Woody Allen continua provocando maravilhas para as telonas.
Ele é que nem vinho: quanto mais velho, melhor.
A prova está no seu filme mais recente: Para Roma Com Amor, no qual faz rir e faz pensar sem deixar de homenagear colegas de sua preferência, como Fellini e Buñuel.
É como se estivesse fechando seu último ciclo de vida: nasceu e fez, lembrando que ninguém faz nada do nada ou nasce sozinho.
As influências existem, ele mostra com categoria e sutileza.
E o enredo é simples: um casal vai a Roma conhecer a família do noivo da filha.
O pai do noivo é agente funerário e um excepcional tenor sob o chuveiro.
A partir daí tudo acontece.
Non sense, inclusive.
Jerry (Woody), um aposentado do meio artístico que não consegue ficar sem fazer nada, o convence a se profissionalizar como cantor de ópera.
É um filme muito bonito, que homenageia até os cantores de banheiro.
Como sempre crítico, Woody Allen inventa o personagem Leopoldo Pisanello (Roberto Benigni) para ridicularizar a sociedade moderna que gera celebridades do dia para a noite, sem razão alguma.
Vide os reallity shows da vida global.
De zero a dez, nota dez a Para Roma Com Amor.
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domingo, 29 de julho de 2012
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