Dá dó ouvir a programação das emissoras de rádio deste
Patropi,
pois, raramente é
possível achar num dial música brasileira que possa agradar ouvidos de bom
gosto.
Dá dó também ver
coisa que preste na nossa programação televisiva.
As exceções são
raríssimas, como Viola Minha Viola e Sr. Brasil, programas da tv cultura.
Fora isso, claro,
ha especiais no mesmo canal que não podem deixar de ser vistos, como Ensaio e
Móbile, criados, dirigidos e apresentados pelo veteraníssimo Fernando
Faro.
E nada mais, além de uma coisinha aqui e ali que mais das vezes
passa desapercebida.
Eu lembro isso por
uma simples razão: A nossa música, seja a popular ou erudita, está sozinha,
abandonada, sem ter onde se mostrar.
Onde andam nossos grandes compositores e intérpretes?
Cadê Sérgio
Ricardo, que a gente não ouve no rádio e nem vê na tv?
Mário Albanese,
Roberto Luna, Elzo Augusto, Germano Matias, Martinho da Vila, Osvaldinho da
Cuíca, Oswaldinho do Acordeon, Biliu de Campina, Genival Lacerda, Téo Azevedo,
Paulinho da Viola, Vidal França, Luiz Vieira, Eduardo Gudin, Fuba de Taperoá,
Vital Farias, Claudete Soares, Maria Cleuza, Márcia, Celia/Celma, Claudya?
E o que dizer dos grupos de choro e de samba que também andam sumidos?
O fato é o seguinte: Música boa, hoje, não tem vez.
Por que?
Simples agora é
tudo a grana pela a grana.
Quero dizer com
isso também que a canção foi para o espaço, como para o espaço foram quase
todos os gêneros musicais brasileiros.
Não é triste?