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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

GLOBO COMPROU BANDEIRANTES E RECORD?

Muita bomba foi pro ar acionada por repórteres e apresentadores nesses 40 anos de existência do Jornal Nacional, da Plim, plim, completados no último 1º deste mês.
Num tempo não muito distante, quase todo o Brasil parava às 20 para ver e ouvir o que sucedia à nossa volta, da mesma forma que parava para ver a novela Selva de Pedra. Só que o que sucedia à nossa volta era real e o que se via na telinha global era meio irreal, como até hoje é, aliás.
Politicamente, portanto, incorreto
Mas sabemos que a Globo é governista, quem não sabe?
E sempre!
É filosofia do dono que parte, mas fica. Se me entendem...
Poxa! E eu trabalhei lá, na Plim, plim, onde tenho até hoje amigos.
Com o William Bonner e outros companheiros da época íamos, depois de apresentado o Jornal da Globo – que eu ajudava a produzir, pois era meu trabalho –, jantar no Metrópoles, restaurante com pista de dança localizado ali no fim da Paulista.
Delícia!
Eu jantava e bebia uns gorós e ia dançar com quem fosse.
Gostava disso, pois relaxava. Ficava bem pra pegar melhor o batente no dia seguinte.
O Bonner foi sempre certinho, digo. Não ia à pista, preferia ficar à mesa papeando com a Marilena Chauí. Era melhor, acho.
Bom, há pouco navegando pelas entranhas do Youtube encontrei um documentário que há tempo quis ver: Muito Além do Cidadão Kane, documentário de 105 minutos, que passam rápidos, dirigido por Simon Harton para a BBC de Londres em 1993 e que a Record acaba de comprar por 20 mil dólares. É baseado na carreira do bam-bam-bam das comunicações norte-americanas Randolph Hearst, lembram?
É interessantíssimo.
Recomendo.
Há ótimos e esclarecedores depoimentos de colegas jornalistas como o bom Gabriel Priolli – hoje na TV Cultura, ao lado do querido Markum –, e de artistas como o craque Chico, que diz ser a Globo “mais realista do que o rei”. E de publicitários famosos como Washington Olivetto: "Muitas e muitas vezes nossa publicidade chega a ser melhor do que o nosso País". Phtgfbnnt! E também há, nesse documentário, depoimentos de tristes figuras dos tempos da repressão, como Armando Falcão.
Falcão, aquele que sempre tinha na ponta da língua a frase feita “nada a declarar”, proferida quando lhe perguntávamos algo a ver com a área da Justiça, da qual era ministro, baba nesse documento fronhas em louvor ao Hearts tupiniquim, seu chefe eterno e igualmente falecido, Roberto Marinho.
O Lula também aparece no documentário de Harton, espinafrando a sua casa de hoje, a Globo. Ora...
Pois bem, e como Pelé, o Lula de 93 já falava na terceira pessoa: “O Lula...”. Lá pras tantas, o Lula lembra, puto, que a Globo ouvia os dois lados nas reportagens que fazia: o do empregado e o do patrão, mas só a fala do patrão ia ao ar.
Muito Além do Cidadão Kane é muito bom.
Confiram.
Ah! Hoje no Jornal Nacional foram citadas com naturalidade as televisões Bandeirantes e Record. O pretexto foram ferimentos sofridos por repórteres dessas empresas cometidos por marginais do Rio de Janeiro, em tiroteio com policiais. Mortos, quatro.
Sei não, e por não saber pergunto: a Globo comprou as referidas TVs?
E os personagens da foto acima, quem são?
Uma dica: o da ponta da mesa sou eu, em 30 de março de 1988.
O local é uma das dependências do prédio onde está instalado hoje o jornal O Estado de S.Paulo

CONTINUAM QUERENDO NOS FERRAR

De repente, não mais do que de repente como diria o poeta, o Senado aprova liberdade de expressão via web.
Foi ontem.
Anteontem, mais de um terço era contra.
Dá pra entender?
São uns fela ou não são uns fela?
Essa raça brinca conosco, com o cidadão, com os eleitores, com o Brasil.
Dói, sim.
Mas não é pra menos, pois os exemplos de desgraceira que o Senado tem nos mostrado ao longo do tempo e da sua história não são poucos.
Na verdade são uma tristeza o Senado, a Câmara, e a Presidência do Brasil.
Pqp!
E ainda queriam os caras que vivem do bem-bom cercear o livre-pensar via web...
Epa!
Mas ainda não foi liberado o livre-pensar-falar pela web, notou?
Alguns jornais de hoje deverão falar a respeito. Tomara, senão falarei eu depois.
................
O pasquineco oficial do Brasil Plim plim oficializou ontem que o Meirelles, poderoso do BC, estava insatisfeito com seus parceiros (banqueiros) estrangeiros. e usou, curiosamente, expressões do ramo próprio da Medicina. Disse que para frear um colapso é preciso usar de frieza na hora certa etc.
Hein?
Logo depois entrou o Dr. Lula falando de febre etc.
Caceta!
Uma vez mestre Câmara Cascudo, o Homem, sim, me disse na sua casa ser os brasileiros todos médicos, pois receitam tudo.
Tem dor de dente, use tal remédio.
Dor de cabeça, espinhela caída, bicho de pé, ora...?
Outra vez dediquei um opúsculo de minha autoria, A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira, “aos 170 milhões de técnicos (...) inclusive a Felipão, por sua paciência, experiência, raça, teimosia e vontade, muita vontade de vencer a mediocridade reinante no mundo animal que fala, gesticula, nada diz e nada fala”.
Pois é, você aí entendeu?
Somos todos especialistas na cura de tudo, menos na cura dos nossos males reais, que são os que nos representam nas diversas esferas políticas.
E tem a febre suína, que ninguém fala mais: chegou de repente e de repente sumiu, que nem os parcos salários do trabalhador anônimo.
Fui!
Ah! Adivinhem quem está na foto que ilsutra o blog. Não, assim não vale. Tem que ser um por um.

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