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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

PAÍS DE SANFONEIRO. VIVA CHIQUINHO DO ACORDEON!

O Brasil é um país com grande predominância de sanfoneiros, de Sul a Nordeste, de Sudeste a Centro-Oeste. No Sul nasceu Romeo Seibel chamado de Chiquinho do Acordeon, contemporâneo de Pedro Raymundo. E muitos e muitos mais, Teixeirinha inclusive. E Gaúcho da Fronteira, mais recentemente. Sem falar no pioneiro Moisés Mandadori.
O Nordeste deu Luiz Gonzaga e, antes dele, o pai Januário. E Dominguinhos. E antes, Sivuca. Sem falar em Pinto do Acordeon e do baiano Pedro Sertanejo, pai do carioca Oswaldinho do Acordeon. E por aí vai.
Chiquinho do Acordeon marcou época depois que trocou sua cidade, Santa Cruz do Sul, pelo Rio de Janeiro em 1949. Tinha 21 anos de idade, à época. O primeiro disco que gravou foi um de 78RPM, com os chorinhos Casca Grossa e Sereno. Fez-se acompanhar do Regional de Claudionor Cruz. Passados dois anos, juntou-se aos grandes violonistas Garoto e Fafá Lemos. O resultado foi a formação do Trio Surdina. Esse Trio gravou belas músicas de Ary Barroso e Dorival Caymmi.
Após centenas de gravações em estúdio, acompanhando outros artistas, Chiquinho andou pela Itália, França, Portugal, Inglaterra e outros países, integrando a III Caravana de Artistas criada pelo cearense Humberto Teixeira, ao tempo que era deputado federal.
Em 1989, Chiquinho do Acordeon tomou para si a responsabilidade de fazer o arranjo daquele que seria o último LP do rei do baião Luiz Gonzaga, Aquarela Nordestina. Esse disco foi à praça através da extinta gravadora Copacabana. Curiosidade: todas as faixas desse LP, traz o som mágico da sanfona de Chiquinho e não de Gonzaga, como todo mundo pensa.
Eu não me lembro direito em qual emissora me achava, mas lembro que Dominguinhos telefonou para mim dando a triste notícia do passamento de Romeo Seibel, o Chiquinho. Isso foi no dia 13 de fevereiro de 1993.
Chiquinho nasceu no dia 7 de novembro de 1928.
Vamos ouvir o LP Aquarela Nordestina?

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