Ler
é sempre bom, mesmo!
As
leituras substanciosas, com conteúdo, marcam para sempre.
O
Lobato –quem não lembra?- dizia que “um país se faz com homens e livros”.
A
leitura forma, informa, esclarece, acrescenta, muda e marca um tempo, uma
sociedade.
Quem
ler mais, sabe mais.
Francis
Bacon dizia lá pelo século 16 que “a leitura faz do homem um ser completo”. E
dizia também algo como a conversa nos prepara para a vida, para o descobrimento.
Naturalmente, a conversa é um diálogo. Um fala, outro escuta, fala. E é por aí
que tanto um quanto outro interlocutor se enriquece e enriquece as pessoas do
entorno.
A
conversa gera conhecimento.
Bacon
também dizia que a escrita mostra o saber, a sabedoria de quem escreve.
Escrever
é fácil ou difícil?
Eu
sempre gostei de ler e muitas leituras, pelo menos parte delas, ficaram retidas
na minha memória. Aliás, tudo é memória. A memória não retém o tempo, mas
registra a história.
O
amanhã é hoje, que vira ontem, passado, história; história que guarda tudo,
tudo o que é memória, até o escárnio da escória.
Guardo
comigo autores que me fizeram e me fazem o ser que sou, antenado, compreensivo,
ciente da presença enriquecedora do outro.
Os
clássicos, da música inclusive, estão aí, mais presentes do que nunca.
O
livro, Grandes Sertões: Veredas, do Rosa, traz uma passagem que me remete à
minha infância. É aquela em que Riobaldo antes da fase adulta é encaminhado por
seu padrinho Selorico Mendes, a estudar no lugar
chamado Curralinho porque não tinha queda para trabalhar no pesado. Uma hora
ele conta que Mestre Lucas, seu professor, era rígido, grosso, e que dava de
palmatória na molecada; nele, inclusive.
Eu
também apanhei muito de palmatória. Mais: eu fui posto de joelhos em cima de
caroços de milho. E com os braços abertos, diante da classe...
Sobrevivi.
Lembro
essa historiazinha em homenagem ao 1º ano –completado esta semana- da lei
federal que proíbe os pais, professores ou quem for a dar palmada nos seus pequenos,
pupilos.
Grande
Sertão: Veredas está para completar 70 anos do seu lançamento.
Sem
dúvida, ler é bom demais: informa e forma.