As mazelas que nos chegam, nos matam. Não são poucas e vem
de longe.
As desgraças mais recentes, desde a Idade Média, dão conta
de milhões de mortes provocadas por doenças de muitos tipos.
A peste negra matou milhões e milhões de pessoas ao deixar
seu berço, a China, e seguiu serelepe ceifando vidas no Continente africano, Itália e
daí, Europa. Isso, em fins do século 14. Essa peste passou pelos Estados Unidos e chegou a “nostra” América.
O último caso de peste negra, ou bubônica, foi registrada no
Ceará há poucos anos.
Além das guerras no Oriente Médio e noutras partes, agora
temos entre nós, o chamado Corona Vírus, que resulta na COVID-19. Esse novo vírus já matou
milhares de pessoas na China, Irã, Espanha, França, Itália.
Noutros tempos, o assunto já teria rendido tema para
cordelista e compositores da música popular. Como isso não ocorreu até agora,
entro no tema escrevendo os versos em sextilha que seguem.
Corona Vírus chegou
Montado num furacão
Chegou bem de repente
Provocando confusão
Enchendo de medo o mundo
Desde China até Japão
Claro que dá pra dizer
Que é mais forte que tufão
Mais terrível que pitbull
Quando parte para ação
Corona vírus mata
Olhe bem, preste atenção
Muitos seres já
morreram
Muitos outros
morrerão
Esse vírus
se alastra
Como praga em algodão
Não tem pena
de ninguém
Nem de ateu,
nem de cristão
Voa nas asas do vento
Que nem piolhos do cão
Está em todo canto
Contaminando nação
Deus, que bicho é esse
Com tanto poder de ação?
Invisível é esse bicho
Maldito sem coração
Mata pobre, mata rico
Com ele não há perdão
Veneno é sua foice
Seu machado, seu facão
O mundo contaminado
Assusta população
Que indefesa fica
Fazendo sua oração
Apostando ser possível
Haver fim pra maldição
Filho da peste negra
Terror, horror,
danação
O bicho feio mata
Pela boca, pela mão
Já nem se pode beijar
Isso é fato, meu
irmão!
Ouvi repórter dizer
No rádio, televisão
Terrível é esse vírus
Que maltrata cidadão
Que põe fim a bom
abraço
E impede apertar mão
Apanhar
maldito vírus
É ganhar condenação
É ganhar um passaporte
Só de ida num caixão
O bicho pega e mata
Sem qualquer explicação
O mundo
ficou doido
Agitado, em
convulsão
Não se sabe
o que fazer
É grave a
situação
Os governos procuram
Para o mal a
solução
Especialistas pedem
Para o povo lavar mão
Para o povo se cuidar
Pra não dar bobeira, não
Indícios fazem crer
Ser o Bode a maldição
Parece fim de tudo
De um tempo em
perdição
Não há muito o que
fazer
Pra possível salvação
Ora pois, vou perguntar:
Jesus Cristo foi-se em
vão?
PAULO CARUSO NO PAIAIÁ