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quarta-feira, 14 de abril de 2021

CAMISA DE FORÇA NO BOLSONARO!

O Brasil está sem rumo, desgovernado.
Eu cá com meus botões pergunto: o que leva alguém que chega à presidência da República, pela via direta, a fazer tanto mal a uma população?
Eu não entendo. 
Bolsonaro foi um deputado fuleiro. 
Nesse cargo permaneceu por cinco mandatos, ali no seu lugarzinho, até que resolveu, junto com os filhotes, a disparar um processo recheado de mentiras pela internet. 
O alvo era ser Presidente. 
E aí está, alguém que chegou ao mais alto cargo da República fazendo ameaças e mais ameaças contra o povo. 
O comportamento desse presidente é um comportamento carente de camisa de força, urgentemente. 
E ele continua ameaçando, ameaçando...
É um desequilibrado. 
Eis as últimas do bufão: "Olha, o Brasil está no limite. O pessoal fala que eu devo tomar providências. Estou aguardando o povo me dar uma sinalização. Porque a fome, a miséria, o desemprego estão aí. Só não vê quem não quer, quem não está nas ruas... Esse pessoal, amigos do Supremo Tribunal Federal, daqui a pouco vamos ter uma crise enorme aqui. Eu vi que um ministro baixou lá um processo para me julgar por genocídio. Olha, quem fechou tudo, quem está com a política na mão não sou eu. Agora, eu não quero aqui brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil. O que vai nascer disso tudo? Onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora que está aí. E tem gente com paletó e gravata que não quer enxergar isso"


CPI PÕE MEDO EM BOLSONARO

O STF acaba de concluir votação plenária endossando a decisão do ministro Roberto Barroso.
Barroso, baseado na Constituição, determinou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, instaurasse CPI para apurar ações e omissões do presidente Bolsonaro diante da grave situação provocada pela pandemia que já matou 360 mil brasileiros. 
Essa decisão pôs em polvorosa os aliados do Presidente. E o próprio presidente, que fez tudo para que isso não ocorresse. Chegou a acusar Barroso de fazer "politicalha".
Quem não deve não teme, como diz o dito popular. Mas no caso, Bolsonaro teme porque deve e muito à população brasileira. 
Bolsonaro é um pobre diabo sem sentimento, por isso mesmo, perigoso.
Normalmente CPI's terminam em "pizza", mas há casos contrários. 
O ex presidente Fernando Collor teve antecipada a sua renúncia por descobertas feitas por uma CPI criada para apurar seus desmandos à frente da Presidência da República. De corrupção, inclusive.
Quem não se lembra do carrinho de marca "Elba"?
No decorrer de todo o governo militar houve apenas cinco CPIs instauradas. Deu em nada. 
No governo Collor houve 29 CPI's. 
No governo FHC houve 19 CPI's. 
Nos dois governos Lula houve 19 CPI's, e outras tantas nos governos subsequentes. 
Bolsonaro está se coçando, pois sabe que pode ser catapultado da cadeira presidencial. 
Essa CPI pode trazer surpresas. 
 

QUEIMADAS 70 MILHÕES DE SACAS DE CAFÉ

Há 60 anos, o Brasil comemorava a mais esquisita festa junina.
Em junho de 1931 o presidente Getúlio Vargas (1930-1954) determinou que fossem queimadas mais de 70 milhões de sacas de café, de 60 quilos cada.
A queima ocorreu na baixada santista, SP, numa fogueira quilométrica.
O cheiro do café espalhou-se por toda região. Detalhe: a queima findou-se em dezembro daquele ano.
E por que Vargas decidiu queimar tanto café?
À época o mundo vivia as consequências da quebra da bolsa de Nova Iorque, ocorrida em outubro de 1929. E que abalou o mundo todo.
A quebradeira deixou pobre quem era rico e o pobre ainda mais pobre. Uma desgraceira total. Fome, suicídios e tal.
A queima tinha por objetivo fazer crescer a cotação do café a nível internacional.
O Brasil era o maior produtor e exportador desse produto.
Minas Gerais liderava o ranking, no Brasil. Como hoje.
O café, ao lado da água e da cachaça de beber, continua sendo uma espécie de “preferência mundial”.
Existem mais de 60 tipos de café, o melhor é o arábico, que o Brasil produz com toda naturalidade e sabor, até porque o clima e o terreno são propícios.
A planta do café chegou ao Brasil em 1727, pelas mãos de um militar português de nome Francisco Palheta.
Essa planta veio da Etiópia, Sudeste do continente africano, que é formado por 54 países.
A Etiópia localiza-se no “chifre” da África.
O café é uma planta cultivada em centenas de países.
O café tem um dia, no mundo: 14 de abril.
No Brasil, especialmente, a comemoração tem outro dia: 24 de maio.
A planta/produto café já foi tema de compositores musicais, de artistas plásticos, de romancistas, de cineastas e mais e mais. No mundo todo.
A propósito, o Bob Dylan tem uma pérola sobre o café. ONE MORE CUP OF COFFEE
Café é tema de tudo e todos, pelo mundo afora.
No tocante a cineastas, recomendo ver o documentário O CAFÉ, de 1958.
Esse documentário saiu no mesmo ano em que o compositor fluminense de Macaé Victor Simon teve gravada pela primeira vez a música Bom Dia Café, por Catarino e sua banda. Depois por ele próprio, nos seus dois únicos LPs, no começo dos anos de 1960 (acima). Ouça:


A obra musical de Victor Simon é uma obra fantástica, fabulosa, bonita.
Victor Simon, “freguês” do programa São Paulo Capital Nordeste que apresentei durante quase 7 anos na rádio Capital AM 1040, contou-nos a sua história.
Uma história muito bonita, cheia de altos e baixos. Como toda história, de toda a gente.
Um dia a mim ele me disse: “Assis, fica com essas coisas minhas porque importância nenhuma tem mais pra mim”.
Essas “coisas” eram recortes de jornais em que ele aparecia como personagem central, dando entrevistas etc. Inclusive na China, em jornais chineses.
Em 1961, Victor Simon foi recebido pelo presidente da República Popular da China, Mao Tsé-Tung (1893-1976).
Victor Simon não era comunista.
A partir do português Francisco Palheta o café ganhou uma dimensão enorme no Brasil.
Minas Gerais sempre foi o maior Estado produtor de café, mas São Paulo ganhou fama com os seus “barões”...
Café é bebida de todo mundo: de menino, menina, homem e mulher.
Água, sem água não há vida. E cachaça de beber já provocou muita desgraceira mundo afora. Coisa de corno etc.
Café é poder. Ouça: REI DO GADO, por Tião Carreiro e Pardinho.
Afonso Victor Simon nasceu no dia 1º de agosto de 1916 e morreu pobre no dia 15 maio de 2005, sem ninguém a velá-lo.
Ah! Eu também gosto de água e café.

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