Os países mundo afora que alcançam PIB que satisfaz à população não têm tantos feriados como nós os temos, não é mesmo?
Pois bem, amanhã é dia feriado, da proclamação da República, questionável.
O marechal alagoano Deodoro da Fonseca estava dormindo, de pijamas, quando um grupo de militares o tirou da cama. Isso em 1889, no Rio.
Amanhã é dia feriado, em lembrança ou homenagem à proclamação da República. Numa boa? Não houve proclamação nenhuma, de República tampouco.
À época vivíamos sob à batuta do imperador Pedro, um cara que tinha visão além dos olhos. Tipo Mauá.
Deodoro chegou à primeira presidência do Brasil republicano sem saber direito como e o que iria fazer.
Vivíamos terríveis tempos. Tempos de cangaço, de Antonio Silvino,Padre Cícero, Conselheiro...
Há no nosso país feriado demais. Para um país crescer é preciso que seu povo trabalhe. Trabalhar dignifica.
Mas o trabalho leva aonde? Trabalhar deveria ser divertimento.
Uma vez, no programa São Paulo Capital Nordeste, que eu apresentava na Rádio Capital, perguntei ao bom baiano Dorival Caymmi se ele era preguiçoso como mundo e meio o considerava. Ele deu uma risada dizendo: "não, eu gosto da vida, e se não sou mais presente em discos e shows é porque não me convidam."
Meu amigo, minha amiga, você sabe que a origem do termo "trabalho" tem a ver com sofrimento?
Adão caiu na lábia de Eva e hoje, por isso, todos trabalhamos à exaustão.
Cris Alves, uma amiga, passa por mim depressa dizendo que o Brasil é um dos países que mais desrespeitam as mulheres. Pois é, é grande o número de feminicídio no país...
E vejam vocês, eu queria falar sobre cultura popular. Estatísticas indicam que é nos feriados que ocorrem grandes desavenças e mortes.
No Brasil, um país em paz, há cerca de sessenta mil homicídios/ano. Terrível, não é?
Falarei sobre cultura popular depois.
Amanhã é feriado.
E estou doido prá voltar ao rádio, prá falar de Brasil e de brasileiros.