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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

CHATÔ, CIDADÃO COM DNA BRASILEIRO

Francisco de Assis Chateuabriant Bandeira de Mello (1892-1968) foi um paraibano nascido no sertão paraibano de Umbuzeiro, há 159km da capital João Pessoa.
Chatô, como ficou conhecido, foi o primeiro brasileiro a construir um império jornalístico formado por revistas como O Cruzeiro (1928), jornais, rádios etc. Às dezenas.
Foi um dos mais importantes cidadãos que o Brasil já teve.
Chatô nasceu gago e de família remediada.
Lutou sozinho contra a cagueira. Venceu. Era baixinho, gorducho, feio para os padrões de todas as épocas.
Estudou Direito e trocou a Paraíba pelo Rio de Janeiro, onde começou a botar pra quebrar. Comprou jornais, fundou jornais, fez o diabo a quatro, como diria dona Dilma.
Já nos anos de 1940 Assis Chateaubriand poderia ser chamado de rei do Brasil.
Os políticos comiam na sua mão, digamos assim. Inclusive Getúlio Vargas, o presidente que mais tempo ficou ocupando a cadeira de presidente.
Chatô, com a força que tinha, elegeu Getúlio em 1950.
Pois bem, em 1950 Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello trouxe para o Brasil a televisão.
A televisão no Brasil foi inaugurada no dia 18 de setembro daquele ano.
Chatô era brasileiríssimo.
Foi Chatô quem criou o Museu de Arte Moderna de São Paulo, MASP.
O acervo do MASP é calculado em não sei quantos milhões ou bilhões de dólares.
O MASP, ali na Paulista, foi inaugurado em 1968.
A rainha Elizabeth II foi convidada por Chatô à estar presente na inauguração. Esteve.
Muitas coisas Assis Chateaubriand fez para o Brasil, inclusive os aeroclubes.
A criação de aeroclubes era ideia constante da Campanha Nacional da Aviação, também conhecida à época Campanha para dar Asas à Juventude Brasileira. E diz a lenda que ele, Chatô, ligava reunia-se com grandes empresários "pedindo" doação para compra de aeronaves para seu sonho de aeroclubes. Com um revolver à mesa, a seu alcance.
O revólver era seu poder de convencimento.
Lendas, são lendas. Mas Francisco de Assis fez o que nenhum presidente da República fez, até hoje.
Chatô viveu seus últimos anos numa cadeira de rodas.
Curiosidade: No correr do tempo, a televisão não lhe deu bola. Não há entrevistas com ele.
Em agosto de 1966 foi criado um município com seu nome, no Paraná. Esse município é habitado por pouco mais de 30 mil pessoas. E é isso.
Chatô fez muito pelo bem do Brasil.



A FOME É PRAGA, BOLSONARO TAMBÉM

A fome, sabemos, é problema gravíssimo.
A fome não espera, ela mata com a rapidez de um raio.
No Brasil, pior do que a fome só o presidente Bolsonaro.
A história registra tudo, inclusive todos os problemas da vida provocados pela natureza e pelos homens.
Sou brasileiro e começo a sentir pena de mim por tudo que ouço e por tudo que a minha memória me traz.
Leiam o texto abaixo da colega jornalista Marina Rossi, publicado em fins do mês passado no jornal espanhol El País.

"Nove milhões de brasileiros deixaram de comer por falta de dinheiro durante a pandemia"

FOME E FOGO DEVORAM O BRASIL


O Brasil, como sabemos, é um país rico em tudo. Eu já disso e repito: até em miséria, até em pobreza.
Dados divulgados ontem 17 pelo IBGE mostra a cara feia da fome aparecendo mais fortemente nas regiões Norte e Nordeste.
Somos um país com mais de 200 milhões de habitantes. Desse total, mais de 80 milhões sofrem de "algum grau de insegurança alimentar". Claro, o problema é seriíssimo. 
Enquanto isso o nosso soldadinho de chumbo, diz na Paraíba (ontem 17), que o brasil "é o país que mais preserva o meio ambiente", segundo ele, pelo excelente grau de preservação do nosso meio ambiente. E hoje ele repetiu, com ligeira oscilação no seu tosco palavreado. Disse que o Brasil é exemplo, é modelo de preservação do meio ambiente. E que está havendo apenas alguns "focos de incêndio" no Pantanal.
Mais de 2 milhões de hectares já foram destruídos pelo fogo, no Pantanal. 
Mato Grosso e Mato Grosso Sul decretaram estado de emergência ambiental.

NAS ONDAS DO RÁDIO (3)

Billy Blanco, aí na foto, teve a sua primeira composição (Pra Variar)
pelo grupo carioca Anjos do Inferno. Billy Está no céu.

Como prometido, aqui está mais uma edição do programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei nas noites de sábado durante quase sete anos, na rádio Capital AM 1040. Nessa edição, os amigos e amigas poderão escutar minhas conversas com Jair Rodrigues, contando as razões que o levaram a defender num festival a música Disparada, de Geraldo Vandré; a cantora Claudia com a ex-Miss Brasil Marta Rocha, Socorro Lira, a Rainha do Baião Carmélia Alves, o poeta Thiago de Mello, o jornalista José Nêumanne, e Billy Blanco (1924-2011). Desse programa participa diretamente da China o jornalista Dimang Kon Beu, falando das origens da sanfona. E por falar em sanfona, Oswaldinho do Acordeom da um show nesse programa. Divirtam-se: 



TELEVISÃO

Hoje completam-se 70 anos que a televisão foi implantada no Brasil. A façanha deve-se ao paraibano Assis Chateaubriand. Chatô, como era chamado o magnata da nossa imprensa, foi o fundador dos diários associados. Foi em um dos seus jornais, O Norte (João Pessoa- PB), que eu iniciei a carreira de jornalista. Você já ouviu o hino da televisão brasileira? 


Curiosidade 1: Lolita Rodriguez não estava programada para participar da inauguração da TV no Brasil. Quem ia estar no seu lugar era Hebe Camargo, que trocou aquele momento histórico, por alguns momentos de alegria com um namorado.
Curiosidade 2: toda a programação da TV no nosso País era toda transmitida ao vivo, pois o videotape (VT) só começaria a ser usado em 1959. A novidade coube à TV Continental, que seria caçada pelos militares em 1964. Da programação dessa TV participou, como atriz, a Rainha do Forró, Anastácia.
Curiosidade 3: você sabia que o Jornal Nacional foi levado ao ar pela primeira vez no dia primeiro de setembro de 1969. Pois é. E a sua trilha sonora tem por base uma música americana.


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