Brasília anda às chamas, queimando-se, pegando fogo em tudo. E nem é o caso de se falar em fogueira de vaidade. É tudo muito mais grave, é tudo pior. Lá há homens de papel em fogo. Queimando o País.
Temer continua cercado de figurinhas, ou figurões, que deveriam estar no xilindró.
O governo, ou desgoverno, do tieteense Temer faz-me lembrar a tchurma dos 40 de Ali Babá.
O Brasil tá doido, de cabeça pra baixo.
O Congresso, resultado da Câmara e Senado, está com pautas que arrepiam. Eu, heim!
Mas vamos falar de coisa melhor, ou de outro assunto. Vamos falar de canoa que é pau que boia.
Você sabe, meu amigo, minha amiga, o que é pau que boia?
Nas origens mais distantes, pau que boia é pau grande, grosso que vira canoa depois de ser escavado. É coisa antiga, como se vê. A propósito, você sabe com quantos paus se faz uma canoa?
Uma canoa, das boas, se faz é com um pau só. Mas com um pau que boia, dos bons.
A expressão "você sabe com quantos paus se faz uma canoa?" é, popularmente, dita em forma de ameaça. Mais ou menos como aquela outra que diz: "você sabe com quem está falando?".
Pois bem, essa história de canoa, é história que quase nunca dá em nada. Fica só nos ditos ou no dito por não dito.
Cachorro costuma latir como o diabo, não é mesmo? Pois bem, você conhece a expressão "tá mais assustado que cachorro em canoa"?
Os ditos populares são engraçados, bonitos, bobos, inteligentes e sábios. Mas eu estava falando era de Brasília pegando fogo, não era mesmo?
Será que o Temer vai chegar até o fim?
E o futebol, heim?
Ouvi na TV o Renato Gaúcho, do Grêmio, dizendo que "o mundo é dos espertos". Tem a ver com Temer, não tem?
Ouço na TV, notícia dando conta de que três entre cinco brasileiros morrem por negligência médica, erro médico e tal. Num ano qualquer no século passado, publiquei uma longa reportagem sobre o tema, cujo título ainda lembro: A Máfia de Branco. Saiu na revista O Cruzeiro. Quer dizer, pelo jeito, nada mudou.
Mas bom mesmo é falar de canoa, que é pau que boia.
Em 1964 a eterna rainha do rádio Emilinha Borba (1953 - 2005) lançou, com grande sucesso, a marchinha carnavalesca Se a Canoa Não Virar. Esta:
CIDADANIA
Ontem publiquei neste espaço uma nota falando sobre uma garota de treze anos, transexual que fora expulsa da escola Educar-SESC, de Fortaleza, CE. A notícia provocou uma repercussão danada depois que a mãe da menina botou a boa no trombone. Resultado: a escola Educar reconheceu o absurdo que fizeram e anulou a expulsão. Menos mal, não é?