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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O ERRO QUE DÁ SAMBA


No dia 31 de dezembro de 2009, o ex editor do jornal paulistano Folha de S.Paulo, Boris Casoy, no programa que apresentava na tevê Bandeirantes humilhou de maneira brutal, vejam só, de maneira brutal, garis que limpavam ruas da nossa cidade paulistana, da nossa São Paulo. A respeito, não me estenderei. Veja:




Boris foi meu editor no jornal que ele editava. Anos 70. Ele sempre foi chato e calculista. Amigo de poderosos, da violência. Uma reportagem que fiz sobre o esquadrão da morte, ele a engavetou e até hoje não me explicou por que fez isso. Uma vez nos encontramos no estúdio do programa Roda Viva, na Tevê Cultura. Ao me ver perguntou, surpreso: O que você está fazendo aqui. Respondi naturalmente: atendendo a um convite de profissionais da minha profissão.
Êeeeee, Boris!
Lembrei do Boris por ouvir outro dia meu querido Fábio Pannunzio duvidar das atrocidades cometidas por um tal João de Deus, prá mim do Capeta.
Pannunzio é um queridíssimo amigo, com quem tive o prazer de trabalhar no começo da profissão. Tempos da tevê Manchete. Tempos da tevê Globo.
Lembrar do Bóris e do Fábio faz me também lembrar de abobrinhas, assim mais ou menos, do José William Waack.
O caso do Waack é um caso de vazamento, como foi o caso do Bóris. O Waack ficou nervosinho com um buzinaço a frente da Casa Branca de onde ele iria transmitir uma entrevista ao vivo no Jornal da Globo. E aí ele tascou "isso é coisa de preto".
Em quanta besteira nos metemos!
Vocês recordam A fala vazada do ministro Rubens Ricupero?
Pois é, pouco antes de entrar ao vivo num jornal da noite na tevê Globo, o ministro da Fazenda de Itamar Franco Rubens Ricupero disse que não tinha escrúpulos para esconder o mal e defender o bem que o governo fazia. E aí ele falava de inflação, por exemplo. Resultado: caiu.
As abobrinhas lamentáveis que figurinhas carimbadas do jornalismo cometem desde sempre são lamentáveis.

MIUCHA

Eu conheci Miucha, a irmã mais velha dos Buarque, linda, maravilhosa, sempre prá cima estimulando com suas palavras a vida. Miucha me dá saudades. O corpo da Miucha foi sepultado hoje. Miucha tinha 83 anos e foi vítima de câncer.

FESTA DE SAMBA

A minha casa hoje foi agraciada com a presença dos amigos Cadú, do Gato com Fome e Tinhorão. Cadú não conheci Tinhorão, Tinhorão não conhecia Cadú. Cadú tocou violão interpretando músicas inéditas que acaba de fazer com Carlinhos Vergueiro e Gregory, seu irmão. E tudo samba. Samba, sambinha e sambão, Na linha mágica do pensamento e do coração. Eu e Tinhorão gostamos de quase todas elas. Adeus Por Ficar é muito bonita. Também acho.

Ó DO BOROGODÓ

Depois de tocar e cantar músicas inéditas para mim e para o Tinhorão, Cadú do Gato com Fome seguiu para o lugar de espetáculos Ó do Borogodó. Isso fica ali pelos lados de Pinheiros. Frequentei. Cadú vai cantar lá daqui a pouco. A propósito e curiosamente depois de apresentar Joan Baez ao meu amigo paraibano Geraldo Vandré, e de um show bonito, ela disse prá mim: agora vou para o Ó do Borogodó. Ela não cantou samba, mas dançou.

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