O nosso país tão querido, tão espoliado, continua vivendo quando não na
unha de políticos, na unha do destino.
Foi isso o que ocorreu, mais uma vez, no campo da nossa música popular.
Estou triste.
Hoje cedo, fiquei sabendo do passamento involuntário e irreversível do
cantor, compositor, pianista, violinista, escritor, pintor, cineasta brasileiro
Sérgio Ricardo.
Sérgio era paulista de Marília, da safra de 1932.
Bom de papo, bom de copo, Sérgio deixou marca própria e definitiva do
melhor que há na Música Popular Brasileira.
Sempre mantive bom contato com Sérgio.
Eu gostava do papo do Sérgio, da música do Sérgio.
Há uns anos eu o levei pra contar sua história em público, num projeto
que tive aprovado numa instituição do Ceará. Comigo foram o jornalista José
Hamilton Ribeiro, o compositor violinista Théo de Barros e ele, Sérgio, pra
falar sobre os tumultuados anos de 1960.
Pela ordem, Bill, Assis e Paulo Vanzolini, em São Paulo
Vivemos momento de medo, angustia e incertezas, provocados pelo novo coronavírus, que saiu da China pra pegar todo mundo.
Mais de 15 milhões de pessoas já foram contaminadas pelo novo vírus.
Só nos EUA, os mortos já passam de 140 mil. No Brasil, mais de 84 mil.
Cientistas de todo canto procuram desesperadamente antidoto que acabe com a Covid-19, gerada pelo vírus.
A pandemia parece ter parado o mundo.
Tudo está mudando. Parece não, parou.
Profissionais atendem demandas a partir no lugar onde moram. Fazem o que chamam de Home Office. Jornalistas, inclusive.
Bill Hinchberger é um norte americano nascido em Los Angeles.
Formado em Ciências Políticas pela Universidade de Berkeley, California, mas logo cedo ganhou o mundo escrevendo para jornais e revistas, sem esquentar assento. Já esteve em mais de 50 países, sempre levantando dados para as suas reportagens.
A primeira vez que Bill Hinchberger esteve no Brasil foi em 1986. Por aqui, ficou mais do que o tempo desejado. Entrevistou Lula, Fernando Henrique e outros grandes políticos e economistas brasileiros.
É dele uma das mais bonitas entrevistas cedidas pelo escritor baiano Jorge Amado (1912-2001).
Seus textos já foram publicados em jornais de várias partes do mundo.
Jorge Amado e Bill, na Bahia
Aos sessenta e três anos de idade, solteiro e sem filhos, Bill considera-se uma espécie de "nômade digital". Isso, claro, por não esquentar assento em lugar nenhum. No momento, e entre várias idas e vindas, é "achável" em Paris, França.
Antes da pandemia que ora o mundo vive, Bill Hinchberger estava formando turmas de jornalistas investigativos na África do Sul e de outros países do Continente africano. Antes disso, ele ministrou cursos de extensão em Jornalismo, na Sorbonne.
Bom de conversa, Bill ouve, fala e escreve em inglês, francês, espanhol e português.
Alto, fora do esquadro considerado normal entre as pessoas de estatura mediana, Bill Hinchberger é informal, e fácil, fácil, faz amizade com todo mundo.
Cultura popular é uma das coisas que mais Bill gosta. "A música brasileira é muito rica, é muito bonita", diz ele. Fez
amizade com o cientista e compositor Paulo Vanzolini (1925-2013), Téo
Azevedo, Ibys Maceioh, Bráulio Tavares, Tom Zé, Ze Kéti (1921-99),
Sebastião Marinho, Andorinha, Oliveira de Panelas, Mocinha de Passira, Luzivan
Ferreira, Inês Tavares e
tantos outros.
Viva Bill! Quer saber mais um pouco? Clique:
No próximo dia 29, às 20:30, Bill participará do programa Em Quarentena, ao vivo, de Carlos Sílvio.