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segunda-feira, 9 de março de 2015

O BRASIL CONTINUA CHORANDO, INEZITA PARTIU.


A sensibilidade do artista pernambucano
Jô Oliveira nos leva ao céu
Inezita Barroso foi uma das mulheres mais incríveis que eu já conheci. Viramos amigos nem sei bem desde quando, mas seguramente há mais de trinta anos.
Inezita era uma mulher livre, linda, na sua maneira de ser, viver e compreender as pessoas, todas as pessoas e o mundo. Lembro-me que a mim ela nunca reclamou da sua pessoalidade. Ela era plural e sabia do quão todos somos tão pequenos.
Lembro-me das muitas conversas que tivemos à beira de  copos, na minha e na casa dela. E nos bons restaurantes, claro.
Lembro-me das suas risadas, gargalhadas que o vento levava.
Lembro-me das noites – e madrugadas que passamos no inesquecível Parreirinha.
Lembro-me, sim, daquelas noites alegres e intermináveis ao lado do Miro nos servindo uisquinho de sempre, sem gelo.
Noites, belas noites, com Jamelão, Miltinho, Elifas, Arley, Adoniran, Zé Kéti, Silvio Luiz, Ronald Golias, meus Deus! Quanta gente bonita!
E ela, Inezita, rindo, cantando e brindando a alegria de viver.
Inezita viveu todas as vidas.
Lembro-me de tantas coisas...
Ela partiu no dia em que o mundo se curva à mulher; Corintiana, nesse mesmo dia, 08, o Timão deu de um a zero no São Paulo. ainda nesse mesmo dia à noite, a presidente da República, dona Dilma, foi a televisão para pedir compreensão ao já chumbado povo brasileiro pelos desatinos que tem feito. Foi demais. E aí fico imaginando Inezita olhando para mim com o jeito mais sarcástico do mundo, dizendo: "Tô fora". E Partiu numa gargalhada de fazer inveja ao Jânio.
Hoje, no começo da tarde, estive na TV Cultura falando sobre ela com o meu amigo Zuza Homem de Mello, clique: 
 

Viva Inezita Barroso!

JÔ OLIVEIRA

Só hoje descobri que eu nasci no mesmo dia da Inezita, 4 de março.
Embora todos meus documentos sinalizem o dia 25 de março, eu nasci de verdade foi no dia 4. Está registrado no livro de batismo da igreja de N. S. do Amparo, em Itamaracá.
Abraço,

- Jô Oliveira, Pernambucano e amigo desde sempre, era o artista do traço por mim escolhido para dar vida ao texto que escrevi sobre Inezita Barroso e que, também com a sensibilidade de Ciro Fernandes ganhou o titulo de A Menina Inezita Barroso (Cortez Editora 2011).




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