Ontem
falei do baiano Assis Valente, autor do clássico natalino Boas Festas. Essa é a
mais bela música do gênero, que trás um tal de Papai Noel como exemplo de
bondade. Nas origens, até poderia ser como tal reconhecido ou entendido. Nos
dias atuais, o personagem, na origem Claus, não faz sentido: o sistema
criticado e explicado por Marx.
Digo
isso e lembro com tristeza, o caso daquele “Papai Noel” que, há cerca de dois
meses sequestrou o piloto e seu helicóptero o campo de Marte.
Mas,
na verdade, nem é sobre isso que quero aqui falar.
Eu
quero falar hoje de um personagem muito importante dos brasileiros mais
simples, do Nordeste.
No
último dia 13 o Papa Francisco mandou uma carta à Diocese do Crato (CE) em que
pede perdão ao padre Cícero Romão Batista, pelo fato da Igreja não tê-lo
reconhecido como partícipe do “milagre da hóstia”.
Em
1881, durante celebração de uma missa, o padre Ciço espantou os fiés no momento
em que pôs uma hóstia na boca de uma beata, que se transformou em sangue. A
história é conhecida.
O
padre Cícero Romão Batista é santo para os nordestinos desde então.
Ontem,
mais de cem mil romeiros foram ao Crato (CE), clamar pelo reconhecimento do
Ciço como santo oficial da Igreja Católica.