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A
Personalíssima Isaura Garcia – Isaurinha, para os íntimos e próximos – nasceu no
bairro paulistano do Brás, mais precisamente numa casa da Rua da Alegria, em
1923.
Antes
de se tornar a grande cantora de samba e tudo o mais que o Brasil todo
aplaudia, ela frequentou programas de calouro sem lograr êxito, até que tomou
coragem e bateu à porta do apresentador Otávio Gabus Mendes e se deu bem interpretando
o samba Camisa Listrada, do baiano Assis Valente (1911-58).
Após
isso, e de formar dupla com o cantor paulistano Vassourinha (Mário Ramos), ela foi
contratada pela Rádio Record, onde permaneceu até se aposentar, em 1970.
Vassourinha
nasceu em maio de 1923 e morreu, segundo Raul Duarte, que conheci, em agosto de
1942, exatos um ano, dois meses e 20 dias depois de Isaurinha gravar em disco a
primeira música da sua carreira, que foi o choro Chega de Tanto Amor, de Mário
Lago, no dia 23 de junho de 1941.
Vítima
de uma parada cardíaca, Isaurinha partiu há 20 anos, num dia 30 de agosto como
o de hoje, dois anos antes do sambista carioca Agepê.
Agepê,
de batismo Antônio Gilson Porfírio, alcançou as paradas de sucesso em 1975, com
Moro Onde Não Mora Ninguém, dele e do compositor Canário.
Carmen
Miranda e Aracy de Almeida eram exemplos de artistas que Isaurinha seguia.
Ela
era uma pessoa muito espontânea, tanto que não controlava os palavrões que
costumava falar.
E
falava muito, talvez movida pela solidão.
A
vez que telefonei como repórter da Folha pedindo uma entrevista, ficamos por quase
uma hora conversando.
Isaurinha
gravou muita coisa que transformou em sucesso, como o samba Mensagem, de Aldo Cabral
e Cícero Nunes.
O
carioca Aldo, pseudônimo de Antônio Guimarães Cabral, era jornalista e nessa
condição foi o primeiro a entrevistar o então futuro Rei do Baião para a
revista Vitrine em 1942, saudando-o pela estreia em disco Victor com o texto
Luiz Gonzaga, o Virtuoso do Acordeon.
Sete
anos depois, precisamente no dia 11 de novembro de 1949, Isaurinha gravava Baião
no Brás (acima, reprodução do selo do disco de 78 RPM), de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.
Num
dos já tradicionais especiais da TV Globo, o cantor Roberto Carlos convidou
Isaurinha e juntos cantaram Mensagem.
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