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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

ESMOLA DEMAIS SANTO DESCONFIA...

No dia que se completam 83 anos da mentira que foi o plano Cohen, muitos brasileiros são taxados de comunistas pelo presidente da República. 

Esse plano foi uma espécie de arapuca engendrada pelo general Goes Monteiro (1889-1956). Esse plano, segundo ele à época no programa A Hora do Brasil, tinha por finalidade derrubar o presidente Getúlio Vargas. Esse foi o pretexto encontrado para o golpe que resultou na instituição do Estado Novo.

O plano Cohen foi anunciado na noite do dia 30 de setembro de 1937.

A Hora do Brasil é a voz do Brasil que ainda hoje continua no ar. Leia: A VOZ DO BRASIL, HEIN?

O Brasil é um trem sem rumo, sem direção, cujo o maquinista há muito anda sem foco.

O maquinista desse trem Brasil é, na verdade, uma besta quadrada que sonha eternizar-se no poder. 

As últimas pesquisas de opinião colocam o nome Bolsonaro em situação confortável. Isso deve-se à grana chamada de auxílio emergencial distribuída entre a população mais carente. Mas as pessoas, grosso modo, têm por tendência esquecer rapidamente o que é dito e feito pelos políticos.

O bolsa família foi criado no governo Lula.

Em 2010, Bolsonaro era deputado de baixo clero. Ficou na função durante quase 30 anos sem que fizesse qualquer projeto que beneficiasse a população. Aliás ele falou muitas vezes, pejorativamente, que o bolsa família era "bolsa farelo". 

Mais recentemente, bem recentemente, o mesmo Bolsonaro já presidente era contra a ajuda do governo à população. Seu ministro Guedes, um verdadeiro ET, chegou a propor uma ajudazinha de 200 reais. O Congresso aumentou para 500 reais. Para aparecer bem na fita, Bolsonaro bateu o martelo em 600 reais.

Aí é quando são realizadas as pesquisas de opinião sobre sua popularidade. E todo alegre, feliz da vida, quer eternizar essa ajuda ao povo. Nada contra, mas que isso é demagogia, é. Demagogia política com vistas à reeleição em 2022. A propósito, quem não é a favor do Bolsonaro é, segundo ele, comunista.

Esse filme já vimos, não é mesmo?

Em 1953, o pernambucano Luiz Gonzaga lançou à praça o baião Vozes da Seca, que diz: 

"Seu doutor, os nordestinos têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulistas nesta seca do sertão
Mas doutor, uma esmola a um homem que é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão..."



MORRE PAI DA MAFALDA, O CARTUNISTA QUINO

Ouvi, ouvi há pouco notícia dando conta da morte do cartunista e historiador gráfico argentino Quino. 


Quino, de batismo Joaquín Salvador Lavado Tejón, morreu dois meses e três dias depois de completar 88 anos de idade. Foi o quadrinista mais publicado no mundo em língua espanhola. Seu principal personagem, a garotinha Mafalda, nasceu no dia 29 de setembro de 1964. Malfada estava há muito tempo "engavetada". Essa foi a maneira que o seu criador encontrou para protestar contra os horrores do mundo, políticos inclusive. 

Eu conheci Quino há 8 anos, quando o convidei para uma entrevista ao programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei durante quase 7 anos na rádio Capital AM 1040. Participaram dessa entrevista os cartunistas Custódio e Paulo Caruso, além do historiador Álvaro Moya e o poeta repentista Sebastião Marinho (Foto acima).

Moya morreu quando tinha 87 anos de idade. Leia mais: 

AUDÁLIO, QUINO E JOSÉ NÊUMANNE

VAMOS FALAR DE SEPARATISMO?


O Brasil, na sua grandeza territorial e populacional, também humana, sempre foi tema e alvo de movimentos separatistas.
Em 1817, por exemplo, Pernambuco separou-se do Brasil de Pedro I.
Pouco antes de 1930, o município de Princesa (PB) separou-se da Paraíba.
Em fins de 1840, o Rio Grande do Sul também esteve na onda do separatismo. O primeiro presidente desse separatismo foi Bento Gonçalves, que morreu desiludido com a política.
O separatismo político, no nosso país, é uma realidade histórica. Minas já quis se separar do Brasil. São Paulo já quis se separar do Brasil. São Paulo e Minas fizeram a política do “café com leite”. A história do café com leite é muito conhecida. E aí é quando chega o gaúcho Getúlio Vargas.
Voltemos à Paraíba, a Pernambuco.
Em 1984, a cantora paraibana Elba Ramalho gravou a canção Nordeste Independente, do pernambucano Ivanildo Vila Nova e do paraibano Bráulio Tavares. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=GO_Y-P_A7y4&t=2
Essa música, que está no repertório do LP Do jeito que a gente gosta, foi proibida pelo governo da época. O governo da época era representado pelo general João Figueiredo, o último do ciclo militar.

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