Mas a seleção Canarinho ganhou e ganhou bonito: de 3 x 0.
E aí?
Aí que andam dizendo que a vitória foi comprada pelo governo, para amenizar o clima de insatisfação política - e econômica - que hoje reina nas ruas, de norte a sul do País.
Ah! Vá...
Mas quero dizer o seguinte: gostei de ver os torcedores cantando à capela o Hino Nacional Brasileiro no Maracanã.
E os jogadores também.
Sim, foi bonito; e foi também bonito o canto coletivo de todos no estádio, num ato claro de “desobediência” à Fifa que nos impôs editar nove segundos para execução do nosso hino; ainda assim, de modo instrumental.
Ah! Vá...
E depois, então, Felipão respondendo em entrevista coletiva a um jornalista inglês, hein? Impagável:
- Antes de falar mal do meu país, olhe para o seu.
Nota dez!
Bom, foi num mês de julho como este que o mesmo Maracanã abrigou tristeza e alegria.
Corria o ano de 1950.
Era 13 de julho.
Naquela tarde, mais de 150 mil torcedores cantaram felizes a marchinha Touradas em Madrid, de João de Barro e Alberto Ribeiro.
Naquela tarde a Seleção Brasileira ganhou da Espanha por 6 x 1, com gols de Ademir (2), Jair, Chico (2), Zizinho e Silvestre Igoa.
Três dias depois, o Maracanã e o Brasil todo choraram a derrota para o Uruguai, por 2 x 1.
Touradas em Madrid foi gravada pela primeira vez por Almirante (Henrique Foréis Domingues; 1908-80), no dia 4 de novembro de 1937.
Depois pela Orquestra Odeon e Coro, no dia 13 de julho de 1938.
A terceira e última gravação dessa música em discos de 78 RPM foi feita em ritmo de fox, pelo pianista Francisco Scarambone, no dia 17 de abril de 1940.
E virou clássico do gênero.