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sexta-feira, 17 de julho de 2015

SEMPRE É TEMPO PRA LER E APRENDER...

Ler é sempre bom, mesmo!

As leituras substanciosas, com conteúdo, marcam para sempre.
O Lobato –quem não lembra?- dizia que “um país se faz com homens e livros”.
A leitura forma, informa, esclarece, acrescenta, muda e marca um tempo, uma sociedade.
Quem ler mais, sabe mais.
Francis Bacon dizia lá pelo século 16 que “a leitura faz do homem um ser completo”. E dizia também algo como a conversa nos prepara para a vida, para o descobrimento. Naturalmente, a conversa é um diálogo. Um fala, outro escuta, fala. E é por aí que tanto um quanto outro interlocutor se enriquece e enriquece as pessoas do entorno.
A conversa gera conhecimento.
Bacon também dizia que a escrita mostra o saber, a sabedoria de quem escreve.
Escrever é fácil ou difícil?
Eu sempre gostei de ler e muitas leituras, pelo menos parte delas, ficaram retidas na minha memória. Aliás, tudo é memória. A memória não retém o tempo, mas registra a história.
O amanhã é hoje, que vira ontem, passado, história; história que guarda tudo, tudo o que é memória, até o escárnio da escória.
Guardo comigo autores que me fizeram e me fazem o ser que sou, antenado, compreensivo, ciente da presença enriquecedora do outro.
Os clássicos, da música inclusive, estão aí, mais presentes do que nunca.
O livro, Grandes Sertões: Veredas, do Rosa, traz uma passagem que me remete à minha infância. É aquela em que Riobaldo antes da fase adulta é encaminhado por seu padrinho Selorico Mendes, a estudar no lugar chamado Curralinho porque não tinha queda para trabalhar no pesado. Uma hora ele conta que Mestre Lucas, seu professor, era rígido, grosso, e que dava de palmatória na molecada; nele, inclusive.
Eu também apanhei muito de palmatória. Mais: eu fui posto de joelhos em cima de caroços de milho. E com os braços abertos, diante da classe...
Sobrevivi.
Lembro essa historiazinha em homenagem ao 1º ano –completado esta semana- da lei federal que proíbe os pais, professores ou quem for a dar palmada nos seus pequenos, pupilos.   
Grande Sertão: Veredas está para completar 70 anos do seu lançamento.

Sem dúvida, ler é bom demais: informa e forma.


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