Dois meses antes de completar 20 anos de idades, em 1918, Luís da Câmara
Cascudo pegou a Gripe Espanhola.
O pai de Cascudo, Francisco Justino (1863-1935), também pegou a
Espanhola.
Pai e filho, portanto, escaparam da praga que matou muitos milhões de
pessoas na Europa e no resto do mundo.
No Brasil, a Espanhola matou pelo menos 35 mil pessoas.
Como hoje, o Governo Federal nada fez. Até porque ainda não existia
Ministério da Saúde.
No livro História da Cidade de Natal, de 1947, Luís da Câmara Cascudo
conta que registros da época indicavam que a praga, denominada Gripe Espanhola,
matou no Rio Grande do Norte pouco mais de mil pessoas. Isso mostra o seguinte:
que as autoridades de plantão já procuravam esconder a realidade escrachada
pela Espanhola. I-gual-zi-nho como hoje.
O Presidente Cloroquina tentou também fazer isso, esconder dos
brasileiros a desgraça que está matando brasileiros. Isto é, a COVID-19.
Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) foi jornalista, advogado, etnólogo e
tudo o mais.
Cascudo foi incrível!
Cascudo escreveu até poesia, você sabia? Ouça:
Luís da Câmara Cascudo morreu em Natal, RN, sua terra, no dia 30 de
julho.
No correr de sua vida Cascudo publicou cerca de 150 livros. Foi o mais
importante estudioso da cultura popular brasileira.
Eu adorava conversar com Luís Câmara Cascudo.
Um dia Cascudo me disse que quando morresse viraria cédula, moeda.
Falarei disso amanhã.