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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

J&CIA PREMIA OS MELHORES JORNALISTAS (4)

Caricatura de André Biernath feita por Cláudio
ANDRÉ BIERNATH
“Saúde sempre será área de fundamental atenção”

Sidnei Maschio deseja todo o bem possível para nós, brasileiros. Ele sonha por uma sociedade sem fome e igual para todos. O mesmo pensa e deseja André Biernath.
André é um jovem paulistano nascido na zona Leste. Penha é o seu berço. Seus pais são Alfredo e Monica, pais também de Lucas, que adora o comércio.
O pai Alfredo é bom em tecnologia e a mãe Monica é quem manda na casa.
Muito cedo, André decidiu fazer Jornalismo e cobrir a área de Esportes. Os pais disseram sim e lá foi ele.
O São Paulo é o seu time de coração. E, claro, sonhava cobrir, como jornalista, as partidas são paulinas contra quaisquer que fossem os adversários.
O tempo passou e André, já no 2º ano do curso de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica, PUC-SP, conseguiu estágio na editora Abril. Na entrevista com o pessoal do RH, alguém disse que seu perfil se adequava ao campo de reportagens da editoria de Saúde.
Essa visão do RH mudou completamente o rumo de André no Jornalismo: “Eu queria ser repórter da área de esportes, veja só, não deu”.
Tudo ocorreu de modo muito rápido. De uma hora pra outra, de um dia pra outro, de uma semana e mês pra outro, ainda como estagiário da Abril, lá estava André esquecendo da vontade primeira que era aquela de cobrir jogos de futebol. Em pouco tempo, porém, ele conseguiu chamar a atenção do pessoal da revista Veja Saúde. Textos objetivos, enxutos. Raciocínio lógico. E assim, começou a destacar-se.
Chamado vem, conversa vai… André logo emplacou várias reportagens. De capa. Meia dúzia, seguidamente.
Detalhe: a empresa não permitia que os estagiários assinassem matérias, a não ser com pseudônimo. Isso, porém, não o impediu de continuar dando tudo de si.
Além de futebol, André sempre gostou de ler. De ler muito. De leituras que vão de Machado de Assis a Arthur Conan Doyle, Gay Talese, Carl Zimmer, Siddhartha Mukherjee e Richard Dawkins.
Machado é Machado.
Machado de Assis é aquele que foi descoberto como escritor por Francisco de Paula Brito, quando tinha uns 15 anos.
Conan Doyle é o criador de Sherlock Holmes e do seu companheiro, Watson, quem não sabe?
Gay Talese, esse eu sei, é jornalista do bons. Tão bom quanto os nossos Joel Silveira, José Hamilton Ribeiro e Luciano Martins e os americanos Bob Woodward e Carl Bernstein, que derrubaram Nixon.
Lembram-se do caso Watergate? Pois é.
Zimmer como poucos brasileiros sabem, embora todos devêssemos saber, é um cientista de boca rasgada na divulgação de estudos sobre parasitas e males outros que empesteiam o mundo.
Siddhartha, que o amigo leitor não se perca pelo título de Hermann Hesse, é um biólogo de importância mundial.
E você já ouviu falar de Richard Dawkins?
Richard Dawkins é cientista, biólogo, e como tal leva a sério a profissão que assumiu, tão à sério como a profissão que André Biernath desenvolve.
Falar com André, é uma delícia. É um menino que fala com clareza, naturalidade e por isso y otras cositas más, vai chegar aos píncaros da profissão mais cedo do que o comum.
O cabra é bom.
Na profissão de jornalista, André transita com desenvoltura na área de Saúde.
Nestes loucos momentos que vivemos, de pandemia e governo “bolsonariano” maluco, assassino, André lembra que saúde sempre será área de fundamental atenção por quaisquer governos que levem a sério essa questão.
O mundo foi e sempre será atingido por pragas das mais diversas, desconhecidas a princípio. E é preciso que todos estejamos atentos. O mundo é uma bola e pode explodir a qualquer momento.
Contando nos dedos, André lembra que a Peste Bubônica foi uma das que levaram ao túmulo milhões de humanos, desde a Idade Média. Depois disso vieram a febre amarela, a varíola, a gripe espanhola, o ebola, a meningite, a AIDS e Bolsonaro.
Diante da atual pandemia do novo Coronavírus, que desemboca no Covid-19, André diz que muitas outras pragas certamente virão a atormentar o povo, no mundo. Será sempre importante, ressalta, que “os governos assumam suas responsabilidades em prol dos governados”.
O novo Coronavírus já está se multiplicando: Delta (Índia), Alfa (Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e a mais recente Omicron, que deu as caras, primeiramente, lá pelas bandas da Europa.
Vacinas são necessárias e importantes para estancar essa e outras pinimas que certamente virão a atormentar os humanos.
Depois de cobrir mais de uma centena de congressos sobre saúde, no Brasil e no Exterior, André Biernath destaca um deles. O que lhe permitiu, em 2019, desenvolver reportagem sobre uma portadora de câncer. Tratava-se do avanço da medicina, no qual ao paciente era dedicada toda a atenção. Era o começo do tratamento paliativo, recente no Brasil. Essa paciente, que virou capa da sua reportagem na revista Veja Saúde, morreu aparentemente tranquila. Ele não ganhou prêmio com isso, mas afirma: “Foi um dos melhores trabalhos que já fiz”.
A boa notícia que André Biernath gostaria de dar, nestes tempos loucos, é que “100% dos brasileiros têm acesso à água e tratamento de esgoto”.
André Biernath, casado com Juliana, nasceu no dia 25 de março de 1991.

ANDRÉ BIERNATH AGRADECE:

"Gostaria de homenagear a todos os colegas que estiveram no prêmio, tanta gente incrível. A Lúcia (Helena de Oliveira – UOL VivaBem), que foi uma das minhas mestras, que também concorreu, disse uma vez uma coisa que faz muito sentido: temos jornalismo de Economia, de Política, que pode mudar governos, derrubar ministros, presidentes, fazer grandes revoluções; mas nós fazemos microrrevoluções nas vidas das pessoas, o que é muito bonito, muito inspirador. Quando a gente consegue convencer alguém a ir se vacinar, a descobrir uma doença, se tratar e melhorar a qualidade de vida, estamos cumprindo o nosso papel e prestando um grande
serviço à sociedade."

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