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sábado, 26 de maio de 2018

NA BOLÉIA COM LUIZ GONZAGA

O mês é de Maria, de José, de João, Severino, Antônio e Luiz...
No Nordeste da minha infância havia novenas e procissões. Eu nem sabia rezar ainda, mas fazia de conta.
O mês de maio foi um mês que deixou muitas marcas na França e no mundo todo. Foi, digamos, o mês de cachorro doido. Brigas, guerras etc.
Há quem diga que o mês de Maio é o mês do Conhecimento.
Muita coisa boa tem ocorrido no correr dos maios. E coisas não tão boas também.
De uma hora para outra, os caminhoneiros do Brasil resolveram dar um murro no ar e bloquear as estradas. O tamanho disso é uma zebra dos infernos!
São 1,7 milhão de km de rodovias estaduais e federais pelas quais trafegam cerca de 2 milhões de caminhoneiros, desses ao menos 600 mil são autônomos.
O que eu acho dessa paralisação dos motoristas? Acho justa, mas a coisa pega pelo fato de a grande maioria de profissionais do volante pesado está sendo manipulada pelos empresários do setor, ou seja: os donos das grandes transportadoras. E isso é crime. Eles estão praticando o que os gringos do norte chamam de Lockout.
No Nordeste da minha infância, além de novenas e procissões, havia as gracinhas que a molecada aprontava. E dessa não esqueço: "Chora Pirrita/prá correr no caminhão/Pirrita deu um peido/que acabou com a direção.
Lembro que uma vez eu contei isso para o amigo sanfoneiro Dominguinhos e ele caiu na gaitada, depois de dizer que também se lembrava disso.
Luiz Gonzaga, o rei do baião, também era cheio de "nove hora".
Mas, de vera o que ele nos legou foi uma obra fantástica.
Uma vez em 1978 ou 79, num papo com Gonzaguinha no Hotel Jandaia, ali perto da Folha, onde eu trabalhava, ele me disse com entusiasmo que iria gravar "uma música nova que o velho acaba de fazer". Essa música, A Vida do Viajante, de Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil foi gravada originalmente no dia 25 de agosto de 1953 pela extinta RCA Victor. Detalhe: na ocasião, Gonzaguinha e Gonzagão estavam se preparando para se apresentar juntos pela primeira vez, como pai e filho. A convivência dos dois era conflituosa e Gonzaguinha, a rigor, desconhecia a obra do pai. Esse espetáculo, que virou disco, eu assisti no Clube do Palmeiras cá em Sampa. Abaixo um registro dos dois no programa do Chacrinha:




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