Eu não ia mas fui. Coisa pessoal. E foi bom eu ter ido. Lá encontrei um monte de cego, vendo com a memória do tempo, que nem eu. Foi bom demais. A Lúcia, do ramo Ângelo Agostini me carregou para lá. Convenceu-me. E repito: Foi bom demais.
Eu estou falando da instituição Lara Mara.
Eu frequento a instituição. a associação Lara Mara há um ano e tanto.
Na instituição Lara Mara recebi carinho, respeito, amor, tudo de bom que nós, humanos precisamos, tudo de bom!
Fiz um monte de gente bonita ver o mundo como eu vejo, com esperança.
Cego também é gente. Mas só é cego quem quer, eu mesmo fiquei cego só dos olhos.
Na instituição Lara Mara eu conheci o William, Mara, Cris, Lilian, Anderson, Jú, Rosângela, Davi, Kiko, tanta gente bonita...
E pensando na Lara Mara, eu fiz estes versos:
Lara Mara abriu a porta
E nos convidou a entrar
Prá conhecer o mundo
Onde cego pode enxergar
A luz do fim do túnel
E seguir seu caminhar...
Longo e tortuoso
É do cego o caminhar
É do cego a sina
De viver sem enxergar
A luz que vem da lua
Para o mundo iluminar
Outras luzes vêm de longe
Prá também iluminar
São as luzes do Saber
Pra quem não quer cegar
Quem caminha hoje sabe
Que o Saber faz enxergar
Mas há gente que não sabe
E se recusa a caminhar
Preferindo se esconder
A sair para lutar
O segredo está no túnel
E na luz a nos chamar
SANTA LUZIA
Olhe, este mês de dezembro é mês de tudo quanto é bom, até porque é sempre o último mês do ano. No dia 13, dia de nascimento de Luiz Gonzaga, Rei do Baião, é também o dia de Santa Luzia, a italiana etc. E prá ela, pensando no Gonzaga eu fiz essa prece: