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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

ESTUDANTES DO PASSADO, ESTUDANTES DO PRESENTE


A profissão de historiador acaba de ser regulamentada.
Ainda é muito grande o número de analfabetos, no Brasil.
Os números indicam que há, pelo menos, 11,6% de brasileiros que nunca pisaram numa escola. Isso agora, em pleno terceiro milênio.
O Brasil sempre pisou na bola no tocante a números estatísticos.
Dois, três, quatro ou cinco milhões de africanos foram escravizados no nosso País, hein?
Muitos negros se suicidaram na atravessia entre África e Brasil. Outros morreram de doença e seus corpos foram atirados ao mar.
Na ultima década do século 19, a Febre Amarela, a Bubônica e a Varíola mataram muitos brasileiros. Quantos? Ninguém sabe.
O sanitarista Oswaldo Cruz foi um herói, por que não dizer?
Foi Cruz e auxiliares que enfrentaram a tal revolta da vacina.
Pra combater a Varíola o sanitarista recebeu o apoio total to presidente Rodrigues Alves, que acabaria morrendo vítima da Gripe Espanhola (1918).
A Febre Amarela ainda não foi erradicada no Brasil.
A Espanhola chegou ao Brasil em setembro de 1918 e até o final daquele ano levou para o túmulo pelo menos 35.000 pessoas. O presidente da época, Delfim Moreira (1868-1920), baixou decreto determinando que nenhum estudante fosse reprovado e que retornassem às escolas somente no ano seguinte, normalmente. E assim foi feito.
E por que decreto idêntico não é baixado agora, quando a Covid-19 já engoliu mais de 110.000 de brasileiros?
Historiadores do futuro lembrarão o terrível momento que ora todos vivemos.

ASA BRANCA E ASSUM PRETO, O FOLCLORE NA OBRA DE LUIZ GONZAGA


Estou ficando moderno. Já sei até o que é "live".
No próximo dia 22, às 20 horas, estarei falando para o mundo sobre a nossa aldeia Brasil. E papo vem, e papo vai, o papo principal é sobre o folclore na obra de Luiz Gonzaga. Fiz até uma chamadinha, clique: 


VIVA ZECA DA CASA VERDE!

Para todos os efeitos, o samba nasceu no Rio de Janeiro. Mais precisamente, na casa da Tia Ciata.
Tia Ciata era como chamavam a baiana Hilária Batista de Almeida (1854 -1924). Foi da casa dela que saiu o samba amaxixado Pelo Telefone, assinado pelos cariocas Ernesto do Santos, o Donga; e o jornalista Mauro de Almeida.
Mas o samba já existia, inclusive em São Paulo.
Grandes compositores e intérpretes espontâneos marcaram época em São Paulo. Entre esses nomes Dionísio Barbosa, Geraldo Filme, Toniquinho Batuqueiro e Zeca da Casa Verde.
Zeca, de batismo José Francisco da Silva, morreu no dia 19 de agosto de 1994, aos 67 anos de idade.
Não tenho certeza, mas tenho a impressão que foi Oswaldinho da Cuíca quem me apresentou o Zeca.
Zeca participou de várias escolas de samba, inclusive as Rosas de Ouro, e a que usou como "sobrenome".
Ele era um bom passista, e quem o incentivou a compor sambas de enredo foi Geraldo Filme.
No começo dos anos de 1970, Zeca foi levado pelo jornalista e agitador cultural Plínio Marcos a cantar e a atuar no velho Teatro de Arena, participando do musical, Nas Quebradas do Mundaréu. Que rendeu um LP, lançado em 1974.
Para lembrar, ouça:

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