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sábado, 11 de fevereiro de 2012
MORREU A ÚLTIMA IRMÃ DE LAMPIÃO
http://www.youtube.com/watch?v=ioS3GpIa7Kc&feature=youtu.be
Em conseqüência da idade e de problemas respiratórios que vinha sofrendo, morreu ontem 10, no meio da tarde, a última irmã de Virgulino Ferreira da Silva, o temido Lampião.
Dona Mocinha, como ela era chamada, de batismo Maria Ferreira Queiroz, morou na zona Norte da capital paulista por quase 50 anos.
Era uma pessoa amável, tranqüila, e não gostava muito de falar da família, especialmente do irmão mais famoso. No entanto, numa entrevista que fiz para o programa Tão Brasil, que eu apresentava pela allTV e levada ao ar na noite de 11 de julho 2007, ela contou um pouco da sua história.
Começou dizendo que não tinha o que dizer.
Sim, era tímida.
Mas conversa vai, conversa vem, lembrou que seus três irmãos mais velhos, Antônio, Livino e Virgulino, o caçula, saíram de casa em Vila Bela, hoje Serra Talhada, PE, onde nasceram, num mesmo dia e ao mesmo tempo com o propósito de vingar a morte do pai, José Ferreira da Silva.
Mas a vingança não se consumou e Lampião e Maria Bonita, sua companheira de estrada, poeira e bala, mais nove cangaceiros, tombaram vítimas de emboscada no final da madrugada do dia 28 de julho de 1938, em Angico, SE.
Noutras ocasiões eu já entrevistara pessoas ligadas ao cangaço, como Ilda Ribeiro de Souza, a Sila, companheira de Zé Sereno, que conseguiu escapar da chacina e só foi morrer em fevereiro de 2005, em São Paulo.
Em João Pessoas, nos meus tempos antigos, namorei uma menina neta de um dos integrantes da volante que acabou com Lampião.
Ainda hei de me lembrar seu nome.
Morava na região do Varadouro...
Para outro programa que apresentei, na rádio Capital, entrevistei Expedida Ferreira, até hoje reconhecida como filha única de Lampião e Maria Bonita.
Mas essa história fica pra depois.
No Instituto Memória Brasil, Acervo Assis Ângelo, há registros sonoros.
O corpo de dona Mocinha está sepultado agora, no Cemitério Chora Menino, na zona Norte da cidade.
No vídeo anexo, parte da conversa que mantive com dona Mocinha, junto com o mais importante estudioso do Cangaço: o paulista Antônio Amaury.
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