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quinta-feira, 9 de junho de 2011

ESTRANHA ENTREVISTA COM JORGE AMADO

Tudo começou com a informação que o cantor e compositor cearense Belchior, até hoje em lugar incerto e não sabido após entrevista à Globo, no Fantástico, estaria hospedado na mansão de Carlos di Gênio, que não faço a menor idéia de onde seja ou se existe, embora a informação indicasse uma saída ou entrada pela Avenida Paulista.
Pois bem, um amigo seguiu comigo até a tal mansão.
Ao chegarmos encontro de pé à entrada, em dúvida, sem saber se entra, o escritor baiano Jorge Amado.
Ele estava só.
Quando me vê, pergunta se é ali mesmo que Belchior está.
Convido-o a entrar.
O meu amigo segue na frente.
Num instante, o escritor para e afirma:
- Não, não vou mais ficar aqui.
Ao virar as costas, me convida a acompanhá-lo.
Aceito.
Começo então a lhe dirigir uma série de perguntas, que responde sem titubear.
Diz, por exemplo, que não publica livro novo há quatro anos, e que esse tempo é muito para o leitor esperar.
De repente, num descampado, ele começa a correr em zig-zag.
Pede que o acompanhe.
E lá vou também, feito um besta.
Do nada, vão surgindo árvores à esquerda e a nossa frente.
À direita, um precipício.
É quando recomendo atenção e cuidado.
Ele olha pra mim, rir, vira as costas e some.
Eu fico sozinho, observando a sua figura desaparecer devagar, envolta num nevoeiro.
E pronto!
Acordei.

ZÉ LUIZ
Há minutos, abri minha caixa de mensagens e li uma que desde já lamento profundamente: “Não sei se vocês já sabem, mas faleceu nosso amigo José Luiz Lima, meu grande companheiro durante 37 anos - desde a Cásper Líbero - e meu afilhado de casamento. Ele teve um infarto fulminante na AL. Tinha acabado de completar 60 anos. Acho que não vou conseguir dormir até embarcar no vôo que vai me deixar em Congonhas, às 7h15. A família informou que o enterro será às 14 horas, no Cemitério da Paz (Morumbi)”. Quem assina esta trágica notícia é Marco Zanfra, com quem trabalhei na Folha, ao lado do Zé. Ultimamente Zé prestava serviços na Assembléia Legislativa de São Paulo. Na noite de 31 de março nos encontramos pela últma vez, no coquetel de lançamento do livro As Covas Gêmeas, de Zanfra.

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