Passei na banca da esquina e vi exposta a revista Época. Capa: O Brasil Empreendedor, com “7 Lições para Quem quer Começar a Empreender”, li.
A ver com Paulo Benites, pois mais do que um empresário de sucesso ele é, de fato, um empreendedor extraordinário e prático, naturalmente, nas ações do dia-a-dia que desenvolve no mundo metroferroviário e tecnológico do qual vem se tornando cada vez mais uma pessoa necessária, imprescindível.
A expressão “empreendedor” não é nova, embora só agora esteja sendo melhor compreendida e ganhando asas na boca dos inteligentes e construtivamente buliçosos do País.
O termo surgiu entre os séculos 17 e 18, na França; “claro”, diria o meu amigo engenheiro Peter L. Alouche, francesista entusiasta de primeira hora, formado também em Letras pela prestigiosa Universidade de Nancy e destinatário de bela e invejável carta assinada pelo presidente da Resistência francesa, o general Charles de Gaulle (1890-1970), quando tinha ele, Peter, uns 12 anos.
Mas essa é outra história.
Na virada do século 19, o filólogo português Cândido de Figueiredo (1846-1925) registrava no seu Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa o seguinte, na grafia da época: “Emprenhendedor, ou empreendedor, adj. Que emprehende. Activo. Arrojado, M. Aquelle que emprehende ou toma a seu cargo uma empresa. De emprehender”.
Desse mesmo modo, a palavra ganhou definição no Aurélio e no Houaiss.
Pois bem, empreendedor é isso e mais.
É o sujeito de idéias próprias e otimista por experiência e natureza que inventa coisas e age com desembaraço e rapidez no mundo, contribuindo sobremaneira com a geração de riquezas e, portanto, com o desenvolvimento do país em que vive e trabalha. Tem tanta firmeza o empreendedor em tudo que faz que lucro financeiro chega a ser apenas um detalhe embutido nas entrelinhas, por entender ele ser isso uma obviedade tão natural quanto gritante decorrente de um processo de trabalho longo, profícuo e planejado, organizado.
O empreendedor nato, o verdadeiro, aposta, investe também, e muito, no crescimento profissional e na qualidade de vida das pessoas com as quais segue na lida diária.
Paulo Benites à frente do tempo e do Grupo Trends (vista parcial da sede, na foto) que fundou há década e meia, atirou para longe a preguiça, a sonolência, o marasmo, para se transformar numa espécie de dínamo gerador de dividendos para o Brasil.
Nos tempos de crise, trabalho.
Esta, aliás, uma das muitas lições apreendida e disseminada por ele a quantos queiram segui-lo nas suas ações contínuas em prol, sempre, do bem-estar da coletividade.
Sem dúvida, não à toa e exatamente pelo empreendedor dinâmico que é, Paulo Assis Benites foi escolhido por seus pares como o Homem do Ano no setor da Tecnologia que tanto inova. A escolha será chancelada por um troféu em solenidade marcada para o Dia do Engenheiro, 11 de dezembro, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, à Rua Genebra, 25, São Paulo, SP.
EXEMPLO DE VIDA
Emocionante a entrevista ontem à noite, ao vivo, no Canal Livre com João Carlos Martins. Ele foi entrevistado por Joelmir Beting e Fernando Mitre.
João perdeu as mãos para o piano em conseqüência de um acidente sofrido no Central Parque de Nova Iorque, ao jogar bola ao lado de amigos.
Eu o conheço há anos, como a seu irmão Ives Gandra.
João, aliás como Paulo Benites, freqüentou muito o programa São Paulo Capital Nordeste que apresentei por longo tempo na rádio Capital. Ao seu lado e ao lado do colega Chico Pinheiro, assisti na sua casa o copião do filme franco-alemão A Paixão Segundo Martins (Die Martins-Passion, da siberiana Irene Langemann), que recomendo. Trata da sua trajetória no mundo da música erudita.
Ao perder o movimento das mãos, João Carlos recusou-se a se aposentar e virou um dos mais aplaudidos maestros da atualidade. Tem descoberto talentos e com eles se apresentado na periferia de São Paulo e nas grandes salas de concerto do mundo todo. Está seguindo os passos de Eleazar de Carvalho, o mais importante maestro do Brasil em todos os tempos, com quem tive também o prazer de conviver de perto.
ANISTIA
Finalmente é revista uma injustiça histórica: anistia política para um dos mais importantes educadores brasileiros, o pernambucano Paulo Freire (1927-77), conhecido por seu método revolucionário de ensino, a chamada pedagogia do oprimido. Freire costumava dizer que ninguém ensina ninguém, mas ninguém aprende sozinho. Grande observação, não? “Estamos caracterizando o pedido de desculpas oficiais pelos erros cometidos pelo Estado contra Paulo Freire”, disse quinta 26 o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Pires Júnior.
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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