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segunda-feira, 21 de maio de 2012

JOSÉ FREDERICO MARQUES, 100 ANOS

Um dia após o desaparecimento de Afonso Arinos de Mello Franco, professor, historiador, crítico e memorialista brasileiro de grande valor, em agosto de 1990, por acaso eu me achava batendo pernas pela Rua Augusta, em São Paulo, onde moro, ao lado do advogado Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, paraibano de nascimento, como eu.
Comentei a partida do grande jurista, e ele com a calma que a melancolia nos dá:
- O Dr. Afonso foi meu professor na Faculdade de Direito, na Guanabara.
Lembro-me disso, não à toa.
Primeiro, porque antes de optar pelo Jornalismo eu pensei ser promotor de Justiça.
Talvez pelo censo de justiça comum.
Talvez pelo que sentia vendo e ouvindo embevecido as réplicas e tréplicas no ambiente de julgamento do Tribunal, em João Pessoa.
Talvez, não sei, pelo sonho de ver o meu País melhor desde então.
Mas essas recordações me veem à tona talvez pelo fato de acabar de receber email do jurista e professor especializado em Direito Tributário Ives Gandra da Silva Martins, o maior na área e também poeta dos melhores, informando sobre o seminário José Frederico Marques e o Processo Civil Brasileiro na Atualidade, que se realiará no próximo dia 22 de junho, aqui mesmo na capital paulista.
O seminário marca o centenário de nascimento de um dos maiores juristas do País, o santista José Frederico Marques.
José Frederico Marques reunia as melhores qualidades de um estudioso das leis.
No mesmo ano que a elite paulistana se atirava às discussões sobre artes no Teatro Municipal, em 1922, o adolescente José Frederico Marques ganhava base de conhecimentos no Colégio Arquidiocesano de São Paulo, onde permaneceu durante seis anos.
Em 1929, quando o tieteense Cornélio Pires encantava boa parte do povo paulistano com sua graça e modas de viola de seus amigos em discos da extinta Columbia, José Frederico Marques ingressava na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e quatro anos depois concluía o curso de Ciências Jurídicas e Sociais.
O seminário José Frederico Marques possibilitará tornar mais lembrado esse homem que dedicou a sua vida ao estudo do Direito.
Merecem aplausos a iniciativa e o homenageado.
Ah! Sim, Geraldo Pedrosa de Araújo Dias é o nome de batismo do poeta, compositor e intérprete Geraldo Vandré.
Mais informações, pelo telefone 3177-8303.

FURTO D´ÁGUA E TELEFONIA

Uma vez mestre Sivuca me disse que num ano qualquer dos 50 formou trio com os irmãos Hermeto e Zé Neto.
Três albinos, três artistas.
Mas foi uma formação que não deu certo, por uma razão: não foi pra valer.
Nome: Trio Pegando Fogo.
Lembro-me disso e também da seca que ora, de novo, assola os nove Estados nordestinos.
Por lá, só sol fazendo o mato pegar fogo e enchendo de tristeza os olhos do povo e o Sertão.
É terrível, sim, a situação; agora agravada pelo furto d´água de adutoras por parte de inescrupulosos fazendeiros e industriais donos de fábricas do interior da Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Os flagrantes são constantes, gritantes, diz o parco noticiário a respeito.
E sem falar nos impunes desvios de grana destinada aos flagelados pelo governo federal desde tempos d´antanho, o que caracteriza, sem dúvida, a discutida e lamentada indústria da seca à qual nunca, porém, foi dado um basta.
Até quando esse estado de coisas perdurará, hein?
Males de governos entreguistas?
Desde tempos d´antanho o Brasil tem sido entregue a estrangeiros.
Nas últimas décadas, principalmente.
E descaradamente.
Energia, telefonia e tudo o mais de todos os setores da vida cotidiana brasileira estão nas mãos de gringos.
Daqui a pouco será o ar que respiramos.
E foi não foi enfrento problemas no meu computador que são resolvidos só quando apelo para a Anatel.
O mesmo ocorre com os telefones fixo e o móvel.
Até já falei disso aqui, neste espaço.
E as contas não param de chegar, e pela hora da morte.
Outro dia mesmo o fixo ficou mudo, de uma hora pra outra.
Fui conferir as contas.
Tudo em dia.
A situação é pra deixar qualquer cidadão em desespero, não é?
E a Xuxa, hein?
Tudo por dinheiro, como diz o filósofo eletrônico Sílvio Santos.
Ontem, o Fantástico deve ter conquistado um montão de pontos no Ibope com o desabafo da Rainha dos Baixinhos.
Mais circo e menos pão é o que se vê.

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