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sábado, 6 de julho de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (111)

Em 1881 o maranhense Aluísio Azevedo põe o clérigo na história O Mulato. O moço aí é o vilão da narrativa, que faz de tudo para separar dois jovens: Raimundo e Ana Rosa.
O Missionário, romance do paraense de Óbidos Herculano Marcos Inglês de Sousa (1853-1918), trata de um religioso que resiste o quanto pode aos clamores da carne. Seu nome: padre Antônio de Morais.
O padre de Inglês de Sousa é um idealista, mas passa a duvidar dos seus princípios quando jovens raparigas o assediam na paróquia que é titular.
E aí, já viu, não tem jeito: a carne fraca que é, não resiste aos ímpetos de um corpo de uma jovem…
 A história se passa numa fictícia cidade chamada Silves, localizada nas brenhas do fim do mundo amazônico.
Antônio deixa Silves para reencontrar no coração da floresta uma razão para resgatar a firmeza que tinha na carreira sacerdotal. Porém quanto mais foge para se reencontrar, se perde. À pág. 145 do livro de Sousa, diz o narrador:

… Então ele, saindo de uma luta suprema, silencioso, com um frio mortal no coração, com o cérebro despedaçado por um turbilhão de sentimentos contrários, atirou-se à moça, agarrou-a pela cintura e mordeu-lhe o lábio inferior numa carícia brutal. Foi breve a luta. A neta de João Pimenta caiu exausta sobre o tapete de folhas úmidas do orvalho, douradas pelo sol. Entre os ramos dos cacaueiros os passarinhos sensuais cantavam…


O personagem aí não é outro senão o padre Antônio.

Foi publicado em 1891, tornando o autor mais apreciado pelos leitores e crítica.

ADEUS LAÉRCIO DE FREITAS!

A vida é uma caixinha de surpresas. Pois, pois.

Na última quinta 4, Paulo Garfunkel, o Magrão, falava comigo sobre o pianista paulista de Campinas Laércio de Freitas. 

Essa conversa foi ali pelos começos da tarde de anteontem. 

No começo da tarde de ontem 5 ouço no rádio notícia dando conta da morte de Laércio. Estou pasmo até agora. 

Laércio Freitas tinha 83 anos de idade quando a Megera o levou. Nessa hora ele se achava dormindo como dormindo também partiram Charles Chaplin, Manezinho Araújo e Zuza  Homem de Melo. 

Manezinho, o Rei da Embolada, era amigo meu, como amigo meu era o colega jornalista Zuza Homem de Melo. 

Pois é, a vida é de morte.


GUERRA PAULISTA

Era um sábado como hoje o dia 5 de julho de 1924,  quando São Paulo acordou com gritos e ruídos incomuns até então provocados por manobras militares nas ruas da cidade.  À frente desses ruídos todos se achava o general de brigada gaúcho Isidoro Dias Lopes. Esse general comandava o repúdio dos militares contra o presidente Artur Bernardes. 

Bom, a revolta de São Paulo em 1924 durou 23 dias. 

Não custa lembrar que os revoltosos, pelo menos parte, reforçaram a Coluna Prestes que seria gerada no Rio Grande do Sul em abril de 1925.

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