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domingo, 21 de setembro de 2025

BRASIL LIVRE, SEM POLÍTICOS CANALHAS!

Crédito CNN Brasil

Boa parte, e uma parte fantástica, do Brasil e brasileiros foi às ruas correndo com a esperança na cabeça gritando contra a canalhice da PEC da bandidagem e da Anistia.
Os canalhas da Câmara Federal estão fazendo tudo para nos lascar. E à frente disso tudo, tem um conterrâneo boboficado chamado Hugo não sei quê.
Hoje 21 deste mês gracioso da primavera chegando estamos prontos para sermos felizes. 
Ditadura, meu Deus do céu! Nunca mais!

sábado, 20 de setembro de 2025

A NOSSA LIBERDADE AMEAÇADA


Amanhã domingo 21, no começo da tarde, o povo todo do Rio de Janeiro e mais toda a gente seja de onde for teremos a oportunidade especial e única de ouvir ícones da nossa melhor música popular cantando e reivindicando com alegria a permanência da liberdade no nosso querido país. 
Quando a rebordosa caiu na cabeça da gente no Dia da Mentira de 1964, entramos todos em convulsão. E logo depois, mergulhamos  no poço profundo da inércia, da dormência. Da tortura e morte sem responsabilidade. 
Nessa linha, lembro os queridos cartunistas Jaguar, Millôr, Fortuna, Angeli, Glauco, Fausto...
Bons tempos aqueles, maus tempos aqueles.
Convido amigos e amigas a acessar entrevista que fiz com Chico.
Antes disso, quero dizer que estarei no Rio gritando por independência e liberdade ao lado de Chico, Gil...
Vamos lá?
Viva o Brasil de direito democrático!


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O CEGO NA HISTÓRIA (8)


Há um tempo que nunca acaba. Esse tempo é o tempo de ontem, mas pode ser o tempo de hoje. Em tese. Tempo, tempo, tempo...
Há quem diga que o Nordeste brasileiro é um Nordeste violento, carregado de coisas piores herdadas da Idade Média. 
Pois, pois!
Tanto ontem quanto hoje, a violência carregada de absurdos grassou e grassa mundo afora. 
Jesus, o JC, nasceu nas bandas do Oriente Médio pregando a paz e o bom viver.
Bom, o judeu é um povo historicamente sabido. E lá atrás, bem lá atrás, judeus botaram pra quebrar levando JC a se explicar ao bambambã Pilatos. Esse lavou as mãos e... Os romanos fizeram o que não deveriam ter feito: mataram o Salvador. 
Voltemos, voltemos...
Pais, principalmente pai, no tempo d'antonte, descarregavam no lombo dos filhos a insatisfação e frustração que tinham consigo. Na verdade, até hoje. 
O escritor Graciliano Ramos (1892-1953) comeu na mão da mãe e do pai o pão que o diabo amassou. Dos dois, pai e mãe, o bom Graça chegou a levar chicotadas e não foram poucas. 
Como eu disse, a violência não é marca registrada do Brasil, tampouco do nosso Nordeste. 
Lá longe, no século 19, um caboco chamado Franz Kafka sofreu na mão do pai. E na mão do pai, a mãe também sofreu. 
Não vou concluir aqui tema tão absurdo, porém normalizado no correr dos séculos e séculos. 
Antes disso, não custa dizer ou lembrar que Graciliano Ramos de Oliveira começou a sofrer profundamente quando perdeu a luz dos seus olhos. Sua infância foi a de um menino cego, que vivia o tempo todo escondido num quarto com os olhos em sangue. 
No livro Infância, de 1945, Graciliano lembra terríveis momentos que viveu, no capítulo Cegueira. 

"Afastou-me da escola, atrasou-me, enquanto os filhos do Seu José Galvão se internavam em grandes volumes coloridos, a doença de olhos que me perseguiu na meninice. Torturava-me semanas e semanas, eu vivia na treva, o rosto oculto num pano escuro, tropeçando nos móveis, guiando-me às apalpadelas, ao longo das paredes. As pálpebras inflamadas colavam-se. Para descerrá-las, eu ficava tempo sem fim mergulhando a cara na bacia de água, lavando-me vagarosamente, pois o contato dos dedos era doloroso em excesso. Finda a operação extensa, o espelho da sala de visitas mostrava-me dois bugalhos sangrentos, que se molharam depressa e queriam esconder-se. Os objetos surgiam empastados e brumosos. Voltava a abrigar-me sob o pano escuro, mas isto não atenuava o padecimento. Qualquer luz me deslumbrava, feria-me como pontas de agulhas. E as lágrimas corriam, engrossavam, solidificavam-se na pele vermelha e crestada. Necessário mexer-me à toa, em busca da bacia de água".

A crueldade praticada pelo pai e pela mãe deixaram marcas profundas no corpo e na alma do escritor.
Antes e depois de escrever Infância, Graciliano não deixou de lembrar os sofrimentos e aperreios provocados pelos pais. A mãe o ignorava e só o lembrava quando estava por aqui de irritação. 
As dores de infância que nunca abandonaram Graciliano aparecem sem pieguice em Memórias do Cárcere, obra de 1953 em quatro volumes. 
Em 1934, Graciliano publicou São Bernardo. Escrita incrível, como os personagens e, particularmente, Paulo Honório. 
Honório foi criado por uma vendedora de cocadas, pois órfão era. E por esse tempo, meninote ainda, foi guia de cego, como sabe o bom leitor. 
Em 1944, um ano antes de Infância, o mestre alagoano publicou um livro praticamente esquecido até hoje. Título: História de Alexandre. 
Alexandre é um senhor loroteiro. A mulher dele, Cesário, é conivente com suas mentiras. A plateia é basicamente formada por um cego preto Firmino, o cantador de viola Libório, o curandeiro Mestre Gaudêncio e a beata rezadeira das Dores.
Não sei não, mas acho que o humorista Chico Anísio inspirou-se na mulher de Alexandre pra criar Terta. Lembra? "É mentira, Terta?"

terça-feira, 16 de setembro de 2025

EU E MEUS BOTÕES (93)

Assis e Maria estão subindo a escada que leva ao 3° andar de onde mora um dos botões, Lampa.
Os dois chegam aonde tinham de chegar. Uma chuva de palmas e hurras desabou no ambiente. 
"Viva! Viva! Vivaaa!", disseram todos os botões efusivamente. 
Assis, seu Assis, de modo um tanto modesto agradeceu: "Obrigado, muito obrigado!".
Silêncio no ambiente. 
Lampa olhou pra um dos colegas, olhou pra outro colega e tomando coragem disse: "Seu Assis, se puder nos perdoe. A gente fez toda essa brincadeira batendo palmas em louvor e reconhecimento à dona Flor Maria, desculpe, desculpe".
Nada não pessoal, começou seu Assis, "Palmas para dona Flor são palmas para mim. Mas eu gostaria de saber porque tantas palmas foram dadas hoje aqui".
Zé, olhando de revés os colegas ao lado, levantou a mão e disse que ele e todos ali estavam alegremente felizes com o que leram nos jornais sobre o que dona Flor disse a respeito da gula por dinheiro dos donos de hotéis de Belém do Pará às vésperas do grande encontro internacional para discutir os problemas do meio ambiente que podem levar o planeta ao fim.
Um tanto acanhada, dona Flor fez uma reverência baixando sutilmente a cabeça para agradecer os louvores que ela minimizava: "Cuidar do nosso mundo, do planeta em que vivemos, é uma obrigação natural".
Foi a vez de seu Assis puxar as palmas. Antes disse: "Se todos pensassem e atuassem como dona Flor, este nosso mundinho estaria bem melhor".
Baixa o pano.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

PAPUDA PARA O IMBROCHÁVEL

Crédito: Brasil de Fato

O esquisito pai do Bananinha, aquele, pode pegar uma pena grande pela loucura que ousou fazer para se perpetuar à frente do poder político que tanto nos aperreou.
Xandão, dileto amigo das leis, permaneceu hoje 9 no STF pronunciando publicamente o voto contra o Esquisito, sim, aquele que carrega consigo uma cara horrorosa pode pegar até 43 anos de cana, segundo especialistas. 
Lugarzinho bom seria a Papuda, mas seu exército de advogados está aventando a possibilidade do tal cumprir a pena na própria casa; uma casinha ou sei lá o quê que de aluguel consome mensalmente 90 mil pilas. 
O ministro Dino começou há pouco a pronunciar o voto contra o malamanhado golpista, aquele que cunhou a expressão "imbrochável". Hummmm...
E tenho dito!


domingo, 7 de setembro de 2025

INDEPENDÊNCIA E MAIS ESTADOS



O negócio é o seguinte: devo dizer que já passa da hora de tirarmos da história o papo que dá conta de que o imperador Pedro I, de batismo Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, ao alcançar as beiras do riacho Ipiranga dissera com espada em punho a frase "Independência ou Morte!".
Isso teria ocorrido numa hora qualquer do dia 7 de setembro de 1822, quando subia a serra procedente de Santos onde fora cair nos braços da sua amante mais famosa: Domitilia de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867).
O Pedro I não era tão valente como aparentemente se apresentava. Aliás, é fato corrente que esse imperador fora atacado de uma dor de barriga lascada ali mesmo onde até hoje corre água naquele já referido riacho.
E já que toquei nessa história de independência, não custa dizer que o grito ameaçador de morte não resultou imediatamente em independência do nosso território. A última província a romper com Portugal foi Pará, Grão-Pará.
A luta entre brasileiros do Pará e portugueses terminou em agosto de 1823. Antes outras províncias não aderiram logo ao Grito. Essas províncias foram Bahia, Maranhão, Piauí e Amazonas.
Ficou famoso o 2 de julho baiano. 
O poeta Castro Alves, filho da Bahia, fez um poema de animar até estátua.
O Brasil ímperial entrou e saiu de muitas confusões incluindo revoltas e guerras, como a do Paraguai. 
A guerra do Paraguai foi deflagrada em 1864 e durou seis anos. 
Até hoje não se sabe do saldo definitivo de mortes. Fala-se que os números andam entre 150 mil  e 300 mil de ambos os lados. 
Antes de quebrar o pau com o Paraguai, o Brasil bateu e levou muita porrada do Uruguai. 
Esse quebra pau começou oficialmente em dezembro de 1825, quando o território paraguaio pertencia integralmente ao Brasil. 
Pois é, o Uruguai foi anexado ao território brasileiro em 1821. O nome era outro e fácil a pronúncia: Província Cisplatina. Essa façanha coube a D. João VI, que em 1808 saiu fugido da sua terra, Portugal. 
A fuga desse João foi provocada pelo exército napoleônico. Nas suas memórias, Napoleão diz que o único mandachuva do pedaço daquele tempo a lhe passar a perna foi o pai de Pedro I. Mas essa é outra história. 
E história por história, lembro que o Brasil é formado por 26 Estados e um Distrito Federal, Brasília. 
Agora, atenção: em breve o Brasil pode ter mais dúzia e meia de novos estados. 
Meu amigo, minha amiga, você já pensou num Maranhão do Sul e num São Paulo do Sul? E que tal um Estado do Triângulo?
O referido Triângulo seria extraído do território mineiro, hoje com mais de 800 municípios. 
Pois é, o tema pode entrar em discussão no Senado a qualquer momento. Mas aviso logo: na minha queridíssima Paraíba ninguém mete a mão, e se meter também leva.
E tenho dito!

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