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sábado, 23 de julho de 2016

PARA AQUELES QUE JUNTAM OS PEDAÇOS DO BRASIL. PARA FORMAR O PAÍS

As obviedades estão longe ou perto da gente?
Dia desse, há uns dois meses, o telefone tocou me chamando para participar do I Encontro Internacional de Discotecas, no Centro Cultural São Paulo.
Antes de aceitar, eu disse que o Brasil e os brasileiros, nós, sobrevivemos por insistência de sermos o que somos.
Meu Deus do céu, quando é que os dirigentes da empresa Brasil, o meu Brasil, de tantos brasileiros inteiros e íntegros, sobreviveremos ao não?
Não pra isso, não pra aquilo, não pra tudo. Mas, claro, se quisermos aprenderemos com o não. O não é sim, sempre que o questionemos.
Sexta, ontem, foi um dia maravilhoso.
Eu fui falar no Centro Cultural São Paulo, sobre Brasil e brasilidade; sobre literatura, música...








Cenas do I Encontro Internacional de Discotecas

Reencontrei muita gente, como Laís Barg, Alcides Campos... E conheci pessoas que me fizeram muito bem pela fala exposta no correr do evento, como a gaúcha Rosane Fontana de Camargo, que falou da importância da sua terra, sem esquecer o grande poeta Mário Quintana.
Eu conheço a Casa do Quintana, muito bonita e importante como celeiro do saber.
Do Rio Grande do Sul para São Paulo, a distância é curta.
A bibliotecária Monica Aranha, depois de falar de todas as dificuldades que encontra para manter vivo o sonho da preservação da história do nosso país, continuamos todos nós com o mesmo problema que ela enfrenta lá em Tatuí.
O I Encontro Internacional de Discotecas serviu para mostrar a deficiência do Estado no que diz respeito à manutenção da sua história.
Há dinheiro para tudo e muito mais, menos para a manutenção da história que faz o Brasil.
Até quando?



Veja a mesa 4 do I Encontro Internacional de Discotecas. A participação de Assis começa a partir de 1:01.




sexta-feira, 15 de julho de 2016

VIVA A ESPERANÇA!

O 14 de Julho é uma data que nos remete diretamente à expressão liberdade.
Foi em 1789 que o mundo livre passou a pautar-se pela igualdade e fraternidade; e, claro, liberdade.


Um soldado francês, Claude Joseph Rouget de Lisle, compôs numa madrugada a Marselhesa, o hino da França, o hino da liberdade do mundo livre. Mas nem todo o mundo é livre, tão pouco muitos dos seres que o habitam.
Ontem fui dormir com o coração sangrando de dor pelos mortos de mais um alienado que atirou o bólide que dirigia sobre uma multidão que comemorava alegremente o 14 de Julho.
Hoje nos reunimos com amigos em casa para comemorar o 27º aniversário da minha caçula, Clarissa. Ela é o presente que Deus nos deu em 1989, o dia exato em que o mundo livre comemorava os 200 anos da queda da Bastilha, na França.
O mundo anda de cabeça pra baixo, mas um dia se ajeitará.
Antigo ditado popular diz que "enquanto há vida há esperança". Nessa mesma linha outro ditado nos reforça "a esperança é a última que morre".
Enquanto houver Deus, a esperança viverá!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

ERA DEUS ASTRONAUTA?

Deus criou tudo e tudo mais, mas quem criou Deus?
Deus foi criado ou foi criador?
Para os antigos, não havia um Deus. Havia deuses. Mas, quando damos uma topada, automaticamente, blasfemamos e inconscientemente, soltamos a expressão clássica: “Meu Deus!”.
Quer dizer, há um só Deus?
É tudo muito complexo, incluindo nós. Mas é tudo muito complexo, porque somos complexos; insistimos em ser complexos.
Todos os deuses se resumem num só: o Criador.
O Criador é um ser invisível, é aquele que se multiplica em nós. No Velho Testamento, está dito que somos a semelhança de Deus.
O problema maior que nós criamos para nós é: quem é Deus?
Deus somos nós.
E vem também questão do tipo: há vida depois da morte?
Tudo é muito complexo...
Nascemos, viemos de onde?
A gente passa o tempo todo procurando sarna pra se coçar.
Uma vez, entrevistei para o jornal Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, o escritor Erich von Daniken, autor do clássico livro Eram os deuses astronautas?
A conversa foi longa e o tema, eterno.
Pra mim, só há um Deus: o que nos criou, o que nos inventou, aquele sobre quem nos disseram quando crianças que era Ele.

  
Fui a Marte e fui a Júpiter
e também fui a Plutão
visitei os sete mares
montado num tubarão
e depois voltei à Terra
mas a razão não digo não

Evitei mais de mil guerras,
na Terra, no Céu e no Mar
desarmei mais de mil bombas
de origem nuclear
e depois voltei pra casa
pra beber água e descansar

Mas descansar, não descansei,
mandei Hitler se matar
Lampião ir pro inferno
e Obama se lascar
e não fiz mais porque não quis
o mundo todo se acabar!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

QUEM FOI DEUS, QUEM É DEUS?...

Já faz um tempo enorme que inventaram o mundo. Na verdade, na verdade, ninguém sabe quem fez o mundo. Tudo quanto foi filósofo, incluindo o grande Aristóteles tentou dar credibilidade e autoria ao dono do mundo.
Quem foi ou quem é o dono do mundo?
Obama, Putin, ou quem?
Digamos que foi... Deus.
Quem foi Deus, quem é Deus?
Quando crianças, aprendemos que Deus foi e é o criador de tudo; do mundo, inclusive.
Eu sempre gostei de Deus.
Eu estudei em colégio de padres seguindo os ensinamentos divinos, crendo que Deus criou tudo. Inclusive eu, meu pai, minha mãe, meus avós, os avós dos meus avós, todos e tudo!
Pois bem, Deus sempre soube tudo e por isso é único. Independentemente do nome que lhes dão noutras línguas, além do português/brasileiro.
Que Deus sempre soube de tudo, isso soube –e sabe. E sabe também que o bom gosto é fundamental na boa convivência humana. Pra ter bom gosto, tem que ter cultura. Este, o ponto!

Deus fez o mundo porque se não o fizesse faria algo diferente do seu gosto pessoal.
Deus é criador, é artista.
Eu tenho um monte de amigos artistas. O cartunista Fausto, por exemplo, não viveria feliz se não fizesse cartum. E o tempo todo. A isso damos o nome de necessidade visceral. As cantoras Celia e Celma, eu não imaginaria, nunca, vivendo sem cantar; mesmo a alma alheia.
Dá pra pensar em fortuna sem fazer cartum? Sem Ziraldo fazer cartum? Sem Jaguar fazer cartum? Sem Alcy fazer cartum? Angeli, Paulo e Chico Caruso... E Glauco, hein?
Aliás, acabo de saber pela querida Chris Rufatto, e Fausto, que boa parte da obra do Glauco está sendo exposta nas dependências do Itaú Cultural, ali na Av. Paulista.
A vida que Deus nos deu, e nos dá, é incrível. Incrível sob qualquer aspecto.
Da segunda metade do século passado até os dias atuais, a minha profissão de jornalista, levou-me a conhecer, em parte, o mundo e pessoas que Deus criou. Eu conheci todos os nomes aqui citados e dele tornei-me próximo.
Continuo recebendo muita gente bonita no lugar onde moro. Tinhorão, quando vem aqui – e vem pelo menos uma vez por semana – conversamos sobre tudo e mais e mais. O mesmo acontece quando aqui chegam Fausto, José Cortêz, Vitor Nuzzi, Zé Hamilton Ribeiro, José Pinto, Osvaldinho da Cuíca, Rômulo Nóbrega, Téo Azevedo, Jackson Antunes, Jorge Ribbas, José Antonio Severo, Celia e Celma...
É fantástico o mundo que Deus criou, incluindo este Brasil...
A tarde de hoje foi pouca pra Fausto e eu entendermos a sinuca em que o mundo de Deus hora se transformou. A Europa tá como tá, com gente morrendo, se lascando pelo individualismo...
A xenofobia e a homofobia são males que o mundo passou a identificar recentemente e as vítimas estão na casa dos milhões, talvez bilhões. Pois nesse mundo de Deus há mais de 7 bilhões de almas morrendo e renascendo todos os dias. Aliás, daqui a duas semanas a Cortêz Editora porá nas livrarias, um livro tratando desse gravíssimo assunto que é a xenofobia.
Pois é, ou salvamos o mundo que Deus criou, ou morremos com ele, o mundo.  






domingo, 10 de julho de 2016

VIVA ROSIL CAVALCANTI!

Em dimensões territoriais, o Brasil ocupa o 5º lugar entre todos os países identificados pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em termos populacionais, o Brasil está na lista dos dez mais. Quer dizer, o nosso é um país e tanto! Aqui tem de um tudo, como diria a minha avó Alcina, do alto da sua sabedoria. E tem de um tudo mesmo. Por exemplo, tem ladrão a dar com pau e nossas riquezas são tantas que não acabam nunca. É o que parece, não é mesmo?
E sobre a nossa história, a história do nosso país, hein?
As escolas estão muito aquém da necessidade. Alunos de todas as idades estão aprendendo por conta própria, ou seja: na universidade livre da vida.
Seria muito importante se todos nós soubéssemos da história do nosso País. Para quem ainda não sabe e é fácil não saber, o Brasil foi invadido e sucateado há pouco mais de 500 anos, por Cabral e celerados.
Essa história pode ser ouvida através da nossa música popular.
Os primeiros registros fonográficos que foram feitos no Brasil datam de 1902. A primeira gravação já traz citação em um dos nossos Estados: Rio Grande do Norte.
Pois bem, na música popular brasileira se acha praticamente toda a história do nosso País, mas pouca gente sabe disso, por incrível que pareça.
Na nossa música se acha a nossa história em detalhes. Basta ouvir Ary Barroso, Luiz Gonzaga, Geraldo Vandré, Chico Buarque, João do Vale, Noel Rosa e  Rosil Cavalcanti.
Você conhece a obra do pernambucano Rosil Cavalcanti, cujo centenário de nascimento completou-se em dezembro do ano passado? Para saber mais, sugiro a leitura do livro “Para dançar e xaxar na Paraíba - andanças de Rosil Cavalcanti”, de Rômulo C. Nóbrega e José Batista Alves.

Ah, Jorge Ribbas e eu fizemos uma pequena homenagem a esse grande compositor, autor de pérolas gravadas por Jackson do Pandeiro e algumas mais pelo Rei do Baião. 

sábado, 9 de julho de 2016

A LÍNGUA DO POVO É O BRASIL



O Brasil é bom demais, mas a gente parece não saber disso. E a gente não sabe porque não quer. E é tudo muito bonito.
Falar inglês, neste nosso país brasileiro, é o que há de melhor, para os bestas.
Não que eu seja contra nós nos entendermos em outras línguas, mas falar na nossa língua, principalmente, é fundamental. Se não nos entendemos na nossa língua, como vamos nos entender nas línguas dos outros...?
Deus do céu, eu fico doido toda vez que volto ao ontem. O Ontem é Hoje... E o analfabetismo continua desde sempre. E nós achando bonito o falar grego dos norte-americanos.
Não sei quanto por cento, mas eu sei que é muito, e muito mesmo, o muito de livros traduzidos em muitas línguas para a nossa língua portuguesa, que deveria ser brasileira...
Os governantes, todos os governantes do nosso país desde sempre, mirabolavam em francês, inglês.
Pois bem, nesse falar, e comportamento, a gente vai se perdendo, e os outros do outro lado do Atlântico vão nos engolindo.
Estou fazendo esse arrodeio todo para, mais uma vez, dizer da importância e beleza do meu país patropi.
Ademilde na Borborema

Toda vez que me chega às mãos um livro como “Para Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de Rômulo C. Nóbrega e José Batista Alves, eu passo a ter certeza de que, mais do que existir, o Brasil é o país de nós, brasileiros.
Mas por que não falamos tanto de nós todos, brasileiros, como deveríamos falar?
Em todas as livrarias, principalmente as dos grandes centros, só aparecem em destaque os grandes autores em tradução. Porém, pergunto: por que os autores brasileiros não aparecem também no destaque merecido?
A colonização é uma desgraça.
Biografias de personalidades estrangeiras ganham no Brasil destaque fenomenal. Por que isso não acontece com personalidades e personagens da vida cultural brasileira?
O mundo é regional, e no seu regionalismo há a universalidade e o particularismo.
Aprendemos com isso ou não. No universalismo e no regionalismo podemos entender a grandeza e pequenez de todos nós.
Luiz Gonzaga toca na Borborema

Quando um autor escreve sobre um artista, em qualquer língua, é porque o artista representa o universalismo.
Rosil Cavalcanti é um autor universal, por traduzir o pensamento comum da universalidade popular. Agora, é o seguinte: como escrever isso, de que forma escrever isso, de que forma dizer de maneira que todo mundo entenda?
Rômulo Nóbrega, economista de formação, num momento de inspiração e municiado pelo acervo do pernambucano José Batista Alves, decidiu trazer à tona um dos personagens mais importantes da cultura musical do Nordeste: Rosil Cavalcanti. Numa linguagem simples, fácil, compreensível para todos os comuns, abundante em informação, provando que é possível escrever de modo natural e direto, sem o academicismo rançoso, chato, que incomoda quem lê o beabá, por não dizer nada.
O livro “Pra Dançar e Xaxar...”, nas suas tantas e tantas páginas, traz personagens muito importantes da história da Paraíba ou que viveram na Paraíba, como Chacrinha, Capiba, Marinês, Luiz Gonzaga... Detalhe: em 1950, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, lançou em praça pública de Campina Grande o baião “Paraíba”...
O livro de Nóbrega e Alves traz um perfil muito bonito e necessário para compreender a cidade paraibana de Campina Grande, que o multitudo Rosil Cavalcanti escolheu para viver e se eternizar; e não à toa muito bem observado pelo prefaciador, Agnello Amorim. Agnello, em muitos momentos, no seu texto conciso, lembra as atividades múltiplas do biografado.
Agnello Amorim, prefaciador

Marinês dança com Rosil
Rômulo Nobrega fala a fala do povo, falada por Rosil Cavalcanti nos microfones da Rádio Borborema, inventada pelo paraibano de Umbuzeiro Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, aquele que trouxe para o Brasil a televisão.
Não que eu seja contra que se traduzam livros em quaisquer línguas para os nossos olhos, e ouvidos. Mas é importante escrever sobre os personagens da vida cotidiana do nosso País, para nosso deleite e registro histórico.
Acho que deveriam ser escritos livros sobre a vida, e principalmente obra, de Sidney Miller, Gordurinha, Manezinho Araújo, Raul Torres, Billy Blanco e Bahiano; este, especialmente, por ter sido o primeiro cantor profissional que o Brasil teve. Ele nasceu na mesma cidade em que nasceu Caetano...


VIVA DRUMMOND!

O mestre da poesia de Itabira, universal, Carlos Drummond de Andrade, continua sendo homenageado por sua grandeza na memória do povo brasileiro. No último dia 3, mestre Drummond foi mola corrente na memória do país. Como?
Paraisópolis, pequena cidade no sul de Minas Gerais, realizou sua 6ª Caminhada Poética, "Tinha um Drummond no Meio do Caminho”. Ideia de um professor, José Antonio Braga Barros, inspirado na Semana Roseana de Cordisburgo (MG), dedicada à obra de Guimarães Rosa.
Duzentas pessoas, a maioria de fora de Paraisópolis, fazem uma caminhada de três horas, com dez paradas, nas quais o Grupo de Teatro Toque de Arte declama poemas do itabirano. A caçula do grupo é Maria Isabel, de 10 anos. A próxima caminhada será em 2 de julho de 2017.


 
Paraisópolis durante a caminhada (Foto: Vitor Nuzzi)

sábado, 2 de julho de 2016

LIVRO ETERNIZA ROSIL CAVALCANTI

Ele era doce e dócil, inquieto, nervoso, sereno, contraditório, autossuficiente, prepotente e amável. Ele era a mistura de tudo e mais alguma coisa. Era amigo dos amigos. Era solidário. Ele era isso e muito mais. Era jornalista, compositor, arranjador, cordelista, ator, radialista. Ele era isso tudo e muito mais. Tinha amigos e inimigos. Entre seus amigos, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Raimundo Asfora (1930/1987), poeta, advogado e deputado pela Paraíba, que fez bem a muita gente.
Estou me referindo ao pernambucano Rosil Cavalcanti (1915/1968), com “i”, pois, na Paraíba e redondezas, quem não é Cavalcanti é “cavalgado”...
Fiquei sabendo disso tudo após história contada no livro Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: andanças de Rosil Cavalcanti, de Rômulo C. Nóbrega e José Batista Alves, lançado em fins do ano passado e já praticamente impossível de ser encontrado nas livrarias do Nordeste e, no Sudeste, então...
A obra de Nóbrega e Alves é excepcional sob todos os aspectos.
A história do multitudo Rosil Cavalcanti, dividida em nove capítulos no livro de mais 400 páginas, começa em 1950, numa reunião comandada por Hilton Mota para a escolha do primeiro jornalístico da Rádio Borborema, da rede Associada do paraibano, de Umbuzeiro, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (1892 - São Paulo,1968), que nesse mesmo ano presentearia o Brasil com a televisão, que hoje é o que vemos. Hilton Mota, figura impoluta com quem trabalhei na Rádio Correio da Paraíba, no começo dos anos de 1970, era o bam-bam-bam da Borborema, na época de Rosil.
É uma história incrível essa contada no livro Pra Dançar e Xaxar na Paraíba. Os autores Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, passaram mais de duas décadas para concluir a tarefa que se propuseram a fazer. O resultado pode ser medido pelo volume enorme de matérias publicadas pela imprensa nacional.
Antes desse livro, confesso que desconhecia a trajetória do biografado e a importância real que ele significa para a música popular brasileira, especialmente no tocante aos ritmos nordestinos ou regionais que ele tão bem desenvolveu.
O primeiro intérprete a registar em disco as composições de Rosil Cavalcanti foi o paraibano, de Alagoa Grande, Jackson do Pandeiro. Aliás, Jackson estreou em disco com uma música de Rosil: Sebastiana. Isso foi em 1953.
Depois de Jackson, vieram Luiz Gonzaga e inúmeros outros intérpretes.
O livro de Nóbrega e Alves é de um conteúdo riquíssimo, que vai ao extremo das minúcias. Os autores falam de Macaparana, o berço de Rosil. Falam da sua trajetória por boa parte do Nordeste, incluindo Alagoas e Sergipe. E falam, naturalmente de Campina Grande, a cidade que recebeu de braços abertos o autor de Sebastiana e Faz Força, Zé, essa última, lançada em disco pelo Rei do Baião.
Rosil Cavalcanti compôs pouco mais de 80 músicas, 24 delas lançadas por Jackson do Pandeiro.
Entre os clássicos populares deixados por Rosil, destaque para Tropeiros da Borborema. Essa música, uma toada, foi feita em parceria com Raimundo Asfora.
Todos os capítulos Pra Dançar e Xaxar na Paraíba, enriquem no seu conjunto, a obra e a trajetória do biografado. Detalhe: o nono capítulo, o final, traz curiosidades impagáveis sobre Luiz Gonzaga. E chega. Deixo pra vocês leitores ou futuros leitores que descubram essas curiosidades.
Pra Dançar e Xaxar na Paraíba, é um livro deliciosíssimo que traz à tona, com fidelidade, a beleza da cantiga nordestina. 




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