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sexta-feira, 22 de maio de 2015

DE BAIÃO, BANDA E MORTE

No dia 22 de maio de 1946 o grupo musical  4 Azes e 1 Coringa, formado por  jovens estudantes cearenses, lançava no Rio de Janeiro o 1º baião -gênero musical- de que se tem notícia no mundo, da autoria de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Essa música serviu de catapulta para o futuro Rei do Baião e Humberto Teixeira chegarem à boca do povo. A partir daí Humberto deixaria em 2º plano a profissão de advogado para se tornar um dos mais aplaudidos compositores do País. Detalhe: ele compôs com Gonzaga exatas duas dezenas de pérolas musicais, como Assum Preto e Estrada do Canindé.

Você sabe como se chama a banda musical mais antiga da cidade mineira de Ubá?
Pois é, os ubaenses se alegram até hoje com a performance da Banda 22 de Maio, criada no distante ano de 1898.

O que tem a ver o baião de Gonzaga e a Banda 22 de Maio de Ubá?
Nada.
Os dois eventos -o lançamento do gênero musical baião e a fundação da corporação musical de Ubá- levam o meu pensamento pra bem longe daqui: Irã, Iraque, Pérsia, Palmira...
Hoje, 22 de maio de 2015, ouço no rádio a triste notícia que dá conta das estrepolias do terrorista Estado Islâmico acabando com tudo que há de mais importante, documentalmente falando, do tempo de Cristo e até de mesmo de antes de Cristo. Esses felas, com suas ações depredatórias e até inacreditáveis estão apagando algumas das memórias mais antigas da humanidade. E a própria humanidade.
O que será do ontem nas mãos desses celerados?
O que será do mundo árabe nas mãos desses celerados?
O que será de nós, hein?
O amanhã é hoje/ que vira ontem/ passado/ história; história que guarda tudo/ tudo o que é memória/ até o escárnio da escória.
O baião e a banda musical de Ubá veem resistindo bravamente na história que continua sendo feita hoje.
E hoje, ainda 22 de maio de 2015, do Planalto desaba sobre nós um super-pacote de maldades denominado de Ajuste Fiscal  


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