O presidente da Fundação Nacional de Artes, Funarte, Antônio Grassi, disse hoje no programa O Brasil tá na Moda, que a instituição aplicará, através de editais, verba superior a R$ 100 milhões este ano, para incentivo através de projetos direcionados às áreas de teatro, dança, circo, música, artes visuais etc.
Até o fim do próximo mês, será lançado o Prêmio Myriam Muniz, de estímulo à produção teatral, garantiu Grassi.
Ainda este ano, segundo ele, também serão lançados editais para os prêmios Klauss Vianna de Dança e Funarte Carequinha.
Carequinha, filho de trapezistas e de batismo George Savalla Gomes, era carioca de Rio Bonito e foi um dos mais importantes palhaços do Brasil, junto com Arrelia e Piolim, sem falar, entre outros, de Torresmo e Pimentinha, o mais novo desses aqui citados.
Carequinha nasceu no dia 18 de julho de 1915, um dia como o de hoje; mas nenhuma linha nos jornais e revistas foi escrita ou fala sobre ele no rádio ou televisão foi dita.
E é assim que um país aos poucos vai perdendo a memória.
Arrelia nasceu antes, em 1905.
Torresmo, em 1918.
Piolim, antes ainda: em 1897.
Todos hoje esquecidos do chamado grande público, que já não os têm para animá-lo a viver melhor a vida.
Piolim foi alegria de uma geração iniciada nas primeiras décadas do século passado.
Mário de Andrade, aliás, deixou registrado isso nas páginas do periódico Terra Rocha e Outras Terras.
Inda bem que a Funarte está se lembrando dele, agora.
E tomara que lembre também dos outros grandes palhaços, cuja graça nos abriu o coração para as coisas simples da vida.
Como diria Arrelia: “Tudo bem, tudo bem, tudo bem, bem, bem?”.
Pois é.
A cartinha aí de cima a mim me foi mandada como agradecimento ao texto de abertura que fiz a seu pedido, para a autobiografia que escreveu e a Ibrasa editou, no começo dos 90.
Fica o registro.
ELIANE CAFFÉ
A minha entrevistada especial hoje no programa O BRASIL TÁ NA MODA, a partir das 14 horas na Rádio Trianon AM 740, é a cineasta paulistana Eliane Caffé, que está lançando o documentário Céu Sem Eternidade, sobre comunidades quilombolas de Alcântara, com sessão marcada para as 20 horas do próximo dia 25, no Cine Livraria Cultura (Conjunto Nacional; Av. Paulista, 2073). A projeção é aberta ao público e a ela se seguirá um debate. Participará do programa o brincante Alessandro Azevedo, criador do palhaço Charles.
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
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