Caricatura de Machado de Assis, autor desconhecido |
Suas críticas teatrais tiveram espaço de publicação, à princípio, no jornal O Espelho.
Machado de Assis detonava o Romantismo e tecia loas ao Realismo.
Ao ator João Caetano, Machado metia o pau.
À namorada de Castro Alves, Eugênia Câmara, Machado também não poupava críticas.
Dentre os autores teatrais, nas críticas de Machado havia elogios a José de Alencar.
No dia 5 de novembro de 1857, Alencar liberou ao palco do Ginásio Dramático, RJ, a peça em 4 atos O Demônio Familiar.
O Demônio do título é um moleque de nome Pedro, que faz o diabo pra desunir os apaixonados Eduardo e Henriqueta.
Pedro, ali com seus 13 ou 14 anos, é escravo de Eduardo.
Há 9 personagens no desenvolver dessa história de José de Alencar.
Machado de Assis viu em Pedro o personagem Fígaro, que aparece em óperas de autores como Rossini.
Não disse, mas poderia ter dito que o Pedro de Alencar é uma espécie de João Grilo das histórias populares oriundas de Portugal.
E mais não vou dizer, a não ser que desconheço qualquer peça censurada pelo Bruxo do Cosme Velho, como era Machado pelos amigos chamado.