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sábado, 27 de junho de 2015

FAMA COM A MORTE

A semana que termina hoje, nos deixa muita coisa para reflexão. O Lula, por exemplo, disse que “a educação no Brasil avançou pra cacete”. Antes, no correr desta mesma semana, a Dilma louvou a mandioca “como uma grande conquista do Brasil”. Na mesma ocasião, numa tribo falando para índios, ela disse do alto do seu conhecimento, que, como há o Homo sapiens, há também a “mulher sapiens”.  É muita sabedoria ou não é?
Vivemos sem dúvida num país fora de qualquer contexto.
É incrível, mesmo, o meu Brasil.
E a imprensa hein? No encerramento no jornal da manhã do dia 10 para o dia 11, ouvi na Pan o Joseval anunciar a morte de um desses sertanojos.
Morrer, ao contrário de nascer, é sempre uma tragédia.
Através do Joseval fiquei sabendo que existira no mundo da tranqueira musical tupiniquim, um cidadão chamado Cristiano Araújo.
Por mais que puxasse pela memória, eu não conseguia lembrar quem era esse cidadão.
Como lembrar de algo ou alguém que não se conhece ou sequer se ouviu falar?
A resposta veio no correr do dia através do noticiário de todos os meios de comunicação.
Poxa vida, torturei-me à toa; mas ainda assim fiquei sem saber quem era o Cristiano tão exaustivamente anunciado, falado, elogiado, endeusado...meu Deus!
No programa da Fátima Bernardes ouvi a própria dizer que quem morrera fora Cristiano Ronaldo. Quer dizer, nem ela mesma sabia porque nós, brasileiros, estávamos sendo levados a cair em prantos por uma alma que desconhecíamos.
O que está havendo com a nossa imprensa?
Nem o Pixinguinha quando morreu recebeu tanto choro. E nem por Cristo choramos tanto, não é mesmo?
Definitivamente tudo está errado nesta inversão de valores.

E a semana seguiu com o anúncio de novas prisões, pela PF, de roedores do erário público nacional.

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