O Brasil não conhece o Brasil, sabemos.
A história do Brasil é uma história de briga, de violência.
Os primeiros invasores da terra brasileira não só feriram, estupraram e mataram índias e índios.
O Brasil colônia foi barra. Pesada.
No nosso solo pátrio pisaram botinas espanholas, francesas, holandesas...
A primeira cidade brasileira foi fundada em 1532: São Vicente, SP.
Há um livro de necessária leitura intitulado Dicionário das Batalhas Brasileiras. Leia:
BRASIL DE GUERRA E PAZAs primeiras grandes batalhas brasileiras, de brasileiros brigando com estrangeiros, datam de 1648. O pau cantou antes, mas 48 daquele século foi um marco.
Naquele tempo, holandeses tiveram de se lascar ao enfrentarem brancos, índios e negros no meu País.
As batalhas dos Guararapes ocorreram em Pernambuco, PE.
O paraibano André Vidal de Negreiros (1606-1680) liderou um "exército" de brancos.
O potiguar Filipe Camarão (xxxx-1648) liderou índios.
O pernambucano Henrique Dias (xxxx-1662), liderou os negros.
Vidal, Camarão e Dias representaram nossas etnias, nas primeiras grandes batalhas. Com categoria ímpar.
Eram tempos do Brasil colônia.
Ali começava a se formar o Exército brasileiro.
Oficialmente, digamos assim, o nosso Exército começa em 1822.
Oficialmente, digamos assim, a Marinha começa em 1822.
E a Aeronáutica?
Dom Pedro I criou o Exército e a Marinha.
Getúlio Vargas criou a Aeronáutica, em 1941.
História é história.
Exército, Marinha e Aeronáutica têm hierarquias.
Quaisquer soldados dessas três forças juram lealdade à Pátria.
O general Eduardo Pazuello tem que ir em cana pelo apoio público, politicamente falando, que deu ao banal presidente Bolsonaro, domingo 23.
Pelo que fez, no comício no Rio pró Bolsonaro, é como se estivesse pedindo pra ir em cana.
Militar da ativa jamais pode fazer isso, com patente ou sem patente. Tá no regulamento.
Bolsonaro, com mais de 6.000 militares no seu governo, continua desafiando o Exército.