Além de se apresentarem no rádio, muitos artistas conduziram programas musicais como Almirante (Henrique Foréis Rodrigues; 1908-1980), Zé Dantas, Tonico e Tinoco, Rolando Boldrin e tantas e tantos. Até hoje.
Téo Azevedo, mineiro de Alto Belo, passou por várias emissoras de rádio. Detalhe: Téo é o compositor com mais obras feitas e gravadas por ele mesmo e centenas de cantores, do Brasil e do Exterior. Passou pelas rádios Atual e Record.
O pernambucano Luiz Wilson está à frente do programa Pintando o 7 desde setembro de 2007. Esse programa, com três horas de duração aos domingos, é levado ao ar sempre ao vivo pela rádio Imprensa.
A literatura referente à história do rádio é riquíssima.
Para o iniciante, curioso nessa história, sugiro que leia o mais rapidamente possível a trajetória do padre cientista Landell de Moura.
Reconhecido tardiamente, há um prêmio em São Paulo chamado Padre Landell de Moura do Radiojornalismo.
O paulista Hamilton Almeida foi o primeiro estudioso a publicar um livro sobre Landell. Um não, dois: O Outro Lado das Telecomunicações (1983) e Landell de Moura (1984).
Em 2004, Almeida teve publicado na Alemanha o livro Pater und Wissenschaftler: Die Geschichte des Paters Roberto Landell de Moura.
O rádio se acha na história do mundo desde o começo do século passado.
O rádio faz história. A própria história, inclusive.
Recomendo a leitura dos livros História do Rádio no Brasil, da Magaly Prado (2012); Jornalismo de Rádio, de Milton Jung (2004); MPB na Era do Rádio, do Sérgio Cabral (1996); A Era do Rádio, de Lia Calabre (2002); As Cantoras do Rádio, de Miécio Caffé (1992), Histórias que o Rádio não Contou, de Reynaldo C. Tavares (2014) e Vargas, Agosto de 54: A História Contada Pelas Ondas do Rádio, de Ana Baum.
Ali pela segunda metade dos anos 30, o jornalista gaúcho Armando Campos inventou um programa intitulado A Hora do Brasil. Esse programa tinha por finalidade levantar a bola do ditador Getúlio Vargas. Começava assim: “Trabalhadores do Brasil…”.
O radialista Almirante |
O ano de 68 foi um ano marcante, no mundo inteiro. O motivo disso foram as manifestações estudantis iniciadas na França.
Há vários discos que tratam da insatisfação dos jovens de 68.
Na França o ano de 68 virou um LP. No Brasil, também.
A rádio Jornal do Brasil lançou vários LPs que tratam da história do Brasil e do mundo, a partir dos anos de 1960.
O resto é história.
A propósito, e por não ter o que fazer, acabo de compor a Canção do Rádio:
Uma caixinha mágica
Faz o mundo se ligar
Dessa caixa sai a voz
De quem tem o que falar
Sobre tudo conta a voz
Que tem sempre o que contar
Pra saber o que se passa
Basta fazê-la falar
Ligada a caixa fala
Toca e canta sem parar
Fora isso diz a hora
Pra ninguém se atrasar
Variadas formas tem
Essa bela invenção
Que cabe bem certinho
Até na palma da mão
O autor dessa magia
Foi o padre brasileiro
Roberto Landell de Moura
Famoso no mundo inteiro
Foto e reproduções: Flor Maria e Anna da Hora
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