O São João como festa popular recebemos de herança dos portugueses que colonizaram o País. É festa bonita. Cresci brincando nessa festa. Brincadeira que continha tudo de bom além de música: canjica, pamonha, milho assado na fogueira, pau de sebo, quadrilha, traque, estrelinha, bombinha e mais fogos de artifício de pequeno porte.
Os balões, ah, os balões, eram balõezinhos multicores que subiam poucos metros e só. Balõezinhos que não comprometiam a vida de ninguém. Eram balões de esperança, balões de sonhos, diferente dos balõezões atirados ao ar por pessoas que carregam na cabeça parafusos frouxos, das grandes cidades.
Cresci ouvindo Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e tantos e tantos compositores e interpretes da música popular brasileira, artistas esses que cantavam, felizes, nossas tradições, a partir das festas de São João. O Santo vive, mas sua tradição por estas bandas terrenas está no fim, infelizmente.
Onaldo Queiroga (na foto acima comigo) é um paraibano de raízes profundas na cultura popular. É um cidadão por completo: sensível, inteligente. Onaldo carrega consigo a bandeira da liberdade das festas tradicionais da cultura popular. É dele o texto que segue e os dois links discorrendo sobre as festas juninas, leiam:
É com tristeza que
assistimos o desmonte de uma cultura. Novamente chegam as festas juninas e
gestores públicos associados ao fator comercial e outras coisas mais, adotam
ações que só promover a desconstrução da Festa de São João. Cadê os 8 baixos, a
sanfona, o triângulo e a zabumba? Campina Grande não pode mais dizer que tem o
Maior São João do Mundo, nem Caruaru se intitular de Capital do Forró, pois
promovem festivais que visam aniquilar o São João. O forró foi banido do evento
e, em troca, tocam músicas eletrônicas, rap, funk e sertanejo universitário.
Nada contra esses ritmos, mas não possuem ligação com a tradição da festa. O
que há por trás de tudo isso?
ANDERSON
O professor Anderson Gonzaga da Cia Life passou pelo mico de apagar hoje 34 velinhas. Já passei por isso. Anderson foi recebido pela turma da academia sob uma chuva de palmas e bolo, claro. Gostei. O ambiente ficou mais leve, mais solto, legal mesmo. Aí na foto o registro. Viva Anderson!