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domingo, 1 de setembro de 2024

BOULOS GANHA DEBATE NA TV GAZETA

O Brasil corre risco. Seriíssimo. 
Pois é, o crime organizado continua mais organizado do que nunca. As pessoas do bem que se cuidem!
Há minutos findou o debate na TV Gazeta com os cinco dos dez candidatos a prefeito da maior cidade do Brasil e da América Latina: São Paulo. 
O debate começou pontualmente às 18h.
O debate mediado pela jornalista Denise Campos Toledo, começou com um cara chamado Pau, Paulo, Plabo ou Plablito sei lá!
Pois, pois, não entendi. Nomezinho esquisito. Escroto, pois grosseiríssimo. Parece que é cabeçona, porém oca. E dizendo essa cabeça oca coisas ininteligíveis. 
O papo na Gazeta durou, mais ou menos, umas duas horas. Na real, pouquíssimas propostas foram apresentadas aos telespectadores/eleitores.
Meus amigos, minhas amigas vou lhes dizer uma coisa: o nosso cidadão de categoria invulgar, Guilherme Boulos, entrou no debate inteiríssimo e dele inteiríssimo saiu. Apresentou poucas propostas, mas apresentou algumas como o que pretende fazer, se eleito, no campo da saúde em Sampa.
O Boulos vai para o segundo turno e indo para o segundo turno terá, é certo, o apoio dessa mulher incrível chamada Tábata.
Se Tábata for para o segundo turno, tenho certeza de que o Boulos a apoiará.
O bem comum tem de andar de mãos dadas. Sempre.
Quando eu digo que o Brasil corre risco é porque o Brasil corre risco.
Vocês sabem o que é isso?
Estou em São Paulo há 48 anos, uma semana e três dias. Cheguei em 1976, no dia 22 de agosto de 1976. Pois, pois.
Quando eu digo que o Brasil corre risco é porque entendo perfeitamente que o nazifascismo está tentando pôr de volta suas garras assassinas.
Hitler...
Imaginemos a direita se articulando no mundo todo... E aí tem o nosso binóculo identificando perigos como Pau, Paulo, Plabo ou Plablito... Se assim for, cuidemo-nos! Cuidemo-nos!

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (126)

Franz Kafka

Num tempo não muito distante era comum escritores morrerem vitimados pela tuberculose.

Fora o mal que atacou seus pulmões, Kafka era de pouca conversa, de pouco namoro e tal. Seus relacionamentos amorosos eram raros. Preferia frequentar bordéis a manter relações duradouras com mulheres. “Tenho tanta necessidade de alguém para ter um contato unicamente amigável, que ontem voltei para o hotel com uma prostituta. Ela é velha demais para ser melancólica, ela somente se lamenta; tanto que não fica espantada que não sejamos tão gentis com uma prostituta como com uma amante. Eu não a consolei, pois ela também não me consolou”, isso ele disse em carta para seu amigo e editor Max Brod. Diante disso tudo, da fala que ele dá nessa carta, houve uma jovem que lhe despertou atenção. Com essa jovem, uma burguesa de Praga chamada Milena Jesenská (1896-1944), ele manteve uma longa correspondência que acabaria por virar um livro: Cartas a Milena (1952).

Porém, porém de novo, com ela ele nunca manteve relações sexuais, físicas. Tipo amor platônico. Ele foi, partiu para a Eternidade, antes dela.

No Brasil teve um escritor que foi o tempo todo comparado a Kafka. Seu nome Murilo Rubião (1916-1991). Era bom, mas não era tudo isso. Pelo menos no que se refere à Kafka.

Murilo Rubião estudou e fez um monte de coisas, como um ser inteligente que era. Foi jornalista, antes disso advogado, contista e tal.

A obra literária do mineiro Rubião é pequena, mas densa. Deixou 30 e poucos contos espalhados em um, dois, três… quatro… Talvez cinco ou seis livros. Coisa pouca, como se vê!

Foi bom?

Murilo foi ótimo.

Antes de Murilo Rubião, houve outros autores que tentaram navegar nas ondas de Kafka, mas não conseguiram. E talvez até nem quisessem, como o bom João do Rio.

O João foi o primeiro grande repórter da imprensa brasileira. Mais: como repórter ele retratava a realidade que via na sua cidade do Rio. Ou seja, fazia o que todo bom repórter deve fazer.

Esse João deixou histórias escritas no mundo real e irreal. 

João foi grandão.


Foto e ilustrações por Flor Maria e Anna da Hora.

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