O primeiro livro de Machado de Assis recebeu o título de Cinco Minutos. Ops! Esse livro é o primeiro de José de Alencar. Trata da história de um jovem que se apaixona perdidamente por uma adolescente. É uma história muito bonita com final feliz. Final feliz também tem o seu segundo romance, A Viuvinha. Epa! Esse é o segundo livro de Alencar. Conta a história de uma jovem que vivia com a mãe. A jovem chama-se Carolina, e a mãe, Maria.
Jorge é o jovem protagonista que morre de paixão por Carolina. Só que o Jorge era, digamos, um porra-louca. Não era de trabalhar, de bater ponto, como os jovens do mundo todo fazem. Ele herdou do pai uma boa bolada, e essa bolada ele passou a torrar nos cabarés do seu tempo, ou do tempo em que o autor carioca o situou. Em três anos Jorge torra tudo e fica pobre, pobre de marré, marré. Encurtando a história: mesmo falido, sem um puto no bolso, Jorge se casa com Carolina, mas não vai às vias de fato na noite de núpcias. E com dor de corno pensa em se matar com um tiro no coco, mas é impedido por seu tutor o Sr. Almeida que o convence a mudar-se para os Estados Unidos de onde anos depois volta com os bolsos cheios de grana, e mais não vou contar, Leiam o livro e saibam por que Carolina é chamada de Viuvinha.
Carolina, por um desses momentos inexplicáveis da vida real e ficcional, era como se chamava a mulher do fluminense Machado de Assis.
Os grandes autores sempre passearam por gêneros diversos. Caso do próprio Machado, José de Alencar e Augusto dos Anjos.
Machado de Assis foi, além de romancista, um poeta que encontrou no romantismo um bom caminho.
O primeiro poeta romântico, assim dito com todas as letras foi Domingos José de Magalhães (1811-1882). Ele era de Niterói. Deixou uma expressiva obra, e como Machado foi também jornalista e mais do que Machado foi advogado, político e barão. Seu livro, marco do romantismo nacional intitulou-se Suspiros Poéticos e Saudades. O Machado de Assis foi de fato, um cara que deixou uma marca profunda na vida intelectual brasileira. Vocês conhecem o Teatro do Machado, vocês conhecem a poesia do Machado, vocês conhecem as crônicas do Machado publicadas nos Jornais do Rio de Janeiro. Pois é, Machado foi do nome Machado, na verdade Machado, esse Machado foi uma bomba atômica da pena e do pensamento da vida brasileira do século 19. O último livro dele, Memorial de Aires, registra de modo ficcional a Abolição dos Escravos. Voltarei a falar desse livro.
CABEDAL QUARTETO
Criado há cerca de um ano por Bráu Mendonça e Galba, o Cabedal Quarteto tem dado o que falar por onde anda, nas curtas temporadas que tem feito São Paulo afora. O falatório é dos melhores. O grupo é formado por Bráu, violão; João Antonio Galba, violino, rabeca e outros instrumentos; Gilson Bizerra da Silva no baixo e Leandro Martins na percussão. Amanhã, 14, a partir das 20:30 hs o grupo estará exibindo seu repertório formado por pérolas da MPB e autorais, como Feira Livre do Bráu no vídeo acima, lá no Dois Santo Bar, (Rua São Vicente, 157, Bixiga) Se eu fosse você reservaria já um lugar, pelo telefone 31151903.