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domingo, 12 de junho de 2011

XANGAI SOZINHO AO VIOLÃO; ENCONTRO RARO

Encontro raríssimo, que, quem sabe, poderá se repetir Brasil afora: Xangai sozinho ao violão, diante de uma platéia respeitosa e em plena sintonia.
Esse encontro – mágico, por que não dizer? – ocorreu ontem à noite, na unidade Sesc Ipiranga, cá na capital paulista.
Quem não foi, perdeu.
E perdeu porque certamente atrasou de reservar ingresso.
O espetáculo terminou com todos batendo palmas e pedindo bis.
E ele acabara de chegar de outro encontro, dessa vez na parte velha de Recife, junto com os malungos Geraldinho Azevedo e Maciel Melo, também de grande qualidade artística.
Não parecia cansado, parecia feliz.
Não assisti o encontro em Recife, mas as informações dão conta de que foi fantástico.
Lembrando: Xangai entrou na cena musical brasileira nos princípios dos anos de 1980, na Bahia e em São Paulo.
Marcantes desde então têm sido suas apresentações, primeiro ao lado do sempre incrível Elomar, o das Quadradas do velho Gavião; Vital Farias e o já citado Geraldinho.
Pena os meios de comunicação eletrônicos e impressos do País não abram espaço para Xangai, cujo talento é difícil de medir.
Mas ele não dobra a língua cantando na expressão do Tio Sam, não é?
Xangai é um artista plenamente consciente da riqueza musical do Brasil e da sua voz.
Como poucos, ele consegue cada vez mais melhorar o que interpreta como o fez ontem com o hit do caldeirão brega Eu Não Sou Cachorro Não, de Waldick Soriano.
Da obra de Elomar, então, ele é o fiel da balança.
Impossível alguém cantar melhor Elomar do que Xangai (na foto, de Veronica Manevy).
Viva Xangai!

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