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segunda-feira, 17 de abril de 2017

É DE FAZER CHORAR...

Os anos de 1980 foram anos de eferverscência para o chorinho brasileiro. Sem sede sem nada, mas com muito talento o Clube do Choro de São Paulo marcou época na Rua do Choro, em Pinheiros. Andei por lá, brinquei por lá e curti o choro dos chorões, como Carlos Poyares (1928-2004).
O tempo passou e passamos à chorar a falta do choro no sempre agitado bairro paulistano de Pinheiros. Esse clube, anos depois, passaria a ter, digamos, uma sede no Teatro Municipal Arthur de Azevedo, ali na Mooca, zola Leste da capital paulista.
Pois bem, por ordens do atual prefeito, Dória, o atual secretário, que não sei quem é, acaba de pôr no olho da rua o Clube do Choro.
O Clube do Choro egresso de Pinheiros passou a ocupar o Arthur de Azevedo a partir de agosto de 2015, reunindo cerca de 300 chorões e milhares e milhares de admiradores frequentadores do teatro.   E agora, pimba! Tudo foi pro espaço; o espaço etéreo...A desculpa, oficialmente, é falta de grana. Eu duvi-de-o-dó.
O Teatro Municipal Arthur de Azevedo, ali na Mooca é um teatro maravilhoso. Maravilhoso como o jornalista, poeta e teatrólogo maranhense de São Luís que lhe empresta o nome.
Arthur de Azevedo nasceu em 1855 e morreu menos de um mês depois de Joaquim Maria Machado de Assis, o autor famoso de O Alienista.
Nada na vida passou despercebido de Azevedo. Ele deixou milhares de textos publicados em jornais e revistas da sua época, além de uma gorda produção que se acha até hoje em livro. Chegou até a enveredar pelos caminhos da opereta. É dele, por exemplo, a adaptação do folheto A donzela Teodora.
Eu gostaria de saber o que acha o prefeito a respeito de cultura popular. A propósito, essa questão me leva além do choro, leva-me ao frevo e também à querida Carmélia Alves (1923-2012). Clique:



BOM DIA, BOA TARDE..COMO VAI

Não sei estou certo ou errado, mas acho que estamos involuindo em ritmo relâmpago. E involução é coisa que, grosso modo, não faz bem. 
Em 1939, o jovem russo Isaac Asimov (1920-1992) não gostava das histórias que lia. Eram histórias de ficção científica, vejam só! Mas eram histórias grosseiras, com personagens grosseiros, violentos, em que robôs matavam gente, brigavam com gente, queriam ser mais do que gente. Um horror, achava Asimov.
O russo de quem falo tinha 19 anos de idade e por isso, por não gostar do que lia, começou a criar as histórias que gostava de ler. Seu primeiro conto: Eu, Robot.
Foi por esse tempo, com 19 anos, que Asimov começou a encantar, a conquistar, seus primeiros leitores; leitores que se multiplicaram rapidamente. leitores do mundo todo. Logo teria Asimov a sua disposição.
As histórias do russo Asimov tinham como personagens máquinas, robôs, atuando lado a lado com humanos, de modo civilizado, se é que podemos dizer assim.
Os robôs estão aí , bem perto de nós, se misturando entre nós.
Não faz tempo, ouvi no rádio e na tevê, notícia de um robô que atacara uma cientista no próprio laboratório. Nos EUA, acho. O robô partiu prá cima dela com ímpetos de quem parte para a violência sexual. Incrível, mas a notícia dizia-se verdadeira.
Os robôs estão aí...
Não está na hora de nos humanizarmos?
Nós, humanos, estamos perdendo a sensibilidade e esquecendo de dizer |bom dia, boa tarde, boa noite, como vai? Vai bem? E raramente dizemos com licença, por favor, obrigado...
Estamos perdendo a capacidade de nos cumprimentar. De dizermos uns aos outros o quanto nos gostamos, seja homem, seja mulher...
Temos que repensar a própria vida.
Precisamos de nos aproximar uns dos outros, apertar a mão, prestar um favor...
Deste lado do mundo talvez não dê para medirmos a desgraceira em que se acha o planeta, com guerras etc.
Não faz tempo ouvi o Papa Francisco dizer que é preciso que se globalize não a individualidade, mas a solidariedade entre todos nós.
Viva a vida!



 

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