A esquerda tradicional, não a light, parece ter encontrado o caminho para nocautear o adversário bolsonarista no segundo round. Claro, aqui em Sampa.
A direita raivosa, canina, representada por um tal de Pablo não sei quê, chegou perigosamente no seu limite. À beira, pois, de engolir a democracia que a tanto custo as pessoas de bem conquistaram depois dos lamentáveis anos de chumbo que vivemos, entre 1964 e 1985.
A democracia como tal entendemos continua bravamente resistindo aos instintos selvagens da canalha que a ronda e a estoca com vara curta.
O paulistano Guilherme Boulos, do PSOL, foi à luta e na luta continua para se sobrepor aos ensurdecedores latidos da antidemocracia tão a gosto dos ditadores ativos ou de plantão sempre prontos para trazer à tona as desgraceiras do inferno muito além de Dante.
Foi de aperreio o tempo que durou a apuração dos votos depositados nas urnas eletrônicas, ontem 6.
Na corrida para o segundo turno à prefeitura de São Paulo, houve um momento em que o tal não sei quê assustou a democracia quando aproximou-se de Nunes. Isso durou pouco, felizmente.
É possível que o segundo turno em Sampa seja mais civilizado, com debates compreensíveis e de propostas condizentes às necessidades da população.
Uma coisa seja dita: o presidente Lula, a quem Boulos e o seu partido estão ligados, precisa baixar a bola e dedicar-se mais à campanha do próprio PT e dos partidos aliados, como o PSOL. O mesmo deve ser dito em relação à Marta, vice na chapa de Boulos à prefeitura paulistana. Deve ser mais explícita, mais clara, ao pedir voto para o seu parceiro na chapa PSOL/PT.
Por enquanto, Boulos está salvando o PT.
Boulos anda com os pés no chão, prometendo atender às necessidades do povo independentemente de credo, cor e gênero.
Um novo dia está chegando: 27 de outubro.