Foi num dia 15 como o de hoje, só que de julho de 1945, pouco antes do fim da 2ª Grande Guerra, que Paranapiacaba passou a existir como estação ferroviária da velha São Paulo Railway, substituindo a Estação do Alto da Serra; e daí vila, povoação constituída basicamente por engenheiros ingleses contratados para manter a ferrovia criada pelo barão de Mauá.
A história é comprida.
No decorrer do tempo Paranapiacaba se transformou num distrito do município de Santo André, da região do Grande ABC, a mais ou menos 22 quilômetros da capital paulista.
Um paraíso, se melhor cuidado; mas já esteve em pior estado.
Horas antes de ser seqüestrado e morto por bandidos em janeiro de 2002, o prefeito Celso Daniel, de Santo André, assinou documentos de compra de Paranapiacaba, à época condenada completamente ao abandono.
O número de moradores fixos de Paranapiacaba, hoje, não passa de 1,1 mil pessoas.
Entre essas pessoas, se acha o mestre do teatro de mamulengos Valdeck de Garanhuns.
Estive em Paranapiacaba domingo passado.
Foi legal o passeio.
Andrea e os meninos Pedro e Marina adoraram, inclusive a neblina.
Na verdade, eu fui cumprir promessa de visita à casa de Valdeck Costa de Oliveira, de Garanhuns.
Promessa é compromisso.
Pois bem, a nova casa de Valdeck é bonita e enorme, de vários cômodos, que no século XIX foi habitada por engenheiros da rainha. Valdeck a reformou com cuidado, sem ferir um milímetro da planta original.
A casa ficou um brinco.
Mês que vem, ou no próximo, ela, a casa, abrigará um espaço cultural que, sugiro, leve o nome do próprio Valdeck, que ainda briga com a própria modéstia.
Nesse espaço serão ministradas oficinas de mamulengo, cordel, xilogravura etc.
Todos nós ganharemos com isso, inclusive a região do ABC (e D).
Sim, confesso: eu sou um entusiasta incorrigível da obra de Valdeck e da sua companheira xilógrafa e entalhadora de bonecos Regina Drozina.
A propósito, vocês já leram o livro Mitos e Lendas Brasileiros?
Viva Valdeck!
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terça-feira, 15 de março de 2011
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