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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PRIMAVERA, POESIA E CEGUEIRA




Após o inverno, a primavera.
Acordei com passarinhos trinando à minha janela como se formassem uma orquestra regida pela força da criação. Á essa orquestra pareceu juntar-se a voz de uma amiga que há muito não ouvia: Suzete.
A primavera, como se vê, nos traz sempre emoções e boas lembranças.
Eu perdi a luz dos meus olhos, mas continuo vendo de outras maneiras.
Viver pode ser, quando queremos, um belo e salutar exercício de aprendizagem.
Hoje, pela primeira vez, tive aula de como fazer da bengala uma espécie de bússula. E como espécie de  bússula, atravessei ruas e avenidas por cerca de um ou dois quilômetros.
Voltarei ao tema.
Ah! sim: há sempre quem me pergunte sobre o que ocorreu comigo, ou com os meus olhos.

Eu sofri descolamento
Da minha alma e visão
Levei surra do destino
Apanhei que nem um cão
E como se não bastasse
Perdi-me na multidão

É uma história danada
Essa de perder a visão
Quem sofre descolamento
Também sofre depressão
E pra sair dessa encrenca
Só com muita luta, meu irmão

E a luta não é fácil
É  luta de vida e morte
É luta do Eu contra o Eu
Da qual vence o mais forte
Mas para o mais forte vencer
Tem de estar ao lado da sorte

Tudo isso tem a ver
Com o belo verbo Amar:
Eu amo, tu amas, ele ama...
É preciso caminhar
E para chegar lá longe
Não tem como deixar de lutar! 

https://www.youtube.com/watch?v=D1BBJrvZC14







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