a presença de todos.
Um pouco antes, o fundador da Revista e Imprensa, Sinval de Itacarambi Leão, recebeu o troféu Marketing Best na sua 23º edição das mãos do diretor-presidente do Madia Mundo Marketing, Francisco Alberto Madia de Souza.
A noite se estendeu barulhenta madrugada adentro, com os acordes dos roqueiros Léo Jaime, Claudio Zoli,Kiko Zambianchi e Kid Vinil.
Eita!.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
CLÃ BRASIL, VESTIDO DE BRASIL
Acabo de receber e-mail do amigo e conterrâneo imortal - é da Academia Paraibana de Letras - José Nêumanne Pinto, com anexo trazendo imagens do conjunto musical feminino Clã Brasil interpretando o coco Sebastiana, de Rosil Cavalcanti, lançado à praça em novembro de 1953 pelo rei do ritmo Jackson do Pandeiro, que o próprio Nêumanne conheceu, acho, nos começos dos anos de 1980, no Rio de Janeiro.
Pois bem, as meninas comandadas por Badu, que criou o Clã e é do Clã violonista, fazem bonito interpretando a pérola cavalcantiana que ganhou forma e meio mundo a partir da interpretação do paraibano Jackson.
O conjunto também é paraibano.
A sanfoneira é uma graça.
A zabumbeira parece que tem molinhas nos pés.
Todas são ótimas interpretando forró, xote ou baião.
Altíssimo astral.
As meninas, mais Badu e sua companheira mãe das meninas, estiveram uma vez cá em casa trocando idéias.
Lá pras tantas, sugeri que usassem nas vestimentas as cores do Brasil.
Estão ótimas assim vestidas.
O Clã já tem alguns discos gravados e pelo menos um DVD, que recomendo ouvi-los e ver o mais depressa possível.
Acham-se nas boas casas do ramo.
O DVD do Clã traz maravilhas, inclusive a presença de Marinês e Sivuca, que estão no céu tocando forró pra Deus e todos os anjos, arcanjos e querubins dançarem agarrados ou em roda sob o comando do próprio Jackson e de Luiz Gonzaga, mais Gordurinha, Manezinho Araújo, Abdias e mestre Chiquinho.
Deve tá bom por lá, mas quero ainda permanecer aqui por mais ummmmmmmmm tempo!
MAIS FORRÓ
De Jaqueline Alves recebo notícia da realização do II Encontro de Foles e Sanfonas da Paraíba, que acontecerá na Usina Cultural Energisa e no Ponto de Cem Reis. Segundo ela, haverá show e gravação do DVD de Zé Calixto, com participação de Antônio Barros e Céceu; Pinto do Acordeom, Messias Holanda, Luizinho Calixto, Beto Hórtis, Lucyane Pereira e Richard Galiano, além da exibição de um documentário inédito de Pinto do Acordeom; oficina de acordeom com Moisés Lima; oficina de pandeiro com Baixinho do Pandeiro, apresentação de uma orquestra de sanfonas e outras atrações musicais. Tudo de graça e começa amanhã.
Não vou porque é longe.
HSBC
Agora vou à festa de recebimento de prêmio da Revista Imprensa, no HSBC. É prêmio a ver com o Nordeste. Conto depois.
Pois bem, as meninas comandadas por Badu, que criou o Clã e é do Clã violonista, fazem bonito interpretando a pérola cavalcantiana que ganhou forma e meio mundo a partir da interpretação do paraibano Jackson.
O conjunto também é paraibano.
A sanfoneira é uma graça.
A zabumbeira parece que tem molinhas nos pés.
Todas são ótimas interpretando forró, xote ou baião.
Altíssimo astral.
As meninas, mais Badu e sua companheira mãe das meninas, estiveram uma vez cá em casa trocando idéias.
Lá pras tantas, sugeri que usassem nas vestimentas as cores do Brasil.
Estão ótimas assim vestidas.
O Clã já tem alguns discos gravados e pelo menos um DVD, que recomendo ouvi-los e ver o mais depressa possível.
Acham-se nas boas casas do ramo.
O DVD do Clã traz maravilhas, inclusive a presença de Marinês e Sivuca, que estão no céu tocando forró pra Deus e todos os anjos, arcanjos e querubins dançarem agarrados ou em roda sob o comando do próprio Jackson e de Luiz Gonzaga, mais Gordurinha, Manezinho Araújo, Abdias e mestre Chiquinho.
Deve tá bom por lá, mas quero ainda permanecer aqui por mais ummmmmmmmm tempo!
MAIS FORRÓ
De Jaqueline Alves recebo notícia da realização do II Encontro de Foles e Sanfonas da Paraíba, que acontecerá na Usina Cultural Energisa e no Ponto de Cem Reis. Segundo ela, haverá show e gravação do DVD de Zé Calixto, com participação de Antônio Barros e Céceu; Pinto do Acordeom, Messias Holanda, Luizinho Calixto, Beto Hórtis, Lucyane Pereira e Richard Galiano, além da exibição de um documentário inédito de Pinto do Acordeom; oficina de acordeom com Moisés Lima; oficina de pandeiro com Baixinho do Pandeiro, apresentação de uma orquestra de sanfonas e outras atrações musicais. Tudo de graça e começa amanhã.
Não vou porque é longe.
HSBC
Agora vou à festa de recebimento de prêmio da Revista Imprensa, no HSBC. É prêmio a ver com o Nordeste. Conto depois.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
CARMÉLIA ESTÁ NO RETIRO DOS ARTISTAS
A cantora carioca de Bangu Carmélia Alves, Curvello de sobrenome, está morando desde o começo da segunda parte deste ano no Retiro dos Artistas em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Quem a levou para lá foram a solidão e a falta de dinheiro que tantos problemas rotineiramente trazem a tanta gente por aí a fora.
Aposentadoria?
R$ 700,00/mês.
Muito pouco, não é?
Pois bem, quem me contou sobre a nova moradia da rainha do baião Carmélia foi dona Iolanda, viúva do médico e compositor de grande destaque e importância para a discografia brasileira, Zé Dantas.
Dona Iolanda, que vive em Recife, esteve com Carmélia e disse que a achou bem alinhada e de bem com a vida.
Carmélia sempre foi assim. E vaidosa, e dona de uma belíssima gargalhada que só vendo.
Mas a verdade é que ela sempre soube disfarçar bem as dificuldades pessoais.
Em público, então, jamais reclamou de nada.
Conheci Carmélia há muitos anos.
Eu freqüentei a sua casa em Teresópolis, na serra carioca, e ela freqüentou a minha, cá em Sampa; e brincou muito com meus filhos e tudo.
Nos orgulhamos dela.
Carmélia sempre foi discreta, inteligente, fina em tudo e jamais alimentou quaisquer vícios.
O seu marido Jimmy Lester, com quem viveu por mais de 50 anos, era também artista e uma pessoa muito espontânea.
Também era incrível e de riso fácil.
Ele era tudo para ela.
Os dois viajaram quase o mundo todo e se apresentaram profissionalmente em muitos países, como integrantes das caravanas criadas pelo advogado, deputado e compositor talentosíssimo Humberto Teixeira, letrista do gênero baião musicalmente estilizado por Luiz Gonzaga.
Senti muito quando partiu.
Também fiquei sabendo que Carminha Mascarenhas está junto com Carmélia.
As duas dizem que o ambiente lá é muito bom e que tem de tudo.
Até enfermeiras de prontidão, tem.
Ora, ora.
E até feijoada, uma vez por mês.
Mas também comedida na alimentação, de feijoada Carmélia não gosta.
Viva Carmélia Alves!
Ah! Sim: na foto acima feita em dezembro de 2002, aparecem a rainha do xaxado Marinês e este súdito cercando a rainha do baião Carmélia Alves e a rainha do forró Anastácia. Detalhe: nunca antes as três se encontraram assim, juntas e num programa de rádio transmitido ao vivo chamado São Paulo Capital Nordeste, vocês se lembram?
Aposentadoria?
R$ 700,00/mês.
Muito pouco, não é?
Pois bem, quem me contou sobre a nova moradia da rainha do baião Carmélia foi dona Iolanda, viúva do médico e compositor de grande destaque e importância para a discografia brasileira, Zé Dantas.
Dona Iolanda, que vive em Recife, esteve com Carmélia e disse que a achou bem alinhada e de bem com a vida.
Carmélia sempre foi assim. E vaidosa, e dona de uma belíssima gargalhada que só vendo.
Mas a verdade é que ela sempre soube disfarçar bem as dificuldades pessoais.
Em público, então, jamais reclamou de nada.
Conheci Carmélia há muitos anos.
Eu freqüentei a sua casa em Teresópolis, na serra carioca, e ela freqüentou a minha, cá em Sampa; e brincou muito com meus filhos e tudo.
Nos orgulhamos dela.
Carmélia sempre foi discreta, inteligente, fina em tudo e jamais alimentou quaisquer vícios.
O seu marido Jimmy Lester, com quem viveu por mais de 50 anos, era também artista e uma pessoa muito espontânea.
Também era incrível e de riso fácil.
Ele era tudo para ela.
Os dois viajaram quase o mundo todo e se apresentaram profissionalmente em muitos países, como integrantes das caravanas criadas pelo advogado, deputado e compositor talentosíssimo Humberto Teixeira, letrista do gênero baião musicalmente estilizado por Luiz Gonzaga.
Senti muito quando partiu.
Também fiquei sabendo que Carminha Mascarenhas está junto com Carmélia.
As duas dizem que o ambiente lá é muito bom e que tem de tudo.
Até enfermeiras de prontidão, tem.
Ora, ora.
E até feijoada, uma vez por mês.
Mas também comedida na alimentação, de feijoada Carmélia não gosta.
Viva Carmélia Alves!
Ah! Sim: na foto acima feita em dezembro de 2002, aparecem a rainha do xaxado Marinês e este súdito cercando a rainha do baião Carmélia Alves e a rainha do forró Anastácia. Detalhe: nunca antes as três se encontraram assim, juntas e num programa de rádio transmitido ao vivo chamado São Paulo Capital Nordeste, vocês se lembram?
terça-feira, 30 de novembro de 2010
O GÊNIO PIXINGUINHA VEM À TONA PELO IMS
Pixinguinha em Pauta.
Este é o título de um belíssimo livro que está chegando à praça num estojo com a marca do Instituto Moreira Salles; e que se viabilizou através de parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Imesp.
Pixinguinha em Pauta é também o nome do espetáculo musical que assisti ontem à noite, prazerosamente, no Auditório Ibirapuera.
Belíssimo.
Platéia de extremo bom-gosto.
O livro reúne 36 partituras até aqui publicamente inéditas, com obras de vários autores brasileiros transcritas em primorosos arranjos assinados pelo talento de Pixinguinha, Pixinga ou Pizindim, como também era chamado o mais genial compositor e instrumentista carioca nascido no subúrbio de Piedade, Alfredo da Rocha Vianna Filho.
O espetáculo começou depois de o presidente da Imesp, Hubert Alqueres, subir ao palco e falar com orgulho sobre a portentosa empresa que representa e as razões que o levaram a editar a obra assinada por Bia Paes Leme.
Com isso, o presidente da Imesp marcou muitos pontos positivos na sua carreira de empreendedor, que, certamente, se estenderá pelos caminhos da iniciativa privada.
Antes de a pequena orquestra de 30 músicos regida pelo maestro Pedro Aragão subir ao palco, a iluminação centrou sobre a figura do cantor e animador Pedro Miranda desempenhando o papel do artista e pesquisador de música popular Almirante, de batismo Henrique Foréis Domingues, que apresentava pelos microfones da Rádio Tupi, lá pelos idos de 1940 e 50, o programa O Pessoal da Velha Guarda para o qual Pixinguinha trabalhava como músico e arranjador.
O que se viu e ouviu ontem no Auditório do Ibirapuera foi algo inesquecível.
Belíssimo.
Os músicos da orquestra, ainda sem nome, formada especialmente para apresentar o livro, impressionaram pelo desempenho espetacularíssimo; de improvisação, inclusive.
Todos foram perfeitos nos detalhes e marcantes no conjunto.
Os louvores cabem a cada um dos integrantes da ocasional orquestra, ou mini orquestra, incluindo o regente Aragão.
Os brasileiros de todos os brasis deste tão imenso País têm o direito de assistir a essa orquestra, que pode e deve percorrer todos os nossos rincões... Necessariamente.
O IMS tem obrigação de viabilizar isso.
A orquestra do maestro Pedro Aragão precisa viver, ganhar forma e se integrar mais e mais a este tão musicalmente judiado Brasil.
Falo de respeito, de cidadania, de oportunidade, de ecudação, de um Brasil melhor.
A música pode propiciar isso.
Alias, esta não é a idéia do IMS?
Esta não é a idéia do próprio governo brasileiro?
E tenho a dizer mais:
A Revivendo Músicas é uma empresa do Paraná que existe desde que o seu criador, Leon Barg, já no céu, adquiriu o primeiro disco de cantor brasileiro, em 1936.
Digo isso porque é preciso dizer que o acervo da Revivendo tem de ser preservado para as gerações futuras.
Isso tem a ver com governo, não é?
A Revivendo tem absolutamente todos os discos de Pixinguinha, por exemplo.
E partituras.
E itens da sua obra, inéditos.
Está nahora de se criar o Museu Pixinguinha.
O país que tem Pixinguinha tem tudo.
O Brasil tem tudo.
Ah! Sim, do repertório de ontem no Auditório Ibirapuera, interpretado pela orquestra, ou mini, do maestro Pedro Aragão, constaram belíssimas peças, entre as quais estas:
- Assim Que é, de Pixinguinha.
- Salve o Sol,de Eduardinho Violão.
- Cabeça de Porco, Anacleto de Medeiros.
- A Mulher do Bode, de Cardoso de Meneses Filho.
- Subindo ao Céu, de Aristides Borges.
- Conversar Fiada, de Pixinguinha.
- Turuna, de Ernesto Nazaré...
Este é o título de um belíssimo livro que está chegando à praça num estojo com a marca do Instituto Moreira Salles; e que se viabilizou através de parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Imesp.
Pixinguinha em Pauta é também o nome do espetáculo musical que assisti ontem à noite, prazerosamente, no Auditório Ibirapuera.
Belíssimo.
Platéia de extremo bom-gosto.
O livro reúne 36 partituras até aqui publicamente inéditas, com obras de vários autores brasileiros transcritas em primorosos arranjos assinados pelo talento de Pixinguinha, Pixinga ou Pizindim, como também era chamado o mais genial compositor e instrumentista carioca nascido no subúrbio de Piedade, Alfredo da Rocha Vianna Filho.
O espetáculo começou depois de o presidente da Imesp, Hubert Alqueres, subir ao palco e falar com orgulho sobre a portentosa empresa que representa e as razões que o levaram a editar a obra assinada por Bia Paes Leme.
Com isso, o presidente da Imesp marcou muitos pontos positivos na sua carreira de empreendedor, que, certamente, se estenderá pelos caminhos da iniciativa privada.
Antes de a pequena orquestra de 30 músicos regida pelo maestro Pedro Aragão subir ao palco, a iluminação centrou sobre a figura do cantor e animador Pedro Miranda desempenhando o papel do artista e pesquisador de música popular Almirante, de batismo Henrique Foréis Domingues, que apresentava pelos microfones da Rádio Tupi, lá pelos idos de 1940 e 50, o programa O Pessoal da Velha Guarda para o qual Pixinguinha trabalhava como músico e arranjador.
O que se viu e ouviu ontem no Auditório do Ibirapuera foi algo inesquecível.
Belíssimo.
Os músicos da orquestra, ainda sem nome, formada especialmente para apresentar o livro, impressionaram pelo desempenho espetacularíssimo; de improvisação, inclusive.
Todos foram perfeitos nos detalhes e marcantes no conjunto.
Os louvores cabem a cada um dos integrantes da ocasional orquestra, ou mini orquestra, incluindo o regente Aragão.
Os brasileiros de todos os brasis deste tão imenso País têm o direito de assistir a essa orquestra, que pode e deve percorrer todos os nossos rincões... Necessariamente.
O IMS tem obrigação de viabilizar isso.
A orquestra do maestro Pedro Aragão precisa viver, ganhar forma e se integrar mais e mais a este tão musicalmente judiado Brasil.
Falo de respeito, de cidadania, de oportunidade, de ecudação, de um Brasil melhor.
A música pode propiciar isso.
Alias, esta não é a idéia do IMS?
Esta não é a idéia do próprio governo brasileiro?
E tenho a dizer mais:
A Revivendo Músicas é uma empresa do Paraná que existe desde que o seu criador, Leon Barg, já no céu, adquiriu o primeiro disco de cantor brasileiro, em 1936.
Digo isso porque é preciso dizer que o acervo da Revivendo tem de ser preservado para as gerações futuras.
Isso tem a ver com governo, não é?
A Revivendo tem absolutamente todos os discos de Pixinguinha, por exemplo.
E partituras.
E itens da sua obra, inéditos.
Está nahora de se criar o Museu Pixinguinha.
O país que tem Pixinguinha tem tudo.
O Brasil tem tudo.
Ah! Sim, do repertório de ontem no Auditório Ibirapuera, interpretado pela orquestra, ou mini, do maestro Pedro Aragão, constaram belíssimas peças, entre as quais estas:
- Assim Que é, de Pixinguinha.
- Salve o Sol,de Eduardinho Violão.
- Cabeça de Porco, Anacleto de Medeiros.
- A Mulher do Bode, de Cardoso de Meneses Filho.
- Subindo ao Céu, de Aristides Borges.
- Conversar Fiada, de Pixinguinha.
- Turuna, de Ernesto Nazaré...
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
ELOMAR E A SUA OBRA DE LOUVOR A DEUS
Leio nos jornais e em todas as mídias - rádio, TV, internet etc. - que o ex-beatle Paul McCartney, o esquisito Lou Red e o jovemguardista Roberto Carlos se apresentaram ontem em pontos distintos da cidade de São Paulo para um público de 70 mil pessoas, talvez, nos três eventos.
Paul se apresentou no Morumbi, Lou no Sesc Pinheiros e Roberto, no Anhembi.
Eu queria era ler o seguinte:
Além desses pops estrangeiros, se apresentou também o menestrel Elomar Figueira Mello. Para vê-lo, uma multidão lotou completamente o Pacaembu reformado especialmente para esse grande acontecimento que levou, calculadamente, 500 mil pessoas entre crianças e gentes de todas as idades, raças e credos. Pelo menos 1 milhão ficou de fora assistindo nos telões, instalados às carreiras, o desempenho do mestre do reino encantado do Rio Gavião, ao sul da Bahia.
E mais:
Todos os canais de televisão e emissoras de rádio transmitiram o espetáculo elomariano ao vivo para todo o país, batendo recordes de audiência.
Era isso o que eu queria ler no noticiário.
Mas tudo bem, Elomar continua firme construindo uma obra musical sem paralelo, monumental, no País que deu Castro Alves, Carlos Gomes e milhares e milhares de gênios, quase todos, porém, esquecidos pela mediocridade dos que nada fazem.
Pois bem, conheci Elomar há trint´anos.
O tempo passa muitas vezes sem que a gente se dê conta.
Uns partem sem deixar rastros.
Outros ficam por cá insistindo, pelejando, por dias melhores.
Outros optam por construírem arte e nos faz vê que a vida é melhor quando a alma se alimenta do bom e do melhor, que é a arte: música, poesia, pintura etc.
Lembro uma vez o menestrel me dizendo, entre uma tragada e outra de cigarro de palha:
- Toda a minha obra é de louvor a Deus.
Como a obra de Bach.
E não esqueçam que nos próximos dias 26 e 27 há uma pré-estréia mundial programada no sertão da Bahia: Cenas Brasileiras, espetáculo extraído de trechos de óperas do mestre Elomar Figueira Mello.
...E ainda há quem diga que no Brasil não há compositor operístico, ora, ora.
Viva Elomar!
Paul se apresentou no Morumbi, Lou no Sesc Pinheiros e Roberto, no Anhembi.
Eu queria era ler o seguinte:
Além desses pops estrangeiros, se apresentou também o menestrel Elomar Figueira Mello. Para vê-lo, uma multidão lotou completamente o Pacaembu reformado especialmente para esse grande acontecimento que levou, calculadamente, 500 mil pessoas entre crianças e gentes de todas as idades, raças e credos. Pelo menos 1 milhão ficou de fora assistindo nos telões, instalados às carreiras, o desempenho do mestre do reino encantado do Rio Gavião, ao sul da Bahia.
E mais:
Todos os canais de televisão e emissoras de rádio transmitiram o espetáculo elomariano ao vivo para todo o país, batendo recordes de audiência.
Era isso o que eu queria ler no noticiário.
Mas tudo bem, Elomar continua firme construindo uma obra musical sem paralelo, monumental, no País que deu Castro Alves, Carlos Gomes e milhares e milhares de gênios, quase todos, porém, esquecidos pela mediocridade dos que nada fazem.
Pois bem, conheci Elomar há trint´anos.
O tempo passa muitas vezes sem que a gente se dê conta.
Uns partem sem deixar rastros.
Outros ficam por cá insistindo, pelejando, por dias melhores.
Outros optam por construírem arte e nos faz vê que a vida é melhor quando a alma se alimenta do bom e do melhor, que é a arte: música, poesia, pintura etc.
Lembro uma vez o menestrel me dizendo, entre uma tragada e outra de cigarro de palha:
- Toda a minha obra é de louvor a Deus.
Como a obra de Bach.
E não esqueçam que nos próximos dias 26 e 27 há uma pré-estréia mundial programada no sertão da Bahia: Cenas Brasileiras, espetáculo extraído de trechos de óperas do mestre Elomar Figueira Mello.
...E ainda há quem diga que no Brasil não há compositor operístico, ora, ora.
Viva Elomar!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
AINDA ELOMAR E A CULTURA BRASILEIRA
Por telefone, pergunto a Elomar o que tem feito.
- Continuo escrevendo meus rumance de cavalaria.
A conversa segue por aí, com ele revelando idéias como o projeto de Festival da Ópera Brasileira com pré-estréia marcada para o próximo dia 26; e pra valer, mesmo, no dia 11 de julho do ano que vem no Domus Operae, teatro de ópera que está construindo por meios próprios na Casa dos Carneiros, lá pras bandas do Rio Gavião, na Bahia.
Acho que vou...
E ele segue falando, opinando com uma lucidez danada sobre a vida brasileira. E rápido que nem uma metralhadora cuspindo fogo, ele dispara:
- O Brasil se perde na preservação de sua música. É preciso ter pessoas que acreditem nas idéias de quem tem na vida a história da cultura popular para contar.
Opa!
Elomar Figueira Mello é um baiano de Vitória da Conquista, como quase todo mundo sabe; e dos mais completos criadores de música culta, erudita, diga-se; e no seu caso, inda mais do que isso, pois a genialidade em forma de arte e sensibilidade lhe tomou por inteiro, fazendo-o gerar obras-primas - ainda para poucos - que preenchem sobremaneira os ocos do pecado e da ignorância bastardas que pairam à solta pelas esquinas do mundo.
Elomar nasceu de parto caseiro na segunda metade dos anos de 1930, nas quebradas do Gavião, rio fogoso que deságua no Rio das Contas, e daí pro mar, e se exibe terrível nos tempos de cheia arrasando ribeirinhos de Condeúba, Caraíbas e Anagê.
O Gavião já foi o considerado o rio mais seco do planeta.
Eu conheci Elomar aqui na capital paulista num ano dos 70, pouco depois de lançar à praça o seu primeiro LP, Das Barrancas do Rio Gavião, quase uma década após fazer editar um compacto simples, o único da carreira que não se acha em canto nenhum, nem a pau.
O LP, mais fácil de achar nos sebos, traz texto de contracapa assinado pelo embaixador errante Vinicius de Morais.
Até então eu nunca ouvira falar de Elomar, tampouco da sua música. Isso só iria acontecer quando o amigo cartunista Jota, o Jotinha, entrou na redação da Folha com um sorriso largo na cara dizendo que eu tinha de ouvir esse disco e escrever algo a respeito.
Ouvi, escrevi e conheci Elomar.
E nos tornamos amigos, posso dizer.
Isso já faz mais de trint´anos.
Amanhã digo mais.
.......................
UMA VEZ A GUERRA
Duas rainhas. Dois reinos. Dois povos. Duas visões diferentes do que é o mundo, sempre.
A autora, a jovem Ornela Jacobino, faz uso de retalhos da história desde os tempos medievos para falar de guerras entre povos de etnias diferentes. Vamos lá? A estréia de Uma Vez a Guerra é amanhã, às 20 horas, no SESI de Vila das Mercês, núcleo de Artes Cênicas, cá em Sampa. Não precisa nem pagar para ver a obra, basta dar um sorriso à entrada do teatro. Isso mesmo. Informações: 2946.8172.
- Continuo escrevendo meus rumance de cavalaria.
A conversa segue por aí, com ele revelando idéias como o projeto de Festival da Ópera Brasileira com pré-estréia marcada para o próximo dia 26; e pra valer, mesmo, no dia 11 de julho do ano que vem no Domus Operae, teatro de ópera que está construindo por meios próprios na Casa dos Carneiros, lá pras bandas do Rio Gavião, na Bahia.
Acho que vou...
E ele segue falando, opinando com uma lucidez danada sobre a vida brasileira. E rápido que nem uma metralhadora cuspindo fogo, ele dispara:
- O Brasil se perde na preservação de sua música. É preciso ter pessoas que acreditem nas idéias de quem tem na vida a história da cultura popular para contar.
Opa!
Elomar Figueira Mello é um baiano de Vitória da Conquista, como quase todo mundo sabe; e dos mais completos criadores de música culta, erudita, diga-se; e no seu caso, inda mais do que isso, pois a genialidade em forma de arte e sensibilidade lhe tomou por inteiro, fazendo-o gerar obras-primas - ainda para poucos - que preenchem sobremaneira os ocos do pecado e da ignorância bastardas que pairam à solta pelas esquinas do mundo.
Elomar nasceu de parto caseiro na segunda metade dos anos de 1930, nas quebradas do Gavião, rio fogoso que deságua no Rio das Contas, e daí pro mar, e se exibe terrível nos tempos de cheia arrasando ribeirinhos de Condeúba, Caraíbas e Anagê.
O Gavião já foi o considerado o rio mais seco do planeta.
Eu conheci Elomar aqui na capital paulista num ano dos 70, pouco depois de lançar à praça o seu primeiro LP, Das Barrancas do Rio Gavião, quase uma década após fazer editar um compacto simples, o único da carreira que não se acha em canto nenhum, nem a pau.
O LP, mais fácil de achar nos sebos, traz texto de contracapa assinado pelo embaixador errante Vinicius de Morais.
Até então eu nunca ouvira falar de Elomar, tampouco da sua música. Isso só iria acontecer quando o amigo cartunista Jota, o Jotinha, entrou na redação da Folha com um sorriso largo na cara dizendo que eu tinha de ouvir esse disco e escrever algo a respeito.
Ouvi, escrevi e conheci Elomar.
E nos tornamos amigos, posso dizer.
Isso já faz mais de trint´anos.
Amanhã digo mais.
.......................
UMA VEZ A GUERRA
Duas rainhas. Dois reinos. Dois povos. Duas visões diferentes do que é o mundo, sempre.
A autora, a jovem Ornela Jacobino, faz uso de retalhos da história desde os tempos medievos para falar de guerras entre povos de etnias diferentes. Vamos lá? A estréia de Uma Vez a Guerra é amanhã, às 20 horas, no SESI de Vila das Mercês, núcleo de Artes Cênicas, cá em Sampa. Não precisa nem pagar para ver a obra, basta dar um sorriso à entrada do teatro. Isso mesmo. Informações: 2946.8172.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
ELOMAR CRIA FESTIVAL DA ÓPERA BRASILEIRA
“Anote aí e espalhe: nos próximos dias 26 e 27, vamos fazer a pré-estréia do Festival da Ópera Brasileira”.
Quem pede isso e dá a boa-nova é o menestrel e compositor operístico do imaginário Estado do Sertão brasileiro fincado n´algum lugar do reino encantado de Vitória da Conquista, Elomar Figueira Mello, que acrescenta:
“Será no Domus Operae, teatro de ópera em construção na Casa dos Carneiros”.
A Casa dos Carneiros é uma fundação cultural do artista e também o nome de uma de suas fazendas no sul da Bahia, onde mora.
Além de assinar uma obra musical belíssima e extensa, na maior parte, porém, ainda inédita em disco e livro, Elomar também assina o projeto de construção do teatro que terá capacidade para acolher até duas mil pessoas a cada apresentação, a partir de julho de 2011 quando será inaugurado e o festival propriamente dito aberto.
A obra de Elomar é incomparável sob qualquer aspecto.
A pré-estréia do festival se dará com a encenação de trechos de três óperas de sua autoria: A Casa das Bonecas, A Carta e O Retirante.
Hoje em dia Elomar ainda se apresenta com sua arte quando lhe chamam, mas não é muito fácil vê-lo nos palcos de grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
Ele não dá bola à grande mídia e se recusa terminantemente a dar entrevistas à televisão.
Acha isso tudo muito desimportante e não é chegado a falatório.
Talvez por isso ele tenha tempo de se dedicar a criação da sua arte e dos seus bodes em suas fazendas.
Você sabe quantos compositores de ópera tem o Brasil, ele pergunta ao mesmo que responde:
“Pois é, pelo menos uns quarenta”.
E conclui:
“Catalogados, eu tenho 18”.
O Brasil sabe disso?
Quer saber mais a respeito da pré-estréia do projeto Festival da Ópera Brasileira? 77.4141.0313 ou através do e-mail imprensa@casadoscarneiros.org.br
Quem pede isso e dá a boa-nova é o menestrel e compositor operístico do imaginário Estado do Sertão brasileiro fincado n´algum lugar do reino encantado de Vitória da Conquista, Elomar Figueira Mello, que acrescenta:
“Será no Domus Operae, teatro de ópera em construção na Casa dos Carneiros”.
A Casa dos Carneiros é uma fundação cultural do artista e também o nome de uma de suas fazendas no sul da Bahia, onde mora.
Além de assinar uma obra musical belíssima e extensa, na maior parte, porém, ainda inédita em disco e livro, Elomar também assina o projeto de construção do teatro que terá capacidade para acolher até duas mil pessoas a cada apresentação, a partir de julho de 2011 quando será inaugurado e o festival propriamente dito aberto.
A obra de Elomar é incomparável sob qualquer aspecto.
A pré-estréia do festival se dará com a encenação de trechos de três óperas de sua autoria: A Casa das Bonecas, A Carta e O Retirante.
Hoje em dia Elomar ainda se apresenta com sua arte quando lhe chamam, mas não é muito fácil vê-lo nos palcos de grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
Ele não dá bola à grande mídia e se recusa terminantemente a dar entrevistas à televisão.
Acha isso tudo muito desimportante e não é chegado a falatório.
Talvez por isso ele tenha tempo de se dedicar a criação da sua arte e dos seus bodes em suas fazendas.
Você sabe quantos compositores de ópera tem o Brasil, ele pergunta ao mesmo que responde:
“Pois é, pelo menos uns quarenta”.
E conclui:
“Catalogados, eu tenho 18”.
O Brasil sabe disso?
Quer saber mais a respeito da pré-estréia do projeto Festival da Ópera Brasileira? 77.4141.0313 ou através do e-mail imprensa@casadoscarneiros.org.br
terça-feira, 16 de novembro de 2010
DO GARIMPO, A REVIVENDO RESGATA MÚSICAS
Os textos inseridos quase diariamente neste blog eu os faço muito rapidamente.
São vários os textos que escrevo para jornais e revistas, e também para contracapas de discos, prefácios e para um ou outro livro como o que está sendo produzido agora por Silvana Congilio sobre a Pensão Jundiaí, criada pela saudosa Mariazinha num ano do século passado.
Silvana me pediu uma colaboração e eu, lhufas!
Mas vou atendê-la, claro.
Trata-se de uma coletânea que reunirá textos de “pensionistas”.
A Pensão é uma espécie de jogral sem sede própria, onde jornalistas, artistas e intelectuais de muitos quilates se encontram uma vez por mês num local de Sampa, hoje Club Homs, para troca de idéias e jantar regado a água e vinho.
São pensionistas históricos embora faltosos Paulo Vanzolini, Inezita Barroso, Ives Gandra, Paulo Bomfim, e tantos e tantos nomes que enriquecem está Paulicéia louca e bela.
Mariazinha era poeta e das maiores agitadoras culturais que conheci, para quem cometi um poemeto, uma brincadeira intitulada Aula na Pensão:
Casa, casinha
Arranha céu...
Meu Deus!
Quero rima para prédio,
Quero rima para casa!
De novo: arranha-céu,
Casa, casinha
É assim, Mariazinha?
Mas não há rima para pensão,
Não há rima para prédio,
Há rima para casarão!
De novo: casa, casinha,
Prédio, espigão.
Agora, sim:
A pensão de Mariazinha
É o nosso coração.
Onde eu estava mesmo?
Ah! Sim: no blog.
Dificilmente releio os textos que posto aqui, nem antes, nem depois.
E aí cometo absurdos dizendo o que não quero pelas linhas tortas da imprecisão e da dubiedade madrasta, saídas pela pressa da imperfeição.
É a velha história: escreveu não leu, o pau comeu.
Isso aconteceu no texto que escrevi outro dia sobre a Revivendo.
Eu quis dizer que os herdeiros dos grandes artistas - incluindo escritores - quase sempre dificultam o relançamento das obras deixadas.
Passei por isso quando tentei tirar do limbo um dos nomes mais importantes da nossa música, o paulista de Tietê Ariowaldo Pires, chamado de Capitão Furtado.
Fui a estúdio e produzi o já raro CD Inéditos de Capitão Furtado e Téo Azevedo, com participação especial de Mococa & Paraíso, Inezita, Tinoco, Moacyr Franco, Rodrigo Matos, Muíbo Cury, entre outros intérpretes da boa música caipira.
O Capitão partiu há 31 anos completados no último dia 11.
Ele deixou magnífica obra que se conta às centenas, gravadas em centenas de discos por intérpretes como Gilberto Alves, Paraguassu, Sílvio Caldas, Roberto Fioravanti, Jackson do Pandeiro, Ivon Curi, Rolando Boldrin, Raul Torres & Serrinha, Alvarenga & Ranchinho, Xerém & Bentinho, Tião Carreiro & Pardinho...
Foi ele quem descobriu a dupla Tonico & Tinoco.
Pois bem, no texto postado eu quis dizer das dificuldades impostas mais das vezes a quem se arrisca a levar a público obras musicais e literárias de autores brasileiros falecidos há menos de 70 anos.
É dureza.
Até já propus que se diminua esse tempo de validade a herdeiros, na nova lei de Direitos Autorais.
A Revivendo, é claro, encontra esse tipo de dificuldade para a realização de suas iniciativas, e só a calma e a persistência de Leon Barg somadas à calma e persistência das filhas Laís e Lilian têm possibilitado que artistas como Chiquinha Gonzaga, Capiba, Ary Barroso, Chico Alves, Orlando Silva e Luiz Gonzaga, por exemplo, entre centenas, não caiam na vala comum do esquecimento.
A Revivendo e seus heróis, que hoje atendem por Laís e Lilian Barg, merecem aplausos e louvores de todos os tipos e de todo mundo de sã consciência e sensível à arte.
Aliás, está mais do que na hora de o Congresso Nacional se prestar uma grande homenagem a essa empresa, exemplo de categoria e fé por um País melhor.
Este ano a Revivendo já levou à praça pelo menos uma dúzia de belíssimos discos.
E o que vocês estão esperando, hein?
Ora, corram já às lojas e comprem esses discos.
Haverá melhor presente do que dar a um amigo, amiga, parente, aderente, do que um disco Revivendo?
Fui!
São vários os textos que escrevo para jornais e revistas, e também para contracapas de discos, prefácios e para um ou outro livro como o que está sendo produzido agora por Silvana Congilio sobre a Pensão Jundiaí, criada pela saudosa Mariazinha num ano do século passado.
Silvana me pediu uma colaboração e eu, lhufas!
Mas vou atendê-la, claro.
Trata-se de uma coletânea que reunirá textos de “pensionistas”.
A Pensão é uma espécie de jogral sem sede própria, onde jornalistas, artistas e intelectuais de muitos quilates se encontram uma vez por mês num local de Sampa, hoje Club Homs, para troca de idéias e jantar regado a água e vinho.
São pensionistas históricos embora faltosos Paulo Vanzolini, Inezita Barroso, Ives Gandra, Paulo Bomfim, e tantos e tantos nomes que enriquecem está Paulicéia louca e bela.
Mariazinha era poeta e das maiores agitadoras culturais que conheci, para quem cometi um poemeto, uma brincadeira intitulada Aula na Pensão:
Casa, casinha
Arranha céu...
Meu Deus!
Quero rima para prédio,
Quero rima para casa!
De novo: arranha-céu,
Casa, casinha
É assim, Mariazinha?
Mas não há rima para pensão,
Não há rima para prédio,
Há rima para casarão!
De novo: casa, casinha,
Prédio, espigão.
Agora, sim:
A pensão de Mariazinha
É o nosso coração.
Onde eu estava mesmo?
Ah! Sim: no blog.
Dificilmente releio os textos que posto aqui, nem antes, nem depois.
E aí cometo absurdos dizendo o que não quero pelas linhas tortas da imprecisão e da dubiedade madrasta, saídas pela pressa da imperfeição.
É a velha história: escreveu não leu, o pau comeu.
Isso aconteceu no texto que escrevi outro dia sobre a Revivendo.
Eu quis dizer que os herdeiros dos grandes artistas - incluindo escritores - quase sempre dificultam o relançamento das obras deixadas.
Passei por isso quando tentei tirar do limbo um dos nomes mais importantes da nossa música, o paulista de Tietê Ariowaldo Pires, chamado de Capitão Furtado.
Fui a estúdio e produzi o já raro CD Inéditos de Capitão Furtado e Téo Azevedo, com participação especial de Mococa & Paraíso, Inezita, Tinoco, Moacyr Franco, Rodrigo Matos, Muíbo Cury, entre outros intérpretes da boa música caipira.
O Capitão partiu há 31 anos completados no último dia 11.
Ele deixou magnífica obra que se conta às centenas, gravadas em centenas de discos por intérpretes como Gilberto Alves, Paraguassu, Sílvio Caldas, Roberto Fioravanti, Jackson do Pandeiro, Ivon Curi, Rolando Boldrin, Raul Torres & Serrinha, Alvarenga & Ranchinho, Xerém & Bentinho, Tião Carreiro & Pardinho...
Foi ele quem descobriu a dupla Tonico & Tinoco.
Pois bem, no texto postado eu quis dizer das dificuldades impostas mais das vezes a quem se arrisca a levar a público obras musicais e literárias de autores brasileiros falecidos há menos de 70 anos.
É dureza.
Até já propus que se diminua esse tempo de validade a herdeiros, na nova lei de Direitos Autorais.
A Revivendo, é claro, encontra esse tipo de dificuldade para a realização de suas iniciativas, e só a calma e a persistência de Leon Barg somadas à calma e persistência das filhas Laís e Lilian têm possibilitado que artistas como Chiquinha Gonzaga, Capiba, Ary Barroso, Chico Alves, Orlando Silva e Luiz Gonzaga, por exemplo, entre centenas, não caiam na vala comum do esquecimento.
A Revivendo e seus heróis, que hoje atendem por Laís e Lilian Barg, merecem aplausos e louvores de todos os tipos e de todo mundo de sã consciência e sensível à arte.
Aliás, está mais do que na hora de o Congresso Nacional se prestar uma grande homenagem a essa empresa, exemplo de categoria e fé por um País melhor.
Este ano a Revivendo já levou à praça pelo menos uma dúzia de belíssimos discos.
E o que vocês estão esperando, hein?
Ora, corram já às lojas e comprem esses discos.
Haverá melhor presente do que dar a um amigo, amiga, parente, aderente, do que um disco Revivendo?
Fui!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
EM AGOSTO, A MÚSICA VOLTA ÀS ESCOLAS
Falei ontem da boa qualidade de notícias de domingo nos jornalões brasileiros sediados em Sampa, Folha e Estado.
Conheço um pouco os dois, pois neles trabalhei nos anos 70 e 80.
No primeiro como repórter, no segundo como repórter ocasional, articulista e chefe de reportagem política.
Naquele tempo ambos davam mais destaque à cultura brasileira, em detrimento às coisas gringas.
Bom, sim.
De repente agora, para minha alegria, vejo no Nacional da Plim plim notícia sobre a volta da música às escolas como matéria curricular, a partir de agosto que vem.
Oba!
E agosto é o mês do folclore.
Um bom recomeço, sem dúvida.
Há uns quatro ou cinco anos, fui convidado a encerrar com palestra seminário no Congresso Nacional, sobre música.
Aceitei.
Aproveitei e falei e falei a deputados e artistas presentes sobre o que tinha de falar: música e folclore nacionais.
Gosto disso.
Depois, dei entrevista na TV Câmara (que pode ser conferida aí ao lado, na coluna à direita deste blog e no Youtube).
Pois bem, após minha fala transmitida ao vivo pela TV Senado, eu deixei a idéia exatamente de trazer de volta às escolas a nossa música, mas a música folclórica.
Por que música folclórica?
Porque é o DNA musical brasileiro.
Tomara que o ensino a ser retomado daqui a meses seja por aí, porque senão corremos o risco de as gravadoras multinacionais, principalmente, com seus interesses puramente mercantilistas, levem aos ouvidos hoje já quase moucos dos formandos muita porcaria mais.
Porcarias que nos ensurdecem os ouvidos, no dia-a-adia de dureza da vida.
Ah! A notícia da Plim plim foi encerrada com um grupo de adolescentes interpretando em Minas, instrumentalmente, a toada de Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira Asa Branca, originalmente lançada emd isco em março de 1947.
Segundos antes do encerramento da notícia, crianças foram mostradas brincando cantiga de roda.
Muito bonito, não?
Um registro: quem também deve estar torcendo para que tudo corra bem no desenrolar dessa notícia nas escolas é o radialista hoje sem rádio Jorge Paulo, cantor compositor e ator ocasional que nos fins dos 70 fez duo com o rei do baião Luiz Gonzaga, cantando Asa Branca.
Vocês já assistiram o filme Chapéu de Couro?
Maravilhoso.
Conheço um pouco os dois, pois neles trabalhei nos anos 70 e 80.
No primeiro como repórter, no segundo como repórter ocasional, articulista e chefe de reportagem política.
Naquele tempo ambos davam mais destaque à cultura brasileira, em detrimento às coisas gringas.
Bom, sim.
De repente agora, para minha alegria, vejo no Nacional da Plim plim notícia sobre a volta da música às escolas como matéria curricular, a partir de agosto que vem.
Oba!
E agosto é o mês do folclore.
Um bom recomeço, sem dúvida.
Há uns quatro ou cinco anos, fui convidado a encerrar com palestra seminário no Congresso Nacional, sobre música.
Aceitei.
Aproveitei e falei e falei a deputados e artistas presentes sobre o que tinha de falar: música e folclore nacionais.
Gosto disso.
Depois, dei entrevista na TV Câmara (que pode ser conferida aí ao lado, na coluna à direita deste blog e no Youtube).
Pois bem, após minha fala transmitida ao vivo pela TV Senado, eu deixei a idéia exatamente de trazer de volta às escolas a nossa música, mas a música folclórica.
Por que música folclórica?
Porque é o DNA musical brasileiro.
Tomara que o ensino a ser retomado daqui a meses seja por aí, porque senão corremos o risco de as gravadoras multinacionais, principalmente, com seus interesses puramente mercantilistas, levem aos ouvidos hoje já quase moucos dos formandos muita porcaria mais.
Porcarias que nos ensurdecem os ouvidos, no dia-a-adia de dureza da vida.
Ah! A notícia da Plim plim foi encerrada com um grupo de adolescentes interpretando em Minas, instrumentalmente, a toada de Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira Asa Branca, originalmente lançada emd isco em março de 1947.
Segundos antes do encerramento da notícia, crianças foram mostradas brincando cantiga de roda.
Muito bonito, não?
Um registro: quem também deve estar torcendo para que tudo corra bem no desenrolar dessa notícia nas escolas é o radialista hoje sem rádio Jorge Paulo, cantor compositor e ator ocasional que nos fins dos 70 fez duo com o rei do baião Luiz Gonzaga, cantando Asa Branca.
Vocês já assistiram o filme Chapéu de Couro?
Maravilhoso.
domingo, 14 de novembro de 2010
JORNAIS DE DOMINGO, XANGAI, JATOBÁ E LORE
Fazia tempo que eu não lia jornais de domingos, como Folha e Estadão, com tanto conteúdo.
Ao contrário dos canais de televisão, todos iguais; e para pior, nestes dias de fim do governo Lula e véspera do feriadão de 15 de novembro.
Gugu, ahg!
Eliana, ahg!
Sílvio...
Plim, plim, futebol.
Nada mal.
Nesse canal, vi hoje parte do jogo que deu final de 3 x 0 contra os periquitos do Felipão.
O amigo Marcelo Cunha, doente palmeirense até as entranhas, deve estar se roendo e sendo amarrado, neste instante, numa camisa de força pela Ângela, sua paciente companheira que já chegou a lhe recomendar, como lenitivo, que ele troque depressa de camisa.
A do Corinthians o espera, não é Ferrari?
Hahahahaha.
A Folha destacou na primeira página a zebra de SS, o homem sorriso da TV: “PanAmericano pagou juros de R$ 120 milhões a cliente”.
Ô cabra privilegiado, esse cliente.
E no Estadão, mesmo sobre grana, a manchete foi outra: “Estados vão pressionar Dilma por mais dinheiro”.
O Estadão, para o qual já trabalhei como chefe de reportagem política, nos 80, já deu manchete mais inteligente... Pensem comigo: não é óbvio que os governos estaduais, quaisquer governos, peçam mais recursos ao governo federal?
Ora, quando não se tem o que dizer...
Mas a Folha também publicou neste domingo obviedades, como uma foto de quatro colunas com a seguinte legenda: “O pescador Flavio de Mesquita com mulher e filhos na praia da Lage (AL); beneficiários do Bolsa Família, ainda passam fome”.
Não se acaba a miséria de um país de uma hora para outra, não é mesmo?
E o Lou Reed, hein?
Já gostei.
Ele me lembra, nas suas letras e comportamento, um pouco do velho atormentado e sempre bom Augusto dos Anjos...
O Estadão trouxe notícia importante sobre um diário até agora desconhecido, de uma adolescente alemã vítima do terror nazista: Lore Dublon.
Lore deixou com sua escrita o sofrimento do mundo sobre os males da guerra.
Viva Lore!
Por fim, o mesmo Estadão trouxe matéria de página inteira, muito bem-feita, sobre aquela menina que perdeu a cabeça mostrando as pernas numa universidade de São Paulo, onde estudava Turismo.
Pois é, ela virou banal.
Enquanto isso, artistas como o baiano Xangai e escritores como o mineiro Roniwalter Jatobá, se desdobram nas suas artes para ocupar um espaço desse tamainho num jornal qualquer do País.
Fui!
Ah! Sim: o Corinthians acaba de assumir a liderança do campeonato.
PS - A foto que ilustra estas mal batidas linhas mostra Sílvio Santos um tanto série falando com este escriba. Foi feita pelo fotográfo do Estadão, não sei se ainda, no dia 6 de maio de 1988. Um desafio a quem me ler: o que ocorreu na semana de 6 de maio daquele ano?
Ao contrário dos canais de televisão, todos iguais; e para pior, nestes dias de fim do governo Lula e véspera do feriadão de 15 de novembro.
Gugu, ahg!
Eliana, ahg!
Sílvio...
Plim, plim, futebol.
Nada mal.
Nesse canal, vi hoje parte do jogo que deu final de 3 x 0 contra os periquitos do Felipão.
O amigo Marcelo Cunha, doente palmeirense até as entranhas, deve estar se roendo e sendo amarrado, neste instante, numa camisa de força pela Ângela, sua paciente companheira que já chegou a lhe recomendar, como lenitivo, que ele troque depressa de camisa.
A do Corinthians o espera, não é Ferrari?
Hahahahaha.
A Folha destacou na primeira página a zebra de SS, o homem sorriso da TV: “PanAmericano pagou juros de R$ 120 milhões a cliente”.
Ô cabra privilegiado, esse cliente.
E no Estadão, mesmo sobre grana, a manchete foi outra: “Estados vão pressionar Dilma por mais dinheiro”.
O Estadão, para o qual já trabalhei como chefe de reportagem política, nos 80, já deu manchete mais inteligente... Pensem comigo: não é óbvio que os governos estaduais, quaisquer governos, peçam mais recursos ao governo federal?
Ora, quando não se tem o que dizer...
Mas a Folha também publicou neste domingo obviedades, como uma foto de quatro colunas com a seguinte legenda: “O pescador Flavio de Mesquita com mulher e filhos na praia da Lage (AL); beneficiários do Bolsa Família, ainda passam fome”.
Não se acaba a miséria de um país de uma hora para outra, não é mesmo?
E o Lou Reed, hein?
Já gostei.
Ele me lembra, nas suas letras e comportamento, um pouco do velho atormentado e sempre bom Augusto dos Anjos...
O Estadão trouxe notícia importante sobre um diário até agora desconhecido, de uma adolescente alemã vítima do terror nazista: Lore Dublon.
Lore deixou com sua escrita o sofrimento do mundo sobre os males da guerra.
Viva Lore!
Por fim, o mesmo Estadão trouxe matéria de página inteira, muito bem-feita, sobre aquela menina que perdeu a cabeça mostrando as pernas numa universidade de São Paulo, onde estudava Turismo.
Pois é, ela virou banal.
Enquanto isso, artistas como o baiano Xangai e escritores como o mineiro Roniwalter Jatobá, se desdobram nas suas artes para ocupar um espaço desse tamainho num jornal qualquer do País.
Fui!
Ah! Sim: o Corinthians acaba de assumir a liderança do campeonato.
PS - A foto que ilustra estas mal batidas linhas mostra Sílvio Santos um tanto série falando com este escriba. Foi feita pelo fotográfo do Estadão, não sei se ainda, no dia 6 de maio de 1988. Um desafio a quem me ler: o que ocorreu na semana de 6 de maio daquele ano?
sábado, 13 de novembro de 2010
BARG PARTIU, MAS A REVIVENDO ESTÁ VIVA
Há um ano e um mês deixava a convivência terrena o pernambucano Leon Barg, criador do selo musical Revivendo, com sede no Paraná.
Por sua iniciativa foram relançados centenas de discos nos formatos de LPs e CDs, com músicas, na grande maioria dos casos, extraídas dos velhos bolachões de 78 rpm e trabalhadas com a perícia de mágicos, para ficarem audíveis.
Verdadeiras pérolas resultaram disso, mas de pouca tiragem.
Para poucos, portanto.
Por que são numericamente tão pequenas as tiragens da Revivendo?
A Revivendo é uma marca que deveria contar com o apoio direto de quem tem bom-gosto e sensibilidade.
Refiro-me, principalmente, a empresas da iniciativa privada e também da esfera oficial nos seus três alcances: municipal, estadual e federal.
Por que digo isto?
Porque é preciso preservar a memória.
E isso tem a ver com governo etc.
Não é fácil tocar adiante um projeto tão bonito como esse idealizado e praticado por Barg, agora sob os cuidados das herdeiras, esforçadas e idealistas como o pai, Laís e Lilian.
Pouquíssimos títulos foram à praça desde o desaparecimento do seu criador.
As razões são óbvias: dinheiro curto, burocracia e herdeiros lamentáveis.
Herdeiros põem dificuldades em tudo, pois querem mesmo é faturar de qualquer maneira.
Entre os novos títulos lançados, destaque para os três volumes Orlando Silva, O Cantor das Multidões; Vicente Celestino, Mia Gioconda; e Caprichos do Destino, de Jacob do Bandolin.
Meu amigo, minha amiga, saia daí e vá correndo à Fenac, à Cultura ou outra casa do ramo comprar, antes que se acabem.
Por sua iniciativa foram relançados centenas de discos nos formatos de LPs e CDs, com músicas, na grande maioria dos casos, extraídas dos velhos bolachões de 78 rpm e trabalhadas com a perícia de mágicos, para ficarem audíveis.
Verdadeiras pérolas resultaram disso, mas de pouca tiragem.
Para poucos, portanto.
Por que são numericamente tão pequenas as tiragens da Revivendo?
A Revivendo é uma marca que deveria contar com o apoio direto de quem tem bom-gosto e sensibilidade.
Refiro-me, principalmente, a empresas da iniciativa privada e também da esfera oficial nos seus três alcances: municipal, estadual e federal.
Por que digo isto?
Porque é preciso preservar a memória.
E isso tem a ver com governo etc.
Não é fácil tocar adiante um projeto tão bonito como esse idealizado e praticado por Barg, agora sob os cuidados das herdeiras, esforçadas e idealistas como o pai, Laís e Lilian.
Pouquíssimos títulos foram à praça desde o desaparecimento do seu criador.
As razões são óbvias: dinheiro curto, burocracia e herdeiros lamentáveis.
Herdeiros põem dificuldades em tudo, pois querem mesmo é faturar de qualquer maneira.
Entre os novos títulos lançados, destaque para os três volumes Orlando Silva, O Cantor das Multidões; Vicente Celestino, Mia Gioconda; e Caprichos do Destino, de Jacob do Bandolin.
Meu amigo, minha amiga, saia daí e vá correndo à Fenac, à Cultura ou outra casa do ramo comprar, antes que se acabem.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
HOJE É DIA DE ALBERTO MARINO JÚNIOR
Ops!
Hoje é 12 de novembro.
No ano da revolução de 30 que mexeu com o Brasil, a partir da Paraíba, um paulistano do bairro do Brás, de nome Alberto Marino Júnior, tinha seis anos. Com essa idade, ele ouvia em casa o pai, também Alberto, tocando violino com graça e perícia. Achava bonito e gostava. Tanto que já por essa idade demonstrou querer seguir a carreira de artista.
No primeiro momento, o pai deu sinal verde e aos poucos o fez ler partitura e tirar as primeiras notas do instrumento que celebrizou Paganini.
O menino foi gostando cada vez mais disso, dessa história de música, e também começou a querer cantar.
O pai não gostou e o olhou de esguelha, fechando o sinal que abrira poucos anos antes.
Queria-o doutor, por saber que a vida de artista não é fácil.
Ele mesmo que o disse, pois era compositor e maestro e tinha composições famosas, como Rapaziada do Brás, que assinou com pseudônimo.
Bem, por essa o rapaz Júnior não esperava.
Embora obedecendo a vontade do pai, Marino Júnior continuou meio às escondidas a cantar e a tocar para pequenas platéias sem refugar os estudos, sem deixar a faculdade. Ao contrário: dedicou-se à carreia jurídica, de magistrado, e se transformou, nessa área, num dos maiores nomes do País.
Antes, porém, de virar doutor, se aproximou de grandes músicos e ganhou experiência, tanto que chegou até a gravar de forma profissional, ali pelos anos de 1940, durante o desenrolar da Segunda Grande Guerra.
Era-lhe, talvez, um escape diante das turbulências da época.
No fim dos 40, participou de uma gravação história: a do Hino do Palmeiras, embora fosse corinthiano.
O hino composto por Gennaro Rodrigues, codinome do cardiologista, maestro e arranjador italiano naturalizado Antonio Sergi, é um dos mais conhecidos dos times brasileiros.
Um dia, já casado e com filhos, foi à casa do pai para um abraço.
Nesse dia, um dia de abril, chegara um pouco antes o cantor argentino naturalizado Carlos Galhardo, chamado de rei da valsa.
Galhardo queria gravar uma música de que muito gostava: Rapaziada do Brás, mas a música não tinha letra.
Foi então que recebeu o desafio de pôr letra na melodia.
E assim, do dia para a noite, surgiram estes versos imortais:
Lembrar,
Deixe-me lembrar,
Meus tempos de rapaz,
No Brás
As noites de serestas,
Casais enamorados,
E as cordas de um violão
Cantando em tom plangente,
Aqueles ternos madrigais.
Sonhar,
Deixe-me sonhar,
Lembrando aquele amor,
Fugaz,
Numa sombra envolta na penumbra,
Detrás da vidraça,
Faz um gesto lânguido,
E cheio de graça,
Imagem de um passado
Que não volta mais.
Tão somente,
Numa recordação
Restou daquele grande amor,
Daquelas noites de luar,
Daquela juventude em flor,
Hoje os anos correm muito mais,
E as noites já não têm calor,
E uma saudade imensa,
É tudo o quanto resta
Ao velho trovador.
PS - na foto que ilustra estas linhas aparecem o misto de compositor e cientista Paulo Emílio Vanzolini (E), o papai aqui no meio e o aniversariante do dia.
Hoje é 12 de novembro.
No ano da revolução de 30 que mexeu com o Brasil, a partir da Paraíba, um paulistano do bairro do Brás, de nome Alberto Marino Júnior, tinha seis anos. Com essa idade, ele ouvia em casa o pai, também Alberto, tocando violino com graça e perícia. Achava bonito e gostava. Tanto que já por essa idade demonstrou querer seguir a carreira de artista.
No primeiro momento, o pai deu sinal verde e aos poucos o fez ler partitura e tirar as primeiras notas do instrumento que celebrizou Paganini.
O menino foi gostando cada vez mais disso, dessa história de música, e também começou a querer cantar.
O pai não gostou e o olhou de esguelha, fechando o sinal que abrira poucos anos antes.
Queria-o doutor, por saber que a vida de artista não é fácil.
Ele mesmo que o disse, pois era compositor e maestro e tinha composições famosas, como Rapaziada do Brás, que assinou com pseudônimo.
Bem, por essa o rapaz Júnior não esperava.
Embora obedecendo a vontade do pai, Marino Júnior continuou meio às escondidas a cantar e a tocar para pequenas platéias sem refugar os estudos, sem deixar a faculdade. Ao contrário: dedicou-se à carreia jurídica, de magistrado, e se transformou, nessa área, num dos maiores nomes do País.
Antes, porém, de virar doutor, se aproximou de grandes músicos e ganhou experiência, tanto que chegou até a gravar de forma profissional, ali pelos anos de 1940, durante o desenrolar da Segunda Grande Guerra.
Era-lhe, talvez, um escape diante das turbulências da época.
No fim dos 40, participou de uma gravação história: a do Hino do Palmeiras, embora fosse corinthiano.
O hino composto por Gennaro Rodrigues, codinome do cardiologista, maestro e arranjador italiano naturalizado Antonio Sergi, é um dos mais conhecidos dos times brasileiros.
Um dia, já casado e com filhos, foi à casa do pai para um abraço.
Nesse dia, um dia de abril, chegara um pouco antes o cantor argentino naturalizado Carlos Galhardo, chamado de rei da valsa.
Galhardo queria gravar uma música de que muito gostava: Rapaziada do Brás, mas a música não tinha letra.
Foi então que recebeu o desafio de pôr letra na melodia.
E assim, do dia para a noite, surgiram estes versos imortais:
Lembrar,
Deixe-me lembrar,
Meus tempos de rapaz,
No Brás
As noites de serestas,
Casais enamorados,
E as cordas de um violão
Cantando em tom plangente,
Aqueles ternos madrigais.
Sonhar,
Deixe-me sonhar,
Lembrando aquele amor,
Fugaz,
Numa sombra envolta na penumbra,
Detrás da vidraça,
Faz um gesto lânguido,
E cheio de graça,
Imagem de um passado
Que não volta mais.
Tão somente,
Numa recordação
Restou daquele grande amor,
Daquelas noites de luar,
Daquela juventude em flor,
Hoje os anos correm muito mais,
E as noites já não têm calor,
E uma saudade imensa,
É tudo o quanto resta
Ao velho trovador.
PS - na foto que ilustra estas linhas aparecem o misto de compositor e cientista Paulo Emílio Vanzolini (E), o papai aqui no meio e o aniversariante do dia.
sábado, 6 de novembro de 2010
A CULTURA DO CONTRA
A polícia apreende material nazista no Rio Grande do Sul, é o que acabo de ler no UOL.
Leio também que no sul da França, em Bierrtiz, o tucano Serra meteu o bico no que não deveria durante uma palestra em campo fechado, dizendo que o Brasil desindustrializou-se e adotou o populismo de direita, no tocante à economia.
Ora, ora, putz!
O pau começou, ou melhor: continua.
Era esperado.
Serra disse também que o País está fechado para o Exterior.
Dá pra comentar?
Para o derrotado, parece que o fundo do poço é o seu habitat.
Como pode um brasileiro torcer tão vergonhosamente para que o Brasil dê errado?
“Por que não te calas?”, indagou um dos integrantes de cuja platéia o quase Zé falava.
Na televisão há pouco, Lula pediu calma, compreensão, paz da parte da oposição, com relação ao novo governo que ainda nem começou.
É isso.
Cala-te, Serra!
Leio também que no sul da França, em Bierrtiz, o tucano Serra meteu o bico no que não deveria durante uma palestra em campo fechado, dizendo que o Brasil desindustrializou-se e adotou o populismo de direita, no tocante à economia.
Ora, ora, putz!
O pau começou, ou melhor: continua.
Era esperado.
Serra disse também que o País está fechado para o Exterior.
Dá pra comentar?
Para o derrotado, parece que o fundo do poço é o seu habitat.
Como pode um brasileiro torcer tão vergonhosamente para que o Brasil dê errado?
“Por que não te calas?”, indagou um dos integrantes de cuja platéia o quase Zé falava.
Na televisão há pouco, Lula pediu calma, compreensão, paz da parte da oposição, com relação ao novo governo que ainda nem começou.
É isso.
Cala-te, Serra!
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
A VIDA É DO TAMANHO DE UM COPO
Do tamanho de um copo e também transparente, sei lá!
Esclareça Roniwalter Jatobá, mineiro que sabe dessas coisas muito melhor do que eu...
Há pouco falei de escola, educação e cultura. E também de discriminação, sacanagem etc.
É a minha fala.
Falei até para quem prefere viver no esgoto da escuridão do tempo, detonando nordestinos à toa, sem saber por quê.
Talvez porque nem saibam quem são...
É bom viver na plenitude, sem sacanear, sem fazer mal.
Há espaço para todos...
Acordar todo dia é bom como quê.
E só isso bastaria como razão de viver a vida bonita que somos.
Quando os radicalmente contrários a tudo entenderem isso...
A morte é uma tragédia e dela não há como escapar.
Nesse ponto, nos conformemos.
Uma coisa explica a outra.
Pensemos.
Augusto dos Anjos disse tudo a respeito da vida e da morte.
É inquietante a questão.
Que o diga um amigo Peter, nordestino filho do trágico que vive em dores por não ser o mundo o que na sua visão deveria ser.
Mas sofrer não vale, sabemos quem tem um mínimo de lucidez.
A tragédia é o ar dos mortos.
O sublime é a vida em graça.
Sempre.
Shakespeare já disse através de seus personagens.
Os tristes carregamos connosco os males do mundo.
Não vale e não nos esqueçmos: somos do tamanho de uma boa conversa e de um copo cheio de versos e alegrias.
Tim, tim.
Pois bem, eu dizia há pouco sobre escola, educação e cultura.
Ao passar o olho agora no noticiário do UOL, deparei com a notícia de que subimos o Brasil na escala IDH, o Índice do Desenvolvimento Humano.
Embora diga a notícia que isso é bom, ela trás um “mas” nas entrelinhas: continuamos abaixo do índice medido nos demais países da nossa América.
PQP!
Os frustrados transferem mágoas.
A Dilma que se cuide.
Há uma pedra no caminho
Há muitas pedras no daminho
No camino há muitas pedras
Que se danem as pedras do caminho!
À vida!
Esclareça Roniwalter Jatobá, mineiro que sabe dessas coisas muito melhor do que eu...
Há pouco falei de escola, educação e cultura. E também de discriminação, sacanagem etc.
É a minha fala.
Falei até para quem prefere viver no esgoto da escuridão do tempo, detonando nordestinos à toa, sem saber por quê.
Talvez porque nem saibam quem são...
É bom viver na plenitude, sem sacanear, sem fazer mal.
Há espaço para todos...
Acordar todo dia é bom como quê.
E só isso bastaria como razão de viver a vida bonita que somos.
Quando os radicalmente contrários a tudo entenderem isso...
A morte é uma tragédia e dela não há como escapar.
Nesse ponto, nos conformemos.
Uma coisa explica a outra.
Pensemos.
Augusto dos Anjos disse tudo a respeito da vida e da morte.
É inquietante a questão.
Que o diga um amigo Peter, nordestino filho do trágico que vive em dores por não ser o mundo o que na sua visão deveria ser.
Mas sofrer não vale, sabemos quem tem um mínimo de lucidez.
A tragédia é o ar dos mortos.
O sublime é a vida em graça.
Sempre.
Shakespeare já disse através de seus personagens.
Os tristes carregamos connosco os males do mundo.
Não vale e não nos esqueçmos: somos do tamanho de uma boa conversa e de um copo cheio de versos e alegrias.
Tim, tim.
Pois bem, eu dizia há pouco sobre escola, educação e cultura.
Ao passar o olho agora no noticiário do UOL, deparei com a notícia de que subimos o Brasil na escala IDH, o Índice do Desenvolvimento Humano.
Embora diga a notícia que isso é bom, ela trás um “mas” nas entrelinhas: continuamos abaixo do índice medido nos demais países da nossa América.
PQP!
Os frustrados transferem mágoas.
A Dilma que se cuide.
Há uma pedra no caminho
Há muitas pedras no daminho
No camino há muitas pedras
Que se danem as pedras do caminho!
À vida!
LUGAR DE PRECONCEITUOSOS É ESCOLA
Só agora, com algumas pessoas se manifestando a respeito do texto de ontem, é que me dei conta de que escrevi: “...nove Estados e mais de 50 mil habitantes...”, quando o correto seria: “...mais de 50 milhões de habitantes num território que ultrapassa 1,5milhão de Km²”.
Na verdade, segundo dados do IBGE divulgados há dez anos, o Nordeste, região geoeconômica de povoamento mais antigo do País, tinha 53.591.197 ou seja: 27,99% do total da população brasileira, cuja estimativa era de 191.480.630 pessoas; atrás, apenas, do Sudeste com seus 80.915.332 cidadãos, ou 42,26% do total de residentes no território nacional; incluindo os estrangeiros, que já passavam dos 100 mil.
Cabral desembarcou em 1500 na Costa baiana, quem não sabe disso?
Foi lá, também, que se realizou a primeira missa...
Sim, a maioria do povo brasileiro é católica; mas não precisa ninguém sair por aí erguendo e beijando miniaturas de santos...
O Sudeste é formado pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Nas últimas eleições, Dilma Rousseff ganhou na região capixaba no primeiro turno e perdeu no segundo, com diferença não muito grande. Mas em compensação ganhou nos dois dos três maiores colégios eleitorais: Rio (60,48%) e Minas (58,4%).
A primeira presidenta eleita pelo voto livre no País ganhou em 15 Estados e no Distrito Federal e Serra, em 11.
Há de se convir: nada mal para quem sempre alimentou de maneira obssecada a ideia de ser presidente da nação, desde tempos de antanho.
Ser presidente do País, ora, não pode ser simplesmente um projeto pessoal.
Tem de ser coletivo, abrangente, para ser forte e bonito.
A pergunta que se faz costumeiramente a meninos e meninas de qualquer parte do mundo, e a Serra também foi feita, é:
- Você vai ser o que quando crescer?
Geraldomente pais corujas riem felizes quando a resposta é de efeito, grandiosa na ingenuidde infantil; mas, claro, isso nunca deve ser levado tão a sério como Serra levou.
Pôxa, e logo ele que teve tanto tempo para aprender e não esquecer nenhuma das regiões do País, mas esqueceu.
Esqueceu o Nordeste, os nordestinos, como Fernando Henrique seu amigo sempre esquece, e quando lembra é pra dar pau e tirar sarro.
Sabe-se porque está na Internet suas declarações e na memória da gente as besteiras que tanto dizem.
Lembram da história do Rei do Baião?
Pois é, Serra nem o conheceu e disse que fora seu amigo apenas para ganhar simpatia e votos.
Isso não pega mais.
Na verdade, nem Serra e nem FHC gostam de quem nasce onde nasceram Ruy Barbosa, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, João do Vale, Vandré, João Pessoa, Pedro Américo, Lula, Câmara Cascudo, Gilberto Freyre, Augusto dos Anjos, Jorge Amado, Eleazar de Carvalho, Patativa do Assaré, Gonçalves Dias, Manuel Bandeira, Capiba, Vitalino, Manezinho Araújo, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Pedro Américo, Nélson Ferreira e milhares e milhares, milhões de grandes seres que vingaram por aquelas bandas de sol ardente.
Pena, não é?
E a história do Padre Cícero?
Pois é, foi até Juazeiro...
O Brasil é de todos e tem de ser governado para todos.
Ah! sim, e Serra respondeu:
- Presidente! Eu quero ser presidente da República.
Tinha uns cinco anos de idade, segundo a lenda.
Numa de suas entrevistas à Globo, acho que no SPTV apresentado por Chico Pinheiro, o governador renunciante declarou uma vez, como candidato a prefeito também renunciante da 5ª maior cidade do planeta, São Paulo, que o baixo nível escolar registrado nessa cidade se devia à presença dos migrantes, dos nordestinos.
Deus do céu!
É a história de que a violência em São Paulo era culpa dos nordestinos. Foi se ver em pesquisa da Secretaria de Segurança Pública e... nada disso.
Colhe-se o que se planta, não é mesmo?
Lembro também que em 1990 tramitou na Câmara Municipal um projeto visando impedir a entrada de nordestinos na capital paulista. A proposta era do vereador Bruno Feder, que já não é vereador nem nada, pois foi reprovado pelos eleitores nas urnas que deram vitória a Dilma.
Agora não tem como não lembrar a canção João e Maria, do paraibano Geraldo Vandré e do rio-grandense do Norte Hilton Acyoli, que termina assim:
Quem sabe o canto da gente
Seguindo na frente
Prepare o dia da alegria...
No texto de ontem também usei erradamente a palavra xenofobia, para designar os preconceituosos de linha nazista.
Xenofobia serve para classificar quem defende com veemência as cores do seu país, criticando especialmente a influência estrangeira.
Lugar de preconceituosos é a escola.
E tenho dito.
Estudo neles!
Atenção: o Diário Oficial da União, edição de hoje, traz dados preliminares do último Censo iniciado no mês de agosto passado, indicando que a população brasileira é de 185.712.713 de pessoas.
Na verdade, segundo dados do IBGE divulgados há dez anos, o Nordeste, região geoeconômica de povoamento mais antigo do País, tinha 53.591.197 ou seja: 27,99% do total da população brasileira, cuja estimativa era de 191.480.630 pessoas; atrás, apenas, do Sudeste com seus 80.915.332 cidadãos, ou 42,26% do total de residentes no território nacional; incluindo os estrangeiros, que já passavam dos 100 mil.
Cabral desembarcou em 1500 na Costa baiana, quem não sabe disso?
Foi lá, também, que se realizou a primeira missa...
Sim, a maioria do povo brasileiro é católica; mas não precisa ninguém sair por aí erguendo e beijando miniaturas de santos...
O Sudeste é formado pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Nas últimas eleições, Dilma Rousseff ganhou na região capixaba no primeiro turno e perdeu no segundo, com diferença não muito grande. Mas em compensação ganhou nos dois dos três maiores colégios eleitorais: Rio (60,48%) e Minas (58,4%).
A primeira presidenta eleita pelo voto livre no País ganhou em 15 Estados e no Distrito Federal e Serra, em 11.
Há de se convir: nada mal para quem sempre alimentou de maneira obssecada a ideia de ser presidente da nação, desde tempos de antanho.
Ser presidente do País, ora, não pode ser simplesmente um projeto pessoal.
Tem de ser coletivo, abrangente, para ser forte e bonito.
A pergunta que se faz costumeiramente a meninos e meninas de qualquer parte do mundo, e a Serra também foi feita, é:
- Você vai ser o que quando crescer?
Geraldomente pais corujas riem felizes quando a resposta é de efeito, grandiosa na ingenuidde infantil; mas, claro, isso nunca deve ser levado tão a sério como Serra levou.
Pôxa, e logo ele que teve tanto tempo para aprender e não esquecer nenhuma das regiões do País, mas esqueceu.
Esqueceu o Nordeste, os nordestinos, como Fernando Henrique seu amigo sempre esquece, e quando lembra é pra dar pau e tirar sarro.
Sabe-se porque está na Internet suas declarações e na memória da gente as besteiras que tanto dizem.
Lembram da história do Rei do Baião?
Pois é, Serra nem o conheceu e disse que fora seu amigo apenas para ganhar simpatia e votos.
Isso não pega mais.
Na verdade, nem Serra e nem FHC gostam de quem nasce onde nasceram Ruy Barbosa, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, João do Vale, Vandré, João Pessoa, Pedro Américo, Lula, Câmara Cascudo, Gilberto Freyre, Augusto dos Anjos, Jorge Amado, Eleazar de Carvalho, Patativa do Assaré, Gonçalves Dias, Manuel Bandeira, Capiba, Vitalino, Manezinho Araújo, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Pedro Américo, Nélson Ferreira e milhares e milhares, milhões de grandes seres que vingaram por aquelas bandas de sol ardente.
Pena, não é?
E a história do Padre Cícero?
Pois é, foi até Juazeiro...
O Brasil é de todos e tem de ser governado para todos.
Ah! sim, e Serra respondeu:
- Presidente! Eu quero ser presidente da República.
Tinha uns cinco anos de idade, segundo a lenda.
Numa de suas entrevistas à Globo, acho que no SPTV apresentado por Chico Pinheiro, o governador renunciante declarou uma vez, como candidato a prefeito também renunciante da 5ª maior cidade do planeta, São Paulo, que o baixo nível escolar registrado nessa cidade se devia à presença dos migrantes, dos nordestinos.
Deus do céu!
É a história de que a violência em São Paulo era culpa dos nordestinos. Foi se ver em pesquisa da Secretaria de Segurança Pública e... nada disso.
Colhe-se o que se planta, não é mesmo?
Lembro também que em 1990 tramitou na Câmara Municipal um projeto visando impedir a entrada de nordestinos na capital paulista. A proposta era do vereador Bruno Feder, que já não é vereador nem nada, pois foi reprovado pelos eleitores nas urnas que deram vitória a Dilma.
Agora não tem como não lembrar a canção João e Maria, do paraibano Geraldo Vandré e do rio-grandense do Norte Hilton Acyoli, que termina assim:
Quem sabe o canto da gente
Seguindo na frente
Prepare o dia da alegria...
No texto de ontem também usei erradamente a palavra xenofobia, para designar os preconceituosos de linha nazista.
Xenofobia serve para classificar quem defende com veemência as cores do seu país, criticando especialmente a influência estrangeira.
Lugar de preconceituosos é a escola.
E tenho dito.
Estudo neles!
Atenção: o Diário Oficial da União, edição de hoje, traz dados preliminares do último Censo iniciado no mês de agosto passado, indicando que a população brasileira é de 185.712.713 de pessoas.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
PRECONCEITO É MAL QUE ATROFIA A MENTE
Recebi hoje uma enxurrada de e-mails com mensagens desagradáveis, desabonadoras, humilhantes aos brasileiros nascidos no Nordeste; todas de pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições que chancelou Dilma Rousseff como a primeira presidenta do País.
Poxa vida, isso deveria ser motivo de grande orgulho para todos os brasileiros...
As mensagens que estão circulando livremente na Internet são lamentáveis, agressivas.
Deixam entender que nascer no Nordeste é algo dos infernos, um pecado, uma coisa ignóbil, condenável ou doença contagiosa e incurável.
Deus do céu, por que tudo isso?
Hitler deu exemplo do que não presta.
Por que seguir Hitler?
Por que tê-lo como exemplo?
Por que humilhar a vida?
É isso o que fazem crer as pessoas que depreciam tanto os brasileiros nascidos no Nordeste, região bonita formada por nove Estados e mais de 50 mil habitantes num território que ultrapassa 1,5 milhão de Km².
Não há gente de segunda classe no mundo, como pensam os xenófobos, os agressores da vida, que, aliás, covardes, não se identificam com a clareza necessária nas suas mensagens horrorosas e até mal escritas.
Essas pessoas vivem na escuridão da ignorância e por isso, acho, merecem uma chance: a de estudar.
Elas não sabem que além de se fortalecer cada vez mais ante os olhos do mundo, o Brasil está crescendo bonito, e a passos largos, para a alegria e o bem-estar da população de bem, trabalhadora.
Ser nordestino não é defeito.
Defeito é discriminação, preconceito; um mal que atrofia a mente.
O Brasil é habitado por pouco mais de 190 milhões de seres humanos, mais precisamente 191,5 milhões, segundo dados do IBGE divulgados no dia 13 de agosto do ano passado.
O “pouco mais” a que me refiro é a minoria que por uma razão qualquer preferiu se entortar na vida a viver em sociedade, com decência.
Não há decência na discriminação, independentemente do tipo de discriminação.
A essas pessoas que escolheram viver tortas no quintal da ignorância lhes rogo um futuro escolar.
A educação faz milagres.
Antes, porém, de irem à escola, deveriam ser identificadas na forma da lei e levadas a julgamento.
Não será difícil às autoridades identificá-las.
A pena poderia ser anos de estudo sobre o Brasil e brasileiros.
Um exemplar da Constituição de 1988 também cairia bem nas mãos dessas pessoas.
Quem sabe, assim, aprenderiam algo importante: que somos todos iguais perante Deus e a Constituição.
Poderiam também ouvir a canção Caminhando ou Pra Não Dizer que Não Falei de Flores, de Geraldo Vandré, um nordestino reconhecido no campo das artes no mundo inteiro.
E não nos esqueçamos: o preconceituoso é capaz de tudo.
Detalhe: Dilma teve mais de 12 milhões de votos de diferença, a mais, com relação a seu concorrente, José Serra. O Nordeste lhe foi inteiramente favorável nas urnas, lhe dando 10.717.434 votos.
Façam as contas.
Pois é, ela ganharia de qualquer modo. E ainda assim a diferença seria superior a 1,5milhão de votos.
Uma boa noite a todos e até amanhã.
Poxa vida, isso deveria ser motivo de grande orgulho para todos os brasileiros...
As mensagens que estão circulando livremente na Internet são lamentáveis, agressivas.
Deixam entender que nascer no Nordeste é algo dos infernos, um pecado, uma coisa ignóbil, condenável ou doença contagiosa e incurável.
Deus do céu, por que tudo isso?
Hitler deu exemplo do que não presta.
Por que seguir Hitler?
Por que tê-lo como exemplo?
Por que humilhar a vida?
É isso o que fazem crer as pessoas que depreciam tanto os brasileiros nascidos no Nordeste, região bonita formada por nove Estados e mais de 50 mil habitantes num território que ultrapassa 1,5 milhão de Km².
Não há gente de segunda classe no mundo, como pensam os xenófobos, os agressores da vida, que, aliás, covardes, não se identificam com a clareza necessária nas suas mensagens horrorosas e até mal escritas.
Essas pessoas vivem na escuridão da ignorância e por isso, acho, merecem uma chance: a de estudar.
Elas não sabem que além de se fortalecer cada vez mais ante os olhos do mundo, o Brasil está crescendo bonito, e a passos largos, para a alegria e o bem-estar da população de bem, trabalhadora.
Ser nordestino não é defeito.
Defeito é discriminação, preconceito; um mal que atrofia a mente.
O Brasil é habitado por pouco mais de 190 milhões de seres humanos, mais precisamente 191,5 milhões, segundo dados do IBGE divulgados no dia 13 de agosto do ano passado.
O “pouco mais” a que me refiro é a minoria que por uma razão qualquer preferiu se entortar na vida a viver em sociedade, com decência.
Não há decência na discriminação, independentemente do tipo de discriminação.
A essas pessoas que escolheram viver tortas no quintal da ignorância lhes rogo um futuro escolar.
A educação faz milagres.
Antes, porém, de irem à escola, deveriam ser identificadas na forma da lei e levadas a julgamento.
Não será difícil às autoridades identificá-las.
A pena poderia ser anos de estudo sobre o Brasil e brasileiros.
Um exemplar da Constituição de 1988 também cairia bem nas mãos dessas pessoas.
Quem sabe, assim, aprenderiam algo importante: que somos todos iguais perante Deus e a Constituição.
Poderiam também ouvir a canção Caminhando ou Pra Não Dizer que Não Falei de Flores, de Geraldo Vandré, um nordestino reconhecido no campo das artes no mundo inteiro.
E não nos esqueçamos: o preconceituoso é capaz de tudo.
Detalhe: Dilma teve mais de 12 milhões de votos de diferença, a mais, com relação a seu concorrente, José Serra. O Nordeste lhe foi inteiramente favorável nas urnas, lhe dando 10.717.434 votos.
Façam as contas.
Pois é, ela ganharia de qualquer modo. E ainda assim a diferença seria superior a 1,5milhão de votos.
Uma boa noite a todos e até amanhã.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
EDUCAÇÃO É CULTURA
Depois de uma enxurrada de votos a favor da primeira mulher eleita pela vontade popular, no Brasil, um alívio: todos podem continuar a caminhar de cabeça erguida, sem medo de papa-figo.
E também podem, os mais humildes, caminhar de pés calçados para evitar a quentura torturante do chão.
O chão quente, fervente, assim feito pelo sol escaldante das horas do meio-dia, racha pés e racha almas.
E no Nordeste, principalmente no sertão, quase sempre é meio-dia...
Fernando Henrique sabe disso?
- Sabe não.
Serra sabe disso?
- Sabe não.
O que Serra sabe é que o Nordeste existe; mas ele só soube disso agora, para seu desassossego.
Quer dizer, não adiantou dizer que foi amigo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, quando na verdade sequer o conheceu.
Não adiantou ir à terra do Padre Cícero... Pra que?
Não adiantou pegar terço, escapulário, ir à missa e dar beijinhos coreografados nas ruas de Recife, para uma multidão em câmera fechada.
É preciso ter fé no Brasil, no seu povo, nos seus mitos.
Não adianta prometer o que não dá pra cumprir.
É preciso respeito, ora.
Os nordestinos demonstraram respeito por um Brasil que lhes dá respeito, o que me fez lembrar uma coisa que Rei do Baião me disse há muito tempo:
- O nordestino não é pobre e nem é besta, mas é explorado. E isso não é culpa sua, é culpa dos governantes.
A mesma história da mais-valia de que me lembrava o cantor Taiguara.
A exploração do homem pelo homem.
Coisa antiga, mas ainda em voga no campo e na cidade.
Como mudar essa tristeza, como mudar essa realidade?
Através da escola, da formação profissional, da formação cidadã, da cultura e da educação, sabemos.
É por aí, pelo caminho da educação e da cultura, molas propulsoras do bem-viver.
Ninguém nasce pra sofrer, não é mesmo?
Por ser secularmente explorado e abandonado, o nordestino sabe perfeitamente reconhecer quem trabalha e quem o explora e o abandona.
O resultado foi o que se viu.
Agora me vem à tona uma imagem, esta:
Serra no dentista.
O dentista com seus instrumentos de trabalho à mão:
- Abra a boca e diga: Diiiiiiilma.
Hahaha, brincadeirinha.
CASAMENTO
O conterrâneo Sinval Sá, autor do livro O Sanfoneiro do Riacho da Brígida, sobre o rei do baião Luiz Gonzaga, telefona coberto de razão para dar bronca a respeito da minha ausência na festa de casamento de sua neta Thais com o filho de seu Jorge e dona Vera, Luis, no dia 29 último, aqui em São Paulo. Pôxa vida, que cabeça doida essa minha! Imperdoável.
LANÇAMENTO
Os amigos Arievaldo Viana, cearense, e o pernambucano Jô Oliveira, participaram no ´pultimo sábado da maior feira literária a céu aberto das Américas, em Porto Alegre. Os dois lançaram os folhetos de feira 300 Onças e Coco Verde e Melancia, adaptados do livro Contos Gauchescos, coletânea do folclorista gaúcho Simões Neto. Não os li, mas já gostei. Fica o registro.
E também podem, os mais humildes, caminhar de pés calçados para evitar a quentura torturante do chão.
O chão quente, fervente, assim feito pelo sol escaldante das horas do meio-dia, racha pés e racha almas.
E no Nordeste, principalmente no sertão, quase sempre é meio-dia...
Fernando Henrique sabe disso?
- Sabe não.
Serra sabe disso?
- Sabe não.
O que Serra sabe é que o Nordeste existe; mas ele só soube disso agora, para seu desassossego.
Quer dizer, não adiantou dizer que foi amigo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, quando na verdade sequer o conheceu.
Não adiantou ir à terra do Padre Cícero... Pra que?
Não adiantou pegar terço, escapulário, ir à missa e dar beijinhos coreografados nas ruas de Recife, para uma multidão em câmera fechada.
É preciso ter fé no Brasil, no seu povo, nos seus mitos.
Não adianta prometer o que não dá pra cumprir.
É preciso respeito, ora.
Os nordestinos demonstraram respeito por um Brasil que lhes dá respeito, o que me fez lembrar uma coisa que Rei do Baião me disse há muito tempo:
- O nordestino não é pobre e nem é besta, mas é explorado. E isso não é culpa sua, é culpa dos governantes.
A mesma história da mais-valia de que me lembrava o cantor Taiguara.
A exploração do homem pelo homem.
Coisa antiga, mas ainda em voga no campo e na cidade.
Como mudar essa tristeza, como mudar essa realidade?
Através da escola, da formação profissional, da formação cidadã, da cultura e da educação, sabemos.
É por aí, pelo caminho da educação e da cultura, molas propulsoras do bem-viver.
Ninguém nasce pra sofrer, não é mesmo?
Por ser secularmente explorado e abandonado, o nordestino sabe perfeitamente reconhecer quem trabalha e quem o explora e o abandona.
O resultado foi o que se viu.
Agora me vem à tona uma imagem, esta:
Serra no dentista.
O dentista com seus instrumentos de trabalho à mão:
- Abra a boca e diga: Diiiiiiilma.
Hahaha, brincadeirinha.
CASAMENTO
O conterrâneo Sinval Sá, autor do livro O Sanfoneiro do Riacho da Brígida, sobre o rei do baião Luiz Gonzaga, telefona coberto de razão para dar bronca a respeito da minha ausência na festa de casamento de sua neta Thais com o filho de seu Jorge e dona Vera, Luis, no dia 29 último, aqui em São Paulo. Pôxa vida, que cabeça doida essa minha! Imperdoável.
LANÇAMENTO
Os amigos Arievaldo Viana, cearense, e o pernambucano Jô Oliveira, participaram no ´pultimo sábado da maior feira literária a céu aberto das Américas, em Porto Alegre. Os dois lançaram os folhetos de feira 300 Onças e Coco Verde e Melancia, adaptados do livro Contos Gauchescos, coletânea do folclorista gaúcho Simões Neto. Não os li, mas já gostei. Fica o registro.
domingo, 31 de outubro de 2010
O DIA CHEGOU, O DIA É HOJE: ÀS URNAS!
Há poucos minutos, numa rápida passagem de olhos pela página do Universo Online, que é o significado da sigla UOL, leio a notícia de que o candidato Serra foi eleito presidente.
Ual!
O meu espanto, traduzido pela tradicional expressão mineira, foi diminuindo à medida que fui me inteirando sobre o assunto.
A notícia dava conta de que 81,4% dos 278 brasileiros residentes no país de Mao preferiam o emplumado tucano à mineira Dilma.
Pois, pois.
Serra na China!
Lembro que ontem à noite, lendo a Folha, sofri outro súbito espanto: o quase Zé teria concluido seu plano de governo, mas evitou divulgá-lo para não correr risco de ser copiado por Dilma.
Ora, ora, confabulei com meus botões: se é exatamente um plano de governo que leva eleitores a se decidirem por um ou por outro candidato, principalmente quando se trata de disputada nacional, para o bem ou para o mal, por que agir dessa forma tão miúda, ranzinza, para não dizer egoista?
O primeiro botãozinho, safado que só - sim, é aquele que estar sempre a postos para nos apertar a garganta por uma razão qualquer -, saiu de sua casa e num pulo disse, professoral:
- O plano, meu caro, é não ter plano; mas dizer que tem, entende?
Faz sentido.
E essa história da TFP, hein?
Sei lá!
Ual!
O meu espanto, traduzido pela tradicional expressão mineira, foi diminuindo à medida que fui me inteirando sobre o assunto.
A notícia dava conta de que 81,4% dos 278 brasileiros residentes no país de Mao preferiam o emplumado tucano à mineira Dilma.
Pois, pois.
Serra na China!
Lembro que ontem à noite, lendo a Folha, sofri outro súbito espanto: o quase Zé teria concluido seu plano de governo, mas evitou divulgá-lo para não correr risco de ser copiado por Dilma.
Ora, ora, confabulei com meus botões: se é exatamente um plano de governo que leva eleitores a se decidirem por um ou por outro candidato, principalmente quando se trata de disputada nacional, para o bem ou para o mal, por que agir dessa forma tão miúda, ranzinza, para não dizer egoista?
O primeiro botãozinho, safado que só - sim, é aquele que estar sempre a postos para nos apertar a garganta por uma razão qualquer -, saiu de sua casa e num pulo disse, professoral:
- O plano, meu caro, é não ter plano; mas dizer que tem, entende?
Faz sentido.
E essa história da TFP, hein?
Sei lá!
domingo, 24 de outubro de 2010
OSWALDINHO, O PELÉ DO ACORDEON
Sem dúvida, é bom aniversariar.
Outro dia mesmo, eu aniversariei.
E gostei, levando em conta que eu estava decidido a não mais aniversariar, ou seja: a desaniversariar.
Cheguei até a dizer a pessoas queridas que eu não mais incorreria nessa repetição. E justifiquei, depressa: já estou nos cincoenta e tralalá. E perguntei: isso é motivo de festa?
A Andrea, minha companheira de tudo, de risos e raivas, de amor e brigas, respondeu, arguta: é. E justificou, pra meu espanto: não são tantos os que chegam a tanto.
E provocou: pergunte ao Niemeyer, que já passou dos cem...
Ixe!
A Clarissa caçula do peito, que estava por perto, olhou pra mim e piscou: viu?
Mas, enfim, outro dia eu aniversariei.
Foi no Mocotó, um restaurante pra lá de bom localizado na zona norte de Sampa, onde, mais uma vez, fui muito bem recebido pelo chefe de cozinha Rodrigo e seu pai José, pernambucano da safra dos quase quarenta.
Estive lá outras vezes, fora de aniversário.
Tomei umas coisinhas boas e comi outras coisinhas igualmente boas, feito um besta.
Estiveram comigo as minhas filhas e um dos meus filhos, o Francisco, todo pimpão, bonito, forte, cheio de vida e esperança, ao lado da sua companheirinha de vida, Kátia.
Um orgulho meu.
Orgulhos, os dois.
Foi nessa ocasião, aliás, no setembro passado, que conheci o meu segundo neto, Solano, que veio fazer companhia à Yara, filhos da Luciana.
Pois, pois, vejam o que dá cinqüenta e tralalá...
Faço este arrodeio todo para dizer dos setenta do Pelé completados hoje.
Legal, o mundo inteiro falando.
No caso, acho que todos nós deveríamos nos orgulhar desse cara.
Pelé levou o nome do Brasil às alturas, ao mundo todo.
Pra ele o mundo é uma bola...
Antes dele houve outros brasileiros que levaram o nome do nosso País à estratosfera, como Antônio Carlos Gomes, compositor brasileiro de Campinas, SP, considerado o maior compositor operístico das Américas.
Depois dele, teve o mineiro Ary Barroso.
Depois, o carioca João Gilberto.
Antes, o rei do baião Luiz Gonzaga...
...Vocês já ouviram o inventor do bepop Dizzy Gillespie interpretando o maracatu Pau de Arara, de Gonzaga-Guio de Moraes?
Incrível!
É gravação do começo dos 60, infelizmente nunca trazidas à estas bandas em quaisquer formatos.
Pois, pois.
Bem, quero dizer que é bom aniversariar.
Pelé fez hoje 70.
Eu em setembro, 50.
Ontem um colega repórter do jornal A Tribuna telefonou perguntando o que acho de tantas homenagens em torno de Pelé.
Eu disse o óbvio: que todos temos de bater palmas pra ele, um ser especial, um cara exemplar.
Eu não sou exemplar e particularmente não gosto muitos dos exemplares. Pelé, porém, é diferente.
Pelé não é gente, Pelé é um deus.
Ele incrível, um personagem único que a vida não repetirá jamais.
Recomendo, agora, uma coisa: assistam ao filme Pelé Eterno, de Aníbal Massaini... E o recomendo com propriedade, pois sou, nele, no filme, o consultor musical. E lá está Jackson do Pandeiro abrindo a fita cantando Pelé...
Eu disse anteontem, aqui neste espaço, que iria assistir à performance do amigo Oswaldinho do Acordeon, que se faria, como se fez, acompanhado do maranhense arretado Zeca Baleiro no Canto da Ema, do compadre Paulinho Rosa.
Fui.
E foi muito bom, e dancei feito uma carrapeta.
Tomei água de coco, pois faltou o uísque da minha preferência: Old Par...
Falei de Pelé e dos 70 anos de Pelé, que o mundo hoje todo comemora, para dizer o seguinte:
- Oswaldinho é o Pelé da sanfona.
O Brasil está bom,não está?
E a minha confiança é por um País cada vez melhor.
O nome disso, hoje, é Dilma.
Postado por Assis Ângelo: às 23:23 0 comentários Links para es
Outro dia mesmo, eu aniversariei.
E gostei, levando em conta que eu estava decidido a não mais aniversariar, ou seja: a desaniversariar.
Cheguei até a dizer a pessoas queridas que eu não mais incorreria nessa repetição. E justifiquei, depressa: já estou nos cincoenta e tralalá. E perguntei: isso é motivo de festa?
A Andrea, minha companheira de tudo, de risos e raivas, de amor e brigas, respondeu, arguta: é. E justificou, pra meu espanto: não são tantos os que chegam a tanto.
E provocou: pergunte ao Niemeyer, que já passou dos cem...
Ixe!
A Clarissa caçula do peito, que estava por perto, olhou pra mim e piscou: viu?
Mas, enfim, outro dia eu aniversariei.
Foi no Mocotó, um restaurante pra lá de bom localizado na zona norte de Sampa, onde, mais uma vez, fui muito bem recebido pelo chefe de cozinha Rodrigo e seu pai José, pernambucano da safra dos quase quarenta.
Estive lá outras vezes, fora de aniversário.
Tomei umas coisinhas boas e comi outras coisinhas igualmente boas, feito um besta.
Estiveram comigo as minhas filhas e um dos meus filhos, o Francisco, todo pimpão, bonito, forte, cheio de vida e esperança, ao lado da sua companheirinha de vida, Kátia.
Um orgulho meu.
Orgulhos, os dois.
Foi nessa ocasião, aliás, no setembro passado, que conheci o meu segundo neto, Solano, que veio fazer companhia à Yara, filhos da Luciana.
Pois, pois, vejam o que dá cinqüenta e tralalá...
Faço este arrodeio todo para dizer dos setenta do Pelé completados hoje.
Legal, o mundo inteiro falando.
No caso, acho que todos nós deveríamos nos orgulhar desse cara.
Pelé levou o nome do Brasil às alturas, ao mundo todo.
Pra ele o mundo é uma bola...
Antes dele houve outros brasileiros que levaram o nome do nosso País à estratosfera, como Antônio Carlos Gomes, compositor brasileiro de Campinas, SP, considerado o maior compositor operístico das Américas.
Depois dele, teve o mineiro Ary Barroso.
Depois, o carioca João Gilberto.
Antes, o rei do baião Luiz Gonzaga...
...Vocês já ouviram o inventor do bepop Dizzy Gillespie interpretando o maracatu Pau de Arara, de Gonzaga-Guio de Moraes?
Incrível!
É gravação do começo dos 60, infelizmente nunca trazidas à estas bandas em quaisquer formatos.
Pois, pois.
Bem, quero dizer que é bom aniversariar.
Pelé fez hoje 70.
Eu em setembro, 50.
Ontem um colega repórter do jornal A Tribuna telefonou perguntando o que acho de tantas homenagens em torno de Pelé.
Eu disse o óbvio: que todos temos de bater palmas pra ele, um ser especial, um cara exemplar.
Eu não sou exemplar e particularmente não gosto muitos dos exemplares. Pelé, porém, é diferente.
Pelé não é gente, Pelé é um deus.
Ele incrível, um personagem único que a vida não repetirá jamais.
Recomendo, agora, uma coisa: assistam ao filme Pelé Eterno, de Aníbal Massaini... E o recomendo com propriedade, pois sou, nele, no filme, o consultor musical. E lá está Jackson do Pandeiro abrindo a fita cantando Pelé...
Eu disse anteontem, aqui neste espaço, que iria assistir à performance do amigo Oswaldinho do Acordeon, que se faria, como se fez, acompanhado do maranhense arretado Zeca Baleiro no Canto da Ema, do compadre Paulinho Rosa.
Fui.
E foi muito bom, e dancei feito uma carrapeta.
Tomei água de coco, pois faltou o uísque da minha preferência: Old Par...
Falei de Pelé e dos 70 anos de Pelé, que o mundo hoje todo comemora, para dizer o seguinte:
- Oswaldinho é o Pelé da sanfona.
O Brasil está bom,não está?
E a minha confiança é por um País cada vez melhor.
O nome disso, hoje, é Dilma.
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
OSWALDINHO E O BRASIL DE BONITEZAS
Este nosso Brasil é mesmo um país fantástico, não é?
Desde sempre.
Aqui tem de um tudo, do bom e do melhor, como diria a minha santa avó Alcina, que já está no céu, amém.
Cresci ouvindo dizer que somos o país do futuro, ora, ora.
O futuro é já, é sempre, não é amanhã.
Ouço céticos dizerem blá, blá, blá.
Sim, sim, eles são uns inconformados e o causo é que não poderia ser diferente, não é mesmo?
Cético diz blá, blá, blá e pronto!
É da natureza.
Quando chove ou faz frio, eles reclamam.
Quando faz sol e calor, também.
São um bando de São Tomés que nos lembram a cantiga da perua, o pássaro mortalha e também a acauã.
Como sofrem os céticos, hein, Deus do céu!
O bom - e eles nem desconfiam - é amanhecermos certos de que nascemos no país certo: Brasil, inclusive porque aqui não há abalos sísmicos impiedosos e tsunames arrasadores, como lá fora.
É verdade que Brasília vez por outra nos surpreende e nos faz, como nação, estremecer um pouco. Sim, claro, isso é da natureza dos sacanas que vêem até nas próprias mães um meio de se locupletarem, não é?
Esses merecem cana, cadeia das grandes.
Agora pensem: não é todo país que tem tantas coisas, tantas pessoas, tantos artistas incríveis, fantásticos, tão grandes como Oswaldinho do Acordeon, por exemplo, que é um mágico nos teclados; um artista de talento genial e cidadão que nos orgulha, de fi a paví, como diria o rei do baião Luiz Gonzaga.
A mestria de Oswaldinho é um dos nossos grandes orgulhos; e como ser, ele é, sem dúvida, um exemplo: quer queira, quer não.
Vocês já repararam no tamanho dele, no jeito calmo dele, tranquilo, apaziguador?
Já repararam no tamanho da sua obra, na beleza do som que extrai da sanfona que é o seu piano de peito?
Claro, Oswaldinho não nasceu para ser medido pela métrica cética, é certo.
E também não há como compará-lo, pois o seu estilo é muito próprio e fino, moldado ao melhor dos sentimentos, aos seres mais sensíveis.
Sim, Oswaldinho faz da sanfona a extensão da sua vida, cuja existência se escuta pelas notas que o seu coração dita e os seus dedos ágeis transmitem pelo instrumento que tão bem domina. Daí a sua alegria de viver, daí a nossa alegria de tê-lo entre nós.
É isso.
Agora, um recadinho: amanhã à noite, a partir das 23 horas, ele estará, junto com Zeca Baleiro, apresentando a sua arte para os privilegiados frequentadores da casa de espetáculos comandada por Paulinho Rosa, chamada de Canto da Ema, ali na Faria Lima, 364, Pinheiros.
Bora lá?
Eu vou.
Ele vai tocar Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e nós todos, isto é: o Brasil de bonitezas.
Desde sempre.
Aqui tem de um tudo, do bom e do melhor, como diria a minha santa avó Alcina, que já está no céu, amém.
Cresci ouvindo dizer que somos o país do futuro, ora, ora.
O futuro é já, é sempre, não é amanhã.
Ouço céticos dizerem blá, blá, blá.
Sim, sim, eles são uns inconformados e o causo é que não poderia ser diferente, não é mesmo?
Cético diz blá, blá, blá e pronto!
É da natureza.
Quando chove ou faz frio, eles reclamam.
Quando faz sol e calor, também.
São um bando de São Tomés que nos lembram a cantiga da perua, o pássaro mortalha e também a acauã.
Como sofrem os céticos, hein, Deus do céu!
O bom - e eles nem desconfiam - é amanhecermos certos de que nascemos no país certo: Brasil, inclusive porque aqui não há abalos sísmicos impiedosos e tsunames arrasadores, como lá fora.
É verdade que Brasília vez por outra nos surpreende e nos faz, como nação, estremecer um pouco. Sim, claro, isso é da natureza dos sacanas que vêem até nas próprias mães um meio de se locupletarem, não é?
Esses merecem cana, cadeia das grandes.
Agora pensem: não é todo país que tem tantas coisas, tantas pessoas, tantos artistas incríveis, fantásticos, tão grandes como Oswaldinho do Acordeon, por exemplo, que é um mágico nos teclados; um artista de talento genial e cidadão que nos orgulha, de fi a paví, como diria o rei do baião Luiz Gonzaga.
A mestria de Oswaldinho é um dos nossos grandes orgulhos; e como ser, ele é, sem dúvida, um exemplo: quer queira, quer não.
Vocês já repararam no tamanho dele, no jeito calmo dele, tranquilo, apaziguador?
Já repararam no tamanho da sua obra, na beleza do som que extrai da sanfona que é o seu piano de peito?
Claro, Oswaldinho não nasceu para ser medido pela métrica cética, é certo.
E também não há como compará-lo, pois o seu estilo é muito próprio e fino, moldado ao melhor dos sentimentos, aos seres mais sensíveis.
Sim, Oswaldinho faz da sanfona a extensão da sua vida, cuja existência se escuta pelas notas que o seu coração dita e os seus dedos ágeis transmitem pelo instrumento que tão bem domina. Daí a sua alegria de viver, daí a nossa alegria de tê-lo entre nós.
É isso.
Agora, um recadinho: amanhã à noite, a partir das 23 horas, ele estará, junto com Zeca Baleiro, apresentando a sua arte para os privilegiados frequentadores da casa de espetáculos comandada por Paulinho Rosa, chamada de Canto da Ema, ali na Faria Lima, 364, Pinheiros.
Bora lá?
Eu vou.
Ele vai tocar Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e nós todos, isto é: o Brasil de bonitezas.
sábado, 16 de outubro de 2010
O DIA ESTÁ CHEGANDO...
Toda vez que vejo o quase Zé na telinha fazendo promessas, eu me arrepio todo com a impressão de que ele está tirando sarro da gente.
Será?
Ele tem prometido tanta coisa...
Mínimo de R$ 600,00 pra todo mundo, 13º para o projeto Bolsa Família...
Nesse ponto, um detalhe: a sua companheira Mônica andou criticando esse projeto levado avante por Lula, dizendo que com ele, o Bolsa Família, “ninguém quer mais trabalhar” no Brasil.
Pode!
Mais promessas: de cara, ele promete 10% de aumento para os aposentados.
Opa!
De onde virá tanto dinheiro, pois se mandar rodar na Casa da Moeda a inflação vai à lua.
E aí?
Ele promete também triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
Muito bom, a cultura e os brasileiros agradecem.
Uma pergunta, neste item: o que ele fez nesse campo em São Paulo, como prefeito ou governador?
Um problema, não é?
Ah! E questão delicada é a nordestina.
São Paulo, como se sabe, foi construída pelo forte braço dos imigrantes nordestinos; migrantes esses que jamais receberam qualquer tipo de reconhecimento. Na verdade, sequer uma homenagezinha tola, boba, do tipo uma plaquinha fixada numa parede qualquer de uma estação qualquer do Metrô, dizendo: “Aqui a força do homem nordestino esteve presente, cavando túnel, colocando trilhos”, coisas assim.
Aliás, o quase Zé tem prometido encher o País de estações de metrô.
Acho legal, mas será que o quase Zé cumpriria essa promessa?
A pensar: o Metrô paulistano anda emperrado, parando, com muita gente e pouquíssimas estações.
Deus do céu!
Será que o povo ainda cai no canto da sereia?
Será?
Ele tem prometido tanta coisa...
Mínimo de R$ 600,00 pra todo mundo, 13º para o projeto Bolsa Família...
Nesse ponto, um detalhe: a sua companheira Mônica andou criticando esse projeto levado avante por Lula, dizendo que com ele, o Bolsa Família, “ninguém quer mais trabalhar” no Brasil.
Pode!
Mais promessas: de cara, ele promete 10% de aumento para os aposentados.
Opa!
De onde virá tanto dinheiro, pois se mandar rodar na Casa da Moeda a inflação vai à lua.
E aí?
Ele promete também triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
Muito bom, a cultura e os brasileiros agradecem.
Uma pergunta, neste item: o que ele fez nesse campo em São Paulo, como prefeito ou governador?
Um problema, não é?
Ah! E questão delicada é a nordestina.
São Paulo, como se sabe, foi construída pelo forte braço dos imigrantes nordestinos; migrantes esses que jamais receberam qualquer tipo de reconhecimento. Na verdade, sequer uma homenagezinha tola, boba, do tipo uma plaquinha fixada numa parede qualquer de uma estação qualquer do Metrô, dizendo: “Aqui a força do homem nordestino esteve presente, cavando túnel, colocando trilhos”, coisas assim.
Aliás, o quase Zé tem prometido encher o País de estações de metrô.
Acho legal, mas será que o quase Zé cumpriria essa promessa?
A pensar: o Metrô paulistano anda emperrado, parando, com muita gente e pouquíssimas estações.
Deus do céu!
Será que o povo ainda cai no canto da sereia?
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
O DIA ESTÁ CHEGANDO...
A campanha à Presidência esteve morna no primeiro tempo; e agora, no segundo, parece estar pegando fogo.
É um tiroteio danado.
E sabem de uma coisa? Não gosto de ver o quase Zé fingindo dizer a verdade.
Como acreditar em alguém que mente?
Eu, hein!
Pesquisas Datafolha divulgadas há pouco, indicam vários pontos favoráveis à Dilma, e que ela ganharia a parada se os eleitores fossem às urnas já.
Indicam também as pesquisas que o governo Lula acaba de bater novo recorde na avaliação popular: 81% de bom/ótimo.
É pra deixar qualquer Zé doido, não?
O caso é o seguinte: diz o bom técnico que em jogo que está ganhando não se mexe.
É isso.
É um tiroteio danado.
E sabem de uma coisa? Não gosto de ver o quase Zé fingindo dizer a verdade.
Como acreditar em alguém que mente?
Eu, hein!
Pesquisas Datafolha divulgadas há pouco, indicam vários pontos favoráveis à Dilma, e que ela ganharia a parada se os eleitores fossem às urnas já.
Indicam também as pesquisas que o governo Lula acaba de bater novo recorde na avaliação popular: 81% de bom/ótimo.
É pra deixar qualquer Zé doido, não?
O caso é o seguinte: diz o bom técnico que em jogo que está ganhando não se mexe.
É isso.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
NO PLANETA DAS ESTRELAS
Meus amigos estão indo embora, sem avisar.
Simplesmente, fecham os olhos e partem.
Os dois últimos a fazer isso foram Juvenal Fernandes e Roberto Stanganelli.
Juvenal, paulistano nascido em outubro de 1925, partiu no dia 22 de junho e desde o dia 27 de agosto tem seu nome exposto no auditório da Editora Arlequim, por iniciativa do empresário Waldemar Marchetti, o Corisco, com quem trabalhou nos últimos anos.
Juvenal viveu o tempo todo no mundo do disco, compondo, fazendo versões e publicando livros de poesias.
É dele, por exemplo, a versão da faixa 2 do disco de estréia da cantora Elis Regina, Sonhando (Dream).
Juvenal foi sócio-diretor da Fermata e, nessa condição, responsável pela edição de algumas obras-primas da música brasileira, entre as quais Disparada, de Vandré-Théo de Barros, e Desafinado, de Tom Jobim-Newton Mendonça.
Conheceu meio mundo e foi amigo de muita gente, como Vicente Celestino.
Dizia que gostava muito do Vicente.
Stanganelli era, na sua modéstia mineira, um ser requintado, exemplar, caladão e observador.
Compositor, instrumentista e produtor fonográfico dos mais valiosos, nascido em fevereiro de 1931, ele acreditava na vida pós-partida.
Partiu domingo passado.
Uma vez, sem mais nem menos, ele olhou pra mim, riu e disse:
- Fique com meus discos, com você serão mais úteis.
Isso faz anos e eram uns trinta LPs.
Tentei várias vezes levá-lo para entrevista nos meus programas de rádio, mas ele, sempre rindo, com a maior naturalidade, dizia:
- Eu vou outro dia.
E esse dia nunca veio.
O mesmo aconteceu com Juvenal.
Eu insistia, mas não adiantava.
Algumas vezes fui à sua casa, no tempo que ainda morava nas proximidades do Museu da Imagem e do Som, nas proximidades da Avenida Europa.
Oferecia-me sempre que ia lá uma boa cachaça, enquanto sorvia café e jogava palavras fora.
Conheci seu arquivo com milhares de verbetes que, acho, nunca publicou na forma de enciclopédia, como desejava.
Como era do seu feitio, Juvenal ia deixando pra depois o que podia fazer logo, como as parcerias que assinou com vários artistas, entre os quais Adoniran Barbosa.
Stanganelli deixou pelo menos duas centenas de composições inéditas, como me disse o seu amigo editor Valdimir D´Angelo, da Arlequim.
De Juvenal, como lembrança, ficou o seu prefácio para um dos meus livros: O Brasileiro Carlos Gomes, que publiquei pela Companhia Editora Nacional, em 1987. No primeiro parágrafo, ele escreveu:
“Fazendo um apanhado sincero, honesto e corajoso sobre o Tonico de Campinas, desde a sua infância e até o seu final melancólico, Assis Angelo colabora, assim, com mais este trabalho, para fazer chegar às gerações mais novas o valor e a importância de um gênio musical e do maior herói não militar das terras brasileiras: Antônio Carlos Gomes”.
Curiosamente, e seguindo essa mesma linha de interpretação, escreveu também o maestro cearense de Iguatu Eleazar de Carvalho:
“Dominando a árdua tarefa da pesquisa, Assis Angelo escreveu o livro O Brasileiro Carlos Gomes preocupado não com um sucesso comercial, mas, simplesmente, plasmando suas observações sob a inteira proteção de resultados dos fatos reais que marcaram a vida e a obra do nosso maior compositor operístico das Américas”.
O maestro partiu em setembro de 1996.
A vida segue seu rumo.
Simplesmente, fecham os olhos e partem.
Os dois últimos a fazer isso foram Juvenal Fernandes e Roberto Stanganelli.
Juvenal, paulistano nascido em outubro de 1925, partiu no dia 22 de junho e desde o dia 27 de agosto tem seu nome exposto no auditório da Editora Arlequim, por iniciativa do empresário Waldemar Marchetti, o Corisco, com quem trabalhou nos últimos anos.
Juvenal viveu o tempo todo no mundo do disco, compondo, fazendo versões e publicando livros de poesias.
É dele, por exemplo, a versão da faixa 2 do disco de estréia da cantora Elis Regina, Sonhando (Dream).
Juvenal foi sócio-diretor da Fermata e, nessa condição, responsável pela edição de algumas obras-primas da música brasileira, entre as quais Disparada, de Vandré-Théo de Barros, e Desafinado, de Tom Jobim-Newton Mendonça.
Conheceu meio mundo e foi amigo de muita gente, como Vicente Celestino.
Dizia que gostava muito do Vicente.
Stanganelli era, na sua modéstia mineira, um ser requintado, exemplar, caladão e observador.
Compositor, instrumentista e produtor fonográfico dos mais valiosos, nascido em fevereiro de 1931, ele acreditava na vida pós-partida.
Partiu domingo passado.
Uma vez, sem mais nem menos, ele olhou pra mim, riu e disse:
- Fique com meus discos, com você serão mais úteis.
Isso faz anos e eram uns trinta LPs.
Tentei várias vezes levá-lo para entrevista nos meus programas de rádio, mas ele, sempre rindo, com a maior naturalidade, dizia:
- Eu vou outro dia.
E esse dia nunca veio.
O mesmo aconteceu com Juvenal.
Eu insistia, mas não adiantava.
Algumas vezes fui à sua casa, no tempo que ainda morava nas proximidades do Museu da Imagem e do Som, nas proximidades da Avenida Europa.
Oferecia-me sempre que ia lá uma boa cachaça, enquanto sorvia café e jogava palavras fora.
Conheci seu arquivo com milhares de verbetes que, acho, nunca publicou na forma de enciclopédia, como desejava.
Como era do seu feitio, Juvenal ia deixando pra depois o que podia fazer logo, como as parcerias que assinou com vários artistas, entre os quais Adoniran Barbosa.
Stanganelli deixou pelo menos duas centenas de composições inéditas, como me disse o seu amigo editor Valdimir D´Angelo, da Arlequim.
De Juvenal, como lembrança, ficou o seu prefácio para um dos meus livros: O Brasileiro Carlos Gomes, que publiquei pela Companhia Editora Nacional, em 1987. No primeiro parágrafo, ele escreveu:
“Fazendo um apanhado sincero, honesto e corajoso sobre o Tonico de Campinas, desde a sua infância e até o seu final melancólico, Assis Angelo colabora, assim, com mais este trabalho, para fazer chegar às gerações mais novas o valor e a importância de um gênio musical e do maior herói não militar das terras brasileiras: Antônio Carlos Gomes”.
Curiosamente, e seguindo essa mesma linha de interpretação, escreveu também o maestro cearense de Iguatu Eleazar de Carvalho:
“Dominando a árdua tarefa da pesquisa, Assis Angelo escreveu o livro O Brasileiro Carlos Gomes preocupado não com um sucesso comercial, mas, simplesmente, plasmando suas observações sob a inteira proteção de resultados dos fatos reais que marcaram a vida e a obra do nosso maior compositor operístico das Américas”.
O maestro partiu em setembro de 1996.
A vida segue seu rumo.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
TUDO BEM, TUDO BEM, TUDO BEM?
Por que não dizer:
- Bons tempos aqueles de palhaços como Carequinha, Pimentinha, Piolin, Arrelia, de batismo Waldemar Seyssel, que um dia me convidou para escrever, e escrevi com orgulho, o prefácio de sua autobiografia para a Editora Ibrasa (“Arrelia, Uma Autobiografia”), ali pelos finzinhos dos 90.
Bons tempos, sim!
Era legal assistir esses palhaços de verdade.
De verdade, era legal assistir a esses palhaços.
Palhaços que nos embalaram a infância, que nos fizeram bem, que nos levaram a ver o mundo com graça infantil, sem segundas intenções, puros, sem nos agredir nos fazendo de bobos.
Mas agora o que dizer da telinha de fazer doido chamada TV, que produz celebridades sem conteúdo do dia pra noite e os carimba de "palhaço"?
Nos tratam de bobos, não é?
A última invenção dessa telinha é Tiririca.
Terrível!
E o que nos faltava no Congresso Nacional!
Quem de bom senso não fica tiririca da vida?
O tal Tiririca convidou os abestados a votar nele.
Apareceram cerca de 1,4 milhão desses tais.
Como tem abestado no Brasil!
Abestado é gente abestalhada, idiota, quem não sabe disso?
Lê-se no dicionário, “Abestado”: que se abestou, que se bestificou... “Abestalhado”: que diz tolices, tolo, imbecil... Cheio de si, presunçoso...
Como gostar disso?
Ora, cá não estou eu a falar do cidadão que se esconde por trás dessa coisa chamada tiririca, que é vítima, sem dúvida, do sistema que tritura e joga o bagaço fora.
Estou falando da coisa que em si só se encerra.
E ponto!
Está na 1ª edição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, à pág. 2724, 3ª coluna à direita: “4 RS infrm. Punguista, batedor de carteira”.
E aí?
PS – A cartinha lá em cima dirigida a mim e assinada por Waldemar Seyssel, o Arrelia, é de agradecimento. Não é pra se sentir honrado, feliz da vida?
- Bons tempos aqueles de palhaços como Carequinha, Pimentinha, Piolin, Arrelia, de batismo Waldemar Seyssel, que um dia me convidou para escrever, e escrevi com orgulho, o prefácio de sua autobiografia para a Editora Ibrasa (“Arrelia, Uma Autobiografia”), ali pelos finzinhos dos 90.
Bons tempos, sim!
Era legal assistir esses palhaços de verdade.
De verdade, era legal assistir a esses palhaços.
Palhaços que nos embalaram a infância, que nos fizeram bem, que nos levaram a ver o mundo com graça infantil, sem segundas intenções, puros, sem nos agredir nos fazendo de bobos.
Mas agora o que dizer da telinha de fazer doido chamada TV, que produz celebridades sem conteúdo do dia pra noite e os carimba de "palhaço"?
Nos tratam de bobos, não é?
A última invenção dessa telinha é Tiririca.
Terrível!
E o que nos faltava no Congresso Nacional!
Quem de bom senso não fica tiririca da vida?
O tal Tiririca convidou os abestados a votar nele.
Apareceram cerca de 1,4 milhão desses tais.
Como tem abestado no Brasil!
Abestado é gente abestalhada, idiota, quem não sabe disso?
Lê-se no dicionário, “Abestado”: que se abestou, que se bestificou... “Abestalhado”: que diz tolices, tolo, imbecil... Cheio de si, presunçoso...
Como gostar disso?
Ora, cá não estou eu a falar do cidadão que se esconde por trás dessa coisa chamada tiririca, que é vítima, sem dúvida, do sistema que tritura e joga o bagaço fora.
Estou falando da coisa que em si só se encerra.
E ponto!
Está na 1ª edição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, à pág. 2724, 3ª coluna à direita: “4 RS infrm. Punguista, batedor de carteira”.
E aí?
PS – A cartinha lá em cima dirigida a mim e assinada por Waldemar Seyssel, o Arrelia, é de agradecimento. Não é pra se sentir honrado, feliz da vida?
BRASILEIROS SOLITÁRIOS
Neste instante há 45 cidadãos brasileiros completamente solitários.
Melhor: neste momento há 45 cidadãos brasileiros sós.
São os candidatos que registraram candidaturas ao emprego de deputado federal, estadual e distrital e receberam apenas 1 voto, ou seja: o deles mesmos.
Existirá maior solidão no mundo do que essa; a de saber que nenhum amigo, nenhum parente ou aderente, ou mesmo um inimigo que desejasse uma desdita na carreira pretendida lhe deu um voto de confiança, enquanto Tiririca, o palhaço idiota e analfabeto recebe os votos de quase 1,4 milhão de eleitores assim, sem mais, só debochando de si e dos outros?
De lascar, poderão dizer os solitários.
E sobre caciques e figurões da República como Jereissati, Collor, Marco Maciel, o que dizer?
Jereissati entregou os pontos: encerra a carreira política e segue a de empresário, o que no fundo, no fundo, no caso, é a mesma coisa.
Sei não, mas acho que quem votou no Tiririca tem a mente congelada ou a cabeça cheia de titica, pois essa história de dizer que votou em “protesto” é pura idiotice.
Mas eu disse outro dia, aqui neste mesmo espaço: daqui pra frente os especialistas nessa coisa chamada de ciência política têm um trabalho enorme pela frente.
E o quase Zé, hein?
Cuidado, o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
Melhor: neste momento há 45 cidadãos brasileiros sós.
São os candidatos que registraram candidaturas ao emprego de deputado federal, estadual e distrital e receberam apenas 1 voto, ou seja: o deles mesmos.
Existirá maior solidão no mundo do que essa; a de saber que nenhum amigo, nenhum parente ou aderente, ou mesmo um inimigo que desejasse uma desdita na carreira pretendida lhe deu um voto de confiança, enquanto Tiririca, o palhaço idiota e analfabeto recebe os votos de quase 1,4 milhão de eleitores assim, sem mais, só debochando de si e dos outros?
De lascar, poderão dizer os solitários.
E sobre caciques e figurões da República como Jereissati, Collor, Marco Maciel, o que dizer?
Jereissati entregou os pontos: encerra a carreira política e segue a de empresário, o que no fundo, no fundo, no caso, é a mesma coisa.
Sei não, mas acho que quem votou no Tiririca tem a mente congelada ou a cabeça cheia de titica, pois essa história de dizer que votou em “protesto” é pura idiotice.
Mas eu disse outro dia, aqui neste mesmo espaço: daqui pra frente os especialistas nessa coisa chamada de ciência política têm um trabalho enorme pela frente.
E o quase Zé, hein?
Cuidado, o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
domingo, 3 de outubro de 2010
O EFEITO VERDE ADIOU A DECISÃO
O dia amanheceu nublado hoje em Sampa.
Como previsto, eleitores foram às urnas depositar esperanças por um país melhor.
Pequenas confusões aqui e ali, mas nada de grave ou que atrapalhasse o bom andamento do processo democrático, do qual participaram vários candidatos, com destaque os mais fortes: Dilma, Serra e Marina.
Três nomes, três legendas.
Dilma PT, Serra PSDB e Marina PV.
O candidato tucano começou o jogo falando alto, tripudiando a petista e não dando bola à candidata verde.
E foi exatamente essa candidata que impediu que o jogo não se encerrasse no primeiro tempo, como se imaginou até o início da contabilização dos votos.
E agora?
Ora, de novo às urnas!
Esse tipo de exercício, aliás, é muito bom.
Mas cuidado: o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
Como previsto, eleitores foram às urnas depositar esperanças por um país melhor.
Pequenas confusões aqui e ali, mas nada de grave ou que atrapalhasse o bom andamento do processo democrático, do qual participaram vários candidatos, com destaque os mais fortes: Dilma, Serra e Marina.
Três nomes, três legendas.
Dilma PT, Serra PSDB e Marina PV.
O candidato tucano começou o jogo falando alto, tripudiando a petista e não dando bola à candidata verde.
E foi exatamente essa candidata que impediu que o jogo não se encerrasse no primeiro tempo, como se imaginou até o início da contabilização dos votos.
E agora?
Ora, de novo às urnas!
Esse tipo de exercício, aliás, é muito bom.
Mas cuidado: o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
sábado, 2 de outubro de 2010
AMANHÃ É DIA DE BRASIL. ÀS URNAS!
Plim, plim.
Mágica!
O candidato tucano promete triplicar o orçamento do Ministério da Cultura caso seja escolhido nas urnas amanhã para governar o País a partir de janeiro de 2011.
Ele promete R$ 6,6 bilhões.
Uau!
A candidata verde promete duplicar.
A petista Dilma, discreta e com os pés no chão, garante que o processo de fortalecimento do Ministério terá continuidade no seu governo.
Claro que é importante valorizar - e mostrar - todos os segmentos da cultura brasileira para nós próprios brasileiros e para o mundo todo também, mas para que isso ocorra, de forma natural e correta, é preciso que haja, antes de tudo, um programa, um processo, uma lógica, e não iniciativas isoladas e sem prumo, geradas na turbulência do acaso.
Ou do ocaso.
De certo modo, acho até graça quando ouço ou vejo o quase Zé - vocês sabem quem - dizer no rádio e na tevê que cultura é prioridade de seu governo.
Nunca foi.
É fato.
A história mostra isso.
O quase Zé, quase nordestino, prometeu - quem não lembra? - fazer bem à cultura nacional, incluindo a popular, quando se candidatou a prefeito da maior capital do País, São Paulo; e a governador do maior Estado brasileiro, São Paulo.
E o que se viu?
Zero!
Primeiro, disse que não concorreria ao governo do Estado.
Concorreu.
Depois disse que não concorreria a Presidência.
Está concorrendo...
À Presidência no começo, as pesquisas o punham no céu.
Depois caiu, caiu, caiu...
Ao cair, apelou: prometeu tudo e mais, por exemplo: triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
A foto do quase Zé nordestino estampada hoje na 1ª página da Folha, dançando a “dança” do “Pânico”, junto com Alckmin, é simplesmente ridícula. Isso até o meu novo neto, Solano, de dois meses, achou.
A candidata verde, Marina Silva, resumiu entregando os pontos para projeto futuro, com categoria, com dignidade:
- Ele (Serra) não tem programa, subestimou Dilma e se preparou para ficar fazendo só o embate, como se ele fosse falar e o mundo fosse estremecer. Quando não deu certo, começou a fazer um festival de promessas.
Amanhã é dia de Brasil.
Às urnas!
PS – Há exatos 50 anos, no dia 3 de outubro de 1960, um domingo, o Brasil ia às urnas para eleger Jânio Quadros. Já pensou?
Mágica!
O candidato tucano promete triplicar o orçamento do Ministério da Cultura caso seja escolhido nas urnas amanhã para governar o País a partir de janeiro de 2011.
Ele promete R$ 6,6 bilhões.
Uau!
A candidata verde promete duplicar.
A petista Dilma, discreta e com os pés no chão, garante que o processo de fortalecimento do Ministério terá continuidade no seu governo.
Claro que é importante valorizar - e mostrar - todos os segmentos da cultura brasileira para nós próprios brasileiros e para o mundo todo também, mas para que isso ocorra, de forma natural e correta, é preciso que haja, antes de tudo, um programa, um processo, uma lógica, e não iniciativas isoladas e sem prumo, geradas na turbulência do acaso.
Ou do ocaso.
De certo modo, acho até graça quando ouço ou vejo o quase Zé - vocês sabem quem - dizer no rádio e na tevê que cultura é prioridade de seu governo.
Nunca foi.
É fato.
A história mostra isso.
O quase Zé, quase nordestino, prometeu - quem não lembra? - fazer bem à cultura nacional, incluindo a popular, quando se candidatou a prefeito da maior capital do País, São Paulo; e a governador do maior Estado brasileiro, São Paulo.
E o que se viu?
Zero!
Primeiro, disse que não concorreria ao governo do Estado.
Concorreu.
Depois disse que não concorreria a Presidência.
Está concorrendo...
À Presidência no começo, as pesquisas o punham no céu.
Depois caiu, caiu, caiu...
Ao cair, apelou: prometeu tudo e mais, por exemplo: triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
A foto do quase Zé nordestino estampada hoje na 1ª página da Folha, dançando a “dança” do “Pânico”, junto com Alckmin, é simplesmente ridícula. Isso até o meu novo neto, Solano, de dois meses, achou.
A candidata verde, Marina Silva, resumiu entregando os pontos para projeto futuro, com categoria, com dignidade:
- Ele (Serra) não tem programa, subestimou Dilma e se preparou para ficar fazendo só o embate, como se ele fosse falar e o mundo fosse estremecer. Quando não deu certo, começou a fazer um festival de promessas.
Amanhã é dia de Brasil.
Às urnas!
PS – Há exatos 50 anos, no dia 3 de outubro de 1960, um domingo, o Brasil ia às urnas para eleger Jânio Quadros. Já pensou?
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
IGNORÂNCIA E CETICISMO TÊM CURA
Algo de fato, incrível mesmo,está acontecendo no Brasil.
E esse “algo” certamente vai dar, daqui pra frente, muita dor de cabeça aos cientistas sociais - os chamados cabeções -, que terão de se desdobrar nas suas pesquisas e análises para entender, ou tentar entender, o que de fato está ocorrendo hoje de Norte a Sul do país; e num amanhã, já breve, saber o que aconteceu, a começar pela insistência de um nordestino de origem humilde, pobre e semi-analfabeto de se transformar no mais importante administrador do País.
Tudo, na verdade, começa com esse nordestino das bandas de Pernambuco que no seio familiar era chamado apenas de Lula, e que agora o Brasil e o mundo todo o chamam também assim, simplesmente, de Lula.
Outro dia, o prestigiado jornal norte-americano Financial Times o comparou à imagem do Cristo Redentor instalada no Corcovado, Rio, dizendo que ele é o protetor do povo e zelador do Brasil.
"O Brasil nunca esteve tão na moda”, escreveu o colunista político do mesmo FT, Gideon Rachman, com “Jogos, Copa, Brics, G20, pré-sal” etc.
Brics, como se sabe, é a sigla que identifica os principais países com economia em disparada.
Além do Brasil, a Rússia, Índia e China estão com a economia a mil.
Bom para o seu povo, não é?
A agência Associated Press distribuiu recentemente para jornais do mundo todo o perfil do personagem central do filme O Filho do Brasil, dizendo que ele, o personagem, ou seja, Lula, “levanta louvores de Havana a Wall Street”, lembrando ainda que ele faz amigos que vão de “Ahmadinejad a Bush e Obama”.
Ontem nas páginas do respeitado diário francês Le Monde o repórter Alain Franchon dizia que Lula encarnou por inteiro “o momento-chave da história”, conseguindo, de tabela, elevar o País ao status de “grande potência emergente”.
Bom, não é?
Realmente, é incrível o que se passa hoje aos nossos olhos.
Adiante-se: não é mágica, é sonho se transformando em realidade.
Em todo canto, porém, há céticos e preconceituosos.
Os primeiros nunca foram mesmo de acreditar em nada, tampouco em dias melhores.
Popularmente, são chamados de "urubus".
A ver com o grande poeta Augusto dos Anjos, se isso servir de ilustração.
Os segundos atacam quem não tiver sua cara com o terrível tacape da ignorância; aliás, sua única arma.
Enquanto isso, a caravana passa...
PS- Notícia postada há pouco na página da UOL dá conta de que a última pesquisa CNI/Ibope coloca o governo Lula no mais alto patamar de aprovação na história do País, ou seja: 77%. Quer dizer: 77% da população brasileira acham o governo Lula "bom" ou "ótimo", enquanto apenas 4% o consideram "ruim" ou "péssimo".
Os analistas políticos terão muito trabalho pela frente...
E esse “algo” certamente vai dar, daqui pra frente, muita dor de cabeça aos cientistas sociais - os chamados cabeções -, que terão de se desdobrar nas suas pesquisas e análises para entender, ou tentar entender, o que de fato está ocorrendo hoje de Norte a Sul do país; e num amanhã, já breve, saber o que aconteceu, a começar pela insistência de um nordestino de origem humilde, pobre e semi-analfabeto de se transformar no mais importante administrador do País.
Tudo, na verdade, começa com esse nordestino das bandas de Pernambuco que no seio familiar era chamado apenas de Lula, e que agora o Brasil e o mundo todo o chamam também assim, simplesmente, de Lula.
Outro dia, o prestigiado jornal norte-americano Financial Times o comparou à imagem do Cristo Redentor instalada no Corcovado, Rio, dizendo que ele é o protetor do povo e zelador do Brasil.
"O Brasil nunca esteve tão na moda”, escreveu o colunista político do mesmo FT, Gideon Rachman, com “Jogos, Copa, Brics, G20, pré-sal” etc.
Brics, como se sabe, é a sigla que identifica os principais países com economia em disparada.
Além do Brasil, a Rússia, Índia e China estão com a economia a mil.
Bom para o seu povo, não é?
A agência Associated Press distribuiu recentemente para jornais do mundo todo o perfil do personagem central do filme O Filho do Brasil, dizendo que ele, o personagem, ou seja, Lula, “levanta louvores de Havana a Wall Street”, lembrando ainda que ele faz amigos que vão de “Ahmadinejad a Bush e Obama”.
Ontem nas páginas do respeitado diário francês Le Monde o repórter Alain Franchon dizia que Lula encarnou por inteiro “o momento-chave da história”, conseguindo, de tabela, elevar o País ao status de “grande potência emergente”.
Bom, não é?
Realmente, é incrível o que se passa hoje aos nossos olhos.
Adiante-se: não é mágica, é sonho se transformando em realidade.
Em todo canto, porém, há céticos e preconceituosos.
Os primeiros nunca foram mesmo de acreditar em nada, tampouco em dias melhores.
Popularmente, são chamados de "urubus".
A ver com o grande poeta Augusto dos Anjos, se isso servir de ilustração.
Os segundos atacam quem não tiver sua cara com o terrível tacape da ignorância; aliás, sua única arma.
Enquanto isso, a caravana passa...
PS- Notícia postada há pouco na página da UOL dá conta de que a última pesquisa CNI/Ibope coloca o governo Lula no mais alto patamar de aprovação na história do País, ou seja: 77%. Quer dizer: 77% da população brasileira acham o governo Lula "bom" ou "ótimo", enquanto apenas 4% o consideram "ruim" ou "péssimo".
Os analistas políticos terão muito trabalho pela frente...
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
DOMINGO 3, UM JOGO SEM EMPATE
Nos meus tantos e tantos anos de vida e luta nesta terra brasilis, nunca vi uma campanha política de âmbito nacional tão insossa e sem graça como a que chega ao fim domingo 3, quando cerca de 140 milhões de eleitores definirão seus votos para presidente da República, governador, senador e deputados federal e estadual nas urnas eletrônicas espalhadas desde a Paraíba ao Rio Grande do Sul, cujos resultados serão conhecidos provavelmente antes mesmo de segunda 4.
Nunca também uma campanha prometeu tanto, como essa.
Prometeu no sentido de surpresas.
Mas política é caixinha de Pandora, dirão.
E que surpresa, se as pesquisas indicam o fechamento da fatura já no 1º turno?
Pois é.
Mas há quem identifique aqui e ali manipulação de contrários, para que isso não ocorra.
Desde os tempos de Getúlio e Jânio, o Brasil nunca viveu uma situação como a de hoje, ou seja: um presidente em fim de mandato elegendo uma mulher como sua substituta, sem que ela nunca tenha disputado qualquer cargo eletivo.
Desafio e tanto!
Desafio vencido restará a desconstrução total de argumentos e análises históricos feitos por especialistas da cena política.
Como pode um brasileiro vindo das brenhas virar presidente da República duas vezes seguidas, sem título de doutor?
É um murro no pâncreas.
Os cientistas políticos agora terão uma grande tarefa: entender o que está se passando nesta terra brasilis.
Ao contrário do jogo de ontem, entre Corinthians e Botafogo, domingo 3 não haverá empate.
Nunca também uma campanha prometeu tanto, como essa.
Prometeu no sentido de surpresas.
Mas política é caixinha de Pandora, dirão.
E que surpresa, se as pesquisas indicam o fechamento da fatura já no 1º turno?
Pois é.
Mas há quem identifique aqui e ali manipulação de contrários, para que isso não ocorra.
Desde os tempos de Getúlio e Jânio, o Brasil nunca viveu uma situação como a de hoje, ou seja: um presidente em fim de mandato elegendo uma mulher como sua substituta, sem que ela nunca tenha disputado qualquer cargo eletivo.
Desafio e tanto!
Desafio vencido restará a desconstrução total de argumentos e análises históricos feitos por especialistas da cena política.
Como pode um brasileiro vindo das brenhas virar presidente da República duas vezes seguidas, sem título de doutor?
É um murro no pâncreas.
Os cientistas políticos agora terão uma grande tarefa: entender o que está se passando nesta terra brasilis.
Ao contrário do jogo de ontem, entre Corinthians e Botafogo, domingo 3 não haverá empate.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
JORNALISTA TAMBÉM É GENTE
Não é todo dia que a minha categoria profissional, e de roldão meus amigos, se junta para bailar, brincar e se confraternizar para espantar maus-olhados e a secura sem fim dos ignorantes sem fé, sem a preocupação pelo furo, pela melhor notícia.
Ora!
Aliás, a melhor notícia hoje é:
- Amanhã 30, às 21 horas, no Club Holms, à Avenida Paulista, 735, Eduardo Ribeiro convida a todos para um bota-fora pelos 15 anos de sua/nossa querida debutante Jornalistas&Cia., em pleno vigor da adolescência.
Quem não for, acho que é doente do pé ou tem minhoca na cabeça.
A vida é: uma festa.
Ninguém nasceu para sofrer.
Sofre quem é doente do pé ou tem minhoca na cabeça.
O poeta gaúcho Mário Quintana já dizia que não basta viver a vida, é preciso sonhá-la.
E sonhar é dançar; é espantar, com galhardia, os males que permeiam à revelia o nosso dia-a-dia.
O poeta português Fernando Pessoa, por sua vez, dizia que sentir é viver.
E completava: “Pensar é saber viver”.
Ora, o que mais faz o jornalista, hoje e sempre, como o filósofo, é pensar.
E atuar.
É de Pessoa também a frase bonita e emblemática:
“Navegar é preciso, viver não é preciso”.
A ver, claro, com criação, com recriação, refazer, repensar, ressurreição e viver.
As razões para a festa de amanhã no Holms, promovida por Edu, são várias, além, naturalmente, do debut da menina Jornalistas&Cia., também muito conhecida por “newsletter”.
Uma dessas grandes razões é bater palmas para os 15 mais votados jornalistas premiados nos últimos 15 anos, no Brasil.
Quem são esses nomes?
Quem for à festa saberá, em primeira mão.
Quem não for, só saberá depois.
E chega de porrada, minha gente: jornalista também é gente!
Mais informações sobre o debut de Jornalistas&Cia. pelo telefone 3217.6299.
ANIVERSÁRIO
- Pois é, mais uma vez caí na besteira de aniversariar. Resultado: amigos dizendo coisas e fazendo tim, tim à distância, como as irmãs cantoras Célia & Celma, Patrícia, Telma, Eduardo, Darlan e o grande engenheiro Nestor Tupinambá, que não teme arriscar brindes com versos como estes:
AO MEU AMIGO CANTADOR
NOME SEU ASSIS ANGELO
PROMITENTE FIADOR,
SUJEITO BOM NÃO VANDALO
DE GRANDE, BOA AMIZADE!
MUITA E FORTE SAÚDE
PRÁ CANTÁ O ALAÚDE
E INFINITA PACIÊNCIA
PRÁ TÊ SUBSISTÊNCIA!
E PARO POR ESSA LINHA
QUE POETA NÃO SOU NÃO
ESSA NÃO É A MINHA
AÍ SOU RUIM, UM ANÃO
DEIXO MEU ABRAÇO FORTE
PRU ASSIS COMPANHEIRO
INCRUSIVE PRÁ D.ANDRÉIA
MUITA BOA, BOA SORTE
NUM SI AVEXE DESSA IDÉIA
BOA NOITE, ALEGRES FESTEJOS
ESSA DATA NUM RETROCEDE
MANDE PRU ÉTER US DESEJOS
E FAZ O QUE ELA LHE PEDE!
Ora!
Aliás, a melhor notícia hoje é:
- Amanhã 30, às 21 horas, no Club Holms, à Avenida Paulista, 735, Eduardo Ribeiro convida a todos para um bota-fora pelos 15 anos de sua/nossa querida debutante Jornalistas&Cia., em pleno vigor da adolescência.
Quem não for, acho que é doente do pé ou tem minhoca na cabeça.
A vida é: uma festa.
Ninguém nasceu para sofrer.
Sofre quem é doente do pé ou tem minhoca na cabeça.
O poeta gaúcho Mário Quintana já dizia que não basta viver a vida, é preciso sonhá-la.
E sonhar é dançar; é espantar, com galhardia, os males que permeiam à revelia o nosso dia-a-dia.
O poeta português Fernando Pessoa, por sua vez, dizia que sentir é viver.
E completava: “Pensar é saber viver”.
Ora, o que mais faz o jornalista, hoje e sempre, como o filósofo, é pensar.
E atuar.
É de Pessoa também a frase bonita e emblemática:
“Navegar é preciso, viver não é preciso”.
A ver, claro, com criação, com recriação, refazer, repensar, ressurreição e viver.
As razões para a festa de amanhã no Holms, promovida por Edu, são várias, além, naturalmente, do debut da menina Jornalistas&Cia., também muito conhecida por “newsletter”.
Uma dessas grandes razões é bater palmas para os 15 mais votados jornalistas premiados nos últimos 15 anos, no Brasil.
Quem são esses nomes?
Quem for à festa saberá, em primeira mão.
Quem não for, só saberá depois.
E chega de porrada, minha gente: jornalista também é gente!
Mais informações sobre o debut de Jornalistas&Cia. pelo telefone 3217.6299.
ANIVERSÁRIO
- Pois é, mais uma vez caí na besteira de aniversariar. Resultado: amigos dizendo coisas e fazendo tim, tim à distância, como as irmãs cantoras Célia & Celma, Patrícia, Telma, Eduardo, Darlan e o grande engenheiro Nestor Tupinambá, que não teme arriscar brindes com versos como estes:
AO MEU AMIGO CANTADOR
NOME SEU ASSIS ANGELO
PROMITENTE FIADOR,
SUJEITO BOM NÃO VANDALO
DE GRANDE, BOA AMIZADE!
MUITA E FORTE SAÚDE
PRÁ CANTÁ O ALAÚDE
E INFINITA PACIÊNCIA
PRÁ TÊ SUBSISTÊNCIA!
E PARO POR ESSA LINHA
QUE POETA NÃO SOU NÃO
ESSA NÃO É A MINHA
AÍ SOU RUIM, UM ANÃO
DEIXO MEU ABRAÇO FORTE
PRU ASSIS COMPANHEIRO
INCRUSIVE PRÁ D.ANDRÉIA
MUITA BOA, BOA SORTE
NUM SI AVEXE DESSA IDÉIA
BOA NOITE, ALEGRES FESTEJOS
ESSA DATA NUM RETROCEDE
MANDE PRU ÉTER US DESEJOS
E FAZ O QUE ELA LHE PEDE!
terça-feira, 28 de setembro de 2010
A VIDA NÃO SE RESUME A ELEIÇÕES
Recomendo a leitura imediata da entrevista que o jornalista Ricardo Kotscho deu há pouco.
Está na página da UOL.
Muito esclarecedora.
Kotscho responde com absoluta lucidez às perguntas que lhe são feitas sobre o atual e lamentável embate Governo x Imprensa.
Desse embate, já saímos todos perdendo.
Uma pena.
Zero a mil.
Lula pisa na bola quando fala de cobras e lagartos, isto é, no caso, do noticiário contra a escolhida para a sua sucessão.
Ele diz o que não deveria.
Pra que?
Rei na barriga?
Democracia é o bom convívio entre os opostos, ora.
e ele, o presidente, deveria saber disso.
Deveria saber também que os grandes empresários da notícia, que não são bobos, nunca foram, fazem o que podem para obter o que desejam.
Sempre foi assim.
Lembremos o golpe de 64 e de outras histórias que tanto machucaram a Nação.
E aí, será que lutamos tanto a favor de nada?
Parafraseando Geraldo Vandré: a vida não se resume a eleições.
ZÉ RAMALHO
- Tenho recebido com frequência, via e-mail, um video de terror com imagens sobre o martelo O Meu País, de Livardo Alves, Orlando Tejo (autor do livro O Poeta do Absurdo) e Gilvan Chaves (já falecido, como Livardo), gravado originalmente com corte por Flávio José, em 1994, e depois por Zé Ramalho, em 2000, na íntegra. Portanto, muito antes de Lula virar presidente da República. A gravação de Zé está no primeiro dos dois CDs que formam o álbum Nação Nordestina, com encarte e longo texto explicativo, faixa por faixa, assinado por mim. É uma pérola a gravação do Zé, e até por isso não merecia ser tão violentada como está.
Está na página da UOL.
Muito esclarecedora.
Kotscho responde com absoluta lucidez às perguntas que lhe são feitas sobre o atual e lamentável embate Governo x Imprensa.
Desse embate, já saímos todos perdendo.
Uma pena.
Zero a mil.
Lula pisa na bola quando fala de cobras e lagartos, isto é, no caso, do noticiário contra a escolhida para a sua sucessão.
Ele diz o que não deveria.
Pra que?
Rei na barriga?
Democracia é o bom convívio entre os opostos, ora.
e ele, o presidente, deveria saber disso.
Deveria saber também que os grandes empresários da notícia, que não são bobos, nunca foram, fazem o que podem para obter o que desejam.
Sempre foi assim.
Lembremos o golpe de 64 e de outras histórias que tanto machucaram a Nação.
E aí, será que lutamos tanto a favor de nada?
Parafraseando Geraldo Vandré: a vida não se resume a eleições.
ZÉ RAMALHO
- Tenho recebido com frequência, via e-mail, um video de terror com imagens sobre o martelo O Meu País, de Livardo Alves, Orlando Tejo (autor do livro O Poeta do Absurdo) e Gilvan Chaves (já falecido, como Livardo), gravado originalmente com corte por Flávio José, em 1994, e depois por Zé Ramalho, em 2000, na íntegra. Portanto, muito antes de Lula virar presidente da República. A gravação de Zé está no primeiro dos dois CDs que formam o álbum Nação Nordestina, com encarte e longo texto explicativo, faixa por faixa, assinado por mim. É uma pérola a gravação do Zé, e até por isso não merecia ser tão violentada como está.
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