Hoje é 30 de dezembro, ano da graça ou desgraça de 2017.
Amanhã. obviamente será um dia após hoje, 30. Pois é, o dia 31 encerra o ano marcado pelo calendário gregoriano e dentro dessa cronologia, vem o dia universal da paz:1o. de janeiro. O ano de 2001 nos fez mais ou menos felizes ou infelizes? Essa resposta cabe naturalmente a cada um de nós.
O longe e o perto e tudo o mais, é simplesmente, um ponto de vista. Felicidade, pois, é um ponto de vista como a infelicidade. Desde o pecado original sofremos. Mas o bom, mesmo, é que teremos um respiro sudável a nossa mente na virada de 31 de dezembro para primeiro de janeiro. E que respiro saudável é esse meu Deus do céu? lá vai: a TV cultura, canal 2, da Fundação Padre Anchieta, vai nos brindar com o programa, especialíssimo Eu Sou Anástácia.
Eu acompanhei a gravação desse programa junto com 500 pessoas, no teatro Sérgio Cardoso, faz uns 2 meses. Lúcia estava comigo....
Anteontem 28 almocei com Anastácia, Fatel, Isabel, Luiz Wilson e Germano Jr. (foto acima). Foi um bota fora legal.
Vem prá nos 2018! e viva Anastácia.
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sábado, 30 de dezembro de 2017
VIVA RITA LEE, 70!
Todo mundo, ou quase todo mundo diz que nós, brasileiros temos uma memória curtíssima. É bem provável.
Quantas datas, quantos nomes importantes para a nossa história, da música, inclusive são esquecidos de uma hora para outra num piscar d'olhos.
Quantos hão de se lembrar do mestre potiguar Luís da Câmara Cascudo, uma relíquia humanitária que nos legou e ao Brasil, uma obra muito rica, resultante das sua pesquisas e estudos em torno do nosso viver, modos e comportamento.
Luís da Câmara Cascudo, que conheci de perto, nasceu no dia 30 de dezembro de 1898.
Eu guardo boas recordações da compositora e intérprete Rita Lee.
Rita nasceu em São Paulo no dia 31 de dezembro de 1947, façam a conta nos dedos: 48, 49, 50...
A chamada rainha do rock completa amanhã 70 anos de idade.
A história dessa Rita é uma história, em alguns pontos, bastante comum entre as mulheres brasileiras. Ela era ainda criança quando foi estuprada. Um horror! Mas ela deu a volta por cima! Como diria o querido Paulo Vanzolini (1924-2013), também paulistano.
Eu era repórter da Folha, quando, sob o comando do editor Osvaldo Mendes, fazíamos um balanço das artes nos anos de 1970. E lá fui eu entrevistar Rita Lee, que passara pelos Mutantes, Tutti Fruti etc. Nessa mesma década, bem no comecinho, ela havia gravado uma canção que enchia de sentimento natalino os lares brasileiros, José.
Quantas datas, quantos nomes importantes para a nossa história, da música, inclusive são esquecidos de uma hora para outra num piscar d'olhos.
Quantos hão de se lembrar do mestre potiguar Luís da Câmara Cascudo, uma relíquia humanitária que nos legou e ao Brasil, uma obra muito rica, resultante das sua pesquisas e estudos em torno do nosso viver, modos e comportamento.
Luís da Câmara Cascudo, que conheci de perto, nasceu no dia 30 de dezembro de 1898.
Eu guardo boas recordações da compositora e intérprete Rita Lee.
Rita nasceu em São Paulo no dia 31 de dezembro de 1947, façam a conta nos dedos: 48, 49, 50...
A chamada rainha do rock completa amanhã 70 anos de idade.
A história dessa Rita é uma história, em alguns pontos, bastante comum entre as mulheres brasileiras. Ela era ainda criança quando foi estuprada. Um horror! Mas ela deu a volta por cima! Como diria o querido Paulo Vanzolini (1924-2013), também paulistano.
Eu era repórter da Folha, quando, sob o comando do editor Osvaldo Mendes, fazíamos um balanço das artes nos anos de 1970. E lá fui eu entrevistar Rita Lee, que passara pelos Mutantes, Tutti Fruti etc. Nessa mesma década, bem no comecinho, ela havia gravado uma canção que enchia de sentimento natalino os lares brasileiros, José.
TINHORÃO 90, O IMPLACÁVEL! HE HE HE HE....
Chegou, como sempre, reclamando de alguma coisa. Ora do frio, ora do calor, ora da velhice:
- Quando eu ficar velho acho que eu vou ficar um chato.
E ontem, 29, entrou casa adentro dizendo que seu olho esquerdo já estava no fim e o direito também.
-É uma meeeerda!
Mas é bom que se diga que essas reclamações são como quê mero modo de falar:
- Nunca roubei, nunca matei, nunca fiz mal a ninguém, não entendo por que estou vivendo tanto, o que fiz para viver tanto?
A cada fala, a cada, digamos, reclamação, segue se sempre um he he he he... É como se tirasse sarro de si próprio. Na verdade é isso, ele tira sarro de si próprio o tempo todo. Não gargalha, mas a risada é a sua marca. Irônico, inteligentíssimo. E agora tem esse negócio de aniversário:
- É muito tempo, rapaz. Mas já estou no bico do corvo, he he he he he...
E antes que eu lhe pergunte que presente gostaria ou gostará de receber nesse seu novo natalício, diz na ponta da língua:
- Uma coroa de flores, he he he he he...
Ele dedicou toda a sua vida a entender o Brasil, a música do Brasil, os brasileiros, assim como fez o potiguar Mestre Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). E não custa lembrar, Cascudo nasceu num dia 30 de dezembro.
E antes de ir embora, bem antes, perguntou se tinha uma cachacinha. Disse-lhe que estava em falta, mas o uisquinho estava ali a nossa espera, pegou dois copos e nos servimos, tim, tim:
- Viver tanto é uma sem vergonhice, é um atentado contra a natureza, he he he he he...
Pois é, estou falando do santista José Ramos Tinhorão, o implacável, o terror da mesmice e da mediocridade.
No próximo dia 07 de fevereiro ele completa 90 anos de idade. A data será festejada por amigos ali na Vila Buarque SP, com grupos de choro, de samba e de tudo que é bom, vai ser um chafurdaço. Isso três dias antes do dia 7, ou seja um sábado, no Bar do Raí.
Viva Tinhorão!
- Quando eu ficar velho acho que eu vou ficar um chato.
E ontem, 29, entrou casa adentro dizendo que seu olho esquerdo já estava no fim e o direito também.
-É uma meeeerda!
Mas é bom que se diga que essas reclamações são como quê mero modo de falar:
- Nunca roubei, nunca matei, nunca fiz mal a ninguém, não entendo por que estou vivendo tanto, o que fiz para viver tanto?
A cada fala, a cada, digamos, reclamação, segue se sempre um he he he he... É como se tirasse sarro de si próprio. Na verdade é isso, ele tira sarro de si próprio o tempo todo. Não gargalha, mas a risada é a sua marca. Irônico, inteligentíssimo. E agora tem esse negócio de aniversário:
- É muito tempo, rapaz. Mas já estou no bico do corvo, he he he he he...
E antes que eu lhe pergunte que presente gostaria ou gostará de receber nesse seu novo natalício, diz na ponta da língua:
- Uma coroa de flores, he he he he he...
Ele dedicou toda a sua vida a entender o Brasil, a música do Brasil, os brasileiros, assim como fez o potiguar Mestre Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). E não custa lembrar, Cascudo nasceu num dia 30 de dezembro.
E antes de ir embora, bem antes, perguntou se tinha uma cachacinha. Disse-lhe que estava em falta, mas o uisquinho estava ali a nossa espera, pegou dois copos e nos servimos, tim, tim:
- Viver tanto é uma sem vergonhice, é um atentado contra a natureza, he he he he he...
Pois é, estou falando do santista José Ramos Tinhorão, o implacável, o terror da mesmice e da mediocridade.
No próximo dia 07 de fevereiro ele completa 90 anos de idade. A data será festejada por amigos ali na Vila Buarque SP, com grupos de choro, de samba e de tudo que é bom, vai ser um chafurdaço. Isso três dias antes do dia 7, ou seja um sábado, no Bar do Raí.
Viva Tinhorão!
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